O DESASTRE CHAMADO MARCELO

O presidente acossado, suspeito aos olhos da opinião pública no caso do Hospital Santa Maria e envolvido em vários casos ainda não esclarecidos (caso Manuel Vicente, Tancos, demissão de António Costa, etc.) volta a assumir o papel de desestabilização, ameaçando convocar eleições antecipadas no caso do orçamento para 2025 não ser aprovado na Assembleia da República. É a precipitação do desastre, novamente, tal como ocorreu a 5 de Novembro de 2021, que resultou nas eleições antecipadas de 30 de Janeiro de 2022.

P S. Com a habitual sede de protagonismo, a repetição da descabelada ameaça presidencial, novamente em pleno processo de negociações entre os partidos com assento parlamentar, condena Portugal a caminhar para as terceiras legislativas em menos de três anos, o que bem atesta a falta de credibilidade em Belém.

SONDAGENS: OUTRA VEZ

Nas últimas legislativas, sondagens com pouco mais de mil inquiridos deram no que deram, para já não falar das "famosas" com mais ou menos 500 inquiridos. Passado mais de um ano, a receita volta a repetir-se! Será que ainda convence alguém?

COSTA DE DESCULPA. E MARCELO?

A repetição eleitoral imposta pelo Tribunal Constitucional apanhou de surpresa António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. Desta vez, o "virar de página" não funcionou. Enquanto o primeiro, apresenta um pedido de desculpa, ninguém ficaria admirado se o segundo pedisse perdão, rastejando em sinal de penitência. Afinal, continua a valer tudo no campeonato do folclore.

TEMPOS SOMBRIOS

Depois de anulados 61% dos votos de portugueses emigrantes e da queixa-crime apresentada pelo PSD, o presidente faz de conta, fugindo à pergunta de um jornalista. E, cumplicemente, desvia objectivamente as atenções de um alegado crime com os elogios à promessa (mais uma!) de alteração da lei eleitoral na próxima legislatura. Vivemos tempos sombrios.

ELEIÇÕES: 61% DOS VOTOS DOS EMIGRANTES FORAM ANULADOS

«Cerca de 81% dos votos da Europa e de 3% fora da Europa foram anulados por não terem cópia do documento de identificação junto ao boletim de voto».

UM GRANDE EMBUSTE

«Um mercenário, de direita ou de esquerda, ou de ambas, será sempre e apenas mais um mercenário que lá se vai safando, porque serve a “mão invisível” que trata da política, como do futebol, entre outros mercados».

DE QUEM SERÁ A MAIORIA ABSOLUTA?

«Entre as reações ao resultado das eleições, a mais surpreendente será porventura a dos principais dirigentes das confederações patronais e dos banqueiros mediatizáveis. Encontraram uma serena felicidade! Quase afirmam que a maioria absoluta é deles. Em que sentido? Ela liberta o Governo de influências nefastas de Esquerda».

RIO DE ESPECTÁCULO

Rui Rio perdeu as eleições, permitiu a maioria absoluta do PS e ainda ficou abaixo do número de votos em Pedro Santana Lopes em 2005. A teimosia no erro não é um bom espectáculo na hora da saída, sobretudo depois do discurso de derrota digno da noite eleitoral.

MAIORIA COM PRESSA

Na voragem do comentário político tem sido apenas destacada a maioria absoluta do PS, bem como a concentração de votos (69,78%) nos dois partidos que têm partilhado o poder desde o 25 de Abril. Mas é um erro desvalorizar a radicalização de uma parte da sociedade portuguesa, expressada à direita pelo crescimento do Chega e da IL. Aliás, a esquerda no seu conjunto perde votos (36.186 ) e a direita ganha (548.300).

A GRANDE ILUSÃO

«Agora, sem a desculpa dos empecilhos à esquerda, com a direita ainda mais radicalizada e varrida a importância de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa vai enfrentar a sua própria aventura».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

 

O povo votou,

o PS ganhou.

António Costa

NOITE ELEITORAL PROMETE

Quatro projecções das televisões sobre a taxa da abstenção têm uma diferença de 14 pontos entre o intervalo inferior e o superior.

CHEGOU!

E depois da campanha eleitoral: reflexão!

ERA UMA VEZ NO FAROESTE

«Quando Costa julgava que tinha enterrado o passado socrático em 2019, abjurando a peçonha e a sua herança, eis que ela surge, robusta e ferina, só para lembrar que não há crimes sem castigos».

RIO A SUBIR

Mais de 20% de indecisos a pouco mais de 24 horas das eleições podem dar o às de trunfo a Rui Rio. 

COSTA DE MARKETING

A cambalhota de António Costa é tão forçada quanto grotesca. Vai valer a pena saber quem são os conselheiros de marketing do PS na noite de 30 Janeiro. 

20 ANOS É MUITO TEMPO

Um enorme cansaço e rejeição em relação às figuras da esquerda no poder, bem como as outras que estiveram na primeira linha da política nos últimos 20 anos, fazem lembrar as derrotas de Cavaco Silva (1995) e José Sócrates (2009). E, mais do que Rui Rio a fazer tudo para ganhar as eleições, António Costa e os seus compagnons de route estão a perdê-las a cada dia que passa.

AS CONTAS DO PRÓXIMO DOMINGO

«Inesperadamente, o PM viu-se isolado em campanha e nos debates televisivos, perdendo as ilusões da maioria absoluta, em breve renunciando a ela mas desprezando sempre a oposição e os antigos aliados».

E QUANDO MENOS SE ESPERA

A última semana da campanha eleitoral tem sido uma síntese dos últimos seis anos. Depois de Marcelo Rebelo de Sousa, chegou a vez de António Costa, numa campanha sem estratégia e comunicação coerentes, confirmar e reafirmar a governação de cambalhota em cambalhota.

NOVA FORMA DE DIZER CAMBALHOTA

O que era  o inferno, desde o chumbo do orçamento, passou novamente a ser o oásis à esquerda. E, de um momento para o outro, a poucos dias das eleições, a comunicação social inventou uma nova forma de abafar a cambalhota, com a descoberta da erupção de "diálogo" e até "disponibilidade" de António Costa. À beira das eleições, o desespero está instalado no seio do PS.