SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (4)

Está feito, mais uma reunião entre Manuel Pizarro e os médicos para a história do actual desastre na saúde. A última terminou pela calada da noite, ontem, sem acordo, acrescentando mais um episódio aos 18 meses de simulacro de negociações. Há mais na sexta (3). Enquanto serviços e Urgências fecham, a ficção sobre o SNS, apresentada por António Costa, no Parlamento, não resiste à realidade, apenas confirma a indiferença por quem está doente. Pressa, qual é a pressa?

P. S. É o regresso ao tempo da governação de José Sócrates: a negação da evidência, a manipulação dos números e a insensibilidade em relação aos mais pobres.

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (3)

Lá vai mais uma reunião com os médicos para a história do desastre na saúde, a última terminou de madrugada, ao fim de 18 meses de negociações. Há mais hoje, (31). Entretanto, o país continua a ser sacudido por casos escabrosos no SNS, último dos quais que veio a público merece duas referências: «Mulher dá à luz bébé norto devido a gravidez mal vigiada»; «Tânia esperou dois dias para parir a filha morta». Pressa, qual é a pressa?

ONDE ANDA LUCÍLIA GAGO? (2)

Enquanto assistimos estupefactos ao massacre e genocídio do povo palestiniano e às mortes às portas dos Hospitais de Lisboa por falta de cuidados de saúde, mais pasmados ficamos com o silêncio de Lucília Gago, procuradora-geral da República. Mesmo depois das declarações de Luís Montenegro, líder do maior partido da oposição parlamentar, que acusa António Costa de praticar crimes financeiros, designadamente na TAP.

P. S. É possível imaginar a actual situação nos tempos de Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e mesmo Aníbal Cavaco Silva?

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (2)

É mais uma reunião em que não sai fumo branco para alívio dos doentes mais pobres do SNS. Há mais no próximo domingo. Entretanto, enquanto as negociações se arrastam, há mais de um ano, multiplicam-se novos casos chocantes que governantes (já nem vale a pena referir Marcelo Rebelo de Sousa) e a elite fazem de conta que não vêem.

 

PORTUGAL PARADO, MAIORIA ESGOTADA COM SOTAQUE RUSSO

Em dia de mais uma ronda negocial entre médicos e governo, o país está parado com a greve da função pública que está a afectar hospitais, escolas, etc. É António Costa, esgotado, confortado com o sotaque dos oligarcas russos próximos de Vladimir Putin a quem foi vendida a nacionalidade portuguesa, com Marcelo Rebelo de Sousa no expoente da sua irrelevância política.

GRANDES PROPRIETÁRIOS E FUNDOS IMOBILIÁRIOS GARANTEM RENDAS SEM TRAVÃO

Em 2024, não vai haver travão à rendas, como ocorreu em 2023. António Costa não repetiu o erro, nem arriscou voltar a meter-se com os grandes proprietários e os fundos de investimento, pois o risco de ser eventualmente travado é real.

DUPLA EM SILÊNCIO VERGONHOSO

O silêncio de António Costa e de Marcelo Rebelo de Sousa, entre outros, sobre o pedido de demissão de António Guterres por parte do Estado pária de Israel, é uma vergonha nacional.

P. S. António Costa (14H24) e Marcelo Rebelo de Sousa (16H59) quebraram o silêncio vergonhoso, um dia depois das declarações do embaixador de Israel na ONU.

FERNANDO ARAÚJO: MAIS UM PROBLEMA DO QUE A SOLUÇÃO

 As últimas declarações de Fernando Araújo, CEO do SNS, que ocupa o lugar há mais de um ano, são a prova que é mais um empregado de António Costa do que um gestor capaz de dar a volta ao caos que se continua a viver no SNS. As respostas de Carlos Cortes, bastonário da ordem dos Médicos, e de Jorge Roque da Cunha, do SIM, dizem tudo, sobretudo face a um ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que já esgotou todos os paliativos possíveis e imaginários para disfarçar a sua incompetência política.

P. S. Com Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, ou até mesmo Aníbal Cavaco Silva, António Costa seria obrigado a dar explicações ao povo, imediatamente, em eleições antecipadas, sobre o sofrimento e a matança que está a ocorrer no SNS, com mais ou menos amigos à espera das prebendas do PRR.

A DUPLA DO DESASTRE CONTINUA IMPUNE

Enquanto exibem olimpicamente a arrogância, a incompetência e demais folclore, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa não podem fazer de conta. A manchete do Expresso é cristalina: «Os sem-abrigo aumentaram 78% em quatro anos: são mais de 10 mil, entre homens, mulheres, jovens, idosos, estrangeiros, famílias inteiras».

P. S. A eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, a 24 de Janeiro de 2016, foi feita sobre a promessa de retirar os sem-abrigo da rua. O país acreditou. O escandaloso resto é conhecido, ao virar da esquina, mesmo à frente dos nossos olhos. Nem a rolha de uma parte da comunicação social disfarça a tragédia.

COSTA EM NOVO IMPASSE PERIGOSO

A reunião entre governo e médicos não resultou em acordo, estando já agendada uma nova reunião, mais uma, com Manuel Pizarro, o (ainda) ministro da Saúde. 

P. Com a impunidade legal garantida pelo silêncio da PGR e o faz-de-conta de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa não tem que se preocupar com os doentes do SNS, que continuam a enfrentar o risco de vida por falta de cuidados de saúde devidos e atempados. Pressa, qual é a pressa?

PORTUGUESES COM AINDA MAIS PENA

Um dia depois de ter manifestado pena por falhar mais uma promessa na habitação, o limite da intransigência dolosa de António Costa em relação aos médicos vai ser novamente testado. As mortes evitáveis no SNS e o sofrimento dos portugueses mais pobres já terão sido suficientes?

COSTA REPETE A RECEITA

Disfarçar o caos nos serviços públicos, com uma pesporrência política inaudita e uma insensibilidade incompreensível, só é possível com a direita dividida e a esquerda comprometida, como comprovou mais um debate quinzenal na Assembleia da República. António Costa repetiu a receita dos últimos oito anos: desfaçatez política, pergunta útil de Rui Tavares e uma novidade (sobre a violência doméstica).

P. S. Como André Ventura demonstrou, mais uma vez, só com recurso a expressões mais duras, vulgo à "canelada", é possível descontrolar o primeiro-ministro, desde logo desmontando a sua arrogância incomensurável.

OITO ANOS DE COSTA E MARCELO

No dia em que se assinala o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a Pordata divulgou: «Pobreza. Mais de um terço das famílias portuguesas não tem como pagar despesas inesperadas».

IUC, OS MAIS POLUIDORES E A AMEAÇA ATERRADORA

Tem valido tudo em nome do ambiente, uma farsa à portuguesa de vanguarda, que nos continua a atirar para o abismo económico e social. Depois da proibição de fumar nas esplanadas, agora é a brutal subida do IUC em relação aos carros, registados antes de 2007, que penaliza os cidadãos mais pobres e/ou sem tiques de pato-bravo. Curiosamente, António Costa, Fernando Medina e o sempre útil Duarte Cordeiro, não usam o mesmo critério, por exemplo, em relação às duas indústrias mais poluentes: têxtil e petroquímica. Desvario? Amizades? Mais uma ameaça de dissolução de Marcelo Rebelo de Sousa?

NÃO É DESTA

«No ano passado, ficaram por executar cerca de 2500 milhões de euros. Não é, por isso, surpreendente a situação de colapso em que estão tantos serviços públicos. Foi uma opção com custos brutais para o país. (...) Ao nono orçamento de António Costa, a resolução dos problemas em áreas centrais da governação não parece ter sido uma prioridade. Ainda não é desta que com impostos máximos os portugueses terão acesso a serviços dignos».

"EQUIDADE" COM MAIS IMPOSTOS INDIRECTOS

Já lá vai o tempo dos truques criativos e das meias-verdades que confundiam os próprios adversários. Agora, António Costa é mesmo à descarada, tirar muito com uma mão para dar um pouco com a outra, com a agravante do aumento brutal dos impostos indirectos, precisamente aqueles que ricos e pobres pagam da mesma maneira.

P. S. O elogio envergonhado ao Orçamento para 2024 é uma síntese do mandato de de Marcelo Rebelo de Sousa, mais uma prova da perda de peso político e efectiva influência da magistratura presidencial.

ENTIDADE DA TRANSPARÊNCIA: HÁ DOTAÇÃO PARA 2024?

É mais um exemplo do verniz de António Costa que faz-de-conta que governa a pensar numa sociedade mais igual e menos corrupta. Passados nove meses da tomada de posse da Entidade da Transparência, que durou mais de três anos a ser concretizada, será que há dotação para começar a funcionar em pleno em 2024?

P. S. O que diz Marcelo Rebelo de Sousa: nada!

NÃO HÁ SNS QUE SEMPRE DURE NEM SAÚDE QUE NÃO ACABE

Durante os dois anos de pandemia fizeram crer que o SNS era o que não é, nem nunca foi, nem antes nem agora, como está a ser amplamente comprovado com os actuais e escandalosos encerramentos das Urgências hospitalares. O embuste monumental, em que não foram poupados meios, mercenários, pivôs e demais cantorias às janelas, revela-se agora uma perda de tempo desastrosa, apesar do "surpreendido" António Costa e do  tardiamente "preocupado" Marcelo Rebelo de Sousa, confinado à sua irrelevância política ao fim de quase oito anos em Belém (e ainda lhe chamam proximidade e escrutínio).

P. S. Há mais de 13 anos, Ana Jorge, então ministra da Saúde de dois governos liderados José Sócrates (XVII e XVIII), garantia o Serviço Nacional de Saúde cada vez mais forte. Tragicamente, a piada faz-se sozinha.

O FIM-DE-SEMANA MAIS PERIGOSO

Com as urgências a fechar em cascata, o fim-de-semana arrisca a ser o mais perigoso de toda a vida política de António Costa.

P. S. O caos na saúde já deixou de ser um caso político, deve ser tratado como um caso de polícia, responsabilizando os responsáveis.

MAIS UMA OPORTUNIDADE NA SAÚDE

A reunião entre Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, é mais uma oportunidade para António Costa fazer o que lhe compete: garantir as condições para os portugueses terem cuidados de saúde.