UM DIA TERRÍVEL, UM DIA DE REFLEXÃO

No dia da confirmação de todas as ameaças, já se fala abertamente de Guerra Mundial. Hoje, também pode ser um dia de esperança, mas é certamente um dia para governantes, empresários e cidadãos reflectirem sobre as consequências de "engordar" Vladimir Putin, entre tantos e tantos outros ditadores e assassinos, com negócios e negociatas, desde as de Estado às privadas.

FERNANDO MEDINA E A AUTORIDADE TRIBUTÁRIA AO SERVIÇO (II)

O Estado arrecadou qualquer coisa como 1,5 mil milhões de euros em IMI (2022). Um valor que não integra a "borla" de mais de 100 milhões de euros relativa à venda de seis barragens da EDP à francesa Engie. Enquanto a Autoridade Tributária e o Ministério Público investigam, devagar, devagarinho, imaginem que não era uma empresa com participação da China no capital social, mas tão-só um cidadão. Obviamente, a mando do governo, já estaria penhorado, porque os cidadãos indefesos não têm, nem mesmo recorrendo à Provedoria de Justiça, como escapar à fúria fiscal que incide sobre os mais fracos e os que não são amigos da maioria.

P. S. Faz sentido lembrar as palavras de Rui Rio a propósito das "barragens" seleccionadas: Rui Rio considera o Estado conivente com as grandes empresas.

AUTORIDADE TRIBUTÁRIA: VAPO TRAVA O ASSALTO

«Fisco arrisca devolver milhões da taxa rodoviária a gasolineiras e condutores: Petrolíferas e clientes finais podem reclamar a devolução da contribuição que incide sobre os combustíveis. AT condenada a reembolsar a Vapo em 5,5 milhões de euros mais juros».

P. S. Já foi feita alguma penhora, do património do Estado ou mesmo de António Costa e Fernando Medina, para garantir o pagamento do dinheiro devido ou o esbulho é só para os cidadãos indefesos?

DE VENTURA EM POPA E OS CÚMPLICES

O incómodo provocado por André Ventura, uma figura política cada vez mais incontornável em qualquer solução governativa futura, incomoda o sistema e os seus principais mentores, apaniguados e serviçais. Curiosamente, os mesmos que permitiram, em quase 50 anos de Democracia, por acção e/ou omissão, que opções mais radicais, como as do Chega, entre outros, apareçam como a única alternativa para os cidadãos cansados de tanta impunidade, corrupção, incompetência, desigualdade e falta de transparência. 

SE JESUS VIESSE CÁ EM AGOSTO

«Nesta história mal contada, há aspectos que precisam de clarificação. É perturbador que se saiba quanto dinheiro vão gastar o Estado e as autarquias de Lisboa e Loures, mas não se saiba quanto vai gastar a Igreja, directamente ou através da fundação JMJ Lisboa 2023 que criou para organizar o evento. Até ao momento, as respostas vagas e evasivas não tranquilizam. (...) Entre a Câmara de Lisboa e a fundação JMJ Lisboa 2023 alguém há-de saber como se chegou a isto. (...) Em nome da decência, é essencial conhecer-se ao pormenor todo o processo de decisão».

O ORGULHO QUE NOS FALTA

«Os serviços públicos, sejam eles da área da saúde ou das finanças, sejam as escolas ou as autarquias, são olhados com o desdém com que se olha os indolentes e preguiçosos. E, em vez de orgulho, temos vergonha».

QUESTIONÁRIO JÁ VAI EM 36 PERGUNTAS

Afinal, o questionário, a que futuros governantes terão de responder, por ora, já tem 36 e não as 34 questões, como inicialmente divulgado pela inefável Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência. Está tudo dito, não está?

P. S. A concordância de Marcelo Rebelo de Sousa, anunciada publicamente, é mais uma machadada na credibilidade da instituição Presidência da República. 

CULTURA: MÃOS LARGAS E MISERABILISMO

Ao mesmo tempo que o Estado gasta 400 mil euros na compra de um quadro de Paula Rego muitas companhias de teatro estão condenadas a desaparecer por uns tostões. É a política entre as mãos largas e o miserabilismo tão bem retratada na afirmação imperialmente alarve do ministro da Cultura: «Seria impensável ter um novo museu de arte contemporânea [instalado no Centro Cultural de Belém] que não tivesse uma peça significativa da Paula Rego». Pois é, e o interior que se amanhe...

A VIDINHA DE MONTENEGRO: DOS AJUSTES DIRECTOS AO SILÊNCIO

A Sociedade de advogados de que Luís Montenegro é sócio-fundador (SP&M) arrecadou mais de seis centenas de milhares de euros, através de 15 contratos com entidades públicas, celebrados por ajuste directo, entre 2014 e 2022.

CONTAS DE ANA MENDES GODINHO E FERNANDO MEDINA

Já eram conhecidos os atrasos (mais de um ano) no processamento de pensões que afectam milhares de novos reformados, com o truque de as reformas, quando pagas, serem somadas aos rendimentos recebidos nesse mesmo ano, fazendo subir a taxa de imposto aplicada. Agora, nova noticia de mais (in)sensibilidade social de esquerda: «Governo travou subida de pensões». 

P. S. O arbítrio e a impunidade reinam na Segurança Social e nas Finanças, com o Estado a esmagar os cidadãos, como é apanágio de António Costa e sem que Marcelo Rebelo de Sousa revele o mais ténue incómodo. Aliás, onde andam Luís Montenegro e demais líderes da oposição?

NÃO GOZEM CONNOSCO

«Acreditem, pois, os que quiserem que esta sucessão de asneiras é só incompetência. Não é. Infelizmente é falta de vergonha. Por isso, façam-nos um favor: não gozem connosco».

GOVERNO E PRESIDENTE A DESVIAREM AS ATENÇÕES

Em vez de ser sancionada a prepotência de António Costa, que julga tudo poder fazer, continua a consolidação da ficção que as indemnizações aos administradores das empresas públicas e os curricula dos governantes podem ser desconhecidos, isto mesmo depois da "surpresa", do brinde à Iniciativa Liberal.

P. S. Enquanto os cidadãos são mal-tratados e humilhados, diariamente, o debate agora foi desviado para a criação de um "mecanismo" de controlo dos governantes, antes de tomares posse, certamente com os devidos alçapões para ficar tudo na mesma.

A QUEDA

«Marcelo, que segura Costa após 12 saídas de governantes em nove meses (duas por motivos de saúde), já não tem como evitar estreitar a porta da estabilidade. Nem tudo é suportável. O aviso foi lançado. Pelo meio, há um país que observa, que sente o peso da inflação, que enfrenta a subida da prestação da casa, e que quando precisa do Estado e o Estado lhe falha não tem direito a indemnização».

DESGOVERNO MORAL DA REPÚBLICA

«Olhar para cima e ver estes exemplos, é um desastre cívico e social preocupante».

O DIABO NÃO GUINCHA

«Perante esta tela, um quadro aflitivo de crise iminente, os portugueses que têm, ou terão, que olhar para o Estado veem na Saúde encerramentos de urgências e especialidades hospitalares, ou peritos a discutirem à vez qual o serviço que se fecha, percebem uma Escola Pública em decadência. O curioso é que agora que a resposta devia ser robusta parece ter-se descoberto que o país tem uma dívida pública para disciplinar, e que é demasiado grande».

À BEIRA DO "CRIME PERFEITO"

A vitória da selecção francesa pode ser a consagração do "crime perfeito" na manipulação e atribuição do Mundial do Catar.

P. S. Ainda assarapantados com o voto tardio e sem-vergonha na Assembleia da República, o prometido jornalismo da RTP no Catar... Nem vê-lo! Felizmente, na estação pública, nem tudo é "paixão", tipo fake, como comprova a investigação sobre os serviços públicos. Afinal, onde anda o secretário de Estado Mário Campolargo e, já agora, a PJ?

O ESPARTILHO DA POBREZA

«Um Estado excessivamente assistencialista se torna perversamente perigoso. Porque a pobreza e as carências daqueles que, geração após geração, dependem das ajudas públicas para sobreviver acabam por transformar-se na regra de um jogo em que quem lança os dados para a mesa é o partido de turno no comando, que passa a poder "usar" a pobreza estrutural como terreno fértil para obter ascendente político e eleitoral».

A MANTA DO ESTADO NUNCA VAI CHEGAR PARA TUDO

«A manta larga do Estado facilmente se transforma em manta rota, tantos são as insuficiências em áreas vitais da sua responsabilidade constitucional».

ACABOU A FESTA

A aflição que por aí vai com a necessidade de reduzir a dívida, agora, e só agora, precisamente no momento em que os cidadãos mais precisam do apoio do Estado.

ATÉ TU, PEDRO?

«Uma empresa detida pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e pelo seu pai beneficiou de um contrato público por ajuste direto».