FORA DO JOGO

«O pobre é aquele que primeiro sente na pele qualquer mudança política. Depende da escola pública, do SNS, dos transportes públicos e dos apoios sociais. E, no entanto, é o primeiro a desistir de escolher».

BISPO A GUIAR O DESPESISMO DO REGIME

Os elogios politicamente insensatos e despropositados do bispo Américo Aguiar sobre o Centro Cultural de Belém e a Expo'98, para justificar o injustificável, confirmam tristemente uma cúpula da Igreja instalada à volta do poder, indiferente à corrupção, confortável com a desigualdade e insensível às prioritárias necessidades dos mais pobres.

P. S. Certamente que o Papa Francisco não ficará indiferente, no momento em que é revelado o recuo do poder de compra para níveis mais baixos desde 2018, ao assalto ao bolso dos contribuintes.

E BEJA TÃO PERTO

Impressiona este novo-riquismo dos aeroportos, sobretudo quando existe um abandonado em Beja. Entretanto, no país que não trata da saúde dos cidadãos, que abandona as crianças em risco e com uma das maiores dívidas de todo o mundo, as atenções concentram-se em saber se o PM sai enfraquecido ou se o ministro tem condições para continuar. A desigualdade e as carências já nem parecem importar.

GRANDES PROJECTOS E A MESMA PROPAGANDA

A notícia é a criação (no papel) de um dos maiores centros de dados da Europa em Sines, mas a propaganda é a mesma de 1991, ano em que nasceu a AutoEuropa em Palmela. Trinta anos depois, Portugal continua a ser um país com desigualdades sociais escandalosas, a terceira maior dívida pública europeia e cada vez mais dependente da solidariedade europeia.

A VIDA TEM PREÇO

As desigualdades são como o algodão: não engana! Em Portugal, o cinismo e a hipocrisia em política podem não matar, mas a realidade continua a matar. A vida em Portugal tem preço. E são os mais pobres que pagam.

TEMOS DE SER OS MELHORES

«Com Marcelo em Belém mudou alguma coisa no combate à corrupção e à desigualdade? Não, este PR é mais um daqueles que preferem "iluminar" as pessoas, rendido à máxima the show must go on, seja com as "Galinhas do mato" ou com a comparação paradoxal do feminismo ao nazismo».