BLOCO DE ESQUERDA RENDIDO?

Com uma ministra da Saúde que se demitiu mas ainda está em funções, com cidadãos a morrer à porta e entre hospitais, o Bloco de Esquerda não recorda, com  assertividade, que chumbou um orçamento para evitar o caos no SNS a que estamos a assistir ao vivo e a cores todos os dias.

P. S. E depois das promessas fantasiosas e incumpridas de António Costa, é tempo de começar a pagar a factura do presidente que temos.

COSTA NO LUGAR

O último "truque" de António Costa no caso do Novo Banco, com a cobertura de o presidente, esbarrou em Catarina Martins e em Rui Rio. Finalmente, os líderes do Bloco de Esquerda e do PSD abriram os olhos, deixando António Costa no seu devido lugar: primeiro-ministro de um governo minoritário, cada vez mais isolado, que depende do Parlamento.

P. S. É oficial: o PS engoliu o PCP.

NOVO BANCO: ACABOU O REGABOFE DE DINHEIRO

«Bloco consegue eliminar do Orçamento do Estado a transferência prevista para o Novo Banco».

MULETA ENCARNADA OU AVERMELHADA?

O Bloco de Esquerda, em coerência política, confirmou o voto contra na especialidade. Só falta saber o sentido de voto do PCP. A não ser que...

OS VAZIOS NAS CONTAS DOS MUNICÍPIOS

«Há lacunas na informação sobre os municípios, sim. A principal é a intolerância do Governo face à crítica. Já os críticos, esses acabam exonerados».

PELOS MÍNIMOS NÃO VAMOS LÁ

«Em todas as áreas, a resposta do Governo tem sido fraca e tardia, sempre sob pressão e na estrita medida do mínimo indispensável. Dizem-no todas as análises oficiais sobre a proposta de Orçamento do Estado: Conselho de Finanças Públicas, Conselho Económico e Social, Unidade Técnica de Apoio Orçamental, todos garantem que, se o Orçamento não agrava a crise, também não serve para a contrariar. O FMI identifica Portugal entre os países que menos investe a compensar os efeitos da pandemia».

FUNDAÇÕES... SEM MAIS

«Governo obrigado a divulgar transferências para as fundações».

MAIS AUSTERIDADE?

Depois dos alertas deixados por Mário Centeno e Comissão Europeia vai ser interessante observar até que ponto a austeridade vai ser reforçada em Portugal.

FRIVOLIDADES

«Os bloquistas agiram precisamente de acordo com o mandato que têm dos eleitores e, sobretudo, com a conceção da defesa dos interesses do país por que sempre se bateram. Na devida altura os eleitores falarão pelo voto. Aos oráculos inquietos sempre direi que não há expressão mais deprimente da “frivolidade” do que confundir desejos com realidades».

CUIDAR DA SAÚDE DAS PESSOAS E DO PAÍS

«No contexto geral que vivemos e com os efeitos da pandemia a agravarem-se, o processo de discussão e aprovação do Orçamento do Estado (OE) para 2021 e em particular o seu conteúdo, não parecem estar à altura dos problemas com que nos deparamos para tratar da saúde das pessoas, da economia, da sociedade e do país».

VAI DAR AO MESMO

«É evidente que não teremos no Orçamento para o próximo ano nenhuma rutura com os vícios parasitários da captura do Estado, da opacidade e da corrupção. Quem portanto espera uma mobilização política para o reforço dos serviços públicos ou para o apoio às empresas num período de crise profunda pode esperar sentado. O Orçamento para 2021 vai ser como tem sido sempre: primeiro servem-se os leões, no fim as sobras vão para as hienas».

AMBIENTE DE FACILITISMO

Com o orçamento ainda pendurado pela votação final global, não há um dia sem anúncio do governo de milhões e mais milhões para isto e para aquilo. Nunca o ambiente político foi de tanto facilitismo com dinheiro que não existe, que há-de vir e que, segurem-se, vai ter de ser pago mais tarde ou mais cedo.

P. S. O voto contra à esquerda, liderado por Catarina Martins, é a prova que António Costa falhou a estratégia de "engolir" o Bloco de Esquerda, quando já vai a meio de "digerir" o PCP...

RIO MATADOR

«É preciso descaramento para dizer que não há austeridade»

FAZER AS CONTAS

«Este orçamento não bate certo com os anúncios do Governo e menos ainda com as necessidades do SNS».

ORÇAMENTO DO DEPUTADO "NÃO-INSCRITO"

O país vai ter orçamento, aprovado à queima com a ironia que o regime ainda nos reserva. Agora, com o presidente que (ainda) temos, é necessário o máximo escrutínio e exigência da sociedade civil em relação ao SNS. É a única forma de ainda termos de salvação.

DUARTE CORDEIRO E O ECO

Duarte Cordeiro, devendo horas ao sono, a propósito do Orçamento do Estado para 2021, considera «incompreensível» o voto contra do Bloco de Esquerda. Na SIC, às 13:00, estilo Dupont e Dupond, diz-se mais: « Incompre-en-sí-sí-sí-vel!». Sem surpresa!

BLOCO PELO SNS

Catarina Martins anunciou o voto contra contra a proposta do Orçamento de Estado para 2021. É um voto contra a mentira política de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. Mas é muito mais: é um voto pela nossa saúde que pode salvar o SNS.

ASSIM (NÃO) SE VÊ A FORÇA DO PCP

«PCP vai abster-se na votação do Orçamento do Estado».

ORÇAMENTO E A RÁBULA CONTINUA

Com as negociações para viabilização do Orçamento do Estado para 2021 em efervescência já começou a rábula de que os partidos da oposição parlamentar têm mais culpa do que o governo se existir uma crise num momento dramático do país. Ao serviço, e são sempre os mesmos...

MAIS CONSUMO, MENOS POUPANÇA - O MESMÍSSIMO DINHEIRO

«Uns veem nesta novidade mais um malabarismo, se não mesmo uma demonstração inequívoca do “chico-espertismo” do primeiro-ministro, que finge que dá mas não dá, limitando-se a baralhar de novo».