UM MONSTRO CHAMADO FACEBOOK

«A desregulamentação económica permitiu o monopólio do Facebook que hoje ameaça a democracia. Nunca uma só empresa ou entidade concentrou tal poder de manipulação. Partir o monopólio e o seu algoritmo, acabar com o anonimato e regular a utilização das redes (como se de qualquer outro espaço público se tratasse) é o mínimo que a sociedade tem a fazer para se proteger. A má notícia é que nenhuma destas medidas está, neste momento, à vista».

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO E TRANSPARÊNCIA

O primeiro-ministro continua a encher o espaço mediático com os números do investimento estrangeiro. Só falta, com transparência, divulgar o montantes dos apoios, subsídios e borlas fiscais.

EM BREVE: 4ª DOSE?

Depois dos alertas, até de Gouveia e Melo, que aparentemente terá caído em desgraça, a 3ª dose da vacina já está no terreno. Em breve, com uma farmacêutica perto de si, a caminho da 4ª dose?

ORÇAMENTO: PREGÃO AO RUBRO

Com Outubro quente, está ao rubro o pregão de promessas do Orçamento do Estado para 2022, algumas das quais certamente com "alçapões" para o que der e vier. As notícias rebentam em catadupa, qual propaganda sem limites. E nem um assomo de rigor e responsabilidade à cautela, apesar das promessas falhadas no passado.

BARRETO, CAVACO E MORGADO: A LUTA CONTINUA

«António Barreto, Aníbal Cavaco Silva e Maria José Morgado, em artigos de opinião, destaparam a realidade que tem sido militantemente abafada. É um aviso a António Costa. E um soco no estômago de Marcelo Rebelo de Sousa, um cartão amarelo à (sua) imprensa e um alerta à sociedade civil».

A ANSIEDADE DO FUTURO

«Chegar ao final do Ensino Secundário com uma média de 19 valores e, mesmo assim, ficar arredado do curso que sempre se sonhou, devia fazer soar os alarmes junto de quem define as políticas de Educação».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA

Por interesses políticos,

as leis anticorrupção ficam sempre pelos mínimos.

Luís de Sousa

PCP: MULETA AGITADA

Na véspera da entrega do Orçamento do Estado para 2022 na Assembleia da República, Jerónimo de Sousa (muleta) agita as águas perante o presidente, o primeiro-ministro e o PS confiantes na "consciência nacional" que tem mantido Portugal na cauda da Europa..

OS FIOS DESLIGADOS DO SISTEMA PENAL

«O fosso julgamento-acusação vive muito não só do gigantismo de certas acusações, como dos meios de prova especiais a exigir ajustamento judicial à realidade, os tais fios desligados. Julgamentos com apoio pericial e digital, experiência, realismo na aplicação da lei. No caso Rendeiro houve até preocupação em fazer processos pequenos, e é o que se vê. Agora que é preciso deixar o caminho fácil de mudar a lei a cada escândalo, e procurar o difícil e longo caminho de bons métodos de gestão e de aplicação atualista da lei, com tanto fio desligado, cairemos na fatalidade de mais uma lei. Que seja. Ao menos a imposição do início do cumprimento de pena logo após o primeiro recurso a confirmar a condenação, sem esperar pela via sacra dos recursos dilatórios, evitando o entorpecimento legal e patológico do direito de punir. ».

MARCELO E A (SUA) PGR

Com os efeitos da fuga de João Rendeiro a calarem fundo na sociedade civil, Marcelo Rebelo de Sousa diz agora o que nunca disse durante meses sobre Tancos; António Costa faz proclamações pias no Parlamento; os juízes prendem à pressa Paulo Guichard; e Lucília Gago remete-se ao silêncio. Na hora da verdade, a mesma falta de assumpção de responsabilidades para tentar disfarçar a impunidade dos mais ricos e poderosos.

FUNGOS COMUNITÁRIOS

«Até o mais empedernido dos otimistas sabe que a corrupção e o compadrio vão atacar em força nos próximos anos. A grande dúvida e desafio colocados ao país é saber quanto dinheiro estamos dispostos a sacrificar. Quantos fungos comunitários vamos desenvolver. Façam as vossas apostas».

CHILE AINDA VAI DAR MAIS

«Procuradoria do Chile abre investigação contra Piñera por Pandora Papers. Reportagens revelaram supostas irregularidades em venda de ações do presidente em megaprojeto de mineração em 2010 nas Ilhas Virgens Britânicas».

RESSA E MURATOV: ESPERANÇA

Maria Ressa e Dmitry Muratov são exemplos nas Filipinas e Rússia. É o jornalismo a resistir enquanto houver ditaduras.

É A IDEOLOGIA, ESTÚPIDO!

«Se a ideia era mostrar o país a seus pés, Costa falhou. E, falhando, revelou uma vulnerabilidade que, sem surpresas, os seus rivais identificaram sem esforço. Na segunda metade da legislatura, e mesmo com dinheiro europeu para tapar buracos, o declínio pode vir aí "num galopesinho muito seguro e muito a direito", como dizia um personagem do Eça sobre a bancarrota. E, nesse caso, quem deseja ser atropelado pelo cavalo? Não Pedro Nuno Santos, ainda para mais amarrado a um buraco negro que dá pelo nome de TAP».

QUANDO COSTA FAZ LEMBRAR SÓCRATES

«António Costa revelou na Assembleia da República como está desestabilizado e que não é preciso muito para lhe saltar a tampa – algo que lhe aconteceu várias vezes nas duas últimas semanas. Só os mais próximos é que saberão qual terá sido a sua reação depois de ter ouvido o ministro das Infraestruturas e da Habitação criticar, sem apelo nem agravo, o colega das Finanças».

OLHÓ COSTA SEM MAIORIA

«O senhor não me conhece de parte nenhuma e portanto eu não lhe autorizo a fazer qualquer juízo moral sobre o meu comportamento».

O HORROR DOS CRIMES DE PEDOFILIA EM FRANÇA

«300 mil crianças terão sido abusados desde os anos 50, e dois terços dos abusadores, segundo a acusação, são padres. Como foi isto possível?».

SEGURANÇA: MAIS UM PASSO ARRISCADO

A proposta de utilização de sistemas de videovigilância pelas forças e serviços de segurança é mais um passo arriscado. E tem a marca do ex-magistrado/ex-espião e agora governante no XXII governo constitucional. 

P. S. Instalar videovigilância nos carros e esquadras, para evitar que os cidadãos sejam corridos a cargas de pancada, seria um bom ponto de partida.

IMPUNIDADE

«A semana passada, estive em Malta em trabalho parlamentar. Nas múltiplas marinas que rodeiam esta ilha e em especial a capital, La Valletta, vi ancorados iates cujo valor são milhões, em quantidade a perder de vista. Nesse mesmo dia, por coincidência, tínhamos discutido a política de migrações e o problema dos refugiados que chegam de África a esta mesma ilha em barcos para 20 passageiros carregados com 200. Não podemos continuar a viver num mundo assim. O fim dos paraísos fiscais seria um sinal de esperança em mais justiça social, num mundo onde o cavar das desigualdades está a ser fonte de tantos conflitos e instabilidade política e social».

BORIS ATACA MODELO DE COSTA

Passou despercebido o discurso de Boris Jonhson no encerramento do congresso do Partido Conservador. Mas ficou a crítica a uma europa construída à custa de imigração, trabalho escravo com baixos salários e certamente à boleia de acordos com a Índia. Tipo o modelo de António Costa em Odemira, com o Bloco e o PCP a fazerem de conta.