MARCELO FALTA AO PAÍS

As conclusões do relatório da IGAS sobre o caso do Hospital Santa Maria (tratamento com o medicamento Zolgensma) têm de ser públicas, conforme já reclamou, e oportunamente, Mariana Mortágua. E, dada a gravidade das conclusões, Marcelo Rebelo de Sousa não se pode esconder no foro privilegiado que lhe permite escapar à investigação criminal enquanto presidente (artigo 130º da CRP).

A NAO SER QUE... IGAS

«Gémeas luso-brasileiras tiveram acesso irregular ao tratamento com Zolgensma no SNS».

P. S. Marcelo Rebelo de Sousa e família na berlinda.

LAVANDER CONTRA ARMAS E CORRUPÇÃO

O genocídio do povo palestiniano, em que não escapam funcionários da ONU e voluntários das ONG's, também está a ser levado a cabo através de uma máquina de inteligência artificial – "Lavender" –, que o exército israelita utiliza para seleccionar e assassinar alvos em Gaza. Será que a máquina pode ser afinada para outros fins, por exemplo acabar com os circuitos de corrupção na venda e trafico de armas?

CORRUPÇÃO: MAIORIA DE SILÊNCIO

Luís Montenegro não perdeu tempo e tomou a iniciativa, avançando para uma ampla negociação com os partidos políticos, para combater a corrupção.  A oportuna diligência, a ser liderada por Rita Júdice, ministra da Justiça, conta à partida com um ponto em comum: todos, todos, todos, da esquerda à direita, continuam a silenciar a proposta de autonomia financeira de quem investiga o crime.

P. S. Nem as palavras da PGR foram suficientes para quebrar o muro de faz-de-conta. Nem mesmo André Ventura foi capaz de dizer uma única palavra sobre um debate que continua em cima da mesa.

SURFAR A ONDA ROSA

O novo governo tem imposto a si próprio metas generosas e ambiciosas, as quais são amplamente justificadas pelo estado em que a governação de António Costa deixou o país. Todavia é preciso não perder de vista os obstáculos do actual enquadramento: só a surfar a onda rosa, que varreu a Administração pública, poderá ser possível implementar os planos de emergência e avançar com a mudança estrutural

MONTENEGRO MARCA A DIFERENÇA COM O PASSADO

O primeiro-ministro reafirmou, no discurso de tomada de posse, o mais importante ao cidadão, a cada cidadão: humildade e diálogo. O destaque ao combate à corrupção e atenção à juventude são prometedores.

P. S. Ao desmontar a ficção do excedente orçamental, alertando como pode ser insultuoso para todos aqueles que sofrem no dia-a-dia, Luís Montenegro marca a diferença com o passado, distanciando-se da anterior governação.

INSTABILIDADE: A PROVA DOS NOVE

Com novo governo e novo primeiro-ministro, com novos deputados e novo presidente da Assembleia da República, com novos líderes na oposição parlamentar, a única constante é Marcelo Rebelo de Sousa. Vai ser mais fácil fazer a prova dos nove de quem tem sido o grande responsável pela instabilidade dos últimos oitos anos em Portugal.

P. S. O discurso de Luís Montenegro, a palavra que realmente conta e importa para o dia-a-dia dos portugueses, deve estar ao nível da expectativa que se sente na rua.

TRANQUILIDADE NOVAMENTE EM RISCO

Apesar do governo em gestão, e de mais alguns truques políticos, a que se somou uma campanha eleitoral animada, é possível constatar que a contenção verbal de Marcelo Rebelo de Sousa nos últimos quatro meses permitiu tranquilidade no país – exceptuando as negociações frenéticas de bastidores. Hoje, com a tomada de posse do XXIV governo constitucional, a palavra presidencial voltará a colocar o país em balbúrdia, em mais uma prova gratuita de exibição de poder?

AMEAÇA DO BLOCO CENTRAL

«As primeiras impressões não foram positivas, pelo que é preciso arrepiar caminho e retomar iniciativa política: tem de haver resultados na saúde nos próximos dois meses. Nas outras quatro áreas cruciais, mais do que conhecidas, também são aguardados frutos».

VOLÊNCIA E IMPUNIDADE NO FUTEBOL

Os desacatos vergonhosos no Estoril, com Sérgio Conceição (mais uma vez) a tirar desforço junto do arbitro no final do jogo, são muito mais do que o reflexo do quanto o futebol português precisa de evoluir, são a prova da impunidade reinante, de anos de governantes e dirigentes desportivos (Liga e Federação) paralisados com medo de Pinto da Costa. Por que será?

P. S. A crescente violência verbal na disputa pela presidência do FCP tem todos os ingredientes para acabar mal.

E A FESTA CONTINUA

Ao longo dos últimos quatro meses, desde a queda de António Costa às eleições de 10 de Março passado, valeu tudo até ao último dia, com Marcelo Rebelo de Sousa ocupado com outras questões graves. Todavia, qual cereja em cima do topo da governação de ficção da maioria socialista, impressiona o que se tem passado com a festa dos lucros da TAP e do excedente comercial.

P. S. Os portugueses merecem a verdade.

A GRANDE NOVIDADE DO NOVO GOVERNO

O elenco do XXIV governo constitucional revela uma influência gigantesca de quem dele não faz parte. Uma constatação que merece toda a atenção.

MONTENEGRO E MAIS 4

As opções para quatro das cinco principais áreas que vão determinar o futuro do XXIV governo constitucional – Ana Paula Martins (Saúde), Rita Júdice (Justiça), Fernando Alexandre (Educação, Ciência e Inovação) e Miguel Pinto Luz (Infraestruturas e Habitação) – são verdadeiras incógnitas, escolhas que certamente estavam fora da cogitação dos Media.

TRANSPARÊNCIA OU SECRETISMO?

O país vai ser informado, com mais ou menos boys, registados à luz do dia, de quantos nomes propostos para o próximo governo foram chumbados?

CLARIFICAÇAO, A NÃO SER QUE...

Passado o reboliço da eleição do presente da Assembleia da República, uma única certeza: Luís Montenegro não vai voltar a arriscar ignorar André Ventura; e Pedro Nuno Santos vai ponderar muito cuidadosamente cada chumbo das propostas do PSD. A não ser que ambos queiram arriscar eleições antecipadas.

P. S. O regozijo dos porta-vozes do Bloco Central, que se arrastam há décadas na ribalta, são a prova de algodão que não deve ser ignorada por quem acredita no regime democrático, e não se serve dele.

NEM EM CIMA DO MURO NEM EM BELÉM

A eleição do novo presidente da Assembleia da República está a provocar uma clarificação que só vai reforçar o actividade parlamentar, com ou sem estabilidade política e institucional. 

P. S. O grande perdedor, para já, é Marcelo Rebelo de Sousa: acabou o tempo do folclore e do cinismo político das piruetas. Agora é a sério, mas falta credibilidade para segurar o jogo democrático.

CHEIRINHO A INFRAESTRUTURAS

A novela da eleição do presidente da Assembleia da República faz lembrar os métodos passados no Ministério da Infraestruturas.

P S. Permitir aos 4 maiores partidos indicar o presidente da Assembleia da República e demais vice-presidentes não implica um acordo, mas sim o respeito pela Constituição. O resto é a expressão de uma coligação negativa, de acordo tácito ou de criancices de triste memória que só os fanáticos não conseguem admitir.

XVI LEGISLATURA A CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO

O início da actividade parlamentar, com uma nova maioria, arrancou com a perspectiva do cumprimento da Constituição da República, desde logo com a eleição de representantes dos quatro maiores partidos políticos escolhidos pelos portugueses para a presidência, vice-presidências e secretários.

REGRESSO À NORMALIDADE

 A confirmar-se que Luís Montenegro deixa a liderança do PSD, para ocupar a chefia do XXIV governo constitucional, é caso para dizer que é um início de funções lúcido.

UM DESPERDÍCIO, UM TEMPO NOVO

«A memória do passado, a afirmação dos valores universais e a acção do poder político e institucional não se vincam com mais assassinatos, guerras, museus ou com ainda mais tacticismo e adiamentos».