NO PAÍS DE MARCELO

Nem governo da República, nem governos regionais dos Açores e da Madeira. 

P. S. Presidência resiste?

MIGUEL ALBUQUERQUE: A PALAVRA AO MP

Em 19 de Setembro de 2023 era o silêncio, hoje, o Ministério Público passou à acção. 

P. S. É mais um caso para preocupação presidencial?

PORTUGUESES EM ESTADO DE CHOQUE

A habitual dramatização da campanha eleitoral ainda nem começou, mas os portugueses já estão em estado de choque. E já nem o escondem no dia-a-dia. O ambiente na rua é de enorme revolta com o que se está a passar na saúde, designadamente no SNS, bem como no país em geral. O sentimento de profunda indignação é tal que nenhum órgão de soberania, nenhum, escapa a uma avaliação profundamente negativa. Não se cuidem, não, ainda arriscamos a ter problemas muito sérios e mais graves antes de 10 de Março.

P. S. É o tudo ou nada: as últimas declarações de André Ventura, prometendo uma auditoria aos negócios do Estado dos últimos  anos, estão a colher fundo entre a população. 

FORÇAS DE SEGURANÇA: A REALIDADE QUE CONTA

A 6 de Setembro de 2022 foi o reforço de meios. Mais de um ano depois, a 30 de Novembro de 2023, foram os aumentos dos suplementos salariais. Para a PJ muito, para as outras forças de segurança pouco. Hoje, alguns dos preteridos da PSP estão à porta de Belém, a força que liderou as investigações que conduziram, a 7 de Novembro de 2023, às buscas ao Palácio de São Bento, as quais determinaram o pedido de demissão de António Costa. 

PRR: PRESSA QUAL É A PRESSA (1)

"Financiamento irregular e conflitos de interesses nas candidaturas ao PRR". É o título da manchete do JN. Mais uma realidade que a propaganda não conseguiu abafar. Mais uma herança da dupla, felizmente à beira do fim.

P. S. Em período de campanha eleitoral há muito aberta, o mais dramático não é voltar a identificar a corrupção na governação do PS, é saber que a alternância não deu, para já, quaisquer sinais e garantias de uma verdadeira mudança.

A FACTURA DO BRANQUEAMENTO DO SNS DURANTE A PANDEMIA

É o tempo em que a propaganda vem abaixo. O Livro Branco sobre a pandemia ficou na gaveta, mas passo a passo começa a ser conhecido a ponta do iceberg do que se passou e aquilo para que muitos alertaram: "Tribunal de Contas conclui que o Estado desperdiçou €153,4 milhões nos testes à Covid-19". 

P. S. Apesar de o Ministério Público a fazer de morto, ainda está por conhecer o custo em vidas humanas de toda a gestão da crise sanitária. Aliás, tantos anos passados, só falta, para acrescer ao grotesco, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa virem a terreiro dizer que não sabiam de nada, exigindo mais transparência em relação ao SNS. Afinal, nem um nem outro são médicos, gestores, economistas...

PEDRO NUNO E MARCELO: O AFAGAMENTO

O PSD lá vai vociferando baixinho, para não ter que criticar abertamente o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa, face a António Costa e restante governo em aberta campanha eleitoral. Por sua vez, Pedro Nuno Santos lá vai afagando calorosamente o presidente, possivelmente inspirado no passado recente, desde a Madeira ao Porto, sem esquecer a TAP.

FISCO E GRANDE DISTRIBUIÇÃO SEM LIMITES

A reacção tímida das associações de defesa dos consumidores e dos contribuintes é extraordinária face aos espectáculos em curso: IMI das barragens caducou e pode voltar a caducar e subida dos preços dos bens alimentares básicos. Entretanto, António Costa passeia de inauguração em inauguração, com Marcelo Rebelo de Sousa novamente remetido ao palácio: será vergonha política ou interregno até passar as revelações da Global Media?

MAIS UMA MORTE IMPUNE NO SNS: ATÉ QUANDO?

«Mulher morre na maca no Hospital de Penafiel à espera de ser atendida, enquanto os órgãos de soberania passeiam discursos, intrigas e recados sobre tudo e sobre nada, no conforto dos seus palácios e gabinetes, onde nada falta, no quadro em que o assunto mediático do dia é a construção do TGV, entre outras aventuras financeiras.

P. S. Mais uma vez, face à notícia de mais uma morte por falta de cuidados de saúde, Lucília Gago, PGR, mantém o silêncio, indiferente ao patente alarme social, deixando os cidadãos à sua sorte, sem um esclarecimento e garantia de como está a ser cumprido o princípio da legalidade.

SNS: SEM PALAVRAS

 

AINDA MUITO POR FAZER… E DIZER

Marcelo Rebelo de Sousa cumpriu a expectativa para mais uma vez branquear António Costa, agora com a situação internacional, ratificando o slogan do PS com o muito que há ainda por fazer, mas com o cuidado de não esconder os brutais estrangulamentos deixados pela maioria absoluta do PS.

P. S. De facto, admitir que o actual regime democrático não é justo nem garante condições de igualdade aos cidadãos é só mais uma confirmação do falhanço do mandato presidencial. Que o digam os cidadãos que procuram cuidados de saúde mas que não chegam a Belém nem aos familiares do presidente. E tanto que ficou por dizer...

O RETRATO DO REGIME

António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro são protagonistas nas últimas notícias de investigações criminais. Eis o quadro actual da República, que deveria colocar os cidadãos a reflectir sobre a necessidade de uma profunda mudança em Portugal, obviamente sem qualquer prejuízo da presunção de inocência.

O ÚLTIMO TRUQUE DA DUPLA

As aparições públicas dos principais actores políticos, metodicamente preparadas, em que não faltam os habituais pés-de-microfone para registar os sorrisos e demais banalidades, mais parecem uma extraordinária campanha para convencer os portugueses que vivem tempos de normalidade e estabilidade.

P. S. A aposta em sacudir a água do capote é de monta, mas tem um enorme risco: ser percepcionada como distanciamento em relação aos problemas do dia-a-dia dos cidadãos (educação, habitação, justiça, saúde e segurança) e como indiferença face às crescentes críticas aos abusos de poder.

PIZARRO DE ALARME

O caos na Saúde é tal que não é preciso ser alarmista para caracterizar o que se a está a passar. Bastam as intervenções de Manuel Pizarro, um ano e dois meses depois de tomar posse, em que admite, finalmente, que deixou de estar tranquilo face ao que se passa no SNS: 18 horas de espera no Hospital Amadora-Sintra e hospitais em modo de medicina de catástrofe.

P. S. Os representantes dos órgãos de soberania continuam a fazer de conta que o país vive uma situação de normalidade.

MEDICINA DE CATÁSTROFE

Não é só na Ucrânia e em Gaza, por causa de facínoras embalados pelas democracias ocidentais. É também no Portugal (Hospital de Leiria) sob a liderança de António Costa, com o branqueamento de Marcelo Rebelo de Sousa. Se isto é a esquerda, com consciência e sensibilidade sociais, então que venha a direita. Maior incompetência, desfaçatez e amoralidade políticas são impossíveis. 

JUSTIÇA EM POLVOROSA

A guerra aberta entre o Partido Socialista e o MP, com a Lucília Gago, PGR, debaixo de fogo de órgãos de soberania, é muito mais do que escrutínio. A gravidade do que está a acontecer à vista de tudo é tal que tem todos os condimentos para acabar mal. 

P. S. Com Marcelo Rebelo de Sousa descredibilizado e politicamente morto só resta uma questão: já estamos ao nível de Hong Kong e Macau?

IGREJA MAIS ATENTA ÀS QUESTÕES SOCIAIS

O patriarca de Lisboa foi duríssimo em relação à governação de António Costa, na comunicação ao país e na Missa de Natal, quiçá deixando mais claro o motivo da ausência de Marcelo Rebelo de Sousa na Sé de Lisboa.

P. S. Faltaram palavras sobre os abusos e o esclarecimento que tarda sobre as indemnizações financeiras.

O NATAL DE MARCELO

«Só soube agora do encontro de Nuno [Rebelo de Sousa] com o Governo [Lacerda Sales]. É o milagre natalício de Marcelo Rebelo de Sousa, decerto à prova do escrutínio da comissão da Igreja Católica composta de teólogos e especialistas científicos.

P. S. A Missa da Noite de Natal em Setúbal terá sido o momento da confirmação da luz?

SNS: MORRER POR FALTA DE CUIDADOS DE SAÚDE EM PORTUGAL

A morte de uma grávida, em Agosto de 2022, que levou à demissão de Marta Temido, é justificada pela «violação do direito à prestação de cuidados de saúde de qualidade e com segurança», de acordo com a conclusão da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), mais de um ano depois.

P. S. O silêncio de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa não apaga a vergonha de um país inteiro.

O ÚLTIMO ENCONTRO DA DUPLA DO DESASTRE

António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa (agarrado à função), no último encontro institucional em Belém, dissiparam quaisquer dúvidas sobre as razões que levaram ao desastre em que o país está mergulhado. Resta a factura elevadíssima para os portugueses.