Sim ao exame prévio aos programas eleitorais

«Portugal é um país pobre que anda a fazer figura de rico há muitos anos. Está na altura de mudar de rumo e de política. Está na altura de banir das campanhas eleitorais as mentiras que enganam o povo e os políticos mentirosos e irresponsáveis que atiram impunemente para o desemprego e para a miséria milhões de portugueses».

De novo o puxempurra

«Durante este fim de semana foram resgatados com vida mais de quatro mil refugiados no Mediterrâneo. Os sobreviventes dão menos notícias de jornal do que os mortos mas não deixa de ser importante regressar a este assunto».

Exemplo a seguir...

«Numa altura em que, mais do que nunca, se clama pela regeneração da classe política e empresarial, que exemplo de conduta o primeiro-ministro se lembrou de invocar? Nada mais nada menos que o de Dias Loureiro, ex-ministro que foi administrador da SLN, dona do BPN, o sinistro banco que nos custou no mínimo quatro mil milhões».

Terrorismo

«Não será uma espécie de terrorismo deixar populações inteiras sem o devido policiamento de proximidade?». 

O polícia enganado

«Carlos Costa sai do Banco de Portugal (BdP) manchado por críticas do Parlamento sobre as falhas de supervisão do BES».

Passos Coelho elogia Manuel Dias Loureiro

As cenas da TAP

«A TAP é um produto do império. Sem o império e a guerra colonial não existiria. O amor que os portugueses supostamente têm à TAP não passa de uma atracção pela falsa grandeza que as colónias nos davam e que gerações de portugueses partilharam, mesmo depois do “25 de Abril”. É por isso, e só por isso, que a “privatização” provoca sempre uma certa exaltação nacionalista, muito próxima da idiotia».

Por Mariupol

«Putin sabe também outra coisa: quanto mais tempo durar o atrito na Ucrânia mais a UE é chamada a suportar os custos de Kiev (PIB caiu 7% em 2014). Até ao ponto em que desista e se veja obrigada a forçar a federalização constitucional na Ucrânia e a renovar o seu estatuto de neutralidade. E aí Moscovo celebrará a vitória em nova "guerra patriótica"».

O futuro no Bolhão

«Fernando Gomes prometeu, Nuno Cardoso lamentou não o ter recuperado, Rui Rio ameaçou mas não o fez e agora Rui Moreira diz que é desta que vai ser. Acreditem que é há mais de 30 anos que as obras do Bolhão estão em cima da mesa autárquica, sem que se...».

TAP: a derrota do governo

O governo não foi capaz de manter a paz laboral na transportadora aérea pública, comprometendo (mais) uma das suas bandeiras eleitorais. A greve da TAP está aí, à vista de todos. Assim, não deverá ser preciso esperar muito tempo para o governo vir a terreiro tentar justificar o falhanço da privatização com a greve dos pilotos, mas nunca conseguirá atirar para debaixo do tapete o lixo de anos e anos de uma gestão pública ruinosa contra a qual o sindicato dos pilotos (SPAC) sempre esteve contra.

P. S. António Pires de Lima é cada vez mais um erro de casting na pasta da Economia.

Mais justiça

«As recentes buscas ao gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais serviram, de uma vez por todas, para que a PJ e o MP, demonstrassem que o seu trabalho não se norteia por qualquer interesse político, que a existir seria sempre ilegítimo, ou por calendários políticos».

Passos e Portas arrastam-se

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas arrastam-se penosamente, novamente coligados em desespero e à força, à espera de enfrentar as próximas legislativas. E nem na recta final da governação surge qualquer vislumbre de assomo de liderança e dignidade políticas. Nada, mas nada, os levam a demitir Paulo Núncio. Nem uma lista de contribuintes VIP's, nem uma busca os obrigam a agir. Surpresa? Não! Mais do mesmo, como se verificou, por exemplo, com Paulo Macedo, ministro da Saúde, no caso dos doentes com hepatite C, ou com o chefe dos serviços de informações.

O primeiro grande desafio de Medina

«Uma área de construção de 184 mil metros quadrados acima do solo na primeira linha de água do Tejo vale o seu peso em ouro».

Conselho para o próximo governador

«Um regulador ou supervisor nunca pode garantir que não vai haver problemas nas instituições que fiscaliza. Mas quanto mais intrusivo e inquisitorial for, menor será essa probabilidade. É importante não esquecer isto quando se escolhe a administração do Banco de Portugal. Quando Carlos Costa chegou ao banco, disse aqui que há três requisitos para se ser banqueiro central: ter mau feitio, ter idade e estar no fim de carreira».

A memória do Estado

«O poder da imagem tem destas coisas. Uma carrinha a anunciar a "destruição confidencial de documentos" estaciona frente ao Ministério das Finanças enquanto decorriam as buscas da PJ à secretaria de Estado».

Será desta?

«Se Geneve incluir Assad na solução (e o Irão), evitando explorar agressivamente este seu atual momento, podemos ter algum alívio humanitário. E isto é tanto. Não aliviamos é a região do terror».

Sistema corrupção

«Talvez seja altura de tentarmos todos – e não apenas os profissionais da justiça – fazer rolar a roda sobre o cume da montanha chamada “sistema corrupção”».

Pensões: enquanto o pau vai e vem…

«As últimas semanas foram de avanços em matéria de sustentabilidade das finanças públicas: as propostas técnicas do PS para gerir a economia não são radicalmente diferentes das que a troika recomenda para o país (vamos ver se os "lobbies" do partido não adulteram o estudo da equipa de Mário Centeno). Isso não significa, no entanto, que possamos respirar de alívio. Primeiro porque o intensificar da campanha eleitoral vai trazer muito disparate à praça pública».

Tragédia Varoufakis

«Yanis Varoufakis foi o rosto de uma Grécia rebelde».

País pobre e 'low cost'

«Portugal estagnou e depois entrou num ciclo recessivo com erosão brutal de riqueza, agravada com o resgate pela troika».

Vistos gold: MP faz buscas

Eis uma notícia impensável no passado: «Vistos Gold: buscas na Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, Ministério do Negócios Estrangeiros e Administração Interna».

A fama de Piketty

«A liberdade de expressão é um dos grandes valores da actualidade. Mas este enorme benefício, como todas as coisas preciosas, tem custos elevados. Poucos casos ilustram tão bem esta ambiguidade como a história recente da improvável fama de um economista francês».

As ideias estúpidas de Macedo e companhia

«Macedo e o seu Leal escudeiro mandarão os seus cães de fila por montes e vales atrás de quem violar com enorme prazer uma lei estúpida feita por estúpidos, que por serem estúpidos não percebem que ninguém a vai cumprir. As leis secas são para violar. Sempre e em qualquer lugar. Foi assim no passado, será assim no futuro. Mas não parem de nos divertir. Os estúpidos podem ser muito perigosos mas também servem para nos fazer rir. Vá lá, podem matar gente nas urgências hospitalares sem assistência, podem condenar pessoas à morte por falta de medicamentos para o cancro e a hepatite C, mas também têm o direito de pôr um povo triste, amargurado, cada vez mais pobre, a rir com a vossa estupidez. Vá lá, não parem. Entre umas mortes nos hospitais provocadas pela vossa incompetência podem rapidamente partir para outras causas tão estúpidas como o álcool e o fumo. Se não tiverem mais ideias estúpidas, olhem para a Austrália, metam-se já num avião e vão para aquela escola muçulmana que descobriu que as corridas tiram a virgindade às meninas».

O que nós precisamos é de creches

«Quando, em Abril, escolhemos as creches, foi para derrubar o espartilho onde os filhos de sapateiros seriam sempre sapateiros. Quando, em Abril, escolhemos a igualdade, compreendemos que essa igualdade não era compatível com os privilégios das grandes famílias. Quando, em Abril, quisemos a dignidade, compreendemos que a dignidade precisa de uma casa, escola, centro de saúde, trabalho e salário».

O polvo unido

«Nas vésperas do 25 de Abril, queriam o regresso da censura».

Não noticiar eleições é defender a liberdade?

«Não devíamos discutir o serviço que prestamos nas campanhas eleitorais para torná-lo, simplesmente, jornalisticamente entusiasmante, útil e exemplar? Isto sim, seria uma bofetada inteligente nos políticos patetas e um tiro certeiro contra as limitações à liber-dade que sempre nos ameaçam e sempre nos ameaçarão».

Os pilotos são uma elite

«A administração da TAP comunicou que desistiu de negociar com os pilotos o fim da greve que vai ter lugar entre 1 e 10 de Maio. Não é surpresa; os pilotos do SPAC nunca quiseram um acordo. A linguagem dos comunicados que fizeram sobre as razões da greve e as declarações públicas do presidente do SPAC nunca esconderam o óbvio: a greve era para se fazer. Ponto final! Porque os pilotos querem, à força, recuperar uma promessa ilegal que lhes foi feita; e querem mais dinheiro. Qual o impacto da greve na empresa não é coisa que os preocupe».

Indigência política

«A tentativa de impor um visto prévio à cobertura jornalística das campanhas é uma lição a não esquecer».

Isto vai ser bonito!

«Durante quatro anos, partilhei a Câmara do Porto com Paulo Morais, tendo ficado a conhecer o seu pensamento político e a sua prática. E vi como foi afastado das listas do PSD/CDS em 2005 pelo seu amigo Rui Rio que, no entanto, e como é seu costume, escondeu a mão, atribuindo esse afastamento a "decisões partidárias"».

Uma vida nova?

«Os partidos, de resto, no seu conjunto não têm conseguido fazer as reformas de que o país precisa, por falta de legitimidade e força. Estão corrompidos, sem um propósito ou uma visão da sociedade e do mundo; e dominados por bandos de intriguistas profissionais que eles próprios criaram».

Carlos Abreu Amorim, Telmo Correia e Inês Medeiros: o mau exemplo no Parlamento

Comemorar o 25 de Abril é muito mais do que uma data. É também combater a forma de recrutamento e a péssima qualidade dos deputados que nos representam. Para aqueles que ainda duvidam que estamos a atravessar um período histórico, nada melhor do que reflectir sobre a última trapalhada criada pelos três partidos do arco da governação. É verdade que existe um problema grave em relação à cobertura noticiosa dos actos eleitorais. Mas tentar resolver um problema com a criação de um ainda maior é algo inimaginável. 

Celebrar Abril

«Com a devia vénia, sr. primeiro-ministro, a sua função não é lavar cobardemente as mãos das imbecilidades do seu partido. É condenar esta aberração e fazer o que deve para ela não ressuscitar».

A Lei como arma mortal

«Os líderes dos três partidos em causa já se demarcaram da revolução em curso. Mas isso não chega. É preciso assegurar que estes golpistas não mais pegarão nas armas da Lei».

Mariana Mortágua ao Jornal de negócios

«O maior erro é achar que isto é culpa do Ricardo Salgado».

O elogio do público

«Não é de mais recordar, nem é de mais repetir, que não foi há muito tempo que Lisboa precisava urgentemente de um segundo aeroporto para resolver o problema de uma Portela sobrelotada que, segundo revelou já este ano a ANA, afinal ainda está a 60% da sua capacidade. Nem é preciso passear pelas autoestradas vazias por esse país fora, para entender que se anteciparam necessidades de país rico num país que não vai além do remediado».

Pensionistas e os outros

«Se cada um votar egoisticamente, teremos um cisma grisalho. Os pensionistas votarão PS e os outros no PSD».

TAP, SPAC e Estado: uma lição

A greve dos pilotos da TAP é muito mais do que uma luta justa. É uma lição para governantes, quais chicos espertos, que julgam que podem usar e abusar da credibilidade do Estado. O acordo entre João Cravinho, o então super ministro de António Guterres, e o sindicatos dos pilotos (SPAC), em 1999, empenhou a palavra do Estado. E salvou a TAP à época. Chegou a hora de pagar a factura. E o argumento de que aquele acordo não é válido só envergonha ainda mais o próprio Estado.

Sócrates: Cinco meses de prisão, recursos recusados, seis arguidos na Operação Marquês

«A Operação Marquês ganhou um novo arguido, Joaquim Barrocas, administrador do Grupo Lena. No mesmo dia, José Sócrates viu recusado mais um recurso, desta vez pelo Supremo».

Uma salada

«Propostas do PS tentam agradar a gregos e troianos».

MP e PJ: grande malha

«Money One e Transfex suspeitas de branqueamento de capitais e de financiamento de terrorismo».

Fusão entre BCP e o BPI: o mau caminho

Bem podem afirmar que os investimentos angolanos e chineses são a prova de amanhãs que cantam, mas a factura vai chegar mais tarde ou mais cedo. O projecto de fusão entre o BCP e o BPI, entre outras combinações que estão a ser cozinhadas nos corredores do poder político e financeiro, é apenas mais um negócio. E, este em particular, certamente, interessa mais aos comissionistas do regime do que aos portugueses.

O regresso da TSU, pela mão do PS

«Os pensionistas do futuro pagam a aceleração do crescimento presente que se pode, ou não, transformar num amanhã melhor. É esta em termos sintéticos a proposta do PS. Regressou a redução da TSU, para reduzir os custos do trabalho nas empresas. Com uma diferença. Os trabalhadores pagam a factura quando, no futuro, forem pensionistas. Em vez de a suportarem no presente como propunha em 2012 este Governo. O PS propõe de facto uma alternativa ao modelo que o PSD e o CDS estão a seguir. Mas é um caminho que, sendo politicamente mais fácil, tem os mesmos riscos».

Quanto vale a sombra da troika?

«Uma das virtudes da crise económica foi refrear a demagogia no discurso político». 

Ausências

«A presença massiva de personalidades judiciárias e investigadores criminais nestes dois eventos [lançamento do livro ‘Ciência, Tecnologia e Investigação Criminal’, de José Braz e IV Congresso de Investigação Criminal] não teve correspondência nos seus representantes institucionais, que decidiram primar pela mais absoluta ausência. Surpreendente?... Infelizmente, não!».

O BES bom

«Não queiramos que o BES se transforme numa "questão política". Isso seria meio caminho andado para não haver culpados».

O risco da TSU

«Se desde 2000 Portugal seguisse o rumo previsto nos planos eleitorais cheios das melhores intenções, o PIB per capita estaria mais próximo do alemão que do grego».

Defesa da civilização

«Abandonando a civilização perde-se até aquilo que se queria obter ao deixá-la».

Náusea

«Os que se dizem muito liberais querem que o Estado tenha este direito de entrar pela intimidade das lactantes e ainda fazem do Estado e dos trabalhadores vaca leiteira. Definitivamente, é andar à mama demais».

581

«Admirável mundo novo este onde o salário médio está uns euros acima do mínimo. 581 euros e Passos Coelho diz que "o custo do trabalho para as empresas ainda é muito elevado", lamentando que essa tenha sido a única "reforma que não conseguimos completar"».

Apocalipse migrante

«Se milhares morrem a tentar entrar em nossa casa, devemos fechar a porta e correr as persianas?».

Os políticos estão errados?

«Vai-se a qualquer seminário ou conferência e os diagnósticos que os intervenientes fazem sobre Portugal são iguais. E quando não o são, não diferem muito entre si. Como se viu na última conferência do Negócios. O que é interessante neste processo é que os oradores desses fóruns não se pautam pela mesma cartilha ideológica. E no entanto, apesar dessas diferenças, convergem nos diagnósticos… e nas soluções...».

Glamour grego

«Barroso disse, afinal, o que lhe vai na alma: ele e os seus amigos alemães veem a Europa como um projeto de misericordiazinha com os povos do sul e não como um espaço político de solidariedade. O mesmo Barroso que andou de férias em iates e ilhas privadas de diversos amigos poderosos, pelo Brasil e Mediterrâneo». 

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Mediterrâneo: as mortes que (não) incomodam

Não falta muito tempo para um qualquer porta-voz do sistema vir a terreiro dizer que a culpa do que se passa no Mediterrâneo é da imprensa que explora as imagens chocantes dos náufragos.

P. S. Onde anda o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres?

Vala comum

«Não fomos capazes de reformar regimes sem os deitar abaixo, não fomos exigentes com o respeito pela dignidade humana, liberdades políticas, criação de emprego. Acomodámo-nos e ausentámo-nos de pensar fora da bolha. E sobretudo de agir a tempo e com tempo. Estamos a pagar por tudo isso».

A ilusão da autonomia orçamental

«O Plano de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas são documentos "de regime". Estendem-se por mais de uma legislatura. O que significa que aquilo que um governo lá coloca, condiciona a actuação do governo seguinte. Razão mais do que suficiente para consensualizar as opções que são feitas no documento apresentado na semana passada. O governo fez por isso bem em levar ao Parlamento a discussão do actual Plano. Será fácil PS, PSD e CDS chegarem a acordo para fazer do documento um verdadeiro acordo de regime? Não».

Os mortos, Lampedusa e os hipócritas do costume

É chocante assistir às centenas de mortos que, a cada dia que passa, jazem no Mediterrâneo. Mas mais chocante ainda é assistir ao coro de protestos que se sucedem apenas e só no momento imediato ao anúncio de mais um naufrágio, entre as costas da Líbia e a ilha italiana de Lampedusa, que custam dezenas e centenas de vidas.

Não Tapem os olhos, fechem a companhia

«Há males que vêm por bem. A greve dos pilotos é a grande oportunidade para acabar com uma empresa arruinada pelos governos da democracia».

A Lei do Álcool

«Enquanto pai, não permito que o Estado me substitua».

Saber ao que vão

«Nas próximas legislativas, não podem os portugueses queixar-se de não saber ao que vão. A maioria já revelou que, se for reeleita, a austeridade irá prolongar-se (com os pensionistas de novo como alvos preferenciais…), e qualquer alívio chegará primeiro não aos bolsos dos trabalhadores mas das empresas».

Espanha: mais um Rato

«Rodrigo Rato foi hoje detido em sua casa às 16h30, no bairro madrileno de Salamanca, tendo saído sem algemas, acompanhado por vários elementos da polícia. O ex-vice-presidente e ministro da Economia de vários governos de José Maria Aznar, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional e filiado no Partido Popular foi detido por presumíveis delitos de branqueamento de capitais, apropriação indevida de bens e fraude, referem diversos jornais espanhóis».

E se António Mexia reduzisse o seu salário para aumentar trabalhadores?

«Dan Price, chefão da Gravity Payments, vai cortar o seu salário em cerca de 90% com o objectivo de aumentar os seus trabalhadores».

A idade dos porquês (sobre jornalismo e justiça)

«Dia sim, dia não, ou todos os dias, encontramos actos, elementos e termos de processos em segredo escarrapachados em jornais, telejornais e radiojornais; e nada acontece ou acontece muito pouco. Porquê?».

Paulo Morais candidato a Belém

As melhores frases do candidato presidencial, proferidas no Porto, no momento da apresentação da sua candidatura às Presidenciais de 2016:

«Os partidos do poder transformaram os processos eleitorais em circos de sedução em que acaba por ganhar quem é mais eficaz a enganar os cidadãos. As eleições transformaram-se assim em concursos para a escolha do maior mentiroso. E o troféu em jogo neste concurso é a chefia do Governo».

«Passos Coelho prometeu-nos o céu, mas remeteu-nos ao inferno»

«[Sócrates] fez exactamente o mesmo. Prometendo não aumentar impostos, não tardou em fazê-lo quando subiu ao poder. Mais um mentiroso. Da mesma forma, Durão Barroso tinha anunciado na campanha de 2002 um choque fiscal com uma brutal redução de impostos. Mal tomou posse a primeira medida foi aumentar impostos».

«Sendo eu presidente, o primeiro-ministro que faça o contrário do que anunciou, violando o compromisso eleitoral com o povo, de mim só pode esperar uma atitude: obviamente demito-o».

RTP: Passos Coelho, Portas e Cavaco Silva

O presidente da RTP, Gonçalo Reis, terá um salário mensal de dez mil euros, mais de três mil euros acima do vencimento auferido por Pedro Passos Coelho. A RTP não mudou assim tanto. Ou seja, tudo continua mais ou menos na mesma na estação pública, o que equivale a dizer que o mesmo se passa no país. Esta é apenas mais uma prova que Passos Coelho e Paulo Portas não estão a fazer a mudança que prometeram em 2011. É verdade que mudaram algumas coisas, mas no essencial esta nova escorregadela faz lembrar mais do mesmo e ainda outros tempos, designadamente quando Aníbal Cavaco Silva, entre muitos outros, não via mal nenhum na dança de cadeiras entre os partidos políticos, o governo e as empresas públicas e privadas. Já todos perceberam que a actual maioria não consegue fazer a mudança que prometeu, mas será que alguém ainda acredita que ela poderá ser levada a cabo pelo PS de António Costa?

PJ enfurece

«O Professor considerou que a PJ é "um alvo a abater pelos donos do sistema", e, referindo-se a propostas recorrentes de fusão de polícias, considerou que mais não visam do que "destruir a cultura organizacional única da PJ, através da sua semimilitarização"». 

À marretada

«O PS promove dentro de casa a paridade que gostaria de ver na casa dos outros? Duvidoso. Olhamos para os órgãos fundamentais do partido e, da Comissão Política Nacional (onde as mulheres não chegam aos 28%) até ao Secretariado (onde existem cinco donzelas para 11 cavalheiros), o PS é outra coutada exclusiva de machos».

Calcanhar de Aquiles

«Chineses e angolanos estão na frente, mas também há americanos com apetite no imobiliário, como se vê em Vilamoura ou no interesse na Comporta». 

Os juros vão subir em Outubro?

«Os deuses, perdão, os mercados, devem estar loucos. Ontem os investidores exigiram a Portugal juros de 0,007% para emprestar dinheiro a três meses e 0,015% a doze meses. Qualquer destes valores é um mínimo histórico no custo de financiamento da República».

A poção alemã

«Costa: ou é capaz de fazer o inventário de A a Z do deve e haver do Governo Sócrates e calar Governo e socratistas; e, no mesmo passo, definir estratégia de equilíbrio/crescimento para o curto, médio e longo prazo, ou arriscamo-nos a ter quatro anos de Marcelo&Passos».

Tráfego rodoviário e programa de governo

«Quando a situação é de tal modo desbragada que a ilegalidade está à vista de toda a gente sem qualquer clamor, quando é ordinariamente constatada pelas forças da autoridade de modo totalmente passivo (quando não é a própria autoridade a violá-la), estes comportamentos dizem ainda mais: dizem-nos que é uma sociedade "sem rei nem roque"...».

Braga a Sorrir

«Sob o lema "Braga a Sorrir", o projecto representa um investimento inicial de 200 mil euros e assenta em três vertentes: a prevenção e promoção da saúde oral junto das crianças do 1.o ciclo das escolas do concelho de Braga; a assistência médico-dentária à população carenciada; e, por último, a disponibilização de cuidados paliativos em saúde oral aos idosos dos lares e centros de dia do concelho de Braga».

Legislativas e presidenciais

«Em outubro, esgota-se o mandato do Governo, encerra-se esta legislatura e realizam-se as eleições legislativas. É o momento de os eleitos de 2011 prestarem contas do que fizeram e de o Governo, com a maioria parlamentar que o apoiou, se submeter ao veredicto dos eleitores. É o momento da esquerda demonstrar que tem uma alternativa política. É aqui que se joga o nosso destino coletivo».

Prendam os banksters

«Se o BES estivesse cotado na Bolsa de Nova Iorque, fizesse empréstimos ruinosos ao grupo e vendesse papel comercial, os administradores do BES e das empresas que emitiram a dívida estariam a negociar com as autoridades penas de 20 anos de prisão e perderiam parte do património. Por cá ainda não aconteceu nada».

As formigas e a cigarra

«Saiba o leitor que este ano terá de trabalhar 176 dias para cumprir todas as obrigações fiscais».

A máquina de usar pessoas

«Usar os estágios para substituir o emprego, mascarar o desemprego, desincentivar a contratação e baixar o nível salarial é transformar o mundo do trabalho numa grande máquina de usar precários, pessoas».

Escrutínio directo

A turistificação

«Importa perguntar: e agora, fazemos o quê com o estatuto de nação sexy? Abrimos mais restaurantes, mais hotéis de quatro, cinco e seis estrelas, mais hostels porta sim, porta sim, montamos mais esplanadas, abrimos ainda mais lojas de souvenirs decoradas com Nossas Senhoras e galos de Barcelos?».

A lamentável demissão do Estado

«Se pedirmos nesta coluna exemplos onde o Estado esbanja dinheiro, em poucos minutos os leitores citarão uma mão-cheia de casos. E apesar de estarmos perante desperdício do dinheiro dos contribuintes, o Governo (este ou outro) não tem coragem para cortar essa despesa. O problema é que o dinheiro que se gasta (mal) em certas áreas faz falta a outras. Exemplos? Remuneração da poupança».

As outras presidenciais

«Falemos então de presidenciais... americanas. Ao contrário das portuguesas, arriscam-se a ser das eleições mais monótonas do milénio, de forma que podemos despachá-las já».

A lição espanhol

«A gula de poucos sobre os recursos de todos é o denominador comum da crise que criou os Podemos deste mundo. Por cá, temos os mesmos escândalos, mas desconfia-se da justiça. Temos a mesma gula, mas fizemos dela favores entre amigos».

A angústia de Silva Lopes

«Ouvi-o várias vezes expressar essa dificuldade numa frase singela mas sentida: "Tenho o coração à esquerda e a cabeça à direita».

Vanessa já defende a realização de primárias para escolher o próximo namorado

«– Acho que o meu sistema de escolha de namorados tem de mudar radicalmente. Preciso de inovar, de mudar a forma de fazer as coisas. O que até agora resultou já não resulta. Estamos num novo tempo. E eu reconheço que as fórmulas que tenho usado até aqui não galvanizam, não atraem os melhores.

– Mas o que queres então fazer?

– Quero fazer primárias! Primárias para a escolha de candidatos a namorados!

– Primárias? Primárias para escolher namorados?».

A austeridade era inevitável? Era!

«Com o aproximar das eleições aumentam as críticas à austeridade dos últimos quatro anos. A ideia é fazer crer que era possível ultrapassar a falta de financiamento externo sem medidas dolorosas».

Somos todos responsáveis

«Com o sistema de proteção de menores numa situação "preocupante e emergencial", assim a classifica o sempre ponderado juiz Armando Leandro, iremos assistir a mais dramas como os de Oeiras e de Loures?».

Os cidadãos à procura da política

«Estamos a discutir as presidenciais porque isso, pelo menos, parece ser um acto político e parece ter um cheirinho de oposição».

O milagre dos juros

«Quatro anos após a intervenção da troika, os credores que em 2011 levavam couro e cabelo para comprar dívida portuguesa já aceitam pagar para ter obrigações lusas a dois anos».

Presidenciais 2016: do hilariante ao grotesco

Começa a ser hilariante, e até grotesco, assistir ao espectáculo dos candidatos a candidatos às Presidenciais de 2016 a desfiar "análises" nos seus respectivos espaços de opinião sobre os candidatos que já assumiram a intenção de se candidatar.

Guerra Civil

«Lê-se e não dá para acreditar: almoça-se fora, por exemplo, pede-se fatura e recebe-se uma notificação das finanças para pagamento das dívidas desse estabelecimento! Na prática, é uma penhora de créditos, mas o cliente fica a saber que aquele restaurante ou loja tem dívidas. Ou seja, com uma mão, o Fisco cria uma lista VIP, com outra persegue, expõe e vexa».

Já agora, não se pode exterminá-los?

«Esta gentinha, dentro ou nas bordas do maldito Estado, como se viu no fisco e nos vistos gold, protege e alimenta quadrilhas de corruptos que engordam de forma obscena, à vista desarmada dos pobres e desgraçados indígenas».

Até onde queremos saber?

«Ricardo Salgado e José Sócrates não atuaram sozinhos. Chefiaram redes de poder e compromisso com ramificações partidárias e económicas transversais. A sua ação foi acompanhada por dezenas de coautores diretos. A pergunta que devemos fazer não é a de saber se alguma vez estes homens dirão tudo o que sabem. A pergunta correta é a de saber quantas pessoas e forças estão interessadas em garantir que eles permaneçam em silêncio».

A casa da Rússia

«Uma parte da Ucrânia preferiu a Rússia à UE e, por causa disso, entrou numa guerra civil. Agora, até um país da UE, a Grécia, considera a possibilidade de entrar para a esfera de influência da Rússia. Não vale a pena dizer que a culpa é da esquerda radical que por lá governa. A esquerda radical jamais seria eleita não fosse o programa radical que a troika impôs à Grécia. E nunca se lembraria de olhar para a Rússia se a UE tivesse decidido respeitar o resultado das recentes eleições no país: o Syriza não teve 36% dos votos porque 36% dos gregos se tornaram esquerdistas radicais; teve-os porque pareceu a muita gente bem moderada que elegê-lo era a melhor forma de travar o radicalismo da troika».

Crápulas

«O que importa é que não pedi nem recebi nada do antigo primeiro-ministro, muito menos apoio financeiro para qualquer campanha eleitoral – que, aliás, aceitaria de bom grado desde que estivesse dentro da legalidade. E, já agora, devo dizê-lo também, Sócrates também nunca me pediu nada – ou melhor, a única coisa que ele me pediu foi que eu fosse candidato nas listas do PS mas eu recusei».

Varinha mágica

«Ricardo Sá Fernandes, assumindo a sua condição de maçon, defende que os seus irmãos também a devem revelar quando estão em cargos políticos e públicos».

Andaram a assobiar para o lado

«O Governo aprovou, na semana passada, a chamada "reforma da água", procurando transmitir para a opinião pública a ideia de que os fundamentos da mesma são a racionalização económica».

Qual é o problema?!

«É a esquerda que está perdida, não é o putativo candidato [Sampaio da Nóvoa] a sua perdição. É a falha de propostas para as legislativas. A ausência de soluções para as presidenciais. A incapacidade de marcar a agenda do país. É um gigantesco buraco negro instalado no Largo do Rato que está a deixar os socialistas portugueses à beira de um ataque de nervos».

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«Os funcionários tributários reputados compreendem bem o alcance disto e sabem o que está do outro lado do espelho. Sempre houve um elo indefetível entre os segredos, a corrupção, a espionagem fiscal, o comércio de dados. Por isso gostava de conhecer os resultados do combate à fraude e evasão fiscal de 2012 a 2014, deixar de ser apenas um input fiscal. Se querem mesmo o controlo sério dos dados, acabem com este segredo fiscal».

Obviamente demito-o

«Nos últimos governos, o exercício da mentira tem sido constante. Durão Barroso anunciou um choque fiscal com descida de impostos, mas, uma vez no governo, aumentou-os. Tal como Sócrates, que também assumira não aumentar a carga fiscal. E o mesmo fez Passos Coelho. Tais comportamentos, demagógicos e populistas, não podem ser tolerados. A ser Presidente, um primeiro-ministro que faça o contrário do que anunciou, violando o seu compromisso com o povo, só pode esperar de mim uma atitude: obviamente, demito-o!».

A corrupção como "fado"

«É, pois, imperativo constitucional o combate à corrupção no exercício das funções política e administrativa, porque é ela que impede que o Estado cumpra a sua função, mercê da pilhagem de que é alvo... por dentro!».

Repensar as nossas possibilidades

«Salários milionários, dividendos impossíveis e dívida. Tem sido esta a fórmula da maior parte das grandes empresas portuguesas, na sua maioria privatizadas, a operar em lucrativos monopólios naturais. Era assim antes da troika, e continua a sê-lo depois. A nova economia que Passos Coelho apregoa não passa da mesma velha e relha economia. Mudaram os donos e os CEO».

Quem lesou os lesados?

«Estão previstas manifestações semanais dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES)».