O arco constitucional e democrático

«É preciso ir mais longe e defender um "arco constitucional e democrático" com todos os partidos (e cidadãos) que não estão atualmente no Governo e que queiram defender os valores e práticas democráticas, bem como as traves mestras do Estado social».

O elefante na sala: há um trabalhador e meio por cada reformado

«Portugal já perdeu a capacidade demográfica para alimentar o sistema de pensões que construiu. Não é uma questão de vontade, é uma questão de facto que não admite contraditório».

Ser Adulto

«O desemprego e o emprego precário impedem a transição para a vida adulta porque privam os jovens de estabilidade, de investimento laboral e familiar e de adquirirem independência face aos seus pais».

Angola e a choradeira q.b.

Vai ser uma enorme choradeira! Com o chão a fugir debaixo dos pés, a corte do costume vai assaltar os Media com a choraminguice que vão ser os pobres a sofrer com o fim da "parceria estratégica com Angola", blá-blá-blá. A UNI qualquer coisa já está no papo! E o resto é conversa de ingénuo, de idiota ou de corrupto sem vergonha!

NSA recolhe milhões de listas de contactos a partir de e-mails e mensagens

«A recolha de dados beneficia de acordos secretos com empresas de telecomunicações estrangeiras ou serviços de informações de países aliados».

Angola: o princípio da mudança

«Angola termina "parceria estratégica" com Portugal».

Angola termina "parceria estratégica" com Portugal

A justiça na Ordem dos Advogados

«O Conselho Superior (supremo órgão jurisdicional) da Ordem dos Advogados aplicou, já em plena campanha eleitoral, uma pena à candidata a bastonária Elina Fraga, que teoricamente a impediria de se candidatar, sendo que o relator do acórdão condenatório, o Dr. António Salazar, é mandatário na cidade do Porto de Vasco Marques Correia, principal opositor de Elina Fraga».

Expetativa de choque

«O Orçamento do Estado para 2014 é apresentado amanhã, e, ao contrário do que disse o primeiro-ministro, não trará nenhum ‘choque de expectativas’, uma vez que poucas ou nenhumas expectativas nos restam».

Soares é assim

A última entrevista de Mário Soares é uma espécie de despedida do ex-presidente da República ao mainstream que domina a comunicação social. Por muito que se discorde das suas palavras desabridas - e há tanto para  recordar e discordar -, a verdade é que as opiniões claras, que rompem com o status quo dos sobreviventes/mercenários, são essenciais para promover o debate e a cidadania. 

Depois logo se vê

«São bem evidentes os enormes custos do caminho que percorremos. Esse terrível sofrimento foi previsto pelos muitos estudos e opiniões que nos últimos vinte anos avisaram que a trajectória portuguesa acabaria mal. Os erros foram vastos e pesados, e as consequências inevitáveis. Opções fáceis há muito que não existem».

Grande negócio

«Não será por falta de estudos que as forças e os serviços de segurança não atingem em Portugal o grau da excelência».

Zona de desastre

«A cidadania está sufocada pela difusão do poder efetivo em estruturas que fogem ao escrutínio democrático. A humilhação e a pobreza alimentam a revolta. O tempo escasseia para arrepiar caminho».

As pequenas coisas e os pequenos poderes

«A austeridade gera o medo, o cidadão retrai-se e os poderes trepam. Abusam. Recorrem ao medo para manter o poder. Muitas vezes subrepticiamente, com ameaças veladas, debilitando a resposta política adequada. Num ápice, reduzem-nos a contribuintes sem direitos. Desrespeitam o nosso mundo privado e íntimo. Somos um número de um cartão de contribuinte. Não de cidadão».

Má sorte

«A PJ é a única Polícia que tem a Investigação Criminal vincada no seu património genético».

Assassinos

«Os verdadeiros assassinos de Lampedusa continuam na sombra».

Ditador manso

«Passos até para Salazar perde: é que pior do que um ditador só mesmo um ditador incompetente».

Auschwitz-Birkenau versus Lampedusa: genocídio em marcha

O Mediterrâneo continua a ser o palco visível de um novo genocídio, tão criminoso como aquele que imortalizou a memória de Auschwitz-Birkenau. A indiferença continua a matar. Lampedusa é o símbolo da vergonha do século XXI, como lhe chamou o Papa Francisco. 

RTP, símbolo da nação

«A RTP serve de perfeito exemplo do modus operandi do Governo. Primeiro, declara-se a vontade de privatizar a televisão pública inteirinha, conforme a lucidez e a falência pátria recomendam. Depois, adia-se a privatização da empresa e passa a falar-se no fecho da RTP2, que todos sabem representar a maior fatia do esbanjamento daquilo. Em seguida, enterra-se o assunto. Por fim, desenterra-se o assunto, agora embelezado por um aumento de 20 ou 30 por cento na taxa do audiovisual e pela luminosa ideia dos quatro novos canais, dedicados 'às áreas infanto-juvenil, música, educação e sociedade civil'».

A pensão de viuvez

«Menos de 48 horas depois de Paulo Portas ter anunciado publicamente que não haveria penalização para os reformados, soube-se que vai haver cortes nas pensões de sobrevivência e que os beneficiários desta prestação terão de fazer prova dos rendimentos».

É penoso assistir a esta governação

O Conselho de Ministros está reunido para decidir o que já está na praça pública, com um nível de desinformação inacreditável. As tricas e mais tricas entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas estão a dar cabo da credibilidade de ambos. O problema grave é que está a dar cabo do futuro do país.

Edward Snowden ao vivo

«O Departamento de Justiça norte-americano rejeita processar os altos responsáveis que mentiram ao Congresso e ao país e não hesita em perseguir aqueles que dizem a verdade».

Palavras para quê?

«Em causa está a dignidade do Estado português, que foi desrespeitada por um ministro de Portugal».

Selecção de futebol e o país

A selecção de futebol está como o país: julga que pergaminhos passados garantem resultados. O desastroso empate com Israel mais parece um frete por outros serviços.

As funções da RTP

«Já se percebe por que razão Paulo Portas, num gesto único de autoridade, não deixou fechar a RTP: o governo precisava, como sempre, de uma estação que não hesitasse em fazer a sua propaganda».

Guantánamo Bay: The Hunger Strikes - video animation

«In March 2013, reports of a hunger strike at Guantánamo Bay, the US detention camp in Cuba, began to surface».

Desesperos

«No rapanço dos tachos, nem a cozinha dos políticos escapa».

Assaltos de esticão

«Da próxima vez que alguém ouvir a expressão ‘reformas estruturais’ vai deitar a mão à carteira».

Justiça e independência nacional

«A Comissão Europeia deve ao Tribunal Constitucional português o mesmo respeito e deferência com que trata o Tribunal Constitucional alemão».

Responsabilidade directa

«Os cidadãos sentem-se desprotegidos perante as investidas do governo em relação à segurança do seu património».

RTP: silêncio embaraçado

Os críticos em relação ao aumento dos impostos sobre quem tem cada vez menos remeteram-se ao silêncio depois de ter sido divulgado que a taxa do audiovisual vai aumentar. Um esforço adicional, que atinge os mais pobres, para pagar um serviço público cada vez mais duvidoso.

Francisco em Assis

«Como na Idade Média, o Papa quer que os cristãos redescubram o valor do despojamento».

A Europa danada

«Tem razão Francisco, o Papa: esta é uma Europa de vergonha. Em nome de um suposto salvamento humanitário, junta-se de peito feito aos semeadores da guerra do outro lado do mar».

Politiqueiros em corrida aberta

A bondade do anunciado corte das escandalosas subvenções milionárias dos políticos não esconde o populismo das sucessivas declarações dos representantes partidários.

Os países do “Façam algo” ou “DU Something Countries”

«O poder dos Estados europeus neste momento mede-se em função não da sua diplomacia, da sua proximidade e benevolência, de visões comuns de futuro ou do conquistar das opiniões públicas dos outros países, mas sim no poder do seu portfolio de dívida ou do seu poder de influência na gestão de futuros empréstimos e taxas aos restantes países».

A burla, o banco e o cliente

«Hoje em dia, somos assaltados das mais diversas formas. Os ladrões que nos roubam vestem as mais diversas roupagens e atacam-nos tanto no mundo real como no virtual...».

Mais um lado de Barack Obama

«Obama's efforts to control leaks 'most aggressive since Nixon', report finds».

A Segurança Social vai ser o novo congelamento das rendas

«A recusa de discutir racionalmente a sustentabilidade da Segurança Social vai transformar os actuais contribuintes em futuros pensionistas de pensões pouco mais que simbólicas. Que o PCP e o BE façam o número do costume não admira. Que o PS não discuta o assunto com seriedade é um dos mais graves problemas da sociedade portuguesa».

Como Pilatos

«Não é sensato nem justo deixar os polícias entregues à sorte quando as coisas correm mal».

Brasil tem de proteger Snowden se quiser mais informações sobre espionagem dos EUA

«Temos agora várias provas de que o programa de espionagem [dos EUA] não é sobre terrorismo. É sobre o aumento do poder do governo americano».

Momento da Verdade

«É caso para dizer que há um espetro a pairar sobre o País. O espetro do Orçamento do Estado».

O País Pergunta: ilusão ou trapaça?

O arranque do programa da RTP, com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não podia deixar mais surpreendido um qualquer cidadão. Se a amostra dos 20 cidadãos escolhidos é mesmo representativa da sociedade portuguesa, então é caso para dizer que estamos todos enganados em relação ao atraso que o país ainda regista. Não consegui ver até ao fim...

Vergonha

«Nenhum processo foi aberto contra a polícia marítima por falta de empenho no salvamento».

Eleições na OA

«O que espanta é que ainda haja alguns advogados fora de Lisboa que se deixam seduzir pelas cantatas desses bufarinheiros».

O ministro 'Manchete'

«Pode falar de tentativas de assassinato, mas é apenas vítima de si próprio».

Confissões de um militante

«A independência é tão útil e apreciável, dentro como fora dos partidos. O que efetivamente é relevante neste fenómeno da 'independência' é que o monopólio partidário da representação democrática enfrenta uma gravíssima crise».

Mentiu mas pouco...

«Nada a que o próprio Rui Machete não chamasse um episódio de podridão política...».

Por favor, um mediador!

«Os nossos problemas em 2014 não é a troika que os vai resolver, serão os mercados».

Informatização do MP: missão impossível

As notícias continuam a suceder-se em relação à mais do que urgente e sempre adiada informatização do Ministério Público. Com a ministra Paula Teixeira da Cruz, enquanto se acumulam reformas de papel, o fundamental vai sendo adiado, adiado, adiado...

Parque Esfolar

«Afortunadas são também as sociedades de advogados que a PE contrata, tantos são os litígios decorrentes da sua incompetência. Só em 2013, em serviços jurídicos, já houve adjudicações de quase um milhão de euros. Os escritórios dos ex-ministros Rui Pena, José Luís Arnaut e Nobre Guedes são os principais contemplado».

Ana Gomes: a diferença no PS

A Eurodeputada continua a manter um critério político coerente em relação a Angola, vincando o enorme vazio no seio do PS, agora como no passado. Ana Gomes, como lhe competia, não deixou de agir: «O caso motivou o envio de uma carta da eurodeputada Ana Gomes ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e à Alta Representante da União Europeia para a Política Externa a pedir a Bruxelas que intervenha para exigir o fim das 'detenções arbitrárias e dos ataques contra manifestantes pacíficos e jornalistas'».

Fadiga Democrática

«Serão os apelos republicanos de Costa e Cavaco ouvidos ou mero ritual inconsequente?».

Seguro não existe

Depois da desastrosa nomeação de Carlos Zorrinho, António José Seguro continua a socorrer-se das caras do passado, de alguns membros dos governos de José Sócrates que prestaram um péssimo serviço ao país. Desta vez, a liderança da bancada parlamentar dos socialistas calhou a Alberto Martins, ou seja, mais do mesmo, mais uma prova que Seguro não existe em termos de renovação e de criação de uma alternativa. 

O dia de Joana Marques Vidal

A deslocação de Rui Machete ao Parlamento deve de ter consequências. Ou o ministro pede desculpa e demite-se, ou então a Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, fica em xeque, devendo colocar o seu lugar à disposição do primeiro-ministro e do Presidente da República. Num caso ou noutro, estaríamos perante o regular funcionamento das instituições. Será pedir de mais?

Ministro, mas pouco

«É difícil explicar a dignitários angolanos noções simples como a independência dos tribunais e a autonomia do Ministério Público – bizarrias inaceitáveis em governos de um só».

Machete em versão 'cordeiro' no Parlamento

O ministro dos Negócios Estrangeiros vai à Assembleia da República, às 16 horas, esclarecer o que nunca será possível de justificar.

A vergonha e a falta dela

«O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros diz ter levado apenas três horas a refletir antes de aceitar o convite para o cargo».

Rafael Marques na SIC Notícias

«A elite angolana tem estado a usar Portugal como uma lavandaria».

Incorreções fatais

«Falemos com clareza: Machete interferiu em assuntos da Justiça, Machete reincidiu na mentira, Machete abusou de poderes».

Divórcio na troika

«As tensões internas no seio da troika auguram o final da gestão tripartida dos resgates, com o FMI a preparar a sua saída progressiva da Europa e o BCE cada vez mais incómodo nos países resgatados».

Austeridade à lusitana

«O balanço entre flexibilidade e corporativismo ainda é ambíguo. Certo é que aqueles que hoje bloqueiam as reformas em defesa de interesses particulares arriscam a ruína nacional, que os destruirá a eles e a todos, como repetidamente tem mostrado a nossa história».

O que fazer com este resultado?

«O PS tem que preparar um projecto político para o país, alternativo à orientação governativa do PSD e do CDS».

Sobreviventes, mercenários e o resto

«A enfermidade do regime democrático português é evidente, confirmando que a crise portuguesa está a montante das economia e das finanças públicas. Não é por acaso que os vencedores branquearam o divórcio entre a política e os cidadãos; não é por acaso que Rui Machete disse o que disse e continua em funções; não é por acaso que aqueles que se calaram face às pressões nos casos Freeport e voos da vergonha da CIA, entre outros, agora pedem a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros; e não é por acaso que as cerimónias do 5 de Outubro registaram os assobios no momento dos discursos e do içar da bandeira nacional».

O perdoa-me

«Alguém que exerceu altas funções no topo da hierarquia do setor público publicou, há tempos, uma crónica em que, a propósito da corrupção na classe dirigente angolana, comparava o modo como José Eduardo dos Santos tem tratado os seus próximos com as benesses que, ainda nos fins do século XV, os nossos reis faziam aos seus validos».

Burocracias e formulários

«Rui Machete pediu desculpas a Angola e disse que as investigações judiciais a empresários daquele regime eram ‘burocracias e formulários’. Os pedidos de demissão choveram com intensidade. Mas o que disse Rui Machete que Portugal desconheça?».

Impostos ordinários

«Ninguém esperava que o Orçamento de 2014 fosse o anúncio do fim da austeridade, mas a notícia da manutenção das medidas draconianas, com destaque para a sobretaxa de 3,5% do IRS e do IVA de 23% na restauração, são más notícias para contribuintes e economia».

Querido Legislador

«Por favor, quando nos visitares com as tuas leis e as tuas mexidas e remexidas nas leis, pensa sempre bem em todas as consequências, em todos os problemas».

Machete trabalhou no escritório que defende angolanos

«A PLMJ, uma das maiores sociedades de advogados nacionais, representa alguns dos "cidadãos angolanos" referidos sexta-feira no comunicado da PGR. Rui Manchete foi ali consultor desde 2002».

O país das "mentirilhas"

«Somos um país que nem sequer nos censos consegue contar quantos somos. Somos um país que nunca conseguiu saber quanto gastava em salários com a função pública e com os dela dependentes. Somos um país que nunca conseguiu contar verdadeiramente quantas entidades públicas e público-dependentes existem. Somos um país que só cobra impostos a alguns? Está tudo dito!».

António Costa julga que os portugueses não têm memória

António Costa, no discurso do 5 de Outubro, disse que «não vale tudo». Se não fosse a falta de memória de muitos, ou a memória selectiva de alguns que o continuam a carregar ao colo, alguém já teria lembrado ao presidente da Câmara de Lisboa que os portugueses não esquecem que foi número dois do governo em que valeu tudo em Portugal.

Sá-di-cos

«Portas deu um chá das seis para lançar os foguetes de uns supostos indicadores macroeconómicos e apanhar as canas de uma suposta linha vermelha que não pisou».

O Bloco

«Hoje, a irrelevância do Bloco é apenas o resultado deste delírio: um partido anti-sistema às segundas, quartas e sextas; um partido do sistema às terças, quintas e sábados. Não admira que, aos domingos, votar no Bloco seja uma piada de mau gosto».

Na PT, tudo amigos como dantes

«O que está em causa não é o músculo da PT mas a salvação da Oi. O que está em causa é a diluição da moderna PT num gigante obsoleto e anacrónico. O que está em causa é uma tentativa dos gestores e de alguns dos accionistas da PT de salvarem a pele depois de uma operação ruinosa. Se bem que na fusão esteja prevista a entrada de capital fresco, o que está em causa é a entrega da PT num negócio para salvar uma OI de uma dívida de cerca de nove mil milhões de euros. O que está em causa é o pescoço dos accionistas numa empresa em risco que “depende cada vez mais da ajuda oficial para se salvar” (revista Veja, edição de 4 de Setembro)».

O exército anónimo

«Mais de 340 mil portugueses exerceram o dever cívico no domingo através de voto branco ou nulo».

Comissão Europeia da treta

José Manuel Durão Barroso continua a não surpreender. Basta registar a atitude da Comissão Europeia em relação à espionagem norte-americana: uma treta!

Futuro procura projeto

«O que mais importa é que o notável triunfo do PS, e a estrondosa derrota do Governo, criaram condições para se pensar a sério numa mudança política em Portugal. Mas a tarefa é de monta».

PCP: mais forte e mais jovem (actualização)

João Oliveira é o novo líder da bancada parlamentar do PCP (15H00).

Os comunistas sempre tiveram sobre si dois estigmas: o partido em extinção e de velhos. Os resultados eleitorais das últimas autárquicas desmentem categoricamente o primeiro; a escolha do novo líder da bancada parlamentar dos comunistas pode deitar por terra o segundo. Não faltam escolhas de futuro como Bruno Dias, João Oliveira, Jorge Machado e Manuel Tiago; de igual forma, há outros menos jovens, como António Filipe, que podem dar um novo fôlego aos deputados que têm razões para sorrir.

Perguntas a Rui Moreira

«Rui Moreira fará corresponder êxito eleitoral a êxito de governação do Porto? Que o faça. O povo julgará».

RTP: externalização ou falhanço?

Como não poderia deixar de ser em tempos de crise, que afecta as empresas de capitais públicas, a estação pública de televisão vai emagrecer. Para quem apostou na colagem ao poder político, a decisão de «externalização de boa parte da produção» prova o falhanço da estratégia que só serviu para comprometer ainda mais a linha editorial da RTP. Resta saber se vai custar mais postos de trabalho do que o inicialmente previsto e necessário.

As locais nacionais

«A interpretação anacrónica da CNE sobre a cobertura das eleições autárquicas serviu de álibi para as televisões pouparem meios e tornou a campanha semiclandestina».

A erosão democrática

«O PS venceu as eleições de domingo e conquistou um número recorde de 150 câmaras».

António Ramos Rosa

«Na leitura que a sua obra me proporciona, fica-me a ideia de que ele vivia provavelmente imerso numa grande solidão em que se "alimentava" literalmente da palavra».

Com jeitinho ainda vão dizer que Seguro perdeu

Por muito que se diga e se escreva, os resultados eleitorais das autárquicas não deixam quaisquer dúvidas: António Costa e José Sócrates ainda estão longe de poder incomodar a liderança de António José Seguro. O problema dos socialistas é outro: o PS está como o Governo, pois nem o líder nem os seus principais opositores conseguiram criar as bases de uma alternativa credível.

Basta!

«Os resultados obtidos pelas chamadas listas de cidadãos independentes são uma das notas mais significativas da noite eleitoral».

Viva o Porto!

«Os grandes triunfos individuais são os de António José Seguro (que vence na frente externa contra o PSD e o Governo e na frente interna contra quem se preparava para o substituir na liderança do PS) e Rui Rio que viu claramente sufragada pelo povo do Porto a sua política para a cidade».

Passos deve ouvir o Povo

«Estas autárquicas tiveram muitos vencedores e um grande derrotado».

Política e negócios

«Talvez o País tenha chegado onde chegou por se misturar negócios com assuntos de Estado»

Valores recorde na abstenção, votos brancos e votos nulos

«Apenas 52,6% dos eleitores se deslocaram às mesas de voto. Votos brancos atingem 3,87% e nulos 2,95%».

Portugal dos grandes

«Os partidos mais pequenos não marcaram as eleições autárquicas».

Derrotas e vitórias, carago!

«Passos tem Rio à espreita, sobretudo se o ‘segundo resgate’ cavalgar para nós; e Seguro, até prova em contrário, ganhou o balão de oxigénio que deve ter deixado José Sócrates próximo da apoplexia».

Renasce a esperança para outras velhas glórias do PSD

«Apoiantes de Isaltino festejam junto à prisão da Carregueira».

Uma singularidade tripeira

«A conquista da segunda cidade do país por parte de um candidato independente sem qualquer passado político empenhado só pode ser vista como um feito extraordinário».

Abstenção é o maior partido português

A abstenção voltou a ganhar as eleições, registando uma subida em relação às autárquicas de 2009: mais de 47% dos inscritos decidiram não votar. Em Lisboa, António Costa foi eleito por menos de metade dos lisboetas (abstenção de quase 55%); no Porto, o grande vencedor da noite, Rui Moreira, foi eleito por pouco mais de metade dos portuenses (abstenção de 47,4%).

Brancos & nulos

«Com 97% das freguesias apuradas, há 180.000 votos em branco (3.84%) e quase 140.000 votos nulos (2,94%). Em ambos os casos, são mais do dobro dos verificados nas eleições de 2009 (85.000 e 62.000, respectivamente, para o mesmo universo)».

O país das televisões

As televisões generalistas cumpriram: a noite eleitoral das autárquicas foi a pior de sempre. A cobertura quase limitada à Grande Lisboa e ao Grande Porto respeitaram a informação parcial e medíocre da campanha eleitoral.

Eleições autárquicas 2013: a escolha da abstenção

«Desde 1975, nunca os valores da abstenção e dos votos nulos tiveram tanta importância e significado. Porventura, a classe política precisa de um terramoto eleitoral através da abstenção para mudar, para enveredar por caminhos e opções mais responsáveis e transparentes, para compreender que os portugueses estão fartos dos mesmos jogos políticos de bastidores, para interiorizar que os cidadãos merecem ser tratados com respeito».

O voto é nosso!

«Temos a obrigação de fazer ouvir a nossa própria voz para que outros não se arroguem o direito de falar em nosso nome ou que o silêncio seja interpretado como desistência ou rendição. Por isso, em consciência, no próximo domingo há que votar!»

Piromanias

«Portugal não é reformável. Que venha um segundo resgate».

Votar no país da "troika"

«As eleições autárquicas não ocorrem num país a fingir, em que os municípios são imunes ao choque social e económico dramático que os credores nos impõem com cada vez mais severidade (apesar dos "sinais" e da "volta" vislumbrados em sonhos idílicos pelos membros do Governo)».

A História não esquece e não perdoa

«Duzentos anos depois, a História repete-se. É fado. O país é colónia da Europa que impõe leis, regras, procedimentos, previsões orçamentais. O Ministério das Finanças é de Berlim. O orgulho de ser português definha. Emigra-se a conselho do Governo. O Povo é tratado sem honra e dignidade. Como caloteiro relapso».

Regresso ao passado: até custa a acreditar

O Bloco de Esquerda voltou a provar que continua a ser essencial para tentar contrariar o actual pântano de interesses. Não bastavam os carrascos que atiraram o país para a miséria, com direito a passadeira vermelha nas televisões privadas e públicas para palpites e mais palpites sobre o que deve ser feito mas que nunca conseguiram fazer, só faltava ainda a nova e sempre renovada morte da ética republicana. Depois dos sucessivos e tristes exemplos dos anos do consulado de José Sócrates, que o dinheiro a rodo nunca conseguiu abafar, Pedro Passos Coelho está apostado em subir a fasquia com o caso Rui Machete.