JMJ E A FUGA AOS IMPOSTOS

«Espera-se mais de um milhão de peregrinos. É fazer as contas, ‘tax free’ (livre de impostos)». É assim que a mãe de uma jovem peregrina, que vai participar na Jornada Mundial da Juventude, denuncia a a evasão fiscal da Igreja no mega evento que começa daqui a cinco dias.

D. AMÉRICO AGUIAR: POLÍTICA, COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS

«O próximo Patriarca português segue a linha do situacionismo da hierarquia da Igreja portuguesa, pontuado por um reaccionarismo oportunista, agora com um toque de modernidade assente na comunicação, no marketing e na atenção aos cofres do pilim».

IGREJA DO PILIM

O marketing da Igreja para a Jornada Mundial da Juventude faz corar qualquer empresa, pequena, média ou grande, na promoção dos seus produtos. Assim, não admira a falta de tempo e até o silêncio sepulcral em relação à pobreza, aos sem-abrigo, aos atropelos na Saúde, designadamente no sector social, ao sofrimento dos cidadãos às mão de um governo politicamente iníquo que os abandona sem dó nem piedade. Sim, esta é a Igreja do pilim, conduzida "destemidamente" pelo bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar. 

P. S. Pode ser que o Papa Francisco ainda vá a tempo de travar este desvio intolerável, mascarado em nome da Fé.

INEM E SNS PARA A JMJ. E OS PORTUGUESES?

No seu imparável caminho de (a)normalidade, Manuel Pizarro garantiu, sem se rir ou revelar qualquer embaraço, que a «Jornada Mundial da Juventude não põe em causa funcionamento do INEM ou do SNS».

P. S. Com a aproximação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 1 a 6 de Agosto, Marcelo Rebelo de Sousa já deu o tiro de partida para mais uma campanha de branqueamento e folclore, deixando para trás, mais uma vez, os doentes que têm de aguardar três anos para uma consulta ou aqueles que lá continuam a "passear" nas ambulâncias antes de terem vaga nas Urgências.

À ESPERA QUE PAPA FRANCISCO VARRA A CÚPULA DA IGREJA PORTUGUESA

Um memorial e uma mão cheia de muito pouco são o resultado da reunião da Conferência Episcopal portuguesa. Católicos e não-católicos ficaram a perceber que, certamente após a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco tem a oportunidade e toda a legitimidade para varrer a actual cúpula da Igreja portuguesa, desde o patriarca (demissionário) ao inefável bispo da "birra".

IMIGRAÇÃO: IGREJA EM SILÊNCIO

Atolada nos seus crimes e demasiado ocupada com os negócios, o silêncio da Igreja e de D. Manuel Clemente sobre a imigração também choca, mas já não surpreende nenhum católico português.

PROFESSORES RESPONDEM A MARCELO

Depois de Marcelo Rebelo de Sousa subir um nível no branqueamento brutal, elogiando o escrutínio dos outros em relação à Jornada Mundial da Juventude, que o próprio nunca fez nem faz, seguiu-se mais um "alerta" politicamente venal: «A simpatia da opinião pública pode virar-se contra os professores». A resposta chegou, com mais de 150 mil professores nas ruas.

P. S. Quando a palavra do presidente pouco ou nada vale...

BISPO A GUIAR O DESPESISMO DO REGIME

Os elogios politicamente insensatos e despropositados do bispo Américo Aguiar sobre o Centro Cultural de Belém e a Expo'98, para justificar o injustificável, confirmam tristemente uma cúpula da Igreja instalada à volta do poder, indiferente à corrupção, confortável com a desigualdade e insensível às prioritárias necessidades dos mais pobres.

P. S. Certamente que o Papa Francisco não ficará indiferente, no momento em que é revelado o recuo do poder de compra para níveis mais baixos desde 2018, ao assalto ao bolso dos contribuintes.

JMJ: AINDA FALTA A ALEGRIA DE MAIS 70%

A redução em cerca de 30% do custo do altar-palco da Jornada Mundial da Juventude 2023, que passará a ser de 2,9 milhões de euros, não resolve a questão de fundo: as despesas da iniciativa da Igreja deveriam ser assumidas pela própria Igreja, e não pelos contribuintes.

"CENTRÃO" COM MAGIA

O PS e o PSD chumbaram a audição parlamentar de Carlos Moedas, Fernando Medina José Sá Fernandes. O requerimento apresentado pela Iniciativa Liberal contou apenas com os votos favoráveis do partido e do Chega. Os restantes partidos não se encontravam na sala no momento da votação.

JORNADA E BANHA DA COBRA

«Agora, a Jornada Mundial da Juventude faz o mesmo percurso, com a mesma opacidade, banha da cobra e coro de afins que se atropelam para apanhar as migalhas. Para trás, no rodapé de letras pequeninas, fica o exemplo espanhol, em que o Estado não despendeu um tostão dos contribuintes».

O PARQUE DO PERDÃO NÃO É PARA JOVENS

«Não sendo as jornadas especificamente dirigidas aos jovens católicos, mas a todos, "quer estejam mais próximos ou mais distantes da Igreja", existir um Parque de Perdão não será o melhor apelo para uma maior aproximação dos mais novos à Igreja».

PORTAS CONFIRMADO NA MOTA-ENGIL

Com ou sem altar?

SE JESUS VIESSE CÁ EM AGOSTO

«Nesta história mal contada, há aspectos que precisam de clarificação. É perturbador que se saiba quanto dinheiro vão gastar o Estado e as autarquias de Lisboa e Loures, mas não se saiba quanto vai gastar a Igreja, directamente ou através da fundação JMJ Lisboa 2023 que criou para organizar o evento. Até ao momento, as respostas vagas e evasivas não tranquilizam. (...) Entre a Câmara de Lisboa e a fundação JMJ Lisboa 2023 alguém há-de saber como se chegou a isto. (...) Em nome da decência, é essencial conhecer-se ao pormenor todo o processo de decisão».

IGREJA: DO SILÊNCIO À JORNADA

O monumental gasto de dinheiros público para acolher a Jornada Mundial da Juventude, que deveria ser assumido pela Igreja e por privados, e que só agora começa a ser escrutinado, não pode ser dissociado do escandaloso silêncio do cardeal, arcebispos e bispos em relação ao crescimento da pobreza, designadamente daquela que é extrema e certamente envergonhará o Papa Francisco.

O FALSO IMPACTO DOS GRANDES EVENTOS

«Quem acompanhava política há 20 anos lembrar-se-á das promessas de crescimento futuro através da organização de grandes eventos. Houve, desde essa altura, uma política deliberada de investimento na organização de grandes eventos. Esta foi também uma altura de estagnação económica e de crises consecutivas de finanças públicas. Não foi coincidência. Apesar disso, a tentação continua. Os eventos são as raspadinhas dos políticos portugueses».

SER PORTUGUÊS NÃO É CRIME, MAS É PECADO

«A generalidade dos portugueses, católicos e demais, enfrenta enormes dificuldades para tocar os dias, as bolsas de pobreza estão cada vez mais elásticas, o custo de vida é um rolo compressor. Somos, globalmente, um país pobre. Não queiramos, por isso, passar a imagem do novo-rico que impressiona os outros durante uns dias, mas que, no final do mês, não tem onde cair morto».

A FÉ NÃO TEM PALCO NEM LUCROS

«Católicos e não católicos, lisboetas e não lisboetas também farão a sua avaliação. E não precisarão de microscópio. Nem de muitas fórmulas Excel. Porque, nos últimos tempos, têm feito muitas contas de lápis e papel. Para pagar as contas ao final do mês. Um palco é, sem dúvida, a estrutura mais importante de um grande festival. Imponentes, temáticos, com fogo de artifício, megaestruturas de iluminação, lasers. Já um palco para uma cerimónia religiosa não precisa de tanta grandiosidade. E usar a fé com argumentos de retorno financeiro não fica lá muito bem».

À PALA DA PALA E O "RETORNO FINANCEIRO"

Enquanto  se entretém o povo com o custo do altar-palco da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) de um grande "projecto internacional", mais um, fica ainda por escrutinar a factura obscena que já ronda os 100 milhões de euros.

P. S. Entre as habituais falácias, algumas a roçar o insulto da inteligência das pessoas, com mais ou menos reuniões, vale a pena recordar, a título de exemplo, um, apenas um, "retorno financeiro" que resultou em mais um número trágico.

POBRES MOEDAS

Com a polémica instalada em Portugal e o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, a desmentir à pressa o comunicado do Patriarcado de Lisboa (a pedido?), uma bizarria que não escapará certamente ao Papa Francisco, D. Manuel Clemente permanece num estridente silêncio tumular sobre a JMJ (Jornada Mundial da Juventude), enquanto Carlos Moedas aparece num surpreendente e patético exercício político de assumpção de responsabilidades.