GRANDES PROPRIETÁRIOS E FUNDOS IMOBILIÁRIOS GARANTEM RENDAS SEM TRAVÃO

Em 2024, não vai haver travão à rendas, como ocorreu em 2023. António Costa não repetiu o erro, nem arriscou voltar a meter-se com os grandes proprietários e os fundos de investimento, pois o risco de ser eventualmente travado é real.

COSTA ENGOLIU O SORRISO, COM MARCELO NO CANADÁ

O primeiro-ministro, mais sisudo, lá foi a uma escola tentar passar a patética mensagem de normalidade, mas esbarrou em mais uma manifestação de professores, cada vez mais mobilizados pela indiscutível força das suas razões. No mesmo dia em que o INE anunciou que a construção continua a cair – «entre Abril e Junho de 2023, o número do licenciamento de edifícios diminuiu 10,2% face ao período homólogo e 5,8% quando comparado com os mesmos meses de 2019». 

P. S. Aprisionado pela própria propaganda, a factura da falta de habitação volta a recair nos contribuintes, designadamente nos proprietários e senhorios, com o anúncio de mais uma limitação administrativa das rendas, mais uma facada na Lei, em particular mais um golpe numa fatia de quem elegeu e concedeu uma maioria absoluta ao PS.

HABITAÇÃO: E VIVA A LEI QUE NÃO É CUMPRIDA

O cumprimento da lei determinava, de acordo com a inflação, o aumento das rendas em 5% em 2023. E veio o corte de 3%. Agora, o aumento para 2024 situa-se nos 7%. Um novo corte vai ser anunciado? Os erros de uma política de habitação desastrosa, nos últimos oito anos, apesar de toda a propaganda, estão a ser pagos pelos senhorios. E também pelos inquilinos que têm menos casas disponíveis para arrendar. Em síntese: qual vai ser o preço político que António Costa vai ter de pagar?

P. S. O que diz Marcelo Rebelo de Sousa: nada!

RENDAS: MAIS UMA PROMESSA, MAIS UMA MENTIRA

O anúncio de apoio extraordinário à renda, que atribui um apoio mensal, durante um período máximo de cinco anos, a famílias com uma taxa de esforço superior a 35%, esbarrou num despacho do Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina. 

P. S. António Costa faz de conta que não sabe de nada. E Marcelo Rebelo de Sousa ainda deve estar focado a "inventar" uma desculpa para melhor branquear mais uma promessa do governo incumprida.

A ALTERNATIVA É ESTE PSD?

Pedro Nuno Santos, depois da limitação pífia do aumento das rendas a 2%, o que também nem sequer acautela o valor da inflação registada, lá teve uma saída politicamente airosa, sublinhando a inconsistência da oposição do PSD que primeiro avançou com um plano de ajuda de mil milhões, depois 1,5 milhões de euros para agora criticar o plano governamental que ultrapassa aquelas verbas. 

P. S. O legado de Rui Rio já estava à vista em termos de qualidade da bancada parlamentar. Agora, Joaquim Miranda Sarmento, em declarações no Parlamento, lá caiu mais uma vez na esparrela do "governo dá". Antes de falar aos jornalistas é exigível preparação da parte do líder da bancada do maior partido da oposição.