INICIATIVA LIBERAL EM RISCO

Os termos da insolência da embaixada da República Popular da China chegou ao cúmulo de advertir publicamente a Iniciativa Liberal por ter recebido Penpa Tsering, presidente do autoproclamado governo tibetano no exílio (sikyong).

P. S. A espécie de ameaça de um dos principais investidores estrangeiros, pela mão de António Costa e a bênção do Bloco Central, coloca em risco a Iniciativa Liberal, designadamente em relação à banca (BCP, Bison Capital e Haitong Bank), energia (EDP, GALP e REN), saúde (Luz Saúde), seguros (Fidelidade), telecomunicações (DIGI), entre outros sectores, designadamente farmacêutica, futebol e imobiliário pela mão da Fosun.

LOBBIE E TRANSPARÊNCIA

O Bloco Central já está em funcionamento, a todo o gás, ainda antes da aprovação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025: "PSD recua e permite actividade de lobbing aos advogados".

ORÇAMENTO 2025 QUASE ENGOLIDO

Depois da histeria do chumbo, agora é a profissão de fé na aprovação do PS. A novela rasca, entre vencedores e derrotados, está ao nível dos "protagonistas", com a arriscada produção de Marcelo Rebelo de Sousa que tem custado um elevado preço aos contribuintes.

P. S. Pedro Nuno Santos está à beira de engolir, obviamente com modelação, o orçamento para 2025. Só resta saber qual vai ser o Bloco Central vitorioso.

COMO CORRERAM AS NEGOCIATAS DE VERÃO?

As primeiras semanas de Setembro vão permitir aferir se Agosto (o tradicional mês de todas as negociatas) correu de feição ao Bloco Central: aquisição de material militar, CPI das gémeas, escolha para a Procuradoria-Geral da República, Operação Influencer (António Costa), Operação Tutti Frutti (Carlos Eduardo Reis, Duarte Cordeiro, Fernando Braamcamp, Fernando Medina, Luís Filipe Vieira, Luís Newton, Manuel Salgado, Sérgio Azevedo e Vasco Morgado), negócios do Lítio e Hidrogénio e orçamento para 2025.

P. S. Muitos outros, à bica há anos e anos, também são merecedores da maior atenção, designadamente os casos de José Sócrates e Ricardo Salgado.

SAÚDE: PACTO DE REGIME OU BRANQUEAMENTO?

Quando a situação aperta – antes foi a Justiça (2018), com os resultados que estão à vista –, eis que surgem mais apelos ao pacto de regime para a Saúde.

P. S. O escrutínio do governo e das suas promessas eleitorais, do actual ou dos anteriores, nunca esteve ao alcance de Marcelo Rebelo de Sousa. E, quando o colo presidencial não funciona, nunca funcionou, então um qualquer consenso formal e artificial para português ver é, tem sido, a forma de branqueamento político mais vil, muito do agrado do Bloco Central, para abafar e anestesiar o crescente e cada vez mais evidente descontentamento popular.

MARCELO À CUNHA

Passou pelo caso BES (Bancos 2014), passou pelo caso de Manuel Vicente (Angola 2016), passou pelo caso Tancos (Forças Armadas 2017), passou pelo caso da crise política de 2021 (Orçamento 2022), passou pelo caso da crise institucional de 2024 (demissão de António Costa), só referindo os mais mediáticos. Dificilmente Marcelo Rebelo de Sousa conseguirá passar pelo caso das gémeas (SNS 2019), se o Conselheiro de Estado e líder do Chega, André Ventura, continuar a cumprir o seu dever, designadamente como deputado da Assembleia da República, goste-se ou não, venha por aí o fascismo ou qualquer outro papão enlatado à pressa e avulso.

P. S. A maioria dos partidos com assento parlamentar continua o abafamento sobre o que se está a passar na CPI das gémeas, comprovando que este Bloco Central, o mais perigoso de sempre, há muito ultrapassou as fronteiras do PSD e PS. 

PERIGOSOS E DIVERTIDOS

Luís Montenegro diz que «prefere ir embora», enquanto Pedro Nuno Santos acusa o governo de «desrespeito pelo Parlamento». 

P. S. É o mais perigoso de sempre, mas também é o mais divertido a entreter os portugueses. É assim que este Bloco Central governa o país.

JÁ NEM O DIREITO POTESTATIVO RESISTE

António Costa e João Galamba não vão mesmo ser ouvidos no Parlamento. O Bloco Central no poder (o mais perigoso de sempre) não o permite, nem mesmo através de um requerimento potestativo do Chega.

P. S. Luís Montenegro sublinha que o crescimento dos extremos não resiste aos governos bons. Faltou-lhe admitir que os governos, bons ou maus, o liderado por si ou por outros, nunca sobrevivem muito tempo quando começam a recorrer à lei da rolha, sobretudo quando estão a ser atingidos níveis nunca vistos. André Ventura deve estar a rebolar a rir.

ANTÓNIO COSTA MERECE MAIS

«O Bloco Central avançou, a todo o hidrogénio, com a campanha para a escolha de António Costa para a liderança do Conselho Europeu».

PORTUGAL NA ROLETA

«Num clima de casino, de entusiasmada jogatana desenfreada, de quem na sombra manda, porque tem as fichas na mão, e depois do funeral da previsibilidade, a estabilidade está ligada às máquinas».

PGR AGUENTA?

O ataque cerrado, e nunca visto, ao Ministério Público, iniciado à esquerda e agora alimentado pelo Bloco Central, vai permitir esclarecer se Lucília Gago está à altura, até ao fim, do alto cargo que desempenha.

P. S. A prestação de contas é um bom princípio, a cedência a pressões ilegítimas é uma cobardia, pelo que é de esperar que uma certa espécie de acção concertada ao jeito mafioso não passará.

EGOS VOLTAM A AMEAÇAR ESTABILIDADE

Enquanto vai vociferando contra o Bloco Central, ao mesmo tempo que negoceia com o PSD nos bastidores, Pedro Nuno Santos voltou a comprovar a imaturidade política, promovendo uma guerra de egos que só pode resultar mal. 

P. S. Para quem afirmou que o PS se deixou de tácticas, então é preciso reconhecer que a síntese entre José Sócrates e António Costa continua a liderar o partido.

AMEAÇA DO BLOCO CENTRAL

«As primeiras impressões não foram positivas, pelo que é preciso arrepiar caminho e retomar iniciativa política: tem de haver resultados na saúde nos próximos dois meses. Nas outras quatro áreas cruciais, mais do que conhecidas, também são aguardados frutos».

CLARIFICAÇAO, A NÃO SER QUE...

Passado o reboliço da eleição do presente da Assembleia da República, uma única certeza: Luís Montenegro não vai voltar a arriscar ignorar André Ventura; e Pedro Nuno Santos vai ponderar muito cuidadosamente cada chumbo das propostas do PSD. A não ser que ambos queiram arriscar eleições antecipadas.

P. S. O regozijo dos porta-vozes do Bloco Central, que se arrastam há décadas na ribalta, são a prova de algodão que não deve ser ignorada por quem acredita no regime democrático, e não se serve dele.

PSD TAMBÉM RECEBEU TELEFONEMAS DO SIS PELA CALADA DA NOITE?

Joaquim Miranda Sarmento, na Assembleia da República, deu o dito pelo não dito sobre o voto dos social democratas em relação às propostas do Chega e da Iniciativa Liberal para a constituição da CPI das secretas. Nada que surpreenda depois das declarações de Luís Montenegro. Certo é que as 15 perguntinhas para António Costa já seguiram, com resposta em 30 dias ou depois logo se vê. E das duas uma: ou o PSD recebeu telefonemas nocturnos do SIS, à última da hora, ou então, afinal, continua a fazer parte do Bloco Central do regabofe, com mais ou menos acção digna de polícia secreta, que tem liquidado o Estado de Direito.

P. S. Marcelo Rebelo de Sousa já nem disfarça que está completamente out. 

ILEGALIZAÇÃO DO "CENTRÃO"

«É o pântano que tem legitimado André Ventura, o líder da terceira maior força política. É a arrogância, a prepotência e a impunidade que têm alimentado a força política da extrema-direita do espectro partidário. Tal como os abusos das maiorias de Cavaco deram corpo ao Bloco de Esquerda, os abusos das maiorias de Sócrates e Costa são responsáveis pelo crescimento e a institucionalização do Chega».

PRESIDENTE EM CAMPANHA

Depois das críticas generalizadas à precipitação da dissolução e ao favorecimento do seu "candidato" que acabou derrotado na corrida à liderança do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa avança na fuga em frente: a campanha para a instalação do Bloco Central.

RIO DE CONFUSÃO

Rui Rio continua a insistir que para evitar a viragem do PSD à direita (desastrosa) a alternativa é uma oposição centrada na estratégia do Bloco Central (criminosa). O último resultado eleitoral não chegou?

P. S. Um acordo com Rui Moreira, no Porto, seria um passo para o suicídio político.

RIO DE MULTIPLICAÇÃO

O convencimento geral que o PS vai ter uma vitória nas autárquicas está a dias de confirmar o falhanço da estratégia do "Bloco Central" protagonizado até à exaustão por Rui Rio. Para salvar o ainda presidente do PSD só mesmo com a multiplicação dos efeitos da hecatombe provocada pela declaração de António Costa sobre a GALP.

O BLOCO CENTRAL ATERROU NO MONTIJO

«O pré-acordo de Bloco Central lança uma sombra de desconfiança sobre a Avaliação Ambiental Estratégica e os seus objetivos: servir o interesse público ou legitimar o negócio da Vinci?».