P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
Passado o reboliço da eleição do presente da Assembleia da República, uma única certeza: Luís Montenegro não vai voltar a arriscar ignorar André Ventura; e Pedro Nuno Santos vai ponderar muito cuidadosamente cada chumbo das propostas do PSD. A não ser que ambos queiram arriscar eleições antecipadas.
P. S. O regozijo dos porta-vozes do Bloco Central, que se arrastam há décadas na ribalta, são a prova de algodão que não deve ser ignorada por quem acredita no regime democrático, e não se serve dele.
A novela da eleição do presidente da Assembleia da República faz lembrar os métodos passados no Ministério da Infraestruturas.
Com a incerteza ainda no ar, uma única certeza: a votação no Chega é a derrota de António Costa e de uma certa clique do PS – Sócrates, Vara, etc –, de que Pedro Nuno Santos foi parceiro e (ainda) é herdeiro, é o fim de uma forma de estar e fazer política, é a saída pela porta pequena de quem nos últimos 20 anos julgou poder manter o poder à custa da fragmentação à direita.
À beira do fim do segundo dia de campanha eleitoral oficial estão em cima da mesa as promessas falhadas do passado distante para melhor evitar ter de falar daquelas que foram feitas e também falharam nos últimos 8 anos. O mais extraordinário é que o embuste, com base na mesma estratégia de medo do costume, é liderado por Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, um dos campeões das promessas falhadas, enquanto o mesmo não se pode dizer do seu principal opositor, Luís Montenegro, que não carrega o pesado cadastro de experiência governativa que tem servido para enganar os portugueses, sobretudo os mais pobres.
Depois do falhanço da estratégia do medo, a propósito do Chega, a espécie de esquerda (ainda) no poder agora inventou uma nova intentona, a do "cerco" e da "coação das forças" das forças de segurança aos candidatos a primeiro-ministro.
P. S. Noutros tempos, os políticos não fugiam à pressa pela porta das traseiras.