IPSE DIXIT. BOA SEMANA! (37/2023)

«O ministro Manuel Pizarro 

acaba de dizer que está muito surpreendido 

porque não conseguiu 

chegar a acordo com os médicos. 

Poderíamos dizer que Manuel Pizarro 

está surpreendido 

com a sua própria incompetência. 

(...) Há um plano, 

e o plano é 

esvaziar o SNS».

Catarina Martins

10/09/23

«A minha denúncia é cívica e política. 

Mantenho tudo o que disse 

e vou recorrer desta decisão 

para o Tribunal da Relação de Lisboa».

Ana Gomes

08/09/23

«A principal resposta do governo

à imigração e ao envelhecimento

do mercado de trabalho

tem sido facilitar

a imigração de trabalhadores

de fora da União Europeia.

Pedro Martins

08/09/23

«A geração mais bem preparada de sempre 

sabe identificar claramente 

quando está a ser vítima de um esquema 

que tem como único objetivo 

demonstrar a inexistência de soluções 

para um projeto de vida no país».

Rui Rocha

07/09/23

«O que é

que o presidente fez 

durante todos estes anos?

Por que é que o presidente 

só agora está a levantar 

todos estes problemas?».

Bernardo Ferrão

06/09/23

«Quando nós nos confundimos nos papéis

é que as coisas podem correr mal».

António Costa

05/09/23

«Depois de o Governo 

ter ceifado o rendimento dos senhorios 

em 3,43 pontos percentuais em 2023, 

(...) os senhorios poderão vir a ser expropriados 

em 4,94 pontos percentuais, 

limitando o aumento das rendas a 2%, 

em comparação com os 6,94% a que teriam direito».

Ricardo Arroja

04/08/23

PRESIDENCIAIS 2021: ELEVAR O NÍVEL DO ESCRUTÍNIO

Dá sempre muito gozo elogiar os jornalistas. E ver e ouvir uma entrevista conduzida por jornalistas competentes, livres e independentes ainda é mais gratificante. Bernardo Ferrão e Ricardo Costa fizeram uma excelente entrevista a Marcelo Rebelo de Sousa, a tal ponto que o próprio, surpreendido e perdido, invocou o seu estatuto de presidente em funções. De facto, é um recandidato com as mãos cheias de nada.

QUAL É A BASE CIENTÍFICA PARA AS MEDIDAS ANUNCIADAS?

 Excelente comentário de Bernardo Ferrão na SIC Notícias.

VIEIRA "AUTORIZAVA E ACEITAVA" E "NUNCA IMPEDIU"

«Bem sei que uma acusação não é uma condenação e que tudo isto terá de ser provado, mas se Vieira “autorizava e aceitava” e “nunca impediu” porque não foi acusado?».

ESTILHAÇOS DA GUERRA A MARQUES VIDAL

«Lançar esta guerra a Marques Vidal, encostando-a a uma fação, é tudo menos sensato». 

“Somos todos Centeno”, o slogan a evitar em 2019?

«O país precisa de boas contas e equilíbrio orçamental mas também precisa de melhores serviços públicos e de mais investimento. Não basta encher o peito em defesa do Estado social. Costa pode orgulhar-se de ter o melhor défice da democracia e o presidente do Eurogrupo sentado no seu Conselho de Ministros. Mas terá de decidir se até 2019 quer levar à letra o “somos todos Centeno” de Adalberto Campos Fernandes. O défice pelo défice não traz mais votos. E a paz social já teve melhores dias. Agora, como disse António Guterres, é fazer as contas».

Costa, Rio e a Saúde.

«Era bom que trocassem umas ideias sobre o assunto».

Até quando aguenta Rui Rio? Uma discussão sem sentido

«É verdade que o homem das tão discutidas “trapalhadas” do passado o encostou às cordas, mas isso só beneficiou Rui Rio. Por mais injusta que nos pareca a percepção, a verdade é que Santana fez sobressair o adversário, até mesmo quando lhe desferiu os golpes mais vibrantes. Na arena de Santana, Rio mostrou-se o mais fraco, mas o PSD considerou-o o mais confiável. Agora veremos o que dirá o país».

O ministro está na frigideira

«Vieira da Silva já falou sobre o caso duas vezes, mas "sempre de forma algo atralhada" e "ainda não matou todas as dúvidas».

O Governo não percebeu o que estava a aprovar na sexta-feira?

«A cambalhota do PS no caso da contribuição para as empresas de energias renováveis revela um mal que não é novo. Os contratos com as elétricas, deixados em grande parte por José Sócrates, são de tal forma leoninos que se tornaram numa espécie de campo de minas que muito poucos ousam atravessar. Como se percebe uma vez mais, o problema não está apenas no rendilhado altamente complexo destes processos. A questão também está no poder destas empresas e no alcance dos seus avisos. Lembrando uma célebre expressão de Pedro Nuno Santos: qualquer Governo “fica de pernas a tremer”».

Não é abstrato. O Governo está isolado na sua minoria

«Já repararam como o PS está cada vez mais sozinho em palco?».

PCP e o biombo da nova vida do Bloco

«O BE precisa que a “valsa” continue a ser dançada a três, como escrevia Louçã. O problema é que os comunistas estão descontentes e já não alinham em novas geringonças de contradições. BE e PS preferiam manter o jogo por mais uns tempos e, no final, deixar o ónus para o PCP. Mas, na verdade, começa a ficar tudo às claras - o biombo já encobre muito pouco».

Para que serve o PSD? Santana e Rio ainda não nos disseram

«O título deste texto não pretende ser uma provocação. É antes uma pergunta séria e legítima que devia estar a ser respondida pelos dois candidatos à liderança do PSD, o maior partido da oposição. Infelizmente, por agora, o que mais temos visto na contenda entre Rui Rio e Santana Lopes é sobretudo um esgrimir de figuras de estilo. Um diz-se mais de afetos, o outro de “contas certas”. Um segue o modelo Marcelo, o outro aposta na versão Cavaco. Mais do que o estilo da futura liderança, parece-me que o PSD tem de se repensar enquanto partido. Deve discutir a sua essência, o seu lugar no espetro político e na sociedade».

O clube de amigos de António Costa

«Sempre que nos dizem que o primeiro-ministro chamou mais um amigo para o Governo ou para negociar em nome do Estado, encolhemos os ombros: lá vai mais um para o clube de António Costa. Ou como diz a canção, traz um amigo também!».

A bala de prata de Santana. Será que acerta?

«Os 6 anos na Santa Casa da Misericórdia e o comentário político puseram-no noutra frequência. Mais sereno e mais distante dos holofotes mediáticos que tanto o iluminaram, atingiu um lugar confortável e respeitado. Mas esta caminhada pode não ser ainda suficiente para apagar da memória coletiva os episódios, alguns injustos para o próprio, do “menino guerreiro” e das muitas confusões em São Bento».

Marcelo acertou: há um novo ciclo à direita

«Passos não devia sair assim: humilhado. Tem um passado importante que devia preservar. Foi primeiro-ministro num tempo incrivelmente complexo e exigente».

Passos, Rio e o pimpampum de Marcelo

«Marcelo Rebelo de Sousa não morre de amores pelo homem que se anuncia. Viraram costas nos tempos em que Marcelo era líder e Rio secretário-geral. Se Marcelo, o apelidado “cata-vento”, teve com Passos uma relação difícil com o PSD, com Rui Rio o Presidente ficará outra vez do lado de fora da São Caetano: à distância e sem controlo. Há no entanto uma pergunta que pode ser ponderada pelo superpoder de Belém: entre Passos e Rio, qual dos dois pode fazer mais mossa na caminhada de Costa para uma maioria absoluta? Enquanto não chega a vez de Luís Montenegro, será que o Presidente vai ter de torcer por quem não quer?».

O problema de Costa está nas esquerdas

«Se a hipótese do PCP no Governo é pouco provável, imagine-se o que seria a vida de António Costa com o BE no conselho de ministros e os comunistas sozinhos nas ruas».

Pedrógão e o governo das culpas dos outros

«Depois das revelações do “Expresso” e do “i”, o primeiro-ministro e os ministros saíram à rua como uma estratégia muito bem definida: desmentir a existência de listas secretas e centrar as atenções no Ministério Público. Ao mesmo tempo, nas redes sociais, está em curso (mais) uma campanha contra os jornalistas. Os anónimos, com cartão de militante, que escrevem nessas páginas acusam os jornais das “mais rebuscadas teorias da conspiração”. Nada de novo, portanto».

Sr. Presidente, ponha ordem no paiol!

«A mácula tomou conta de uma instituição que não estava habituada a tanta exposição. Corporativos e fechados sobre si próprios, os militares têm sido notícia pelas piores razões. Reparem na sucessão infernal dos últimos tempos: chefias militares detidas por suspeitas de corrupção, mortes nos Comandos, a polémica no Colégio Militar e agora este assalto. São casos que contribuem para a imagem de uma instituição que se mostra apodrecida pelos esquemas tão típicos dos pequenos poderes. Uma instituição com chefias a mais e tropas a menos. Desatualizada. Agarrada a um status-quo que se julga (ou julgava?) intocável».