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Quando Bate Mais Forte... É Irresistível!
O presidente eleito da Ucrânia pode ter perdido o apoio de Donald Trump e JD Vance, mas ganhou o respeito generalizado dos mais diferentes sectores políticos dos Estados Unidos da América e da Europa, surgindo como o herói do ocidente que não se deixou humilhar pessoal e institucionalmente e continua determinado a resistir a Vladimir Putin.
P. S. A pergunta do fato é um dos momentos mais embaraçosas da história do jornalismo livre
A discussão pública entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, em directo, é apenas mais um capítulo do folclore que serve os interesses internos de ambos.
P. S. Quem conheceu os detalhes dos bastidores da negociação da União Europeia com Portugal e a Grécia no tempo da Troika só pode sorrir face à peça que decorreu na Casa Branca.
A conferência de imprensa com Emmanuel Macron e Donald Trump é um fiel retrato à beira do epílogo da matança e do que resta da União Europeia: o presidente francês fez um bonito, ao corrigir o homólogo e defender que o agressor deve indemnizar o agredido, enquanto o presidente norte-americano garante a partilha as terras raras ucranianas com Vladimir Putin.
P. S. O grande derrotado é o povo ucraniano, cujas milhares e milhares de mortes não foram suficientes para garantir uma paz digna e justa, Volodymyr Zelensky continua a ser o figurante e os países bálticos que se cuidem.
A cimeira da paz, promovida pela Ucrânia, que decorreu na Suíça, é o ponto de viragem no apoio a Volodymyr Zelensky, uma forte mensagem para Putin e para todos os ditadores que apostam na força das armas para impor as suas ambições.
A visita de Volodymyr Zelensky a Portugal é um momento especial para todos aqueles que estiveram sempre e incondicionalmente do lado da paz, contra a bárbara invasão do ditador e sanguinário russo que escolheu o caminho errado do genocídio dos ucranianos para defender a sua "nova ordem" internacional.
P. S. Vale a pena recordar, no início da Guerra na Europa, as hesitações do então primeiro-ministro António Costa, num dos raros momentos em que Marcelo Rebelo de Sousa esteve sempre do lado certo.
A fanfarronice israelita está a esbarrar na complexidade da prometida invasão a Gaza. Os riscos de falhanço, de grandes perdas e da escalada do conflito, primeiro regional e depois mundial, também estão a retardar o assalto final. Entretanto, o genocídio do povo palestiniano continua em marcha lenta.
P. S. Volodymyr Zelensky deverá estar a recordar todas as promessas de apoio e solidariedade feitas pelos mesmos que também as fizeram ao povo palestiniano, para depois o abandonar à sua sorte.
A recepção ao presidente da Ucrânia, no Parlamento Europeu, está a ser impressionante. E nada poderá travar esta união, nem mesmo as palavras politicamente mesquinhas de António Costa, bem desmontadas pelo eurodeputado Paulo Rangel.
A decisão oficial de Olaf Scholz fornecer os taques "Leopard" à Ucrânia consolidam uma frente europeia unida para travar as ambições de Vladimir Putin.
Volodymyr Zelensky não deve ficar amofinado com as hesitações com os "Leopard". Basta pedir a António Costa alguns dos 260 "Pandur" que custaram 360 milhões de euros em 2005. E se, por mero incidente, quiçá corrupção, ainda não estiveram disponíveis, então deve ligar a Paulo Portas. Os portugueses agradecem.
P. S. O presidente ucraniano deve estar a começar a perceber a hipocrisia dos líderes europeus, bem como a estratégia norte-americana, que não é forçosamente influenciada pelo sangue derramado pelo povo ucraniano.
