Carlos Costa (governador do Banco de Portugal), Pedro Duarte Neves (vice-governador do Banco de Portugal), Carlos Tavares (presidente do conselho diretivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e Teixeira dos Santos (ex-ministro das Finanças) já passaram pela CPI BES. E todos alinharam pelo mesmo discurso, admitindo terem falhado. Consequências? Nem uma! Nem quando estavam em funções, nem agora.
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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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quarta-feira, novembro 19, 2014
terça-feira, novembro 18, 2014
Vistos Gold barra CDS-PP
Miguel Macedo saiu da pasta da Administração Interna por causa dos Vistos Gold, mas o escândalo não afectou João Almeida, o então seu secretário de Estado que tinha a tutela do SEF, pois vai permanecer no Governo com as mesmas funções como se nada se tivesse passado. À luz dos factos públicos, para já, as explicações de Paulo Portas têm cada vez mais interesse.
Administração Interna: qual equipa?
A nomeação de Anabela Rodrigues, para substituir Miguel Macedo, resulta da aposta num perfil técnico que tem o mérito de romper com o tradicional perímetro de recrutamento. Resta uma grande dúvida: João Almeida permanece como secretário de Estado da Administração Interna? Já há quem faça apostas...
Os socialistas e a responsabilidade política
Ouvir as declarações de alguns políticos sobre a demissão de Miguel Macedo é apenas um, mais um, momento que justifica a falta de credibilidade da classe política. A desfaçatez é tal que só podem achar que os portugueses são todos parvos e não têm memória.
segunda-feira, novembro 17, 2014
Governo em suspenso: a quem serve?
Pedro Passos Coelho ainda não decidiu por uma remodelação governamental e/ou avançou com o nome que vai para a Administração Interna, quatro dias depois de Miguel Macedo ter manifestado a vontade de sair do Governo, imediatamente a seguir à Operação Labirinto.
domingo, novembro 16, 2014
Miguel Macedo: demissão
É uma baixa de peso para Pedro Passos Coelho e para o Governo.
Fica o exemplo de responsabilidade política que serve o país e a Democracia, em contraste com quem se agarra à cadeira do poder.
Vistos gold e secretas: a jantar com...
Quando o chefe dos serviços de informações é apanhado por uma vigilância levada a cabo pela PJ, então é caso para dizer, definitivamente, que as secretas bateram no fundo.
P. S. Tal como aconteceu no caso Face Oculta, a realização da Operação Labirinto é a prova que, em Lisboa, o MP e a PJ também conseguiram levar a cabo uma operação da maior sensibilidade em segredo e em tempo útil.
Julian Assange em directo para Portugal
É uma extraordinária prova que a tecnologia também serve para garantir a liberdade de expressão, em directo, para todo o mundo. Exilado na embaixada do Equador, em Londres, responsável pela revelação de alguns dos mais sinistros segredos dos Estados, Julian Assange falou para a uma plateia no âmbito de uma iniciativa do Lisbon & Estoril Film Festival.
sábado, novembro 15, 2014
Secretas: vai mais uns pareceres?
Júlio Pereira, (ainda) secretário-geral do Sistemas de Informações da República Portuguesa, confirmou à agência Lusa a «limpeza eletrónica no Instituto de Registos e Notariado (IRN)», depois do Expresso ter denunciado que a «PJ apanha líder do SIS a ajudar suspeito dos vistos gold», num artigo assinado por quatro jornalistas, um dos quais Ricardo Costa, director do semanário do grupo Balsemão.
Das duas uma: ou o semanário Expresso está enganado ou o senhor SIRP está a cima da lei e continua a não ser responsável pelo que se passa nos serviços que tutela.
Conclusão: vai uns pareceres jurídicos para saber quem tem razão?
P. S. Pedro Passos Coelho teve mais de três anos para cumprir a prometida reorganização dos espiões. Não quis ou não o pode fazer. Nem dentro, nem fora do horário de expediente. O resultado continua à vista...
quinta-feira, novembro 13, 2014
Vistos Gold: a outra factura
A operação policial que levou à detenção de 11 pessoas, algumas das quais altos funcionários do Estado, só surpreende quem nunca se debruçou sobre o programa de atribuição dos Vistos Gold. A presente factura é grave (dando uma péssima imagem do país e da administração pública), mas há outra muito mais pesada que decorre da qualidade (ou falta dela) do dinheiro que tem entrado no país por esta via. Essa, sim, é a grande factura que teremos de pagar a curto ou a médio prazo.
O petróleo e a crise política
A baixa do preço do petróleo é uma boa notícia para Portugal. Com o Brent a bater os 80 dólares tudo é possível para a maioria liderada por Pedro Passos Coelho, sobretudo se voltarmos aos níveis de 2009, em que o preço de referência do barril atingiu os 75 dólares. O PS sabe-o bem. António Costa também. E a restante tralha socrática também sabe que só antecipando uma crise política pode sobreviver em 2015.
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quarta-feira, novembro 12, 2014
Cavaco Silva avisa Salgado
Cavaco Silva surpreendeu ao perguntar: o que andaram a fazer os accionistas e os gestores da PT? A comunidade, atónita e furiosa, respondeu com a condecoração a Zeinal Bava. Curiosamente, ninguém registou que a declaração surgiu no mesmo dia em que começaram a surgir as primeiras fugas de informação sobre a auditoria forense ao BES. Conclusão: a declaração de Cavaco Silva não foi mais nem menos do que um aviso público a Ricardo Salgado para não contar com o Presidente da República.
terça-feira, novembro 11, 2014
António Costa: é preciso ter taxa
Não, não estou a falar das inundações que voltaram a Lisboa com as chuvadas. A questão é outra: a primeira grande trapalhada do candidato a PM, ou melhor, a nova taxa, que não passa de um imposto encapotado lançado sobre quem chega a Lisboa, por via aérea ou marítima, português ou estrangeiro. Só falta mesmo a via rodoviária. Conclusão: ainda não foi eleito secretário-geral e já é possível começar a ver que António Costa é, afinal, o melhor candidato do PS que a maioria PSD/CDS-PP poderia ter desejado.
Citius: Uma nova oportunidade
Carlos Brito, vogal do conselho directivo do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), fez declarações cristalinas em sede do inquérito-crime instaurado contra Hugo Tavares e Luís Queirós, entretanto já arquivado pela PGR, na sequência de um relatório do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) que apontava para a prática de sabotagem informática na plataforma informática Citius.
Os dois técnicos da PJ, que já foram corridos, para já, até podem respirar de alívio, mas não terá chegado o momento de trazer à colação a história do presidente do IGFEJ, como primeiro responsável pelo relatório que colocou em xeque os seus dois ex-funcionários? Ou melhor, tendo em conta que Rui Mateus Pereira continua em funções, mesmo depois do descalabro do Citius, não será interessante conhecer o recurso do MP em relação ao processo judicial em que está envolvido?
Conversa da treta
António Costa tem desancado o Governo por causa do aumento dos impostos, e aumenta os impostos na autarquia que ainda dirige; o Governo desanca António Costa por aumentar impostos, depois de ter aumentado os impostos durante os últimos três anos. Há qualquer coisa de esquizofrénico neste debate público, alimentado por uma comunicação social que já não consegue descortinar o absurdo, limitando-se a ampliá-lo.
segunda-feira, novembro 10, 2014
Legionella: o que falta explicar?
Tudo já foi dito sobre a história, os sintomas, a melhor forma de evitar contrair a doença, etc. Estranhamente, até ao momento, ninguém fez a pergunta que se impõe: Por que razão surgiu este surto?
BES e PwC: aprender com os erros
O caso do BES vai seguir para os tribunais. Será feita Justiça. Mas será que aprendemos alguma coisa com os erros financeiros e/ou da consultadoria da PricewaterhouseCoopers (PwC)? O Banco de Portugal já fez alguma coisa para evitar um novo escândalo?
Legionella: do básico à propaganda
O surto de Legionella, com origem numa autarquia liderada por um socialista, revela as vulnerabilidades do país. Por mais encenação e viagem de Estado para promover os negócios, a triste realidade está aí. Face a tanto e tanto delírio com grandes investimentos não seria melhor começar pelo mais básico para captar a confiança dos investidores?
A nossa capital já é Luanda?
«Isabel dos Santos ainda não tem, que se saiba, investimentos em órgãos de comunicação social portugueses, ao contrário do que sucede com outros oligarcas angolanos, que já têm posições relevantes ou de controlo em jornais como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, i e Sol, até em rádios como a TSF, mas isso não a impediu de passar a controlar a edição da Forbes para os PALOP apenas quatro meses depois daquela revista ter publicado uma reportagem em que denunciava as origens da sua fortuna. Há quem pense que o silêncio se compra».
domingo, novembro 09, 2014
Isabel dos Santos: vai uma publicidade?
É espantoso o endeusamento de Isabel dos Santos, ou melhor, é o sinal dos tempos de uma comunicação social sempre com a PT! Ups! Haja energia...
sábado, novembro 08, 2014
António Costa: PS 1 - País 0
A apresentação da moção de estratégia ao congresso do PS marcou o regresso da encenação, do discurso inflamado e dos sound bites. Com propostas interessantes e concretas para o funcionamento do partido, algumas das quais consolidam as propostas herdadas de António José Seguro, António Costa continua a ser uma enorme interrogação em relação às questões determinantes para o futuro do país, como comprova o vazio eloquente da nova versão da Agenda para a Década.
sexta-feira, novembro 07, 2014
Pires de Lima ainda melhor
A prestação de António Pires de Lima, ministro da Economia, no Parlamento, a propósito do Orçamento de Estado para 2015, teve momentos de clareza e lucidez, num tom que conseguiu atingir os seus objectivos, como é possível comprovar pela repercussão das suas declarações. Alguns deputados, sobretudo do PS, não gostaram. É compreensível! Ainda não conseguiram assumir e ultrapassar os erros do passado.
quinta-feira, novembro 06, 2014
Alô, Jean-Claude Juncker?
A revelação dos acordos secretos entre o Luxemburgo e 340 multinacionais não coloca em causa a ideia da União Europeia, apenas confirma a mediocridade dos líderes dos 28 Estados-membros e dos burocratas de Bruxelas que ainda não conseguiram dar cabo dela.
Obama: a derrota do marketing político
Em 2008, era “Sim, nós podemos”. Passados quatros anos, “Para a frente”. E hoje? O vazio da retórica, das promessas falhadas, da perda de legitimidade e autoridade e dos princípios à la carte. Barack Obama continua a ser o presidente refém dos serviços de informações norte-americanos em roda livre. Está à beira de deixar uma nação ainda mais desprestigiada do que aquela que herdou de George W. Bush.
quarta-feira, novembro 05, 2014
De Cristiano Ronaldo aos senadores
Em tempos idos, um jornalista discriminado numa conferência de imprensa merecia uma reacção enérgica da parte dos seus pares, a censura dos comentadores e até da generalidade da comunidade. Hoje, algumas vedetas recusam responder a determinados jornalistas, entrevistadores tratam por tu os entrevistados e até os espaços informativos estão enxameados de publicidade, da subliminar até à mais descarada propaganda. Infelizmente, o futebol assume os maus exemplos. Mas quando a política não fica atrás, como revelou a extraordinária declaração de Francisco Louçã no seu comentário semanal, a propósito do processo da Face Oculta, no que resta da SIC notícias, ninguém pode ficar surpreendido com este ambiente pantanoso, quiçá merecedor de presença num dos inúmeros espaços de opinião dos senadores sem senado que andam por aí a fazer pela vida.
terça-feira, novembro 04, 2014
segunda-feira, novembro 03, 2014
E nós: Podemos?
Muito já foi escrito sobre a nova estrela da política espanhola: o movimento Podemos. Eis um sério aviso para os partidos tradicionais espanhóis da esquerda e da direita, habituados a partilhar Espanha a seu belo prazer, e, agora, surpreendidos pela reacção da sociedade espanhola. O populismo que por aí vem é apenas a consequência do presente marcado por democracias corrompidas por partidos e demais instituições que se transformaram em máquinas ao serviço de quem paga mais a troco de uns tachos e de cobres atirados para a gamela.
sexta-feira, outubro 31, 2014
Mais uma despesa
Os aviões russos andam a gozar com a NATO. E obrigam Portugal a aumentar a despesa com a vigilância do espaço aéreo nacional. Não se faz, pois não? Agora, por um momento, imaginem o que aconteceria se fossem aviões norte-americanos, da CIA ou de qualquer companhia de fachada, sem o transpoder ligado, sem plano voo autorizado e cheios de suspeitos de terrorismo, raptados e torturados, para transferir prisões secretas?
quinta-feira, outubro 30, 2014
Orçamento de Estado 2015: a confirmação
O debate sobre o Orçamento de Estado 2015 confirmou a realidade que tem vindo a emergir à medida que se aproximam as eleições legislativas de 2015: o Governo liderado por Pedro Passos Coelho, que conseguiu cumprir o programa de ajustamento, não consegue dar o passo em frente para sossegar os portugueses, mas a generalidade da oposição é de um radicalismo tão balofo que todos olham para o PS. E o que veem? A confirmação de um vazio tal, para não lhe chamar mediocridade, que os velhos rostos do passado não são levados a sério. O mais grave é que a nova geração de deputados do PS, alguns dos quais sentados na primeira fila, não conseguem mais do que repetir o discurso palavroso e estafado de quem lhes deu uma oportunidade q. b. , porventura para épater le bourgeois.
quarta-feira, outubro 29, 2014
Cavaco Silva e a medalhinha de Sócrates
De um momento para o outro, diversos órgãos de comunicação social estão a dar conta que Cavaco Silva ainda não condecorou José Sócrates. Por que será? Justiça? Saudades? Campanha? Pressão? Ou sinal da nova relação de forças nos Media?
Quem é este Portas?
Carlos Slim faltou ao jantar organizado por Paulo Portas. É grave? Não! Mas revela que o afã de Portas em promover negócios pode resultar num dano para a imagem do próprio vice-primeiro-ministro e, muito mais importante, para os interesses do país. Quanto à PT, que tal deixar, por uma vez, o mercado funcionar?
terça-feira, outubro 28, 2014
OCDE: elogios incomodam
Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, não poupou elogios aos progressos alcançados pelas reformas estruturais empreendidas por Portugal. Num país em que a opinião publicada e a generalidade da imprensa zurzem em cada medida governamental, fazem de conta que existe um caminho alternativo completamente diferente, embora ninguém diga qual é, o relatório da OCDE dá que pensar, lá isso dá.
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