COSTA DESMENTE MARCELO

O presidente disse que a pandemia acabou. O primeiro-ministro diz que não. Mais curioso: ainda que perguntado, António Costa não respondeu por que razão só agora foi pedido o parecer ao Conselho Consultivo da PGR. Entretanto, à boleia deste "extraordinário" parecer, que se julga poder estar concluído antes de dia 30 de Janeiro, alguns "trunfos" são guardados não vá ser preciso um jeitinho final. 

RUI DE SERENIDADE CATARINA

A atitude dos líderes partidários nos debates diz muito sobre as intenções de voto nos respectivos partidos, seja por maior preparação, seja por maior profissionalismo em passar a mensagem. Até agora, o que tem surpreendido é a inabalável serenidade de Rui Rio e a olímpica tranquilidade de Catarina Martins. Tradicionalmente, só assim é, em período pré-eleitoral, quando as sondagens são favoráveis. 

P. S. Se Jerónimo de Sousa continua igual a si próprio, a agitação visível de António Costa e André Ventura também dizem tudo.

VIOLANTE DISTRIBUIÇÃO DE CRÍTICAS

Teresa Violante, constitucionalista, distribuiu críticas severas por causa indefinição relativa ao voto no próximo dia 30 de Janeiro em previsível ambiente de forte infecção Covid. E, além de ter dado uma aula de Direito, acusou o presidente, o primeiro-ministro e o Parlamento de nada terem feito atempadamente para garantir a participação do todos os cidadãos a três semanas do acto eleitoral.

A DÍVIDA POLÍTICA DO PRESIDENTE

O presidente, após a reunião no Infarmed, retomando a função de porta-voz do primeiro-ministro, que se apresentou alinhado, aprumado e sorridente, não regateou elogios à evolução pandémica em Portugal. Como se não existissem constrangimentos na vacinação, filas para fazer testes e caos no SNS. O frete político de António Costa em Janeiro de 2021 continua a ser pago politicamente um ano depois. E ainda estamos a 25 dias das eleições.

A DEMOCRACIA DE 25 MINUTOS

«Os debates de 25 minutos são apenas o culminar de um processo de simplificação da vida política e de infantilização do eleitorado que, paradoxalmente, só pode tornar o regime menos livre e menos democrático»

ELEIÇÕES ANTECIPADAS: E LÁ VÃO DOIS

«Alguém acha que um primeiro-ministro, no meio desta crise pandémica, quis provocar eleições? A avaliar pela questão colocada por António Costa, no debate com Jerónimo de Sousa, esta campanha promete um novo nível de descaramento político. Só faltou acrescentar: Alguém acha que um presidente, no meio desta crise pandémica, quis provocar eleições? 

AJUSTAR À FARTA COM ELEIÇÕES E SEM PRESIDENTE

A notícia não deixa quaisquer dúvidas sobre a contratação pública: «Tribunal de Contas só recebeu 96 dos 22.420 contratos celebrados pelo Estado em cinco meses».

P. S. Com o governo em funções, à porta das eleições, o presidente faz-de-conta que escrutina.

DE ESTAÇÃO EM ESTAÇÃO ATÉ ÀS ELEIÇÕES

Depois de José Sócrates a comentar a corrupção e dos avençados das farmacêuticas a explicarem as vacinas, tinha-me escapado Fernando Teixeira dos Santos e Vítor Constâncio a analisarem a crise. Qual é o limite?

ADVOGADOS DENUNCIAM (IN)JUSTIÇA

Francisca van Dunem, à beira de concluir a sua "missão" na pasta da Justiça, não deixa de surpreender, como bem denuncia o bastonário da ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão: «O legislador procurou igualmente acabar com as dúvidas sobre a distribuição de processos, assegurando um maior controlo nessa distribuição através da Lei 55/2021, de 13 de Agosto, que determinou que a Ordem dos Advogados passe a designar advogados para fiscalizar a distribuição dos processos, o que constitui uma importante medida de controlo externo dessa distribuição. Essa lei previa um prazo de 30 dias para a sua regulamentação pelo Governo, mas o Ministério da Justiça informou a Ordem dos Advogados que não tencionava cumprir esse prazo, prevendo para o efeito um prazo de seis meses, durante os quais a distribuição dos processos continuará sem controlo externo».

ANA, SYNLAB E TAP UNIDOS

Enquanto decorre a campanha eleitoral, os portugueses esperam, desesperam, gelam e regelam nas filas para as vacinas e testes Covid. E, nos aeroportos, em jeito de Boas Festas da ANA, Synblab e TAP, entre outros, nacionais e estrangeiros começam o Ano Novo em filas descomunais para fazer os testes exigidos que lhes permitam regressar a casa ou viajar para novos destinos.

RIO DE COSTA

Rui Rio deve ter revisto a campanha de António Costa em 2015 para enfrentar o debate com André Ventura. Resultado: a esquerda não gostou da repetição da receita de manhosice que colocou o PS no poder. Só falta saber se, no próximo dia 30 de Janeiro, o país vai responder com idêntica sonsice.

RIO VERSUS VENTURA

Um debate que pode decidir as eleições antecipadas 2022. 

VIRAR A PÁGINA

«De uma forma estratégica e deliberada, os portugueses estão a ser mantidos na ignorância das consequências da escalada da tensão internacional, porque tal beneficia descaradamente António Costa e o sistema instalado».

REALIDADE PARALELA

O ilusionismo político de António Costa com Rui Tavares e a complacência de Catarina Martins com André Ventura, nos dois primeiros debates para as eleições antecipadas, comprovam que ambos continuam a viver numa ilusão perigosa desde 5 de Outubro de 2015, cujo único beneficiário é o Chega.

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Uma das conclusões mais chocantes do relatório da IGAMAOT 

foi constatar que entre crimes, ilegalidades e incompetência,

nestes 8 anos,

nós nunca tivemos qualquer hipótese. 

O governo pretende agora arrastar-nos 10-15 anos em tribunal 

só para ver se aguentamos.

Luís Dias

(Agricultor de Idanha-a-Nova)

2022: PORTUGUESES QUEREM MAIS

O discurso de Ano Novo – mais um banal! – revelou o que o presidente espera dos portugueses. Só falta saber se o que os portugueses esperam para 2022 será cumprido em Belém: mais escrutínio e menos branqueamento; mais rigor e menos tagarelice; mais acção e menos palavras; e, por último, mais verdade e menos farsa.

E TANTO AINDA PARA BRANQUEAR

Depois de assistirmos ao momento nojento de Marcelo Rebelo de Sousa a servir sopa a todos aqueles que prometeu há seis anos resgatar das ruas – em que não faltaram uns esgares presidenciais de viés para confirmar que a TV está a filmar –, o mês de Janeiro comprova o agravamento dos indicadores económicos e sociais.

A POBREZA É UM LUGAR FRIO

«A pobreza tem muitas faces. Demasiadas demonstrações. A pobreza pode ser um pormenor, um regresso constante a uma fatalidade que passa de avós para pais, destes para os filhos. A pobreza pode ser económica, social, cultural. A pobreza pode ser energética».

BOAS FESTAS

 

A ESPERANÇA ESTÁ VACINADA

«Chegamos, portanto, a mais um final do ano com esta estranha sensação de que já vivemos tudo isto. Hoje a esperança é a mesma. Só muda o foco. Esperança de que alguém do outro lado da linha atenda o telefone, esperança em marcar um teste sem ter uma dor de cabeça. Esperança de conviver com o vírus sem nos transformarmos num avatar de um qualquer metaverso deste Mundo».

O ESTADO DA IMPRENSA

Há capas que dizem tudo. E não é só uma questão de género.

 

MAIS UM NEGÓCIO COM A CHINA?

«Jornal pró-democracia de Hong Kong fecha após prisão de seis jornalistas».

MÉDICO DE FAMÍLIA: O FALHANÇO GOVERNAMENTAL

Num país em que os hospitais públicos funcionam sem dinheiro nem apertado escrutínio, em que faltam mais de um milhão de médicos de família e os atrasos nas consultas e cirurgias são monumentais, não admira que os portugueses corram para as urgências. E sejam obrigados a procurar a informação sobre saúde nos sítios errados, desde a internet à comunicação social, sem esquecer o "especialista", ainda que agora em versão politicamente menos histérica.

PS A DESTRUNFAR

Apontar Fernando Medina para as Finanças é a prova do desnorte da campanha e da comunicação de António Costa. É o PS em pânico. a avançar com um derrotado nas urnas como trunfo pré-eleitoral.

LUÍS DIAS E O ESTADO DA AGRICULTURA EM PORTUGAL

O caso do agricultor Luís Dias só surpreende quem não conhece o estado a que chegou a agricultura em Portugal, alimentada pela corrupção, subsídios fraudulentos e uma gigantesca máquina burocrática que alimenta todas as clientelas.

P. S. A ministra da Agricultura não existe. E Marcelo e Costa também vão dizer que nada sabiam?

DO BALANÇO À BALANÇA

A um mês das eleições legislativas antecipadas são pouco aqueles que avançam com o escrutínio da governação com maioria de esquerda dos últimos seis anos. As dúvidas sobre quem vai ganhar as eleições chegaram a tal ponto que em vez de balanços assistimos à balança de equilíbrios acinzentados extraordinários.

P. S. Um dos ministros mais poderosos do governo de António Costa vem a terreiro dizer que não tem medo do próximo acto eleitoral. Tradução: o PS está em pânico de perder o poder.

O "SPILL OVER" DO "HUB" DA TAP

«Com a injeção multimilionário na TAP passa-se mais ou menos a mesma coisa. O ministro Pedro Nuno Santos deu uma conferência de Imprensa, para celebrar a autorização, por Bruxelas, do plano de reestruturação, e o que se ouviu, uma e outra vez, foi a palavra Lisboa».

E RUI COSTA FICA?

A espécie de arremedo de direcção do Benfica, com os restos de Luís Filipe Vieira, vai falar depois da saída iminente de Jorge Jesus. E as televisões anunciam uma "conferência de imprensa" de Rui Costa, mas sem direito a perguntas. Nem Isabel dos Santos chegou tão longe. Quem lá estiver merece ser tratado como pé-de-microfone, e não como jornalista chefiado por jornalistas.

CARLOS ALEXANDRE: O PRINCÍPIO DO FIM DA DUPLA

O afastamento de Carlos Alexandre é a repetição dos termos do saneamento de Joana Marques Vidal. Quando a Justiça toca os poderosos, com este presidente e este primeiro-ministro é assim. Mesmo à beira das eleições.

P. S. O mandato de Francisca Van Dunem à frente da pasta da Justiça fica ainda mais cristalino.

NÚMERO TRÁGICO

«O Estado português injectou 29,155 mil milhões de euros na banca de 2008 a 2020. O retorno foi de 7,139 mil milhões de euros. O saldo negativo é o número trágico de 21,836 mil milhões de euros. Os números são do Tribunal de Contas, inscritos no “Parecer sobre a Conta Geral do Estado 2020” (página 217)».

TAP MAIS TRANSPARÊNCIA

«Espero que os contratos que venham a dizer respeito à TAP sejam completamente transparentes ao contrário do que se passou com a Lone Star e o Novo Banco».

ABRAMOVICH MAIS PORTUGUÊS

«O empresário russo Abramovich tornou-se cidadão português depois de Londres lhe tirar o visto. Mas as relações do Reino Unido com os oligarcas russos — e não só — continuam de boa saúde».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Finalmente [Abramovich] 

conseguiu encontrar um país

 onde pode pagar alguns subornos

e fazer alguns pagamentos semioficiais e oficiais 

para acabar na União Europeia e na NATO.

Alexei Navalny

O PAÍS AOS RESTOS

Os mais altos representantes, que ainda se dão ares de Estado, bem podem fazer de conta que não sabiam: «Portugueses carregam malas com dinheiro. Navalny acusa Portugal de aceitar subornos pela naturalização de Abramovich». Depois de Isabel dos Santos, entre outros, agora é a vez de Roman Abramovich, certamente com a bênção de Putin. E o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa.

E À BEIRA DO FINAL DO ANO

Portugal tem um novo primeiro-ministro, em versão "contida", que tenta justificar todos os erros da governação com a pandemia, uma habilidade de propaganda só possível depois da facilidade presidencial de um governo em funções depois da precipitada dissolução da AR. No dia 30 de Janeiro de 2022 saberemos se mais uma mentira passou.

NATAL COM "CLIMA"

Não falta esperança no Natal. E então em vésperas de eleições... O que nos (não) vale é o sempre presente branqueamento presidencial. Agora é o clima que está melhor do que o ano passado. Santa paciência, precisa-se!

BOAS FESTAS

 

MARIA JOSÉ MORGADO CRITICA MOROSIDADE NA JUSTIÇA

«Cultura de impunidade, nepotismo e amiguismo tem feito de Portugal um país pobre e atrasado».

MARCELO EM AFLIÇÃO

Com António Costa a afundar-se na governação, com evidente desgaste e até evidente falta de motivação pessoal e política, o presidente veio, novamente em socorro do primeiro-ministro, lembrar a longa coabitação. Quem julgava que havia isenção da parte de Belém, durante a campanha eleitoral, desengane-se. Vai ser assim até 30 de Janeiro, de 2022, com mais ou menos desaforo político.

JORNALISMO MAIS

No Página Um, um projecto editorial credível e com futuro.

JUÍZES NO CAMINHO CERTO

Depois dos médicos e enfermeiros, os magistrados judiciais alertam para os estrangulamentos do sector da Justiça: «Juízes temem caos nos tribunais e pedem revisão de lei com um mês».

MAIORIA ABSOLUTA E BLOCO CENTRAL, DOIS CAMINHOS PARA A MESMA POLÍTICA

«"Afrontar poderes instalados", diz Rio. Mas que poderes são esses que o PSD se propõe enfrentar? Os negócios são, como sempre foram, o terreno do bloco central. Ou não foi o PSD que se juntou ao PS para chumbar a parte do relatório da comissão de inquérito que demonstrava os benefícios da EDP com a lei criada pelo PSD e aplicada por Manuel Pinho? Não se uniram sempre os dois partidos para manter os vistos Gold e toda a teia de regras financeiras e fiscais que protegem o privilégio em Portugal?».

TESTES, LUSA E PROPAGANDA

Os portugueses desesperam para conseguir fazer um teste na véspera de Natal. E a generalidade da comunicação social destaca os 24 milhões de testes realizados em Portugal. Quem tem e se limita à agência Lusa, obviamente tem o que merece e vale o que vale...

CRISE COVID: QUASE NÃO DÁ PARA ACREDITAR

No momento de mais proibições nos espaços de diversão nocturna, a inaudita autorização de funcionamento dos casinos revela a forma de governar de António Costa.

COSTA DE DIFICULDADES

A voz popular, durante o café da manhã: Então, depois de tantos confinamentos, três doses de vacinas e testes e mais testes voltamos atrás?

TAP: ATÉ 30 DE JANEIRO DE 2022

A TAP passou à tangente em Bruxelas. A ligação à máquina das ajudas estatais, que não ilude a questão principal de viabilidade a curto e médio prazo, é apenas mais uma etapa no caminho trágico percorrido nas últimas décadas. Ainda mais importante, e não é uma questão de fé nem de ideologia, seria falar verdade: a TAP só não fechou porque atingiu um desastre económico e financeiro de tal monta que o seu fim custaria ainda mais uma fortuna aos contribuintes. 

P. S. Os portugueses estão fartos do sorvedouro de recursos públicos chamado TAP. E não é o único. No dia 30 de Janeiro, os portugueses têm a palavra também sobre a TAP.

O FIM DO ILUSIONISMO

No momento em que as crianças estão a ser vacinadas, as creches e ATL's fecham. E com a generalidade da população vacinada e revacinada, as discotecas, os bares, os restaurantes, os hotéis e as festas sofrem mais um forte revés. As novas medidas proibicionistas e restritivas são a prova que a vacinação ainda não é a única solução para a crise Covid. É o fim da ficção e do ilusionismo.

COVID E MAIS MEDO

As novas restrições e proibições, anunciadas pelo primeiro-ministro, são uma parte da guerra perdida, tal como aconteceu em 2020. Quando se exige mais informação, o governo responde com mais alarme, medo e certamente mais polícias à caça de festas ilegais.

COVID: FLASHBACK

O ar festivo de Natal foi substituído por um misto de surpresa e preocupação. E, com a Ómicron, chegaram novamente o alarme, a tagarelice, a falta de planeamento e a improvisação. O dia começou com o anúncio de mais uma comunicação de António Costa.

P. S. O pedido de demissão do Conselho de Administração do Hospital de São João é um exemplo de ética e de dignidade profissional que escapam ao governo de António Costa. E à ministra da Saúde que obviamente não aceitou.

RUI RIO E O PAÍS REAL

«O povo está embriagado com a política de propaganda, promessas e mentiras de António Costa, aliás, sustentadas pelo folclore politicamente entediante e medíocre de Marcelo Rebelo de Sousa e abençoadas por uma Igreja com uma mão na Fé e a outra no bolso».

O CHOQUE

«Um doente enrolou-se num cobertor e fugiu dos serviço de urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra. O país acordou em choque. A imagem arrepia, mas é uma metáfora dos dias que vivemos na Saúde».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Libertem o meu país da corrupção.

Maria José Morgado

O SNS não está, 

objetivamente, 

a dar resposta satisfatória às necessidades das pessoas.

Rui Rio

ABRAMOVICH E A GEOMETRIA (IN)VARIÁVEL

À esquerda, a indignação balofa com a esquerda; e, à direita, o silêncio pragmático: Roman Abramovich é cidadão português desde Abril. 

PANDEMIA DO COSTUME E A ÓMICRON

E depois da pandemia da propaganda – o país mais vacinado do mundo –, eis a outra pandemia a ganhar terreno com a variante Ómicron, estragando mais uma "festa" de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa. E ainda os levam a sério...

NÃO NEGARÁS O CENTRALISMO

«Afinal, a ministra da Coesão Territorial (força de expressão) não queria dizer aquilo que disse e aquilo em que acredita».

RIO DE CONFIANÇA

O primeiro discurso do líder no congresso revela um político com níveis de confiança cada vez maiores. O vento sopra a favor da mudança.

NÃO PODE VALER TUDO ANTES DE ELEIÇÕES

Não há casos isolados na violência policial e prisional. Cada caso que vem a público é uma ponta do icebergue. Os sucessivos casos extremos e os relatórios internacionais sobre Portugal valem mais que todas as juras de governantes, políticos e instituições. 

ODEMIRA: PALAVRAS E CRIMES

Não fora o maçador período de convalescença, hoje qualquer cidadão de boa-fé estaria a exigir ao presidente que rumasse imediatamente a Odemira para pedir desculpa aos imigrantes. Mesmo sabendo que não há um terceiro mandato presidencial. E que a palavra presidencial vale pouco.

ODEMIRA DE MAIS

Num modelo económico que permite a exploração e a violação dos direitos individuais mais básicos, designadamente dos imigrantes, com uma espécie de governo de esquerda, só fica surpreendido com a brutalidade policial quem permanentemente branqueia a situação dos detidos e presos em Portugal.

P. S. As palavras vazias de Marcelo Rebelo de Sousa e o "repúdio profundo" de António Costa pouco adiantam, mas vincam profundamente a diferença entre a ficção e a realidade.

RENDEIRO EM PRISÃO PREVENTIVA

 Juiz recusa caução.

TSUNAMI EM CURSO

A censura pública e generalizada das instituições democráticas, sobretudo depois de humilhadas publicamente, tem efeitos que mais parecem um tsunami. Depois da fuga de João Rendeiro, e posterior caução milionária e prisão domiciliária de Manuel Pinho, a Justiça já não pode voltar atrás, voltar aos dois pesos e duas medidas, sob pena de total descredibilização. Nem que sejam angolanos ou militares, quer o presidente queira, quer não.

PRÉMIO ANTICORRUPÇÃO TÁGIDES

«Libertem o meu país da corrupção, pediu Maria José Morgado, premiada pelo combate anticorrupção».

EDP: FAZ-SE LUZ

Manuel Pinho e Alexandra Pinho estão sujeitos a medidas de coacção pesadas, como impõem os crimes gravíssimos que estão em causa.

P. S. O advogado Ricardo Sá Fernandes, que ainda não escolhe o juiz que julga os seis clientes, continua a invocar o seu passado pessoal e profissional para defender os seus clientes, um expediente gasto e que não surte efeito.

"VACAS SAGRADAS" DE RISCO

O presidente, tal como o director da PJ, ou qualquer outro governante e alto dirigente da Administração, devem ser escrutinados, designadamente em campanha eleitoral. A tentativa de normalizar o debate público – consagrando pessoas e instituições como "vacas sagradas" à prova de crítica, com a ajuda dos turbo-comentadores, e o cirúrgico afastamento de jornalistas incómodos – está vocacionada ao fracasso, sobretudo quando o branqueamento grotesco é por demais evidente.

P. S. Quase metade da entrevista a Rui Rio, na RTP, foi preenchida com a frustrada tentativa de entalar o líder do PSD por causa de um Tweet. A próxima entrevista com António Costa tem pano para mangas.

O POVO ENGANADO E AS SUAS PEQUENAS ALEGRIAS

«No caso de João Rendeiro, a essa cursidade juntou-se uma satisfação interior do português comum por ver alguém que prejudicou muita gente a cair em desgraça. Não será de modo algum o mais nobre dos sentimentos – pelo contrário – mas é perfeitamente compreensível».

MARCELO EM CAMPANHA

A última declaração do presidente sobre a actuação da Justiça, a propósito do caso Rendeiro, é mais uma tentativa de branqueamento do governo, com a agravante de ser uma nova provocação ao cidadão comum. É Marcelo Rebelo de Sousa a entrar na campanha eleitoral.

FALTA DE MEIOS ATACA NOVAMENTE

Com a Justiça tão bem embalada e... lá voltou a falta de meios que, obviamente, concorreu para que os ex-ministros Mário Lino, Fernando Teixeira dos Santos e António Mendonça ficassem de fora de uma acusação proferida 11 anos depois do início do inquérito. 

FAVA SAIU A MANUEL PINHO

«Manuel Pinho detido após interrogatório».

RENDEIRO, JUÍZES, PROPAGANDA E EXPECTATIVAS

A detenção de João Rendeiro, que tem sido obviamente utilizada como trunfo político, não compensa nem apaga o falhanço da Justiça que lhe permitiu a fuga. E o aumento das expectativas em relação à extradição pode virar o feitiço contra o feiticeiro. Para já, a possibilidade de prisão preventiva do ex-banqueiro, que pode ser uma porta aberta para a visibilidade internacional dos horrores do sistema prisional sul-africano, apenas pode acalmar um sentimento de vingança.

P. S. As críticas certeiras de Maria José Morgado aos juízes merecem reflexão. O silêncio da ASJP, designadamente de Manuel Soares, é uma enorme surpresa.

A LIÇÃO DE RENDEIRO

«Enquanto houver offshores, o crime económico terá sempre instrumentos para sair impune e recompensar os seus perpetradores. É certo que não se decreta o fim dos regimes do Panamá ou das Bahamas, mas isso não quer dizer que toleremos a sua utilização».

ELEFANTES NA SALA DA JUSTIÇA

«A partir de agora, não restará pedra sobre pedra, antes, depois ou à beira de eleições, seja qual for o “passageiro” do Estado – Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa ou Rui Rio –, se voltar a acontecer a fuga de um poderoso, notável ou ex-político».

O MOTORISTA COM PÉ PESADO E O REGIME DE IMPUNIDADE

«Parece difícil de acreditar: uma semana depois de o i ter noticiado que o despacho de acusação ao motorista do ministro Augusto Cabrita continha um erro factual e grosseiro, continua sem haver qualquer explicação por parte do Ministério Público ou da procuradora que assina o documento. Pior: ninguém mostrou qualquer intenção de corrigir o que está mal».

PANDEMIA E CRUELDADES

«Quando observamos as profundas desigualdades e injustiças com que se tratam os países e os povos na gestão da pandemia, a secundarização dos impactos das alterações climáticas e ambientais, a contínua pregação do medo como forma de submeter as pessoas, vemos o Mundo a tornar-se insustentavelmente cruel».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

O azar de João Rendeiro 

foi haver eleições em Janeiro.

Rui Rio

RIO SOBE A FASQUIA

Rui Rio foi presidente da Câmara do Porto contra a comunicação social, designadamente a local, do Porto, com o JN na vanguarda; passados 19 anos foi reeleito líder do PSD contra a comunicação social nacional, designadamente a afecta a Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, com o Expresso sempre a mostrar serviço. Agora, no turbilhão de elogios à PJ, Rui Rio ultrapassou a fasquia, sem receio de apontar o dedo ao seu director, Luís Neves. Vitória em 30 Janeiro de 2022?

UM NATAL POR RESOLVER

«As crianças anteciparam a árvore e os enfeites de natal, numa alegria inocente sobre o estilhaçar das coisas e do mundo. Elas não sabem, mas a mais recente suspensão do quadro jurídico normal, as medidas restritivas em estado de calamidade, vão ainda mais longe do que o estado de emergência anterior (...). Porventura um desejo tão volátil e ingénuo, como a felicidade das crianças com as luzes de natal, ou a minha ansiedade sobre o fim dos direitos da personalidade encerrados nas pessoa-código-válido, ignorando-se a possibilidade normal de viver com vírus. As crianças continuarão inocentes, apesar desta gestão pandémica ultra-tecnológica e desumana, a ameaçar a derrocada das democracias europeias, neste natal por resolver».

O PAÍS DA TRANSIÇÃO DIGITAL

«O mais recente relatório da OCDE sobre o ecossistema digital português é um retrato arrasador e esquizofrénico sobre o nosso avanço tecnológico, ao nível dos serviços e das infraestruturas, e do nosso retrocesso social, ao nível dos preços (dos mais altos da Europa) e das regras de fidelização».

E DEPOIS DE RENDEIRO

A atenção mediática a propósito de João Rendeiro, antes a fuga e agora a detenção pela polícia da África do Sul, continua pela espuma dos dias. E ainda não evoluiu para o essencial: a reflexão séria sobre o estabelecimento de regras claras para evitar futuramente novos casos semelhantes.

RENDEIRO DETIDO

A Polícia Judiciária informa que, na manhã de hoje, foi detido o cidadão João Rendeiro, sobre quem pendia Mandado de Detenção Internacional.

JUSTIÇA COM MINISTROS DE FORA

Caso das PPP: Paulo Campos, Costa Pina e Rui Manteigas acusados.

HOSPITAL CONDE DE FERREIRA: O QUE ESCONDEM OS SEUS MUROS

«Há suspeitas graves sobre o modo como são tratados os doentes do Hospital Conde de Ferreira (HCF), uma instituição histórica da cidade do Porto, fundada em finais do século XIX e vocacionada para o tratamento de doenças mentais».

OS FICHEIROS SECRETOS DA DGS

«Ao não divulgar o parecer técnico integral que sustentou a decisão de aprovar a vacinação dos meninos e das meninas, a Direção-Geral da Saúde aumentou ontem a enorme dúvida entre os pais. Entende Graça Freitas, entende Marta Temido, entende o Governo que uma "posição técnica final", divulgada ontem ao final da noite, será suficiente para esclarecer os pais. Não será, como já se percebeu. Nem para os pais, nem para os especialistas que se têm manifestado contra a decisão».

JULIAN ASSANGE E A CIDADANIA (LIVE)

 À espera do veredicto em Londres.

ALLÔ, VICENTE?

Depois de Joe Biden começar a apertar os ladrões que andaram a roubar o povo angolano, o que dirá Marcelo Rebelo de Sousa? E António Costa? E a chusma que andou conscientemente a ajudá-los em Portugal?

ORDEM EXECUTIVA 13818: BIDEN ACERTA NOS GENERAIS ANGOLANOS

Enquanto por cá é o passeio à beira-mar, com a bênção do presidente e do primeiro-ministro em funções, o «governo dos Estados Unidos da América anunciou esta quinta-feira que impôs sanções, incluindo o congelamento de todos os ativos que os antigos dirigentes angolanos Leopoldino Fragoso do Nascimento Dino e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior Kopelipa têm no país».

P. S. Isabel dos Santos também não escapa a restrições.

MARCELO E A PROMULGAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Decorrida uma semana, após o presidente ter promulgado o diploma que cria o Mecanismo Nacional Anticorrupção, ninguém quis saber a razão pela qual a promulgação presidencial demorou seis meses. Extraordinário! Nem no Dia Internacional Contra a Corrupção.

PJ (TAMBÉM) A 200

No dia em que António Costa e Francisca Van Dunem (versão Justiça) estão debaixo de fogo, eis a notícia que a Polícia Judiciária vai ter mais 200 inspectores lá para 2022. Tão previsível e repetitivo.

JOANA DE FRENTE

«A ex-Procuradora Geral da República Joana Marques Vidal questiona se ainda faz sentido falar numa Estratégia Nacional Anti-Corrupção no evento de comemoração do Dia Internacional Contra a Corrupção».

ACABEM COM A PRESCRIÇÃO DOS CRIMES

«Não podemos continuar a permitir que muitos criminosos, sejam de sangue ou de colarinho branco, acabem por se rir das lacunas da lei portuguesa. Mas também é óbvio que, para muitos, o mais importante é punir a violação do segredo de Justiça, pois dessa forma deixará de se saber quem é acusado do quê. E aí ficarão todos na paz do Senhor, com os jornalistas e comentadores amigos a baterem palmas aos supostos acusados. É este o país que estamos a alimentar».

UMA TAPINHA NÃO DÓI

«As contas sobre a importância "estratégica" da TAP simplesmente não batem certo, por mais que se torçam – as contas e os contadores. Era uma vez um elefante branco voador».

A JUNÇÃO DAJUSTIÇA COM A ADMNISTRAÇÃO INTERNA

«A junção da Justiça com a Administração Interna é extremamente perigosa para o Estado de Direito, precisamente pela confusão que estabelece entre valores fundamentais do Estado, como a Justiça e a Segurança, que muitas vezes conflituam entre si».

PANDEMIA DA DESUMANIDADE

«Enquanto na Europa há já quem tenha garantida a quarta dose da vacina, há zonas do planeta onde ainda não chegou a primeira. A forma como o dito primeiro mundo está a gerir esta pandemia diz muito sobre as suas próprias limitações».

AGORA, SIM: VERGONHA!

«Ninguém melhor do que o titular da pasta que garante a administração da justiça para ficar também com a segurança e a tutela das polícias. Maduro, Xi Jinping ou Lukashenko não fariam melhor».

PGR: TARDAM EXPLICAÇÕES

A PGR tem dado explicações, por diversas vezes, para reposição dos factos, aliás como a Lei lhe impõe. Quanto tempo vai demorar a justificar os alegados erros na Acusação do acidente da A6?

CAMPANHA COM "PASSAGEIROS"

Cresce o risco de Eduardo Cabrita, António Costa e o MP serem as estrelas da campanha eleitoral da eleições legislativas antecipadas, após a divulgação da Acusação do MP no caso do acidente de Eduardo Cabrita na A6 e de ser conhecido o testemunho que tenta ilibar o ex-ministro.

P. S. Alguma imprensa, e muito bem, não branqueou o inventor da tese do "passageiro".

O VÍRUS RI-SE DAS FRONTEIRAS

«Uma coligação de organizações não governamentais como a Oxfam e a Amnistia Internacional denunciou que 14% da população detinha 53% das vacinas e que, em cada dez pessoas dos países pobres, nove não teriam acesso à vacinação».

RTP DE VOLTA

«Frente Cívica pede explicações sobre "perseguição a jornalistas"».

OS PASSAGEIROS DA REPÚBLICA E AS VOLTAS DE MONTESQUIEU NO TUMULO

«Como é possível termos um Presidente da República que anui a tamanho disparate conceptual de juntar num só poder executivo a tutela das polícias e da justiça? Como é possível não haver clamor social e político sobre a opção, independentemente da titular em causa, do governo ou do período de vigência da anormalidade?».

UM VÍRUS EUROCÊNTRICO

«Enquanto um sector da classe média prega por teletrabalho e confinamentos, as classes trabalhadoras são enviadas para transportes superlotados e as fábricas, onde não têm que apresentar testes negativos, só o lazer lhes é confinado e vigiado digitalmente; enquanto os governos da Europa, apoiados nesta classe média, fecham fronteiras (uma medida que como vimos pela expansão imparável em semanas da Delta é de uma eficácia sem precedentes na história da epidemiologia…), os países pobres, sem vacinas, sequer para grupos de risco ou pessoal de saúde, vêem-se a braços com uma crise económica que os mata ainda mais à fome».

NA ORDEM DO DIA

«As decisões institucionais e públicas atendem mais depressa os grandes interesses do que resolvem os problemas do dia-a-dia dos cidadãos».