PORTAS SEM MEMÓRIA

Paulo Portas foi ao MEL dizer que os «populistas não sabem gerir situações complexas». Curioso! Deve imaginar que o povo já esqueceu a "irrevogável" demissão. O que lhe vale é a gritaria...

ESTADO CONTRA A SOCIEDADE CIVIL: EIS A QUESTÃO

«Melhor seria que o Estado, em vez de uma acção ideológica e política por via de iniciativas exclusivamente suas de Estado, fomentasse a educação e a cultura de acordo com a Constituição».

MEL: COTRIM COM MAIS INFLUÊNCIA

A Iniciativa liberal está a cimentar uma influência muito superior aos votos que obteve nas urnas. Tal e qual como aconteceu no passado com o Bloco. E com MEL (Movimento Europa e Liberdade), também sem exclusões, na Aula Magna.

COVID: SÓ ACREDITA QUEM QUER

O malabarismo governamental para achar o "centro" nos festejos do campeonato é de rir. Não pode admitir o aumento dos contágios, porque assumiria o falhanço; também não pode admitir que não tiveram impacto, porque não conseguiria explicar as restrições para as praias. Entretanto, aumentam os testes e a vacinação em Lisboa, perdão, em todo o país.

P. S. A Saúde tem dos melhores "artistas" do governo, quiçá, da classe política. António Lacerda Sales tem tudo para chegar a ministro. E a uma condecoração do "artista-mor" (sem desprestígio para os artistas).

NA GAVETA DO NEGRÃO

«O arrastar de pés da Comissão de Inquérito ao Novo Banco na audição de Rui Pinto mostra que, para lá do teatro com os grandes devedores, há coisas que é melhor não apurar».

LOUÇÃ RECEBE NATO

O Conselho de Estado, uma inutilidade política que serve o presidente, reúne com o convidado Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO.

UMA MÃO LAVA A OUTRA

«O Governo (e supõe-se que o povo) exulta com os 14 mil milhões de euros da bazuca europeia que o país vai receber e Lisboa, como sempre, vai gerir. É curioso que as faturas do Novo Banco e da TAP somem precisamente 14 mil milhões. Como se costuma dizer, uma mão lava a outra».

CONCORRÊNCIA MAIS

Uma directiva europeia obrigou ao reforço de competências da Autoridade da Concorrência, entre as quais se conta a possibilidade de realização de buscas sem aviso prévio. Reduzir as multas a pó em Juízo vai ficar mais difícil.

O OUTRO LADO DA TRAGÉDIA DE PEDRÓGÃO

O início do julgamento da tragédia de Pedrógão revelou várias "vítimas" entre os presentes no banco dos réus. Agora imaginem o que seria se lá estivesse o peixe graúdo...

COVID E A CONFUSÃO INSTALADA

Tem sido difícil perceber se os festejos do Sporting representaram um aumento significativo dos contágios. A informação disponível é contraditória e levanta outra vez a suspeita de números manipulados. É pena que a imprensa continue incapaz de se libertar do discurso oficial.

P. S. Não vai ser fácil encontrar uma "resposta" clara, pois seja ela qual for expõe a política de saúde errática em curso.

SEGURO DE OPORTUNIDADE

António José Seguro está de regresso: Falta de rigor, ausência de comportamentos éticos e falta de respostas foram alguns dos argumentos usados para caracterizar o socialismo democrático e a Esquerda.

LIVRO BRANCO COVID: AUTORIDADES RECEIAM CONCLUSÕES?

Só o Observador avançou com uma espécie de Livro Branco sobre a Covid. Nem presidente nem governo admitem a necessidade de avançar com uma investigação independente, porventura por receio das conclusões. Entretanto, mais um alerta: «Se todo o país funcionasse como o Norte, podíamos ter poupado 4300 vidas».

É POSSÍVEL OUTRO CAMINHO

«Ninguém entenderia que depois de tudo aquilo que nos aconteceu, Portugal ignorasse mais uma vez os Enfermeiros e os tratasse como gente descartável que se usa e deita fora. Chegou a hora de colocar a valorização profissional dos Enfermeiros no topo das prioridades políticas deste país».

MARCELO EM CENA

O incumprimento dos acordos em sede de OE irritaram o Bloco e o PCP. E as greves estão aí. Com a "confiança" na aprovação do OE para 2022, afirmada por Marcelo, nem ninguém ficará admirado com mais uma dose cavalar de branqueamento presidencial para tentar proteger o governo.

O ATAQUE ÀS ORDENS PROFISSIONAIS

«É absolutamente inaceitável, face às regras de transparência que devem existir na actividade política, o facto de o Governo ter escondido inicialmente 1738 páginas do Plano de Recuperação e Resiliência apresentado em Bruxelas, que só sob pressão aceitou publicar. Mas não se estranha que uma das matérias mais relevantes que consta das páginas escondidas seja precisamente um violento ataque às Ordens Profissionais».

TRANSPARÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA E FACHADA

«Até parece que tudo foi pensado ao detalhe, desde logo ao mais alto nível dos partidos do Bloco Central, para garantir uma medida para encher o olho, mas sem qualquer hipótese de eficácia. E não fora o arraso do GRECO, a 25 de Março passado, o assunto continuaria no típico deixar andar quando está em causa o combate à corrupção».

MARCELO NA BIELORRÚSSIA?

A prisão miserável de um jornalista, Roman Protasevich, provocou o desvio para Minsk (Bielorrússia) de um voo entre Atenas (Grécia) e a Vilnius (Lituânia). Enquanto o mundo aguarda a reacção da União Europeia, ninguém ficaria admirado se Marcelo anunciasse uma visitinha Alexander Lukashenko.

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Em Portugal, 

é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro de um grande devedor,

do que um milionário que pague todos os seus impostos

Catarina Martins

À SOMBRA DA MORTE

«Esperava-se que a liberdade de expressão estivesse mais consolidada em sociedades que se dizem abertas. Não está. Pelo contrário: assistimos a uma regressão inquietante das garantias civis. E a imprensa não é uma vítima da conjuntura: é algoz. (...) Não nos surpreende que a maioria dos jornalistas tenha permanecido impávida quando os burocratas cozinhavam a Carta de Direitos Humanos na Era Digital, estranho documento anunciado como um agregado de autoproclamadas virtudes, mas que afinal está bem carregado de um ingrediente tóxico, o infame artigo 6º. (...) A comunicação social portuguesa tem-se portado como Roger Fenton na guerra da Crimeia: obediente ao poder e indiferente à censura. Por vezes, não se inibe de manusear uma ou outra «bala» para melhor compor o quadro».

EM BLOCO

O desenrolar da XII Convenção do Bloco está a revelar um partido que se recusa a ser a outra muleta de António Costa. O discurso final de Catarina Martins promete.