VERDADES

«Não se muda de ministro como quem muda de guardanapo, mas este já mostrou que está sujo de incompetência para continuar à mesa da governação. Governa há sete anos e fecha portas e ouvidos ao clamor que percorre as escolas do país e envolve já alunos, compreensivelmente cansados de tudo isto».

PROFESSORES DE GENTE LIVRE

«Hoje sou livre porque tive professores que me ensinaram a questionar, a duvidar, a olhar para o mundo com sentido crítico. É disso que o poder tem medo, de gente livre e de gente que ensina os outros a serem livres».

DESMANTELAMENTO

«A progressão na carreira, os baixos salários, o modelo de avaliação, a elevada burocracia, as colocações a centenas de quilómetros de casa e a instabilidade na profissão são algumas das reivindicações da classe docente. Milhares de professores sentem-se cansados, pouco valorizados e desiludidos com a forma como têm desempenhado a sua profissão. Porém, o problema é bem maior neste setor».

DA GUERRA ENTRE FACÇÕES À DEFESA DOS CIDADÃOS

«O país não aguenta mais quatro anos desta luta fratricida, sobretudo com a “varinha” entre as mãos de Marcelo Rebelo de Sousa».

VIDA DE PROFESSOR

«O problema não é novo, arrasta-se há décadas. É tempo, por isso, de dar conteúdo aos discursos e olhar seriamente, com medidas concretas, estruturais e não paliativas, para a Educação».

PROFESSORES: TESTE EM MARCHA

Os professores voltam à rua, em Lisboa, com concentração na Praça  Marquês do Pombal, a partir das 14 horas, numa marcha convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração aos concursos. 

PS NO SEU MELHOR: UMA COISA E O CONTRÁRIO

«O que é que vai parar ao fundo da gaveta do Partido Socialista, a palavra dos seus dirigentes ou o estudo do OCDE? O fim das propinas ou a proposta histórica da direita sobre financiamento do Ensino Superior?».

O DIABO NÃO GUINCHA

«Perante esta tela, um quadro aflitivo de crise iminente, os portugueses que têm, ou terão, que olhar para o Estado veem na Saúde encerramentos de urgências e especialidades hospitalares, ou peritos a discutirem à vez qual o serviço que se fecha, percebem uma Escola Pública em decadência. O curioso é que agora que a resposta devia ser robusta parece ter-se descoberto que o país tem uma dívida pública para disciplinar, e que é demasiado grande».

PROFESSORES JÁ ACORDARAM

«Milhares de professores protestam contra alterações aos concursos».

SALÁRIOS MAUS COM 4 OU 5 DIAS

«Quando os governos não sabem gerir os seus próprios recursos humanos e essa fragilidade é experienciada, por exemplo, pelos profissionais da Educação, pelos estudantes e pelas famílias, é difícil prever que o projeto-piloto para a semana de trabalho de quatro dias possa correr bem».

EDUCAÇÃO E JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA

Em dia de greve dos professores, vale a pena recordar: a proposta de Orçamento do Estado para 2023 destina: 6,93 mil milhões de euros para a Educação, enquanto estima gastar 6,64 mil milhões de euros para pagamento de juros da dívida pública.

P. S. Os números citados são uma versão optimista, a avaliar pela evolução das taxas de juro e o nível de cativações autorizado.

CRISE CASTIGA ESTUDANTES NO REINO UNIDO

Num artigo de opinião no The Guardian, Chelsie Henshaw faz um retrato dantesco sobre os efeitos da crise nos estudantes, sublinhando que estão a ser obrigados a escolher entre estudar e comer.

PROFESSORES NA MIRA

Mais uma agressão a um professor, depois de uma outra professora doente ter morrido enquanto esperava por uma resposta do Ministério da Educação. Mais um par de notícias. Mais nada. 

P. S. João Costa, ministro da Educação, continua em funções, liderando uma máquina burocrática que mói e mata, sem qualquer receio do apuramento de responsabilidades políticas e criminais. Limita-se a pedir respeito pelos professores, um respeito que a governação não revela pelos docentes.

SINTONIZADOS

O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, repleto das habituais banalidades e de novos sofismas, esteve à altura dos eunucos da República, sempre servilmente disponíveis para qualquer comemoração. Nem uma palavra sobre o desprezo de António Costa sobre as mais elementares condições que o Estado devia assegurar aos cidadãos, antes e depois da pandemia e da guerra. Nem uma pergunta sobre Luís Dias, em greve de fome, que é espezinhado pelo Estado à vista de todos.

ESTADO (DE COSTA E MARCELO) MATA

O Correio da Manhã, na primeira página: «Professora com cancro morre sem resposta do Ministério da Educação».

EUNUCOS DO SÉCULO XXI

O que por aí vai de choradinho para justificar a urgência do novo aeroporto e do TGV. São décadas de estudos e milhões deitados à rua, garantem, com aquele ar de indignação de plástico tipo chinês. Curiosamente, esta nova espécie de eunucos do século XXI nunca levanta a voz para recordar as outras tantas décadas de estudos e de milhões desperdiçados para reformar a Saúde, a Justiça, a Educação, etc, continuando tudo na mesma, sem qualquer perspectiva credível de melhorias nos serviços prestados.

FALTA DE PROFESSORES: INÉRCIA E CISMAS

«O nosso país desperdiçou professores ao longo das últimas décadas. Dispensou-os formal e também informalmente. A colocação de um profissional mal remunerado a largos quilómetros do seu local de residência e o desprestígio social a que a profissão foi sujeita estão entre as razões que explicam a carência de docentes do ensino obrigatório».

AUTORITARISMO VERSUS CIDADANIA

No país em que o primeiro-ministro e o presidente violam a Constituição e nada acontece, uma família continua a ser perseguida pelo Estado há mais de quatro anos por uma escolha ponderada e em consciência que viola um preceito constitucional.

VIDAS SUSPENSAS

«Naquilo a que ainda chamam democracia o Governo Português prepara-se para retirar aos pais o estatuto de Encarregados de Educação e entregar esse papel à Escola. Isto é digno de um Estado totalitário».

E A VERTIGEM DA A6 CONTINUA

Passados mais de 150 dias do acidente da A6, o país assiste estupefacto à indiferença do presidente e do governo a propósito do arrastamento do inquérito que vitimou o trabalhador Nuno Santos, enquanto a família vive numa vulnerabilidade intolerável. Mas se também é assim face aos atrasos dos SNS, à lentidão na Justiça, à falta de professores na Educação e às filas de espera nos serviços do Estado...