FERNANDO ALEXANDRE EM ALTA

O ministro da Educação já chegou a acordo com sete sindicatos. Uma forte mensagem para o STOP e FENPROF.

NEGOCIAÇÕES FOREVER?

A rápida resolução dos processos negociais nos sectores da educação, justiça, saúde e segurança vão determinar o futuro do governo liderado por Luís Montenegro. Os politicamente miseráveis folhetins dos últimos 8 anos não podem repetir-se. É que já custaram muitas vidas e um prejuízo incalculável (incalculado) ao país.

DISSOLUÇÃO OBRIGA COSTA AO ACORDO COM MÉDICOS

A queda do XXIII governo obrigou António Costa, primeiro-ministro demissionário, a acabar com a pouca vergonha de cuidados de saúde indignos, ao longo de 14 meses, por força do braço-de-ferro com os sindicatos dos médicos.

P. S. As eleições antecipadas fazem milagres, designadamente acabar com a arrogância e a impunidade políticas sem limites

SNS COM CUNHAS E PIZARRO SEM VERGONHA

 A cada dia que passa, o caso das gémeas luso-brasileiras revela mais detalhes que já ultrapassam a dimensão do favorecimento, cavando ainda mais a suspeição em relação à cunha de Marcelo Rebelo de Sousa e de outras individualidades.

P. S. Manuel Pizarro, em dia de mais uma ronda de negociações com os sindicatos dos médicos, continua a exibir a desfaçatez política de dourar a pilula que os cidadãos têm de engolir por causa do caos no SNS.

SERÁ QUE A ELITE TEM VERGONHA?

No momento em que o poder faz-de-conta que os cidadãos não estão a ser negligenciados nos cuidados de saúde, já que foram sempre mais ou menos tratados como gado nos hospitais públicos, Manuel Pizarro faz o "favor" de voltar a reunir com os sindicatos dos médicos. Entretanto, o país é surpreendido pela notícia de mais uma "façanha" bárbara de tentativa de ataque a André Villas-Boas, rival declarado de Jorge Nuno Pinto da Costa. É um dos dias que melhor resume os oito anos da governação da dupla Costa/Marcelo ao fim de 8 anos. 

INFLUENCER: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (7)

No país em que os representantes dos órgãos de soberania andam numa roda viva para tentar garantir a execução dos grandes projectos – sem ainda termos a certeza que não passam de mais umas negociatas –, a tensão com os médicos continua a massacrar o dia-a-dia dos portugueses. E as negociações com os sindicatos estão interrompidas. Espantados? Ainda falta conhecer qual a verdadeira razão e/ou a pressão que fez avançar para a Operação Influencer sem uma indiciação fortemente consolidada. Pressa, qual é a pressa?

P. S. A Constituição garante para já o céu a Marcelo Rebelo de Sousa, mas a partir de 2026 muita e muita tinta ainda vai correr.

DE TRUQUE EM TRUQUE ATÉ À PRÓXIMA MORTE

A última proposta apresentada aos médicos não é para levar a sério, apenas visa mais uma tentativa para ganhar a opinião pública, questão que continua longe de ser conseguida pelo trio dos truques – António Costa, Fernando Medina e Manuel Pizarro. Entretanto, as mortes por falta de assistência no SNS acontecem. Até quando?

P. S. Entretanto, no Canadá, Marcelo Rebelo de Sousa descobriu um primo do primeiro-ministro em Toronto.

"EMPREGADO BANCÁRIO" DE CABEÇA PERDIDA

Mais de um milhão de pessoas a protestar em França contra a reforma das pensões de Emmanuel Macron. Um aviso para outros empregados da banca caseiros.

P. S. Colombey-les-deux-Églises.

NA PGR DE LUCÍLIA GAGO

Com a agenda política marcada pelo parecer do Conselho Consultivo da PGR sobre a greve dos professores, um cidadão que queira ler o documento na íntegra esbarra na opacidade versus incompetência dos serviços da PGR, o que, por ora, parece não incomodar Lucília Gago. Se não vejamos: consultada a pagina da PGR, relativa ao conselho consultivo, o último parecer disponível data de 12 de Agosto de 2022. Nem mais, entretanto, a propaganda do XXIII governo constitucional pode continuar impune, aliás com a garantia de ampla difusão pelos papagaios do costume.

P. S. O que esperam os sindicatos para divulgar na íntegra o parecer do Conselho Consultivo da PGR? Como consideram que a greve é legal, então a sua publicitação seria mais um serviço público.

COSTA: BAD CHOICE!

António Costa, nos primeiros nove meses, replicou as "aventuras" da anterior maioria absoluta do PS, fazendo lembrar o pobre que julga poder fazer tudo depois de ganhar o Euromilhões.

P. S. Com um governo recheado de ministros e secretários de Estado que estão à beira de cair, mais tarde ou mais cedo, o resultado das negociações com alguns sindicatos, que estão em curso, pode aferir se já percebeu a bad choice inicial, mesmo que contando com o branqueamento brutal de Marcelo Rebelo de Sousa.

RTP: externalização ou falhanço?

Como não poderia deixar de ser em tempos de crise, que afecta as empresas de capitais públicas, a estação pública de televisão vai emagrecer. Para quem apostou na colagem ao poder político, a decisão de «externalização de boa parte da produção» prova o falhanço da estratégia que só serviu para comprometer ainda mais a linha editorial da RTP. Resta saber se vai custar mais postos de trabalho do que o inicialmente previsto e necessário.

Greve geral: entre iludidos e desiludidos

Quem pretendeu aproveitar a boleia do calor para incendiar o país, certamente ficou desiludido com a adesão registada em mais uma greve geral. Derrota? Vitória? Isso é paleio da treta para quem ainda não percebeu, de um lado e do outro, que um protesto deve ser sempre ponderado, qualquer que seja a sua dimensão.

Greve aos exames: ficaram todos a perder

O balanço da greve dos professores aos exames é cristalino: todos ficaram a perder. O ministro da Educação, os sindicatos, os professores e os alunos têm razões de queixa, mas em Democracia cabe ao poder político a primeira responsabilidade. Nuno Crato, uma das estrelas que garantem o mínimo de credibilidade ao Executivo, deve reflectir e adoptar medidas para que a situação não se volte a repetir.

Dramatização da vida democrática

A greve é uma situação normal em Democracia. Tal como as eleições antecipadas. A dramatização de situações que fazem parte da normalidade democrática apenas serve a quem está interessado em manter  ou em conquistar o poder a todo o custo.

Pisa: a derrota dos mentirosos e hipócritas

O primeiro-ministro fez bem em criticar os que estão sempre atentos aos relatórios internacionais desfavoráveis e pouco interessados em assinalar os favoráveis, como foi o caso do processo Pisa.

Sobre a evolução dos indicadores da Educação é preciso não esquecer que este resultado coloca a nu a campanha de mentiras do governo que sempre responsabilizou os professores e os sindicatos pelo caos na Educação.

E mais: o coro de vozes da corte do costume, uma espécie de eco acéfalo do discurso oficial, que acusou os professores e os sindicatos de todos os privilégios (tal como os juízes, os procuradores, os médicos, etc) vem agora hipocritamente conferir-lhes uma parte da responsabilidade no êxito estatístico.

A pirueta não surpreende, mas continua a ser hilariante. No entanto, e agora sobre o que realmente importa, fica uma pergunta por responder: as conclusões de Pisa validam a rentabilidade dos enormes investimentos na escola pública ou provam que foi mais um desperdício de recursos?

Pirueta governamental

José Sócrates escancarou a porta do diálogo social. Ainda que seja preciso ouvir e ler duas vezes, tendo em conta o passado recente, que marcou o maior ataque aos sindicatos de que há memória, a verdade é que não há uma greve geral bem sucedida que não tenha efeitos práticos.