A DANÇA DOS HYPOKRITÉS

Os ganhos dos facínoras com a guerra em Gaza, como sublinhou Francesca Albanese, de uma forma magistral, não permite qualquer tolerância intelectual e política com aqueles que inventam argumentos para justificar a maior monstruosidade do século XXI.

P. S. Com Israel a perder a guerra – se entendermos que o objectivo é, ou alguma vez foi, o resgate dos reféns às mãos dos terroristas do Hamas –, o que resta? O Estado terrorista de Israel atirar uma bomba nuclear sobre Gaza, ou será que é o único limite da selvajaria politicamente cobarde de Benjamin Netanyahu?

SILÊNCIO EM PORTUGAL COM O MUNDO À BEIRA DO DESASTRE

A falta de explicações de Luís Montenegro, Paulo Rangel e Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto o Mundo vive a incerteza do desastre nuclear, só é comparável ao silêncio de Oliveira Salazar face à critica generalizada sobre o colonialismo em África.

P. S. O desrespeito pelos cidadãos é uma tradição dos Executivos. Nem os apelos de António Guterres, secretário-geral UN, são suficientes para criar algum sentido de dever e de Estado entre os órgãos de soberania portugueses.

USA ATACAM IRÃO

Donald Trump, o "pacificador", acabou de atacar o Irão.

P. S. Qual o papel de Portugal (base das Lajes) neste ataque?

ISRAEL: TIPPING POINT

As aventuras de Benjamin Netanyahu, desde 1993, quando foi eleito presidente do partido Likud, atingiram um tal ponto de não retorno (tipping point), com o genocídio em Gaza e o ataque ilegal ao Irão, que o debate instalado está dividido entre a proliferação nuclear no Médio Oriente e a desnuclearização de Israel, ou seja, a perda da sua supremacia militar (70 a 400 ogivas nucleares).

P. S. O programa nuclear de Israel começou em meados de 1950. As primeiras revelações foram feitas por Mordechai Vanunu, em 1986, com informações sobre a instalação de Dimona,

PRESIDENTES E DITADORES SOB GOZO

Enquanto Jon Stewart gozar a bom gozar com Donald Trump e Benjamin Netanyahu, entre outros, a propósito da peça teatral sobre a bomba nuclear do Irão, com ou sem razão fundamentada, então é possível confiar que o regime democrático norte-americano não está em risco, apesar da falácia de mercenários, fundamentalistas e afins do costume.

P. S. A versão portuguesa promete, sempre a reboque, com a criatividade pequenina, à medida woke à la carte.

ISRAEL ATACA PAZ NO MÉDIO ORIENTE

As conversações entre norte-americanos e iranianos para controlar o programa nuclear rebentaram hoje de madrugada com o ataque de Israel ao Irão. Mais vítimas civis, mais devastação.

P. S. A história mostra que os países que desenvolveram armas nucleares atingiram sempre os seus objectivos, mais tarde ou mais cedo, com mais ou menos dólares, com mais ou menos mortes.

UCRÂNIA: EUROPA DÁ PASSO EM FRENTE

O acordo obtido em Londres é claro: mais apoio militar à Ucrânia, reforço das sanções à Rússia e tropas no terreno e aviões no ar para defender a paz, sem visto prévio de Donald Trump.

P. S. As próximas 72 horas vão ser determinantes para perceber se estamos a caminho do desastre nuclear ou da paz na Europa.

PRÉMIO NOBEL DA PAZ 2024: NIHON HIDANKYO

Organização japonesa Nihon Hidankyo foi distinguida pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares, mais uma séria mensagem para os EUA, França, Reino Unido e ainda para Israel, Irão, China, Rússia e demais ditadores e assassinos.

MACRON E (SALVAÇÃO) XI

Depois dos negócios com as armas para a Ucrânia, salvar as finanças da França à custa dos negócios com a China é um risco para a Europa. Xi Ji Ping aproveita, com uma visita de Estado, sobretudo porque sabe que Emmanuel Macron está cade vez mais fragilizado.

P. S. A União Europeia não aprendeu nada com o escandaloso papel importante de França no desenvolvimento do programa nuclear do Irão, desde a década de 1970. Mais uma vez, o risco de divisão entre os 27 é mais um trunfo para Vladimir Putin.

NEM MEDO NEM VICHY

Não é só por cá que a estratégia do medo anda a tentar fazer o seu caminho, tentando disfarçar o desastre de António Costa. Lá por fora, até Emmanuel Macron já percebeu que as tragédias de Vichy e de Pétain não não se podem repetir.

P. S. Ainda há quem insista em branquear o assassino Vladimir Putin, repetindo que uma potência nuclear não pode perder uma guerra, como se as avenças pudessem apagar os vários exemplos da história em que países com capacidade nuclear foram derrotados.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PRIGOZHIN E PUTIN?

Mesmo face à evidência, depois de todos os exemplos grotescos e animalescos, no dia em que Vladimir Putin tremeu não faltaram vozes a relativizar os seus crimes hediondos, porque Yevgeny Prigohzhin é um mercenário. É esta lógica política, repetida, cínica e irresponsável, que conduziu o Ocidente ao actual permanente risco de um conflito nuclear.

PACIFISTAS, SIM, TOLOS NÃO

«Não são boas notícias para a paz. Mas antes isso do que aceitar a paz dos cemitérios, como às vezes se lê ou ouve, e não apenas entre os saudosistas da "pax soviética". Podemos e devemos ser pacifistas. Não podemos é ser tolos».

AQUECER O CLIMA

«A Agência Internacional de Energia acaba de alertar que a procura por combustíveis fósseis atingiu níveis máximos, provocando inflação e pondo em causa os objetivos de redução das emissões de gases de efeito estufa. A guerra na Ucrânia, que tanto nos preocupa, apesar de trágica, desnecessária e atroz, está a obrigar os europeus a acelerar ao máximo a transição ecológica para dispensar os combustíveis fósseis. Mas, a resposta atualmente só pode vir de duas fontes: as energias renováveis e a nuclear».

CARNICEIRO E ESCALADAS

«Aqueles que alimentaram Vladimir Putin no passado ainda tentam desesperadamente garantir-lhe uma saída airosa com futuro. Agora, despudorada e cinicamente, até juram que é por temerem a ameaça nuclear, quando na verdade é tão-só o vergar às armas, quiçá, pensando em negociatas futuras».

Japão: sismo obriga a debate sobre o nuclear

O sismo que assolou o Japão impressionou pelas imagens de devastação que correram o mundo. E vai obrigar a um novo debate sobre os riscos da opção nuclear e de centrais que funcionam há décadas, como a de Fukushima, que já deu origem a um alerta nuclear internacional.