P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
Lucília Gago defendeu a autonomia financeira do Ministério Público, deixando criticas às pressões e ingerências sobre a investigação criminal.
P. S. Os partidos do sistema fazem de conta há muito tempo. O que impressiona são os silêncios pesados de quem em campanha eleitoral propagandeia "o ano da mudança" e a "mudança a sério", como respectivamente André Ventura e Rui Rocha. Assim, ninguém os leva a sério.
Lucília Gado, finalmente, deu provas de ser PGR.
P. S. Quanto mais elevada é a fasquia, maior é a responsabilidade.
No país em que os representantes dos órgãos de soberania andam numa roda viva para tentar garantir a execução dos grandes projectos – sem ainda termos a certeza que não passam de mais umas negociatas –, a tensão com os médicos continua a massacrar o dia-a-dia dos portugueses. E as negociações com os sindicatos estão interrompidas. Espantados? Ainda falta conhecer qual a verdadeira razão e/ou a pressão que fez avançar para a Operação Influencer sem uma indiciação fortemente consolidada. Pressa, qual é a pressa?
P. S. A Constituição garante para já o céu a Marcelo Rebelo de Sousa, mas a partir de 2026 muita e muita tinta ainda vai correr.
Os salamaleques entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa para português ver, ironicamente assinalados pela viagem de ambos ao "paraíso" da Guiné-Bissau, não colocam a salvo os suspeitos e os arguidos da "Operação Influencer" libertados pelo juiz das liberdades, como atesta o anúncio do recurso do Ministério Público.
P. S. Com jeitinho o tráfico de influências passa a ser prática "legal" da governação – a legislação feita pelos próprios privados já não espanta! – e, preparem-se, com outro jeitinho o PM demissionário decide novo aeroporto, TGV, lítio, hidrogénio, etc, quiçá as eleições antecipadas são desconvocadas neste país em que vale tudo, como comprova a ausência de um sobressalto cívico face a cidadãos que passam 6 dias na choldra sem culpa formada ou indiciação consolidada.
Com Marcelo Rebelo de Sousa, para quem o conhece, nada do que acontece no país é de espantar. Mas a crise não passará, tal como aconteceu no passado, enquanto não forem esclarecidas cabalmente as dúvidas que perpassam pela cabeça dos portugueses ainda estupefactos com tudo o que se passou nos últimos dias. É preciso garantir o escrutínio de qualquer hipótese de aliança entre o poder político e o Ministério Público, seja para branquear, beneficiar e/ou prejudicar quem quer que seja.
P. S. É mais do que uma coincidência: os candidatos anunciados para a liderança do Partido Socialista em 2023 replicam o cenário de 2014. Será que os socialistas aprenderam alguma coisa?
O governo de Portugal, que
integra um primeiro-ministro e ministros suspeitos da prática de vários crimes,
continua em pleno exercício de funções para aprovar o orçamento para 2024.
Parece ficção, mas é a constatação dos factos. É a realidade de uma espécie de
saída de Marcelo Rebelo de Sousa, em que os novos "enganados", alguns
dos quais repetentes e que já quebraram o silêncio, garantem o coro do embuste
político em curso, certamente a contento das grandes clientelas que garantem
que nem tudo fica perdido.
P. S. Lucília Gago, procuradora-geral da República, com o poder institucional e político a passar-lhe por cima, colocando em crise a preservação do inquérito e das provas e deixando espaço a pressões, não só ainda não bateu com a porta como mantém o silêncio, deixando a imagem do Ministério Público de rastos.