PORTUGAL: BEM-VINDOS À CONCERTAÇÃO

«A morosidade registada no caso do “Cartel da Banca” é apenas mais um exemplo do caos em que a Justiça vive há décadas, protegendo os infractores mais poderosos. Importa sublinhar a conclusão: a concertação que rompe a concorrência é tão gravosa como aquela que na política alimenta os interesses instalados».

LABS DA SELVA

A Autoridade da Concorrência, liderada por Carlos Cunha, «condenou Affidea (Hormofuncional e Alves & Duarte), Joaquim Chaves, Germano de Sousa, Redelab, Beatriz Godinho e a Associação Nacional de Laboratórios ao pagamento de multas no valor total de 48,6 milhões de euros, pela participação num cartel que operou no mercado português de prestação de análises clínicas e de testes Covid-19 entre, pelo menos, 2016 e 2022».

DO CARTEL DA BANCA À IUS OMNIBUS

«Bancos arriscam pagar indemnização até seis mil milhões de euros a famílias e empresas no caso do cartel».

SÃO OS LUCROS, ESTÚPIDO

«A Autoridade da Concorrência deveria ter mais recursos para evitar que a falta de concorrência contribua para aumentos artificiais de preços. E isso acontece às claras na energia, na distribuição, nas telecomunicações ou em alguns produtos agrícolas».

MEO, NOS, NOWO E VODAFONE CONDENADOS

 «A Anacom condenou os quatro principais operadores de telecomunicações a 15 milhões de euros de coimas, por infrações detetadas em aumentos de preços».

CARTEL DA BANCA MAIS APERTADO

O falseamento das condições de concorrência no mercado por mais de uma dezena de Bancos (Caixa Geral de Depósitos, BCP, BES, BPI, Santander, Montepio e BBVA, entre outros), que ficou conhecido como o "Cartel da banca", já está nas mãos dos juízes do Tribunal de Justiça da União Europeia.

O COMBATE EXEMPLAR AO MUNDO DOS PACTOS SECRETOS

«A Autoridade da Concorrência é cada vez mais um exemplo (porventura dos poucos em Portugal) do que deve ser um regulador forte, bem liderado, preparado tecnicamente e sem contemplações perante os grandes interesses».

TELECOMUNICAÇÕES E PREÇOS

As imagens de quem perdeu tudo, sempre de telemóvel na mão, surpreende quem acompanha a Guerra na Europa, indiciando que os ucranianos beneficiam de preços de telecomunicações ao nível de um qualquer bem essencial. Quando é que as empresas de telecomunicações em Portugal deixam de ter protecção para poder praticar preços obscenos?

ULRICH COM PAPO DE ANJO

A divulgação do "doce" depoimento de Fernando Ulrich, a propósito da Autoridade da Concorrência ter multado o BPI, entre outros bancos, ficará nos anais da história da banca, ainda que certamente haja muito por contar, por exemplo, em relação a Angola.

NEM A CONCORRÊNCIA ESCAPA

«Governo quer poder para dar “orientações” à Autoridade da Concorrência».

CONCORRÊNCIA MAIS

Uma directiva europeia obrigou ao reforço de competências da Autoridade da Concorrência, entre as quais se conta a possibilidade de realização de buscas sem aviso prévio. Reduzir as multas a pó em Juízo vai ficar mais difícil.

CONCORRÊNCIA: DE FICÇÃO EM FICÇÃO

«A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou multas no valor de 583 milhões de euros entre 2004 e 2019, mas só recebeu, efetivamente, 15,5 milhões, isto é, 2,7% do valor que pretendia arrecadar».

CONCORRÊNCIA DE MAIS

«Autoridade da Concorrência condena 14 bancos a coima de 225 milhões de euros. As instituições em causa foram consideradas culpadas de formar um cartel para combinarem as condições na área do crédito à habitação, consumo e às empresas».

EDP E... 什么都没发生

«EDP acusada de lesar consumidores em 140 milhões. A Autoridade da Concorrência acusou a EDP de abuso de posição dominante e de ter lesado duplamente os consumidores. O dano terá chegado aos 140 milhões de euros. A empresa garante que não recebeu sobrecompensações».

P. S. Para os mais curiosos!

Assunção Cristas: uma questão de negócio

Autoridade da Concorrência anuncia investigação aprofundada à venda do Pavilhão Atlântico ao pelo consórcio composto por Luís Montez (fundador da promotora Música no Coração), a produtora Ritmos&Blues, a actual equipa de gestão do pavilhão e o BES PME. E a decisão para mais tarde recordar.