JMJ: TRIBUNAL DE CONTAS E AJUSTES DIRECTOS

As críticas do Tribunal de Contas à organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com o colorido festival de ajustes directos são um hino a António Costa e ao XXIII governo constitucional, em que Carlos Moedas também não escapa.

P. S. Marcelo Rebelo de Sousa e o Cardeal D. Américo Aguiar devem estar orgulhosos, porventura até surpreendidos, pois certamente não sabiam de nada. Quanto ao grupo de trabalho (custo mensal de 35 mil euros) que liderou a façanha, nem mais uma única palavra até ao final de 2024.

MAIS UMA COMEMORAÇÃO, COM OS ARTISTAS DO COSTUME

Em mais um dia da República, o regime escorraça os críticos, como se assim os silenciassem; Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, garante a comemoração do 25 de Novembro, mas continua estranhamente sem prestar contas sobre o balanço da Jornada Mundial da Juventude, depois do patrocínio dos contribuintes de centenas de milhões de euros. 

P. S. Marcelo Rebelo de Sousa, sem peso político, com mais um discurso banal, em que se limita a referenciar vagamente a necessidade de reformas, fez jus ao seus branqueamento e folclore militantes, não se atrevendo a dizer uma única palavra expressa sobre o caos na Educação, Justiça, Saúde e Segurança.

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE: A FACTURA À LA PS

A verba gasta na Jornada Mundial da Juventude começa agora a ser parcialmente conhecida: «Dos 75 milhões de euros previstos em investimento público, o portal Base mostra como foram gastos 41,2 milhões. A maioria por ajuste direto. Dos 251 contratos, dos quais só 18, correspondentes a 7%, foram adjudicados por concurso público. Ou seja, 93% foram por ajuste direto».

P. S: Marcelo Rebelo de Sousa continua a encobrir a realidade.

O ESTADO NÃO É LAICO. O ESTADO É NEUTRO

«A Constituição não garante a liberdade da laicidade e muito menos do laicismo; porque não é preciso, uma vez que essa liberdade é a liberdade religiosa, e esta sim garante e promove».

COSTA E MARCELO PUBLICAMENTE DESMENTIDOS

Quando António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa são publicamente desmentidos com dados oficiais revelados pelos cidadãos –, então o governo da República e a Presidência da República ficam mais descredibilizados.

P. S. A comunicação social continua a "vomitar" declarações falsas dos políticos, sem o necessário escrutínio. É um dos maiores cancros da democracia portuguesa.

O QUE FICA DA JORNADA?

«O empoderamento conferido aos jovens crentes pelas mensagens do Papa Francisco pode ser que leve a maior exigência de respostas, de transparência e de explicação das ações e omissões do funcionamento geral da sociedade portuguesa, da União Europeia e do Mundo».

A "PERIGOSA" MELONI E A BANCA

O governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, a "perigosa" representante da direita italiana, criou um «imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos».

P. S. O contraste com apatia da espécie de esquerda no poder em Portugal é evidente, acabando por sublinhar a irrelevância política de Marcelo Rebelo de Sousa, certamente mais ocupado em branquear o absurdo apoio público de mais de 80 milhões de euros para a Jornada Mundial da Juventude.

JMJ: À ESPERA DAS CONTAS

Vai haver «contas ao cêntimo» relativamente à Jornada Mundial da Juventude, ou seja nada a que Igreja não estivesse obrigada. Qual príncipe de outros tempos, com arroz malandrinho à espera, D. Américo Aguiar afirmou ainda que depois cada um pode criticar ou apoiar. Terá esquecido que também ainda há a Lei?

FRANCISCO: A IGREJA NO SÉCULO XXI

«É o fim do carregar a cruz, a culpa e a resignação. Acabou o discurso bafiento de todo o tipo de abusos, dos sexuais à violência doméstica, entre outros. O carácter extraordinário desta mensagem simples e justa entusiasmou os jovens e muitos outros que querem uma Igreja mais próxima, e distante de uma hierarquia balofa, reaccionária e corrupta».

JMJ: E DEPOIS DA PARTIDA DO PAPA FRANCISCO?

A mensagem revolucionária do Papa Francisco nos últimos cinco dias, que marcará o futuro do cristianismo e dos próprios edifício e hierarquia da Igreja, e que merece a reflexão e o debate, tem pela frente a realidade que está de volta, em que voltam a emergir, à frente dos nossos olhos, os desafios tão gigantescos quanto necessitados de uma intervenção urgente.

SANTA ALIANÇA ENTRE A IGREJA E O DINHEIRO

A Jornada Mundial da Juventude não pode apenas ficar na memória por uma mera santa aliança entre a Igreja portuguesa, o poder institucional e político e o encaixe financeiro, à boleia do Papa Francisco.

P. S. O triste espectáculo de Marcelo Rebelo de Sousa a enfatizar o folclore, o efémero e a dimensão da Jornada Mundial da Juventude contrasta com a prudência e recato de António Costa, em silêncio até à melhor oportunidade para exibir o encaixe de mais 1% do PIB.

CRIAR E SEGUIR NOVAS ROTAS

«Há que olhar à volta e ver que a maior parte da juventude que mais sofre não está nesta Jornada, porque não tem condições para estar. (...) A sociedade do marketing e dos grandes espetáculos – disto a Igreja portuguesa mostrou saber muito – marcou presença».

O PEREGRINO, O CHÁ MATE E DEMAIS BARBARIDADES

A cobertura da visita do Papa, em que também não faltam meios e dinheiro, mantém a aposta na vertente popularucha, entre as quais se destaca a referência compulsiva do Papa Francisco ter usado a mesma palhinha para beber o chá mate de um peregrino. Apesar de não se saber se o jovem continuou a beber o seu chá pela mesma palhinha, de destacar outras extraordinárias barbaridades, como o sublinhar do papel da Igreja na defesa das mulheres e – pasme-se – o afirmar que o Papa é Franciscano.

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

«Francisco, líder máximo de uma instituição perpetuada por rituais, códigos e cânones, sabe bem da importância do simbólico e da necessidade de atos redentores».

PAPA FRANCISCO EM LISBOA: OPORTUNIDADE PERDIDA?

Mais do que os aplausos e a festa, o Papa Francisco tem a oportunidade de lembrar (será que quer?) à hierarquia da Igreja portuguesa que, além da Fé, deve ser a voz, que não tem sido, dos mais desvalidos e pobres, bem como manter o distanciamento do poder político, seja ele qual for, o que não tem acontecido.

NÃO CONSEGUIMOS! PORTUGAL, LISBOA

«É o país que recebe o Papa Francisco, por maior devoção e publicidade. É a ostentação que o então Cardeal Bergoglio criticava antes de ascender à cadeira de Pedro. É a Igreja de D. Manuel Clemente e de D. Américo Aguiar».

JOSÉ SÁ FERNANDES: TUDO E O SEU CONTRÁRIO BEM PAGO

Em Janeiro de 2023, o investimento era simbólico. Depois veio o salário milionário de 210 mil euros. Depois o altar, cujo custo obsceno só soube à última da hora. Agora, são os contratos por concurso público para a Jornada Mundial da Juventude que, num espaço de 24 horas, passaram de 76% no discurso emocionado do "sonho" em Loures para 90% na mais recente intervenção de Ana Catarina Mendes, uma espécie de permanente "apagão" para todo o serviço de António Costa. É José Sá Fernandes, tudo e o seu contrário, obviamente com visto do Tribunal de Contas e na mais estrita legalidade. Até ver.

P. S, Mariana Mortágua devia reflectir antes de falar sobre a Jornada Mundial da Juventude, sobretudo quando faz-de-conta que José Sá Fernandes já nem pertence ao Bloco de Esquerda.

MOEDAS E CRAVINHO: É PORTUGAL

E depois do "Habemos Pasta", o país voltou a ser surpreendido por Carlos Moedas e João Gomes Cravinho, garantindo mais um bom par de gargalhadas. A factura vem a seguir.

P. S. O presidente da Câmara de Lisboa já arranjou um truque de marketing para tentar emendar o tapete. O que fará João Gomes Cravinho a seguir: meter uma cunha para colocar Marco Capitão Ferreira como acólito do Papa Francisco na santa missa a realizar no Campo da Graça (Parque Tejo)?

TOURADAS ABENÇOADAS NA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

«Assinalar a Jornada Mundial da Juventude com uma tourada não parece que se enquadre no programa da visita do Papa Francisco a Portugal. (...) Em Portugal, vão realizar-se pelo menos cinco touradas durante o período da Jornada Mundial da Juventude. Sem clemência».

"HABEMOS PASTA"

«O artista plástico Bordalo II estendeu uma "passadeira da vergonha" no altar-palco em Lisboa, numa crítica aos milhões de euros gastos com a Jornada Mundial da Juventude».