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É a mesma desfaçatez política e o mesmo desprezo pelo Parlamento, legalidade e cidadãos: vale a pena ver a última publicação de Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal, uma voz isolada entre os deputados de grupos parlamentares descredibilizados que não merecem qualquer desculpa, porque nem sequer se dão ao respeito.

P. S. Os tempos de António Costa continuam pela mão de Luís Montenegro, com cumplicidade dos Media, cujo escrutínio é manifestamente vergonhoso.

«O dinheiro é do Estado, e quem gere o Estado são os governantes». É esta a concepção do PS e do seu líder, mais à esquerda ou mais à direita, com António Costa ou Pedro Nuno Santos. A única novidade é que, se for preciso, como se viu, esta discricionariedade chega ao ponto de liquidar os serviços públicos e o estado social. É a legitimação da mentira como instrumento do Estado e do partido.

P. S. E anda se admiram da tentativa de controlar o MP?

Durante o governo de Antonio Costa, em Dezembro de 2022, em que a pasta das Finanças era ocupada por Fernando Medina, os 27 Estados-membros da União Europeia chegaram a acordo para começar a aplicar um IRC mínimo de 15% sobre os lucros das empresas multinacionais a partir de 2024. À época, apenas a Irlanda, a Hungria, a Estónia e a Polónia manifestaram reservas.

P. S. Cerca de dois anos depois, o PS de Pedro Nuno Santos decidiu que é uma linha vermelha.

As televisões já não surpreendem, muito menos as carinhosas omissões da RTP e da SIC (CNN ainda não deu conta) de que a responsabilidade do défice do 1º trimestre 2024 pertence a Fernando Medina e António Costa.

Portugal regista défice de 0,2% no primeiro trimestre

Portugal com défice orçamental de 0,2% no 1.º trimestre

Ao longo dos últimos quatro meses, desde a queda de António Costa às eleições de 10 de Março passado, valeu tudo até ao último dia, com Marcelo Rebelo de Sousa ocupado com outras questões graves. Todavia, qual cereja em cima do topo da governação de ficção da maioria socialista, impressiona o que se tem passado com a festa dos lucros da TAP e do excedente comercial.

P. S. Os portugueses merecem a verdade.

Fernando Medina até ao último dia, honrando a herança de António Costa: «Inflação foi responsável por até 81% da redução do rácio da dívida em 2023».

P. S. Mais um truque, mais um milagre: Portugal tem a quinta maior dívida entre os Estados-membros da União Europeia.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) desmontou o milagre reclamado por António Costa e Fernando Medina: mais impostos, menos despesa e menos investimento público na Saúde e Educação.

P. S. A lógica da manutenção no poder, sustentada por uma maioria absoluta, indiferente ao sofrimento das pessoas no dia-a-dia, tem um custo que a anda está por quantificar. O que espanta é que parte desta espécie de esquerda (ainda) no poder, ficando mais claro porque se refugiam numa campanha baseada na estratégia do medo.

A reacção tímida das associações de defesa dos consumidores e dos contribuintes é extraordinária face aos espectáculos em curso: IMI das barragens caducou e pode voltar a caducar e subida dos preços dos bens alimentares básicos. Entretanto, António Costa passeia de inauguração em inauguração, com Marcelo Rebelo de Sousa novamente remetido ao palácio: será vergonha política ou interregno até passar as revelações da Global Media?

Entre as 30 maiores empresas em Portugal, que facturam acima dos 750 milhões de euros anualmente, há quem tenha começado 2024 da melhor maneira, já que continuam a escapar à taxa mínima de 15% de IRC sobre os lucros. António Costa e Fernando Medina falharam o prazo, 31de Dezembro de 2023, para transpor a diretiva europeia que obriga a aplicação desta tributação mínima.

A actual (a)normalidade da mentira política é tal que a palavra do XXIII governo vale zero. Que o digam os sindicatos dos médicos (SIM e FNAM) que querem tudo escrito, tintim por tintim, devidamente avalizado por António Costa e Fernando Medina, antes de nova reunião (mais uma) com Manuel Pizarro.

P. S. A irresponsabilidade e a impunidade são tais que, hoje, quem sofrer um problema de saúde é obrigado a jogar uma espécie de roleta russa: 38 (segundo a RTP) e 43 (Correio da Manhã) das 101 unidades hospitalares do SNS não consegue preencher as escalas dos médicos e tem a esmagadora maioria dos serviços indisponíveis.

À medida que se aproxima a discussão do orçamento para 2024 mais é de recordar o que se passou no ano anterior. De choque em choque, sempre a carregar nos impostos, até ao IUC final com aumentos que podem ultrapassar 230%.

P. S. Pedro Nuno Santos, com as cambalhotas à frente (comentador) e à retaguarda (deputado), continua a competir com os desvarios de Fernando Medina. Sem medos.

O pagamento do IRS para quem recebe o salário mínimo, admitido por Fernando Medina, foi desautorizado por António Costa no Parlamento. Chegou a hora do braço-de-ferro entre Fernando Medina António Costa.

Se é verdade que o governo anda à deriva, não é menos verdade que o maior partido da oposição está em estado comatoso. Enquanto Joaquim Sarmento, líder parlamentar, revela uma particular obsessão com o PIB, que resulta invariavelmente na deixa para António Costa fazer brilhar toda a sua demagogia, os cidadãos continuam à mercê da máquina fiscal, com Fernando Medina certamente mais preocupado com outros ajustes.

P. S. Entretanto, infelizmente, Marcelo Rebelo de Sousa anda preocupado com um questionário de 34 perguntinhas, sem contar com os "alçapões"

A notícia e o método não surpreendem: «Finanças multiplicam multas de portagens e entopem tribunais». O mais grave é que com este ministro das Finanças, e com outros passdos, diga-se em abono da verdade, vale tudo para garantir o financiamento dos abusos e dos desvarios do Estado. E depois o problema é o regresso do fascismo e o populismo...