O primeiro-ministro fez bem em criticar os que estão sempre atentos aos relatórios internacionais desfavoráveis e pouco interessados em assinalar os favoráveis, como foi o caso do processo Pisa.
Sobre a evolução dos indicadores da Educação é preciso não esquecer que este resultado coloca a nu a campanha de mentiras do governo que sempre responsabilizou os professores e os sindicatos pelo caos na Educação.
E mais: o coro de vozes da corte do costume, uma espécie de eco acéfalo do discurso oficial, que acusou os professores e os sindicatos de todos os privilégios (tal como os juízes, os procuradores, os médicos, etc) vem agora hipocritamente conferir-lhes uma parte da responsabilidade no êxito estatístico.
A pirueta não surpreende, mas continua a ser hilariante. No entanto, e agora sobre o que realmente importa, fica uma pergunta por responder: as conclusões de Pisa validam a rentabilidade dos enormes investimentos na escola pública ou provam que foi mais um desperdício de recursos?