O PODER DOS REIZINHOS

«No nosso país, os reizinhos têm muito poder e amigos mas, apesar de tudo, nem sempre conseguem o que querem...».

A CORAGEM E O DESASSOMBRO DE ANA GOMES

«O desassombro de Ana Gomes nunca a abandonou e fez e faz dela a cidadã admirada mesmo pelos que não partilham os seus pontos de vista. Não poderá haver grandes dúvidas: a sua candidatura é a que tem mais espaço e possibilidades para se bater com Marcelo».

DESNORTE

«O Chega, se conquistar a necessária credibilidade, talvez ajude a criar um espaço de discurso público isento dos constrangimentos e dos tabus que têm impedido a livre expressão de quem não se revê no socialismo. O desnorte político e intelectual criado pela sua aparição parece-me um fenómeno de bom agoiro».

NÃO SEJAS PATO

«A "dupla" ainda consegue fechar tudo, ou quase tudo, escolhendo arbitrariamente até o local e a hora em que o vírus é mais perigoso, deixando o país limitado a "pão e água". Mas já ninguém consegue disfarçar a "matança" de idosos e menos idosos, por Covid e falta de cuidados e assistência hospitalar».

COSTA E MARX

«As televisões filmaram o corrupio de deputados socialistas e de, pelo menos, um governante de volta do deputado Ventura para o "sensibilizar" a mudar o sentido de voto. Acabara outra "linha vermelha", a segunda de Costa em escassos meses. O Chega, afinal, é frequentável para o Governo e o PS. Só depende da ocasião. Parafraseando Groucho Marx, Costa tem princípios e "linhas vermelhas". Se não servirem, arranja outros e muda de linha».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Não é aceitável que alguém morra 

antes do tempo 

por falta de cuidados.

Adalberto Campos Fernandes

ÀS CEGAS

«Por mais apelos que o presidente da República faça para que os portugueses (e os partidos) se unam, deixando ajustes de contas para mais tarde, não é possível assistir com cara séria à manipulação e ao desnorte que têm pautado a luta contra a pandemia».

COSTA: DO IMPOSSÍVEL AO POSSÍVEL

«Na entrevista à TSF (e DN) respondi que era impossível que o PM apoiasse Orban contra as regras do Estado de Direito depois do que tinha dito em Portugal sobre acordos com o Chega. Não teria cara para tal coisa. Peço desculpa pela minha ingenuidade...».

A PÃO E ÁGUA

O movimento "A Pão e Água" deu início a uma greve de fome por tempo indeterminado em frente às escadarias da Assembleia da República «depois de, ao contrário das suas expectativas, não terem sido recebidos pelo presidente da República».

JOÃO FERREIRA CRITICA MARCELO

O candidato comunista às presidenciais de 24 de Janeiro de 2021, durante o XXI congresso do PCP, não poupou críticas o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa: «a situação que o país enfrenta exige que a eleição do presidente da República não passe ao lado dos portugueses, como alguns gostariam».

P. S. Entretanto, o presidente e recandidato (que ainda não anunciou a recandidatura), ocupado em receber as farmacêuticas, lá continua em campanha.

PESADELO (IN)DISPENSÁVEL

Está quase, quase, a tentativa do Estado impor em cada casa, em cada família, o número de pessoas à mesa da ceia do Natal. 

FRANCESES NA RUA CONTRA LEI DA ROLHA

«A controversa lei que visa limitar a divulgação de imagens das forças de segurança levou à organização de um novo protesto e acabou em incidentes com a polícia».

CONSTITUCIONALISTA PARA A OCASIÃO

Depois de tentar evitar o travão a mais uma transferência do Estado para o Novo Banco, o presidente acordou, repentinamente, para a Constituição. E continua do lado errado da história.

O TEMPO É HOJE FATOR CRÍTICO

«A pandemia expôs disfunções nos nossos sistemas de emprego e da segurança social, mostrou "profissões essenciais" desvalorizadas e trabalhadores precários a serem despachados sem dó nem piedade, evidenciou quão desprotegidos estão profissionais cujas atividades são marcadas pelo individual, por sazonalidades ou por outras incertezas como é o caso no amplo setor da cultura».

E ASSIM VAI O COMBATE À PANDEMIA

Vacinação contra a Covid? Ninguém escapa. É prioritário vacinar os que têm mais de 75 anos, mesmo que os testes clínicos exijam cautela. Não interessa nada. Entre morrer abandonado nos lares e poder morrer da vacina... E assim vai o combate da pandemia na versão da "dupla" Marcelo/Costa, varrendo para debaixo do tapete o que se está a passar com a vacina da gripe, essa sim segura para todos os mais idosos.

A OBRIGAÇÃO CÍVICA DE DESCONFIAR

«António Costa, o brilhante driblador político, quando perde a bola parece o Neymar a rebolar no chão e a pedir a expulsão dos adversários. Perante esta prática reiterada é difícil confiar na dramatização que faz. Pessoalmente, perante a falta de transparência do nosso Estado a única certeza que tenho é que não quero confiar cegamente. Sinto até uma obrigação cívica de desconfiar».

FACE OCULTA: CSM ATENTO

«Conselho Superior da Magistratura solicitou esclarecimentos urgentes ao Tribunal de Aveiro».

RUI RIO: FAZER OPOSIÇÃO

O que acontece quando o líder do maior partido da oposição se comporta como deve? Cai o Carmo e a Trindade entre aqueles que têm criticado o sorvedouro de dinheiros públicos para o Novo Banco. Rui Rio assumiu, coerentemente, o que disse, quebrando um ciclo de oposição ineficaz que tudo tem permitido a Costa, e a Marcelo, até a gestão falhada da pandemia.

P. S. Como Rui Rio prometeu lá chegaremos ao contrato de venda, assinado por Costa e Centeno, e às cláusulas secretas.

CHINESES COMPRAM MAIS

«Chineses compram 23% da Mota-Engil por 169,4 milhões e ações disparam 9,7%».

P. S. Ainda mais fácil perceber porque estão «Marcelo e Costa colados».

O NOVO LUXO: PENSAR

«Pensar passou a ser um luxo e, se pensarmos na quantidade de pensamentos que nos assolam diariamente, percebemos que não eliminámos o pensamento, apenas a reflexão».

NOVO BANCO: E AGORA?

Cinco cenários para o futuro do Novo Banco

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ASSIM SE VÊ A VIDA DO PCP

O XXI congresso do PCP arrancou em Loures. Apesar da excepcionalidade do momento. Comprovando que é possível continuar a vida em pandemia.

BASTONÁRIA DOS FARMACÊUTICOS E O SERVIÇO PÚBLICO

«O serviço público está nas pessoas e não em quem paga o ordenado».

COSTA NO LUGAR

O último "truque" de António Costa no caso do Novo Banco, com a cobertura de o presidente, esbarrou em Catarina Martins e em Rui Rio. Finalmente, os líderes do Bloco de Esquerda e do PSD abriram os olhos, deixando António Costa no seu devido lugar: primeiro-ministro de um governo minoritário, cada vez mais isolado, que depende do Parlamento.

P. S. É oficial: o PS engoliu o PCP.

SARKOZY JULGADO

Começou o julgamento de Nicolas Sarkozy, acusado de corrupção e tráfico de influências na sequência de um escândalo que envolveu escutas telefónicas.

COSTA DESCONTROLADO

«Se não há cão, haverá gato». Foi assim a primeira reacção de o primeiro-ministro, após o Parlamento travar mais uma transferência do Estado para o Novo Banco, a qual diz tudo sobre a governação e o calibre do "estadista".

P. S. Orçamento do Estado 2021 aprovado apenas com os votos a favor do PS.

PALAVRA DADA É PALAVRA HONRADA

Catarina Martins e Rui Rio, em polos políticos opostos, lideram o fim do regabofe de transferências para o Novo Banco que resultam de um contrato assinado entre a Lone Star e António Costa e Mário Centeno. Isto sim, palavra dada é palavra honrada.

P. S. A propósito, vale a pena recordar a promessa de António Costa: «Não há encargos para os contribuintes».

ÉTICA E INTEGRIDADE, UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS

«É o nosso interesse colectivo que está em causa. E apenas colectivamente podemos cuidar dele e reforçar a sua importância e o seu significado para todos».

NOVO BANCO: ACABOU O REGABOFE DE DINHEIRO

«Bloco consegue eliminar do Orçamento do Estado a transferência prevista para o Novo Banco».

ALTOS CARGOS PÚBLICOS NA MIRA DOS JUÍZES

«A Associação Sindical dos Juízes Portugueses defende que os políticos e titulares de cargos públicos que ocultem património sejam punidos. A proposta, já apresentada ao Governo, prevê uma pena que pode chegar aos cinco anos de prisão».

NATAL É QUANDO O PM QUER

«Costa acredita que Azeredo Lopes desconhecia encenação e investigação paralela no caso Tancos».

MULETA ENCARNADA OU AVERMELHADA?

O Bloco de Esquerda, em coerência política, confirmou o voto contra na especialidade. Só falta saber o sentido de voto do PCP. A não ser que...

A DGS PRECISA DE UM SIMPLEX

«Levamos nove meses de combate à pandemia e continua a não haver um sistema estruturado e credível de recolha, tratamento e análise de dados. Há pouco critério e muita confusão. As autoridades públicas e de saúde estão a esforçar-se para destruir a (pouca) confiança que os portugueses ainda têm nas instituições. Vamos ser claros: podemos confinar o que quisermos, quantas vezes quisermos; podemos criar códigos de cores; podemos renovar estados de emergência e recolher obrigatório. Com esta balbúrdia, perdoem-me a franqueza, não vamos lá».

OS VAZIOS NAS CONTAS DOS MUNICÍPIOS

«Há lacunas na informação sobre os municípios, sim. A principal é a intolerância do Governo face à crítica. Já os críticos, esses acabam exonerados».

SEM PLANO MAS COM AS FARMACÊUTICAS

Depois dos alertas a denunciarem a ausência do plano de vacinação em Portugal, que já está concluído e anunciado noutros países europeus, o presidente e recandidato presidencial (que ainda não é recandidato) desatou a receber as farmacêuticas em Belém. Sempre a reboque... E sem selfies e afectos para retocar a popularidade.

APOIOS PARA QUEM MAIS PROTESTA

Em vez de uma estratégia clara e de objectivos bem definidos, António Costa lá continua na navegação à vista, anunciando e distribuindo apoios à medida da dimensão da crise e dos protestos.

P. S. Com as presidenciais marcadas ainda vamos assistir ao recandidato presidencial (que ainda não é recandidato) a auscultar os porta-vozes dos sectores empresariais, quiçá, até os dos movimentos da sociedade civil.

QUANDO NÃO HÁ DINHEIRO, O CORPO É QUE PAGA

«Se o coronavírus não escolheu classes etárias ou sociais – embora os mais velhos sejam os mais atingidos e os que sofrem mais –, a pandemia deixa a nu que os mais pobres vão pagar mais e durante mais tempo».

O CAMINHANTE

«As cidades, como os gatos, revelam-se à noite, e é revelador que, ao pôr do sol, as tenhamos entregado aos delinquentes e aos traficantes, mas também aos pedintes e aos sem-abrigo. A cidade nocturna e deserta está à nossa espera».

2001-2011-2021: A SÍNDROME SOCALISTA DOS ANOS "UM"

«Em 2001, seis anos de governação socialista desaguaram no pântano. Em 2011, seis anos de governação socialista resultaram na bancarrota. Resta saber o que nos reserva 2021, depois de mais seis anos de gestão socialista».

INICIATIVA LIBERAL FAZ A DIFRENÇA

«A proposta da Iniciativa Liberal, avocada para plenário, para criar um portal de transparência da execução dos fundos europeus, "de livre acesso público e cujos dados sejam de extração fácil" foi, esta terça-feira, aprovada, depois do chumbo em comissão».

UM ESTADO DE EMERGÊNCIA RENOVADO

«O estado de emergência ganha maior dimensão a cada renovação e assume contornos cada vez mais repressivos, sendo algumas das suas medidas claramente injustificadas».

MARCELO E COSTA COLADOS

Mais arrufo menos arrufo, enquanto não levamos com a vacina Coronavac, Portugal é, juntamente com a República Checa, dos últimos países da União Europeia que mantém um acordo de extradição com Hong Kong.

A CRIAÇÃO PELA PGR DE UM REGIME FORA DA LEI

«A colisão com princípios fundamentais do Estado de direito determina que a diretiva 4/2020 da PGR, para usar um eufemismo, ponha em causa o regular funcionamento das instituições».

MEDIA CAPITAL: ERC ENTRA EM CENA

«ERC determina “suspensão imediata” dos acionistas da dona da TVI».

E DEPOIS DOS LARES... AS PRISÕES

Mais de oito meses depois da primeira morte Covid em Portugal, e com a "matança" nos lares em curso, o presidente está preocupado com o surto da Covid nas prisões. E a ministra da Justiça ainda aguarda um parecer da DGS, garantindo que que está tudo controlado.

P. S.  As ministras da Saúde e Justiça em Belém fazem parte da encenação de distanciamento entre a "dupla". Até o PSD já deu conta e apanhou a boleia.

PELOS MÍNIMOS NÃO VAMOS LÁ

«Em todas as áreas, a resposta do Governo tem sido fraca e tardia, sempre sob pressão e na estrita medida do mínimo indispensável. Dizem-no todas as análises oficiais sobre a proposta de Orçamento do Estado: Conselho de Finanças Públicas, Conselho Económico e Social, Unidade Técnica de Apoio Orçamental, todos garantem que, se o Orçamento não agrava a crise, também não serve para a contrariar. O FMI identifica Portugal entre os países que menos investe a compensar os efeitos da pandemia».

NAVEGAR NA INCERTEZA

«Portugal precisa de defesa do interesse geral, transparência e coesão, tudo o que o ambiente de desespero pela salvaguarda da sobrevivência política não permite. No entanto, não os acautelar, com padrões mínimos de previsibilidade, de justiça e de inteligibilidade pelos portugueses, é minar o que resta de confiança nas instituições. Um rastilho que nenhum democrata deveria querer, mas que o registo de “vale tudo” há muito inaugurado impõe».

A PANDEMIA E O LOGRO ORÇAMENTAL

«Sabemos hoje que Portugal foi um dos países na União Europeia que, até agora, menos apoiou a economia. Feliz o país que em tempo de (alguma) bonança e crescimento, pensa na próxima recessão».

QUANDO MARCELO E COSTA FICAM NA BERLINDA

«Este confinamento não serve para nada. Uma crise económica é uma crise de saúde». Quem o afirma é António Ferreira, ex-presidente do Hospital de São João.

O VÍRUS DE SÁBADO À TARDE

«Não sei se o temível coronavírus, do qual se disse ter vindo dos morcegos, também sofre este tipo de mutações em função da hora do dia ou da noite. Será que ataca com maior ferocidade aos sábados e domingos à tarde, como parecem indiciar as restrições impostas pelo Governo?».

QUAL É A BASE CIENTÍFICA PARA AS MEDIDAS ANUNCIADAS?

 Excelente comentário de Bernardo Ferrão na SIC Notícias.

PORTUGAL ESTÁ A LEVANTAR FERVURA

«Com semanas dramáticas pela frente, o governo tem de arregaçar as mangas e começar a trabalhar com rigor e verdade, já que pouco mais é esperado de o presidente, a não ser a habitual torrente de palavras pias e pomposas».

TIAGO MAYAN GONÇALVES CRITICA PRESIDENTE

«Marcelo não foi presidente. Marcelo foi ministro da propaganda deste Governo».

VACINAS CONTRA A INCOERÊNCIA

«A bonomia dos portugueses poderia atirar num abrir e fechar de olhos para o esquecimento novo episódio de desacerto comunicacional. Mas é impossível. Nem com toda a bondade do Mundo se pode ignorar que é com desconfiança que todos olham para o que se segue: a campanha de vacinação para a covid-19». 

IPSE DIXIT. BOA SEMANA

A corrupção dos governantes 

quase sempre começa 

com a corrupção dos seus princípios.

Montesquieu

RESPONSABILIDADE POLÍTICA... E CRIMINAL

Oito meses depois da primeira morte de Covid em Portugal, e de todos os desvarios, o Conselho de Ministros admitiu o óbvio: todas as contratações de substituição poderão ser feitas diretamente pelos hospitais. Não, a culpa não é só de Marta Temido. E a responsabilidade não é só política.

P. S. O julgamento dos governantes não se faz só no momento das eleições: "Crimes de Responsabilidade dos Titulares de Cargos Políticos".

PCP E CHEGA: E A PANDEMIA CONTINUA

Os fantasmas do regime – PCP (Avante, Congresso e Orçamento) e Chega (Ciganos, Fascismo e Xenofobia) – têm liderado o debate público, mas ainda não conseguiram abafar a cobertura de o presidente e de o primeiro-ministro a uma terrível gestão da pandemia a roçar o criminoso.

LOBOS E CORDEIROS

«Para não dar lucro aos “privados”, será legítimo que os portugueses fiquem sem tratamento nos hospitais do Estado? O que interessa é a beleza do ideal. E, nesse ideal, não entram as garras dos “abutres” da saúde, mesmo que isso implique a morte de centenas ou milhares».

COSTA E O TAL "ESTUDO"

O primeiro-ministro citou um "estudo" de Henrique Barros. É o tal estudo do «parece que»? Ou será que há outro? E é um estudo científico (secreto?) ou de encomenda de achismo à la carte?

P. S. Na mesma linha, de sublinhar que o PM está satisfeito com a "exigência" de o presidente. Está tudo dito.

MARCELO ATIRA A TOALHA AO CHÃO

A comunicação de o presidente não desiludiu: brandir o pau e branquear o branqueamento são expedientes de mais uma fuga em frente. Só resta saber quais as consequências imprevisíveis ao nível da contestação. Ou seja: Enquanto pede aos portugueses que não desistam, o presidente da República, mais arrufo menos arrufo, atira a toalha ao chão, evitando escrutinar e responsabilizar um governo liderado por quem, aliás, tem na mão o poder de lhe dar vantagem nas presidenciais de 2021.

P. S. A ameaça do PR de estado de emergência sine die é apenas a confirmação da incapacidade da gestão da pandemia. E o estilo de Estado, quando balofo, porque não tem sustentação nem na acção nem na fundamentação, nem sempre resulta em eleições, como a História já nos ensinou.

OS QUATRO PECADOS DA CRISE POLÍTICA DA PANDEMIA

«À medida que a pandemia progride, e se transforma também numa crise económica e social, a confiança nas instituições vai sendo colocada em causa. Polarização e confronto substituem o consenso. Como alertei então, era fundamental que o Governo agisse com transparência, clareza e coerência. O Governo tem feito o contrário».

FALAR MENOS, FALAR MELHOR

«Num mês, a maioria das infeções são contraídas em contexto familiar, as escolas não representam perigo e os restaurantes têm que fechar mais cedo porque são um potencial foco de contágio, noutro mês não há provas sobre o contexto de maior perigosidade interfamiliar, os números entre os jovens são alarmantes e os restaurantes afinal não são perigosos. Demasiadas contradições dão numa coisa: cada um ouve apenas o que lhe interessa».

FUNDAÇÕES... SEM MAIS

«Governo obrigado a divulgar transferências para as fundações».

E DEPOIS DO TABU... RÁBULA À VISTA

O anúncio da recandidatura está por um fio. Entretanto, há nova rábula institucional à vista: com um PS eunuco nas presidenciais de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa, ainda antes de vestir a pele de recandidato a Belém, está quase a iniciar um arrufo com António Costa por causa da gestão da Covid. Tudo para sacudir a água do capote e simular um distanciamento inexistente nos últimos cinco anos. Vai ser politicamente grotesco, muito triste de assistir...

EMERGÊNCIA, MENTIRA, INCOMPETÊNCIA E ABUSO

Decisões gravíssimas estão a ser tomadas arbitrariamente, sem base na ciência e no conhecimento, à custa da banalização do estado de emergência. Sintonizados neste inimaginável desrespeito pelos portugueses, o presidente e o primeiro-ministro estão apenas a destruir a economia e a estrutura familiar e social, com a agravante de ameaçar que vai ser assim ao longo de muitos meses.

P. S. A proibição dos profissionais de saúde poderem sair do SNS é mais um abuso, uma machadada na liberdade. E, amanhã, vão ser proibidos de revelar o que se está a passar no SNS?

RESPOSTAS MÍNIMAS, CRISE MÁXIMA

«Não é inevitável sermos vencidos pela crise, deixar cair empresas que eram viáveis antes da pandemia, permitir a destruição de postos de trabalho que serão necessários daqui a meses. Essa é a proteção que precisamos para o país e que é justificada por este momento de emergência. Não queremos recauchutar chantagens nem abrir portas a fantasmas, é uma resposta corajosa que se exige em nome do futuro do país».

EMERGÊNCIA, CUMPLICIDADE E PRÉ-CATÁSTROFE

Com os portugueses tratados ora como criminosos ora como exemplares, às mãos de uma "dupla" que governa como quer, e não como deve, o estado de emergência passou num Parlamento cada vez mais cúmplice desta espécie de gestão da pandemia.

P. S. Enquanto o poder conta camas e ventiladores, Portugal assiste ao alerta desesperado de enfermeiros e médicos face à situação de pré-catástrofe.

AS MUDANÇAS TRAZIDAS PELA PANDEMIA

«A disrupção provocada pela pandemia levou a alterações estruturais, e em muitos casos acelerou outras, que tenderão a perdurar no tempo».

TANCOS MAIS PERTO DE MARCELO

«Director da PJM falava com chefe da casa militar do Presidente sobre Tancos, garante major.

Roberto Pinto da Costa diz ter acreditado que Marcelo e o ministro da Defesa estavam a par da investigação da Judiciária Militar e admite ter mentido a procuradores: “Um militar não põe em causa uma ordem”».

COVID: MENTIRA E CRIME

Os "comissários" do regime desataram em socorro de Marcelo e Costa. Afinal, dizem, fofinhamente, que outros países também têm dificuldades em identificar a origem dos casos Covid. Ora, a questão é outra: é a mentira descarada e impune para justificar a tomada decisões graves que estão a liquidar as famílias, a economia e o país. Sexta (20), se o Parlamento permitir, há mais folclore colorido com o presidente. E, sábado (21), após o Conselho de Ministros, ficaremos em casa aterrados a ver passar tanto "sabujo" criminoso e impune, mesmo à nossa frente.

MP: UMA MAGISTRATURA OU UM SERVIÇO DA PGR?

«Com esta alteração, sem que exista inovação legislativa, o PGR poderá mais facilmente interferir em investigações concretas, o que deixa o Ministério Público e a investigação criminal mais vulnerável a interferências externas».

COVID: ISTO NÃO PODE CONTINUAR ASSIM

O presidente o primeiro-ministro tomam decisões da maior gravidade com base em 18,6% casos Covid cuja origem é identificada.

SILÊNCIOS DOS AMANHÃS QUE CANTAM

O silêncio de o presidente e do primeiro-ministro sobre questões de Estado – por exemplo a interferência política no caso Tancos e a prisão de um cidadão português na China – é mais perigoso para a Democracia que qualquer Chega.

P. S. Em vésperas de eleições presidenciais, este tema deverá marcar a agenda até 24 de janeiro de 2021. Ou será que não interessa nada?

REUNIÃO DO INFARMED DE VOLTA

Como se não bastassem os penosos exercícios diários de "informação" de Graça Freitas e Marta Temido, hoje regressa a reunião do Infarmed. Quem serão os próximos culpados? Certamente, os transportes públicos apinhados não devem ser... Até há uma espécie de "parece" e tudo...

O INENARRÁVEL "CORDÃO DE SEGURANÇA"

Há quem defenda um "cordão de segurança" à volta do Chega. A resposta de Rui Rio na TVI, ontem, e a de Sérgio Sousa Pinto na RTP, no dia anterior, desmascararam a tentativa de desviar as atenções dos problemas da gestão da pandemia e da governação de António Costa. 

P. S. Ocupar metade do tempo de uma entrevista ao líder do maior partido da oposição com do tema Açores/Chega é uma opção editorial. Mas que parece militância e frete políticos, lá isso parece.

MAIS AUSTERIDADE?

Depois dos alertas deixados por Mário Centeno e Comissão Europeia vai ser interessante observar até que ponto a austeridade vai ser reforçada em Portugal.

TVI: CMVM CONFIRMA DECISÃO

Mário Ferreira vai ter que lançar uma OPA sobre 70% da Media Capital, uma confirmação da decisão anunciada pela CMVM em outubro passado.

PORTUGAL E OS DESIQUILÍBRIOS

«Bruxelas publicou a avaliação económica de Inverno e coloca Portugal entre nove países com desequilíbrios macroeconómicos».

OS ELEITORES PESTILENTOS DO CHEGA

«O caminho a fazer é muito mais exigente, requer mais cidadania, mais independência, mais trabalho, menos palavreado estéril (...) O essencial do caminho é exigir coerência, seriedade, rigor, transparência e democraticidade a quem governa. O essencial do caminho, no atual contexto, passa por exigir ao Governo que explique o gasto de cada cêntimo dos fundos comunitários que aí vêm. Que seja transparente nas políticas e na subsidiação dos negócios com as energias limpas. Que aprove verdadeiras medidas de combate ao desperdício de dinheiro público e não favoreça cartéis de empresas detentoras dos monopólios naturais. Que defenda a legalidade e faça com que os tribunais, as magistraturas e as polícias funcionem como o único poder dos que não têm poder nenhum».

TANCOS: CASO DE ESTADO E INTERFERÊNCIA POLÍTICA

Ao mesmo tempo que lançou fortes criticas à nova diretiva da PGR, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público disse em voz alta o que a generalidade dos cidadãos pensa em voz baixa: a porta está aberta à «interferência política na investigação criminal» E, como exemplo, cita com estrondo o que se passou no caso de Tancos.

P. S. Presidente, primeiro-ministro, PGR e ministra da Justiça vão assobiar para o lado, fazendo de conta que não leram, ouviram e viram a denúncia de quem representa os magistrados do MP.

O TEMPO DA VERGONHA

«Contado ninguém acredita. Em plena pandemia, com os serviços a rebentar pelas costuras e o País em Estado de Emergência, há Enfermeiros em risco de serem despedidos e, noutro caso, obrigados a trabalhar infetados. Estamos a chegar ao grau zero da decência».

IDOSOS SACRIFICADOS

«Mais de dez mil idosos infetados desde o início de novembro, mais do que em todo o mês passado».

BI SINAVE E O FADUNCHO

A nova plataforma para tratamento de dados da pandemia entrou em vigor. Mas continua a ser um segredo de Estado, não permitindo aos investigadores aferir as suas qualidade e credibilidade. Mais uma martelada? 

P. S. Por mais  faduncho e branqueamento que por aí andem, mentiras, falsas promessas e propaganda enganosa são sempre inaceitáveis.

COTRIM FIGUEIREDO EMBARAÇA PRESIDENTE E GOVERNO

«Iniciativa Liberal pressiona Governo no caso do jovem português [Tsz Lun Kok] preso em Hong Kong e denuncia novas detenções».

P. S. É de registar o silêncio e a inacção dos restantes partidos políticos, certamente por ser «jogo diplomático delicado».

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PR E PM: A DUPLA EM SILÊNCIO

 

PGR: O REGRESSO DA DIRECTIVA

«Nova diretiva emitida pela PGR diz que os superiores hierárquicos dos magistrados podem dar “ordens e instruções” relativamente a um processo especifico, ficando, no entanto, tais informações “sempre reduzidas a escrito”».

INFORMAÇÃO QUE NÃO INFORMA

Num dia, ouvimos os representantes dos profissionais de Saúde a dizer que o país está à beira do caos. No momento a seguir, o presidente, o primeiro-ministro e os ministros fazem contas sobre os ventiladores e as camas disponíveis. O que fazer? A solução menos esclarecedora é citar uns e outros sem mais informar.

AMIGO DO PM AMEAÇA FESTA

«Governo admite que veto da Hungria atrase os milhões que virão da Europa».

COSTA EM FASE AUTOCRÍTICA

António Costa tem repetido que o investimento no SNS não tem paralelo nas últimas décadas, esquecendo que nos últimos 41 anos o PS foi o partido político que mais governou em Portugal. A autocrítica passou entre os pingos da Covid.

FANTASMAS DE UM NATAL PASSADO

«Mário Centeno conforma-se com o pior cenário. E tudo em nome de uma preocupação - o aumento da dívida pública. Ora, a realidade já provou que a dívida é caprichosa e ingrata, que se alimenta do desemprego e da recessão. Políticas débeis, como aquelas sugeridas por Centeno, não conseguirão evitar essa deriva».

BORIS JOHNSON: NOVA MODA?

Boris é notícia outra vez. Não, não está infectado com o Covid, Luís. É apenas mais um momento político difícil... E, agora, é só o isolamento profilático...

QUANDO VENTURA SOMA E SEGUE

Tentar confundir o sistema democrático e o sistema democrático viciado e corrupto revela má-fé e ignorância, quiçá o nível de impunidade do discurso fácil e hipócrita.

P. S. Quando André Ventura "engole" Miguel Sousa Tavares... É um momento triste do jornalismo!

E TEMIDO CONTINUA

«A Ordem dos Enfermeiros Norte acusou a tutela de "fazer uma cortina de fumo" à informação sobre transferências de doentes no Norte do país e descreve "relatos dramáticos" de profissionais de Guimarães, Braga, Famalicão e Tâmega e Sousa».

A OUTRA CARA DE CENTENO

«Os níveis de dívida tornam proibitivas intervenções massivas nos apoios às famílias e à economia».

O GOVERNO ESTÁ A DESTRUIR A ECONOMIA SEM CUIDAR DA PANDEMIA

«Era previsível a chegada de uma 2ª vaga. O presidente do PSD foi talvez o primeiro a falar nisso em termos políticos e a alertar que outubro seria um mês crítico. O primeiro-ministro vem agora dizer que a 2ª vaga chegou cedo demais. Mas o próprio primeiro-ministro disse entre maio e junho que apontava o início da 2ª vaga para outubro. Portanto, sabia. E pouco fez para preparar o país para esse duríssimo embate».

MINORIAS E MAIORIAS PERIGOSAS

«Não há cimento de civilização nem estadistas com causas mobilizadoras. Apenas o instantâneo, a mentira de Estado, o poder pelo poder e a corrupção que alimenta clientelas em troca de umas comissões, tudo esfuziantemente embrulhado em matizes ideológicos».

O CANSAÇO DO CANSAÇO

«O cansaço maior é com os que puderam ter feito e não fizeram ou que fizeram sem acautelar o que estavam a gerar em termos de interrupção da normalidade das práticas constitucionais e políticas, dos impactos da falta de critério na decisão e na ação política e da geração de campos de pasto para os populismos e outros ismos presentes na sociedade portuguesa».

"ATALHO", NOVO BANCO E ÁFRICA

 Ana Gomes no último comentário semanal na SIC Notícias.

O OBTUSO ULULANTE

«Esta "medida" de fechar concelhos, 191 a partir de hoje, ao fim de semana depois das 13 h e até às 5 h do dia seguinte, é temerária».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

A ciência de governar é neste país uma habilidade, 

uma rotina de acaso, 

diversamente influenciada pela paixão, 

pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.

Eça de Queirós