SUPREMO ABSOLVE JORNALISTAS

Em causa estava a verificação ou não da prática de um crime de violação de segredo de justiça aquando da divulgação de notícias, em inícios de 2018, sobre várias investigações relativas a inquéritos em segredo de justiça – Caso Lex, Caso E-Toupeira, Caso Emails e Operação Rota do Atlântico.

P. S. Andrea Marques e Fernanda Pego, procuradoras do MP, ficaram a ver Braga por um canudo. E ainda resta a responsabilização.

SOBE, SOBE, ORÇAMENTO SOBE

O folclore político agravou-se com Marcelo Rebelo de Sousa, mas em abono da verdade é preciso sublinhar que é uma infantilidade anterior a 2016, ainda que o objectivo seja o mesmo: manter o povo engaado. Ou seja, com o presidente calado, depois de ser mandado calar, o espectáculo em torno do orçamento para 2025, com os palpites a atingirem um nível quase inacreditável, é evidente que algo vai muito mal no reino da comunicação social.

MONTENEGRO COM AS SAIAS DE HILLARY

Tal como outros líderes de pacotilha, como Hillary Clinton, Luís Montenegro, depois do bodo aos Media, fez aviso à navegação: «As redes sociais são muitas vezes, não tenham a menor dúvida, inimigas da democracia e inimigas da própria atividade da comunicação social». Agora imaginem se liderasse um governo de maioria absoluta.

P. S. Esta espécie de PSD no poder é cada vez mais semelhante à actual espécie de PS na oposição, constituindo o Bloco Central mais perigoso de sempre.

COMUNICAÇÃO, JORNALISMO E MEDIA: FIM DA IMPUNIDADE

O empresário, ex-assessor e ex-jornalista, Luís Bernardo, está a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária, por suspeitas de corrupção.

P. S. Vai ser interessante esperar pela transcrição das escutas do processo, em que nem câmaras municipais nem o Tribunal Constitucional escapam.

TEMPOS INSANOS

«A crise na comunicação social é apenas mais uma consequência desta promiscuidade, falta de prioridades e valores, acrescida do intolerável distanciamento e até abandono dos cidadãos. Aliás, é arrepiante assistir à vulnerabilidade de cada um dos portugueses face ao Estado e à sua Administração novamente retocada de rosa».

COMUNICAÇÃO SOCIAL: A HORA DA INDEPENDÊNCIA

Os jornalistas têm de fazer face ao populismo rasca, a mais um novo assalto dos diversos poderes e aos discursos balofos de velhas sereias que sempre utilizaram a comunicação social para diatribes e intrigas, numa manipulação em benefício próprio e sabe-se lá de quem mais.

P. S. Uma opinião que conta: "O papel do Estado na Comunicação Social".

"CHINIZAÇÃO" TRAVADA

O ambiente de vale-tudo e demais negociatas, relativas ao passado e ao presente, faz lembrar a vida política, económica e financeira vivida em Macau, território chinês sob administração portuguesa até 1999. Hoje, não deixa de ser curioso identificar os mesmos sinais daquela envolvente de "fim de festa", com os mesmos tiques de autoritarismo, de laxismo, de oportunismo e de subserviência. Importa sublinhar: o que está a travar a actual "chinização" em curso de Portugal não é o que resta da liberdade de imprensa, mas a ainda frágil autonomia do Ministério Público.

MEDIA: 56 CONTRATOS SEM EXPLICAÇÃO

«Os principais grupos de media olham para o jornalismo como “galinhas de ovos de ouro” e têm estado a assinar cada vez mais contratos de prestação de serviços com autarquias e mesmo com órgãos do Governo. (...) 56 contratos susceptíveis de condicionar ou limitar a linha editorial de órgãos de comunicação social de âmbito nacional»..

ASSANGE E JORNAIS PORTUGUESES

A decisão da justiça britânica que autoriza a extradição de Julian Assange não merece destaque em nenhuma capa dos jornais portugueses. Admirados?

TAMBÉM FOI ASSIM COM SÓCRATES

A comunicação social mainstream está em estado de choque com as denúncias do juiz Rui Fonseca e Castro. E não faltam os insultos ao magistrado, incluindo os habitualmente rascas, bem como os insultos a quem o apoia e quer saber mais. Também foi assim com Sócrates, para não falar noutros casos igualmente graves. Lembram-se?

MARCELO AVISADO

O bate-boca entre o presidente e o primeiro-ministro teve uma consequência esclarecedora: a comunicação social que o ajudou a ser eleito gosta de um presidente-palhaço, por isso quer mais folclore, futebol e selfies, não quer ondas que possam beliscar a propaganda da governação de António Costa.

DA VERDADE OU DA MENTIRA

«Já lá vai o tempo em que a informação tinha um selo de garantia prévio, o cargo determinava a credibilidade e em que bastava a censura através de uma qualquer "carta"».

OS NOMES DOS JORNALISTAS AVENÇADOS DO SACO AZUL DO GES JÁ PRESCREVERAM?

«Sempre ouvi que quem não se dá ao respeito dificilmente será respeitado. No caso do saco azul do GES, que alimentava alguns jornalistas, a troco de sabe-se lá o quê, houve e há uma convergência de proteção e de silêncio que impede a separação entre o trigo e o joio».

PONTA DO ICEBERG DE PROMISCUIDADES

«Assessores, críticos, editores, jornalistas e políticos estão cada vez mais articulados e sintonizados, com grande prejuízo da informação, transparência e rigor».

PRESIDENTE DE (ALGUNS) PORTUGUESES E A VERGONHA NACIONAL

Marcelo Rebelo de Sousa, a avaliar pelas intervenções públicas, está mais preocupado com a crise financeira na Comunicação Social do que com o caos na Saúde e os 50 mil doentes em lista de espera para cirurgia no Serviço Nacional de Saúde. É esta a Democracia que temos e merecemos: uma vergonha nacional!

P. S. O capital angolano e chinês passou a ser mau? Ou será que, agora, já não chega?

REGRESSO (OPORTUNISTA) AO PASSADO

«Querendo ser intelectualmente sério, o lançamento de um debate sobre a crise da Comunicação Social deveria ter passado por outras questões mais profundas, mas Marcelo Rebelo de Sousa sabe bem como e quem o ajudou a chegar a Belém. E, porventura, também sabe que a repetição da dose é essencial para o anúncio e o sucesso da recandidatura».

Angola e o ridículo informativo

A generalidade dos jornalistas que cobriram a tomada de posse de João Lourenço destacaram as palavras presidenciais contra a corrupção e a favor da liberdade de imprensa. E nem uma palavra sobre o facto do novo presidente ser um homem de confiança do ditador José Eduardo dos Santos. É caso para dizer: é preciso ter lata, ou então, é a vidinha...

Política e jornalismo: mais um teste

As possíveis vitórias de Fernando Medina e Rui Moreira, bem como outros casos bem mais esdrúxulos como Valentim Loureiro ou Isaltino Morais, dizem muito do que somos e da qualidade da Democracia. E deveriam fazer pensar a classe política. E os jornalistas: os que fazem notícias, os que já não fazem uma notícia há muitos anos e os que investiram na Comunicação Social. As próximas autárquicas são mais um teste ao que se tem feito, como se continua a fazer e, sobretudo, ao que se não faz. Com o início da campanha eleitoral oficial ainda há esperança na separação entre o trigo e o joio.