CPI GÉMEAS: AFINAL HAVIA AINDA MAIS

Quando o calor aperta, os mails relativos ao caso do Hospital Santa Maria são como as pipocas, saltam de todos os lados, enquanto Marcelo Rebelo de Sousa, cautelosamente, adia a resposta de confirmar a sua presença para responder às questões dos deputados.

P. S. A omissão, a manipulação e a obstrução ao trabalho dos deputados merecem a atenção e a intervenção do Ministério Público. Já se percebeu que não chega dizer que existem ou não existem documentos essenciais para a descoberta da verdade.

SUPREMO RECUSA INVESTIGAR MARCELO

«Juíza de instrução considerou que as suspeitas do MP que recaem sobre Nuno Rebelo de Sousa poderiam estender-se ao Presidente da República. Mas no Supremo foi recusada a instrução do caso, alegando que se o MP não considerava Marcelo Rebelo de Sousa suspeito, não havia nada que o Supremo Tribunal de Justiça pudesse fazer».

P .S. «Devido aos indícios que o MP apontou a Nuno Rebelo de Sousa, a juíza Gabriela Feteira entendeu que os mesmos podia ser estendidos ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa — um entendimento que a procuradora Helena Almeida nunca promoveu junto do TCIC.

PORTUGAL À ESPERA DA IGAS

Enquanto o país continua à espera das conclusões da auditoria ao caso das gémeas do Hospital Santa Maria, a cargo da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), designadamente Marcelo Rebelo de Sousa, ninguém pode esquecer o "apagão do apagão fiscal", proporcionado pelo Inspector-geral da IGF, António Ferreira dos Santos, relativo às transferências para offshores. A não ser que...

P. S. Será que a investigação aberta pela PGR contra desconhecidos também foi entregue à procuradora Helena Almeida?

CREDIBILIDADE E CONFIANÇA

«O apagão do apagão fiscal e o almirante do dedo esticadinho são apenas rastos do país económica, financeira e institucionalmente falido. E o pior, já à vista de todos, ainda está por vir».

DO APAGÃO FISCAL AO EMBACIADO MARCELO

«À socapa, a elite continua a rir das “proezas” de Marcelo Rebelo de Sousa, desde que os ventos lhe sejam favoráveis, mantendo o status quo institucional. Qualquer que seja o buraco, como comprovam os 274,1 mil milhões de euros da dívida pública, serão os cidadãos a pagar, sobretudo os mais pobres».

APAGÃO DO APAGÃO FISCAL

Ana Gomes, no seu comentário na SIC Notícias, hoje, revelou que o Ministério Público arquivou o inquérito ao "apagão fiscal". Vale a pena recuar no tempo, através do artigo da ex-eurodeputada de 27 de Abril de 2019, estando em causa transferências para offshores de mais de 10 mil milhões de euros, dos quais cerca de oito mil milhões através do então BES.

P. S. Fernando Rocha Andrade, em 2017, ordenou um inquérito à Inspeção-Geral de Finanças para apurar o que poderia explicar a inacção da Autoridade Tributária. As conclusões desse inquérito ("falha informática") foram de tal forma deficientes e suspeitas que o então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais encaminhou o inquérito da IGF para a PGR para investigação criminal. Seis anos depois, por ora, mais um apagão.