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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Saber ou ... não querer saber

Ana Gomes, in Causa Nossa

Reforma laboral: a esquerda de Cavaco Silva

A reeleição de Aníbal Cavaco Silva, com uma votação esmagadora, é o passaporte para a manutenção do primeiro-ministro no poder, desde que a esquerda (desta espécie de PS) continue a adoptar as receitas da direita. Eis o mistério que une os dois principais titulares dos órgãos de soberania. O novo pacote laboral é a prova que PSD e CDS/PP não precisam de ter pressa em reconquistar a governação.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Pobreza: Cavaco Silva e Manuel Alegre

O povo português merece que os dois principais candidatos nas eleições presidenciais sejam Cavaco Silva e Manuel Alegre. Os tais que enchem a boca com a pobreza: o primeiro, diz que tudo fez para a combater, sem que seja possível almejar uma única iniciativa a não ser a promoção das campanhas da pedinchice; o segundo, diz que a culpa é do outro, sem revelar uma única acção para a combater.

Debates presidenciais: calendário

14 - Fernando Nobre/Francisco Lopes (RTP)

16 - Defensor Moura/ Manuel Alegre (RTP)

17 - Cavaco Silva/Fernando Nobre (SIC)

18 - Manuel Alegre/Francisco Lopes (SIC)

21 - Francisco Lopes/Cavaco Silva (TVI)

22 - Fernando Nobre/Manuel Alegre (TVI)

23 - Cavaco Silva/Defensor Moura (SIC)

27 - Defensor Moura/Fernando Nobre (RTP)

28 - Francisco Lopes/Defensor Moura (TVI)

29 - Cavaco Silva/Manuel Alegre (RTP)

McCann: caso de polícia ou de Estado?

A revelação do telegrama em que o embaixador do Reino Unido confessa ao seu homólogo norte-americano que há provas contra os dois súbditos de Sua Majestade vale o que vale. Mas vale sobretudo para perceber melhor, agora, por que razão os que escreveram livros levantando dúvidas sobre a actuação do casal McCann foram, directa ou indirectamente, subtilmente silenciados.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Suave descaramento

Depois das novas revelações veiculadas pelo jornal "EL Pais", relativas aos anos de 2006, 2007 e 2008 (citadas pelo Diário de Notícias e Público), de sublinhar quatro datas para constatar a continuidade da monumental política da mentira em relação aos "Voos da CIA":

5 de Fevereiro de 2007 - Ministério Público abre inquérito relativo à passsagem por território português dos sequestrados e prisioneiros de Guantánamo ;

30 de Janeiro de 2008 - Primeiro-ministro vai ao Parlamento garantir que nunca foi informado ou recebeu qualquer espécie de pedido de autorização para sobrevoo do nosso espaço aéreo, ou para aterragem nas Lajes, de aviões que se destinassem ao transporte ou à transferência de prisioneiros;

19 de Janeiro de 2009 - Barack Obama toma posse.

20 de Janeiro de 2009 - Barack Obama assina o decreto para o encerramento de Guantánamo, dando início ao repatriamento dos presos.

4 de Junho de 2009 - Ministério Público arquiva o inquérito.

P.S. Não confundir transferência/repatriamento de prisioneiros de Guantánamo para as prisões secretas da CIA na Europa, entre outros locais,
COM A POLÍTICA DE REPATRIAMENTO HUMANITÁRIO DOS PRISIONEIROS DE GUANTÁNAMO DECRETADA DEPOIS DA TOMADA DE POSSE DE BARACK OBAMA.

domingo, dezembro 12, 2010

A César o que é dos States

Os Açores voltam a estar no centro do que realmente está a ocorrer nos bastidores do poder. O presidente do governo regional decidiu contrariar a política de contenção salarial decretada por um primeiro-ministro que já manda pouco, mas que obedece para manter o lugar a todo o custo. O que importa não é o fait divers, mas o tiro de partida da candidatura de Carlos César para substituir a liderança socialista. Só falta a revelação de mais uma telegrama da WikiLeaks para confirmar a necessidade de ama(CIA)r mais este amigo da política externa norte-americana.

sábado, dezembro 11, 2010

Pisa: a derrota dos mentirosos e hipócritas

O primeiro-ministro fez bem em criticar os que estão sempre atentos aos relatórios internacionais desfavoráveis e pouco interessados em assinalar os favoráveis, como foi o caso do processo Pisa.
Sobre a evolução dos indicadores da Educação é preciso não esquecer que este resultado coloca a nu a campanha de mentiras do governo que sempre responsabilizou os professores e os sindicatos pelo caos na Educação.
E mais: o coro de vozes da corte do costume, uma espécie de eco acéfalo do discurso oficial, que acusou os professores e os sindicatos de todos os privilégios (tal como os juízes, os procuradores, os médicos, etc) vem agora hipocritamente conferir-lhes uma parte da responsabilidade no êxito estatístico.
A pirueta não surpreende, mas continua a ser hilariante. No entanto, e agora sobre o que realmente importa, fica uma pergunta por responder: as conclusões de Pisa validam a rentabilidade dos enormes investimentos na escola pública ou provam que foi mais um desperdício de recursos?


Flexibilidade do disparate

O coro de vozes que defendem a flexibilização da legislação laboral está a crescer em Portugal. Até o primeiro-ministro, que acusou Pedro Passos Coelho de tentar liberalizar os despedimentos, vem agora confirmar que pretende alterar a legislação, por força das ordens recebidas em Bruxelas. De facto, Portugal tem a 5ª taxa de desemprego mais alta da OCDE, mas neste coro de vozes desnorteadas ninguém quer reflectir sobre o facto do número de desempregados a nível mundial ter crescido nos últimos anos, atingindo os 212 milhões de pessoas. Será que também foi por causa da rigidez da legislação laboral?

sexta-feira, dezembro 10, 2010

As "wiki-fugas" e o jornalismo "respeitável"

P.S. Felizmente, o Público é muito mais do que a opinião de "tailleur".

Moçambique e Portugal na corrupção

A venda de Cahora Bassa a Moçambique por 950 milhões de dólares, em Outubro de 2006, cujas negociações foram lideradas por José Sócrates e Teixeira dos Santos, ficou ainda mais clara depois da divulgação pela WikiLeaks de mais um documento secreto: «A embaixada dos Estados Unidos em Maputo acusa o Presidente da República de Moçambique Armando Guebuza de ter recebido «entre 35 a 50 milhões de dólares» em comissões no negócio da compra da Hidroeléctrica Cahora Bassa a Portugal, segundo comunicações diplomáticas secretas reveladas quinta-feira pelo site de denúncias Wikileaks».
Já agora, e para confirmar que o mercado das comissões continua em alta, basta fazer as contas para perceber que os tradicionais 3 a 5% já estão desactualizados. A acreditar na comunicação norte-americana, os valores das comissões oscilaram entre os 3,7% e 5,3%. Bate certo, não bate?

WikiLeaks no "The Guardian"

«After 12 days of WikiLeaks cables, the world looks on US with new eyes»
Ian Black, Angelique Chrisafis, Ian Traynor, Jon Boone, Declan Walsh, Tom Parfitt, Ewen MacAskill, Tom Phillips, Xan Rice, Jason Burke and John Hooper, in "The Guardian"

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Alegre enfeudamento

A melhor prova que Manuel Alegre não é um candidato da cidadania, mas sim um candidato do sistema, em que parece valer tudo para chegar ao poder, é o silêncio pesado que tem mantido sobre os "Voos da Tortura".
De tacitismo em tacitismo, com mais ou menos declaração num tom pateticamente tonitruante, a verdade é que nem o apoio do Bloco de Esquerda tem garantido o estabelecimento de uma diferença clara entre Manuel Alegre e Cavaco Silva. Aliás, ser de esquerda não é um posto vitalício, é uma atitude permanente que nem verga ao sabor de estratégias nem de ambições. Para teatrices, já basta o que basta.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Critical Software na Justiça

Os tempos de Sócrates estão a acabar

A dor da gente não sai no jornal

sábado, dezembro 04, 2010

Camarate: a dúvida 30 anos depois

Trinta anos depois do acidente de Camarate ainda não é possível ter a certeza se o ex-primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, o ex-ministro da Defesa, Adelino Amarao da Costa, e a restante comitiva, morreram num acidente ou se foram vítimas de um atentado.
O mais chocante não é só a eternização da dúvida, mas a consciência de que a Justiça portuguesa não conseguiu levar a cabo uma investigação crucial até às últimas consequências.

A pergunta mais actual

Quanto tempo ainda vai durar o euro?
Eis uma questão que deveria começar a mobilizar o debate, designadamente entre aqueles que abraçaram cegamente a moeda única sem nunca explicar aos portugueses as consequências a médio e longo prazo. Não terá sido por acaso que os portugueses nunca aceitaram os eurocepticos. E agora, como vai ser?

A esquerda "moderna" espanhola

Não deixa de ser triste (ainda que hilariante) assistir ao que o governo da esquerda "moderna" está a fazer aos grevistas espanhóis. Para quem anda sempre com a esquerda na boca, não está nada mal. Por que será que o conflito entre o governo de José Luis Zapatero e os contraladores aéreos fazem lembrar José Sócrates?

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Submarinos por submarino, venha o Tridente

As reticências de Paulo Portas, perdão de José Ribeiro e Castro, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, em relação ao agendamento potestativo do PCP para a audição de Luís Ama(cia)do, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros ainda em funções, são mais do mesmo bafiento que nos têm conduzido à actual situação de crise, descrédito e impasse institucional. E até revelam a hipocrisia dos responsáveis partidários que continuam sem perceber que o país está a começar a mudar.

Fernando Ulrich: o enjeitado

O líder do BPI tem surpreendido os mercados com as mais variadas afirmações públicas de grande impacte mediático. Depois de ter visto goradas as tentativas de fusão com o BES e o BCP, começa a ser necessário compreender o timing estratégico das suas declarações, designadamente aquela em que acusa. agora, directamente o poder político, leia-se José Sócrates e o governo, de ter inviabilizado a fusão entre o BPI e o BCP. Por que razão Fernando Ulrich só agora faz esta revelação tão taxativa sobre factos que remontam aos finais de 2007?

Cavaco Silva a planar

O candidato à presidência da República ainda não disse uma palavra sobre o telegrama revelado pela Wikileaks que desmente cabalmente as autoridades portuguesas. Resta saber ser o conhecimento e a autorização do governo para a passagem por território português de prisioneiros detidos ilegalmente em Guantánamo também foram partilhados com Aníbal Cavaco Silva. É uma matéria que deveria ser abordada antes de 23 de Janeiro de 2011.
Já que ninguém o questiona, nem mesmo os restantes candidatos à presidência — Manuel Alegre, Fernando Nobre e Defensor Moura — aqui fica a transcrição na íntegra da resposta incrível do primeiro-ministro, José Sócrates, a uma pergunta do deputado Francisco Louçã, na Assembleia da República, no dia 30 de Janeiro de 2008:
«Nenhum membro do Governo, este Governo, nunca foi informado ou recebeu qualquer espécie de autorização, de pedido de autorização para sobrevoo do nosso espaço aéreo, ou para aterragem nas Lajes, de aviões que se destinasse ao transporte ou à transferência de prisioneiros. Nunca aconteceu neste Governo. E não temos no Ministério dos Negócios Estrangeiros nenhum registo que possa indiciar que essa consulta existiu no passado. E quero dizer-lhe, Senhor Deputado, que o Relatório que foi recentemente divulgado, é um Relatório que não ajuda à verdade e é profundamente mistificador porque eu rejeito, refuto em absoluto a acusação infundada que é dirigida ao nosso pais, de que Portugal ajudou ou apoiou qualquer transferência de prisioneiros, alem do mais violando as normas internacionais do Direito em que nos baseamos. (...) Nenhum membro do Governo faltou à verdade sobre este caso. Consultei todos os membros do Governo, com responsabilidades neste domínio. O Governo português nunca foi consultado sobre essa possibilidade e autorizou. Nunca autorizou. Eu posso responder em nome deste Governo. Isso nunca aconteceu, termos sido consultados e termos autorizado. Esses dois actos, nunca existiram. E digo mais. No Ministério dos Negócios Estrangeiros, não há nenhum registo que nos dê ideia que no passado tal tivesse acontecido. A nossa politica externa baseia-se no Direito Internacional. Fico particularmente ofendido com um Relatório [Reprieve] que pretende colocar Portugal no centro ou na rota da infâmia. Não aceito isso. E lamento muito que outros Deputados o aceitem ou que procurem incentivar esse caminho. Isso nunca aconteceu»

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Voos da tortura - Portugal autorizou

Um líder parlamentar com futuro

Francisco Assis ameaçou com a demissão se os deputados socialistas votassem favoravelmente a proposta do PCP para taxar os dividendos em 2010. E parece que foi bem sucedido. De facto, com defensores deste empenho e calibre, não há grande capital que não se sinta em casa.

Derrota ibérica

O chumbo da proposta para a organização do mundial de futebol em 2018 é revelador de que Portugal e Espanha deixaram de estar na moda. A derrota não podia vir em pior altura para Sócrates e Zapatero .

quarta-feira, dezembro 01, 2010

WikiLeaks: repitam comigo WikiLeaks

21 Novembro de 2010

24 de Junho de 2010

8 Dezembro de 2009

4 de Novembro de 2009

1 de Novembro de 2009

26 de Agosto de 2009

08 de Julho de 2009

06 de Julho de 2009

03 de Junho de 2009

25 de Abril de 2009

19 de Abril de 2009

30 de Março de 2009

16 de Março de 2009

9 de Março de 2009

26 de Fevereiro de 2009

21 de Fevereiro de 2009

5 de Fevereiro de 2009

5 de Fevreiro de 2009 - 2

22 de Janeiro de 2009

20 de Janeiro de 2009

2 de Dezembro de 2008

1 de Dezembro de 2008

21 de Novembro de 2008

7 de Outubro de 2008

7 de Outubro de 2008-2

24 de Fevereiro de 2008

13 de Junho de 2007

8 de Junho de 2007

P.S. Uma palavra muito especial para os que quiseram e não tiveram medo de investigar os voos 'secretos' da CIA, entre os quais destaco a eurodeputada Ana Gomes e os deputados Fernando Rosas e António Filipe.
P.P.S. Para o resto... não perco nem um segundo com os canalhas, com mais ou menos colarinho branco, balança ou pena.

A catástrofe que se aproxima

terça-feira, novembro 30, 2010

Tuvalu Telecom e Sonae Maldivas

Francisco Louçã está em grande. A propósito da crise e da justiça fiscal, em Portugal, o líder do Bloco de Esquerda recordou os grandes Estados de Tuvalu e das Maldivas. Tudo a propósito da "Tuvalu Telecom", perdão, a Portugal Telecom, e da "Sonae Maldivas", perdão, o grupo Sonae Maia. Enfim, detalhes de milhões e milhões de euros que certamente não envergonham a dupla Granadeiro/Bava ou até Belmiro de Azevedo. É a vida!
P.S. Eu ouvi a declaração de Francisco Louçã na TSF. Fiquei com uma súbita curiosidade de saber mais sobre Tuvalu, pois já estive nas Maldivas há muitos anos. Infelizmente já não consegui recuperar o som na íntegra no webSite da TSF, nem tão pouco encontrar um relato fiel daquela declaração nos mais diferentes órfãos de comunicação social. E até tentei, sem sucesso, o portal do Bloco de Esquerda.... mas vou continuar a tentar. É uma peça hilariante mas fundamental para perceber a situação actual.

Justiça a ruir

José António Rodrigues da Cunha, director-geral da Administração da Justiça, apresentou a demissão. Com ele saem também Ana Onofre Maia, Teresa Morais Sarmento e Fernando Marques (sub-directores). A vaga de demissões surge na sequência da saída de João Correia, que ocupava a pasta da secretária de Estado da Justiça e Modernização Judiciária.
P.S. Num país em que Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral da República, está de baixa há mais de um mês, sem provocar a mínima interrogação pública de governantes, classe política, agentes judiciários e comunicação social, só falta mesmo mais um assalto ao cofre.

Agenda do crescimento (mini)

Com as previsões do Orçamento de Estado para 2011 arrasadas pela Comissão Europeia, a resposta governamental vai passar pela reunião de uma dúzia de empresas exportadoras para arrancar com a agenda do crescimento. Se já não tivéssemos habituados a este tipo de encenações, ainda seriamos tentados a acreditar que este governo ainda está politicamente vivo e activo.

Real goleada

A estrondosa derrota do Real Madrid em Barcelona revela duas questões: 1) Não há treinadores e equipas invencíveis; 2) o comentário desportivo bateu o nível do comentário político.

segunda-feira, novembro 29, 2010

Só lhe falta a mala de cartão

José Sócrates já passeia o resto do seu estatuto de primeiro-ministro pelo pior das capitais mundiais. A vergonhosa presença do primeiro-ministro português na cimeira UE/África, , em Tripoli, mereceu o brilho das ausências de Sarkozy, Merkel e Cameron. E assim vai a União Europeia.
P.S. O papa cimeiras, José Manuel Durão Barroso. ficou na fotografia da III cimeira UE/África. E até terá manifestado a disposição de proximamente visitar Angola. De Tripoli a Luanda é um saltinho.

Ana Gomes faz a diferença

A eurodeputada Ana Gomes já ofereceu os seus serviços para redigir uma simples lei de forma a evitar que a antecipação dos pagamentos de dividendos das grandes empresas cotadas escape ao aumento de impostos.
Basta de choradinhos hipócritas e mentirosos. A responsabilidade de governar é fazer escolhas, não é abrir alçapões para os poderosos poderem contornar os sacrifícios.

P.S. O candidato Aníbal Cavaco Silva, um tão profundo conhecedor da Economia e das Finanças, quiçá com o atrevimento de até saber qual deve ser o rumo do país em tempos de crise, continua mudo e calado sobre a matéria.

domingo, novembro 28, 2010

Remodelação forçada

João Correia, o ex-candidato a bastonário da Ordem dos Advogados, saiu do Governo pelo seu próprio pé, sem hipotecar a credibilidade que acumulou ao longo de uma longa carreira. É um péssimo sinal para a política e para o que ainda resta da actual governação. É, sobretudo, uma desilusão para quem pensou que era possível mudar a Justiça

Marinho Pinto reeleito

O bastonário da Ordem dos Advogados voltou a merecer a confiança dos seus pares. Após sucessivas acusações de estar isolado, Marinho Pinto voltou a ganhar com maioria absoluta. Colagem ao governo à parte, a verdade é que os grandes escritórios de advogados voltaram a perder. Ou será que não?

Pedro Passos Coelho mais perto

Pedro Passos Coelho assume estar preparado para assumir o poder, em entrevista ao Expresso. E, muito bem, alerta para a impossibilidade de manter a actual situação: «ou cortamos cegamente empurrados pela extrema necessidade ou cortamos com lógica de modo a defender os que têm menos recursos e a integridade e qualidade do serviço prestado».

P.S. Só faltou o anúncio do governo sombra do PSD. Com tanta canalha já a esfregar as mãos, começa a ser imperioso separar as águas e esclarecer os portugueses.

P.P.S. A reacção nervosa de Santos Silva diz tudo. De atoarda em atoarda, ao jeito de o «golpe de estado constitucional» e de as «nossas tropas não estão no Afeganistão por dinheiro», entre outras, assim vai o que resta da governação Lusa.

sábado, novembro 27, 2010

Sporting Porto já mexe

Um resultado de 3-1 seria razoável.
Entre os dislates de José Eduardo Bettencourt (envergonham os sportinguistas), a linguagem de guerra de André Villas Boas (simplesmente hilariante) e a serenidade e bom senso de Paulo Sérgio, os jogadores do Sporting têm a última oportunidade da época 2010.

A estética de Cavaco e Portas

A imagem da vassalagem que Paulo Portas foi prestar a Cavaco Silva diz muito do que ambos pensam dos rituais da política. Basta atentar no plano superior em que Cavaco esta sentado, olhando para baixo para Paulo Portas enfiado num sofá.

P.S. Neste caso era difícil encaixar dez bandeirinhas.

Pirueta governamental

José Sócrates escancarou a porta do diálogo social. Ainda que seja preciso ouvir e ler duas vezes, tendo em conta o passado recente, que marcou o maior ataque aos sindicatos de que há memória, a verdade é que não há uma greve geral bem sucedida que não tenha efeitos práticos.

sexta-feira, novembro 26, 2010

RTP a bater no fundo

A notícia do fim do Contra-Informação não surpreende. A brincar a brincar, o retrato do governo e do primeiro-ministro José Sócrates era cada vez mais fiel ao que pensa o cidadão comum. Ora, o sentido de humor tem limites, não é?

PS. Aquela coisa virtual, espampanante e parola em que transformamaram o Jornal da 2 também não surpreende. Mais um exemplo da informação em que a forma conta mais do que o conteúdo.

O sinal que faltava

O semanário "Sol" dá como iminente uma remodelação governamental. Nunca um primeiro-ministro durou muito tempo depois de remodelar a reboque dos acontecimentos e das exigências da oposição. Eis o sinal que faltava para começar o countdown da governação socialista.
P.S. No dia em que o orçamento para 2011 é viabilizado a bolsa de valores continua a descer.

Fuga em frente

A aprovação do Orçamento para 2011 na especialidade, mais truque menos truque de última hora, não trouxe quaisquer novidades. Nem o acordo do governo com o PSD foi violado, nem a aprovação garantida trouxe qualquer acalmia nos mercados. Resta saber se o prolongamento da vida de um governo esgotado e se a aprovação de um mau orçamento foram as melhores soluções para os portugueses.

quinta-feira, novembro 25, 2010

O Brasil de Lula

O Rio de Janeiro a ferro e fogo, por causa dos traficantes de droga, revela a fragilidade da propaganda política. Não é preciso ter assistido ao vivo e a cores a este guerrilha urbana para perceber que a "revolução" económica de Lula da Silva começa e acaba nas favelas.

E depois da greve geral

«A dimensão do protesto teve a bondade de mostrar que há um país real que não está vencido».

E se a crise interna...

Começasse a rebentar pelo futebol? A derrota do Benfica frente ao Hapoel, ontem, em Israel, não foi nada normal. As contas das SAD's dos principais clubes e a vulnerabilidade dos bancos podem ser uma verdadeira bomba relógio para o desporto português.

Mais do que um aviso

A gigantesca greve geral que paralisou o país deveria obrigar o primeiro-ministro a reflectir sobre a dimensão da crise, do descontentamento e do falhanço da governação. E mais. Ter a noção de que não é a estratégia da trincheira que confere a legitimidade há muito perdida.

terça-feira, novembro 23, 2010

Greve geral histórica

A greve geral é uma excelente oportunidade para mostrar o descontentamento generalizado, à esquerda e à direita, em relação à governação. Apesar de todas as pressões, que violam a lei da greve, o dia 24 vai ficar na história da Democracia. E até pode ser que o governo perceba a mensagem.


Por uma liga dos amigos da Irlanda

«Eles foram muitos nos últimos anos. Esmagavam os portuguses com o exemplo da Irlanda»
José Medeiros Ferreira, in Cortex Frontal

O limite de Bento XVI

A propósito da entrevista de Bento XVI, sob a forma de livro, "A Luz do Mundo", apresentado hoje em Roma, muito já foi dito, em muitos casos dando origem a rasgados elogios ao chefe da igreja católica. Ora, não é caso para tanto, muito pelo contrário. A teimosia de Bento XVI em invocar a falibilidade do preservativo acabou por ser abandonada. Agora, e ainda bem, o Papa foi obrigado a admitir a necessidade do uso do preservativo para evitar a transmissão da SIDA. Afinal, conforme o consagrado na enciclica "Humanae Vitae", de Paulo VI, em 1968.

O regresso das Cassandras

Umas poucas cabeças "iluminadas", com aspirações a oráculo, estão a fazer tudo para condicionar ainda mais a Democracia. Parece que estão fartos do jogo democrático. E não é por acaso que consideram que há palavras a mais na discussão partidária e pública. Felizmente, nem podem comprar tudo, nem abafar a discussão. E têm de conformar-se com o debate partidário, com a réstia de liberdade de imprensa que ainda persiste e ainda com a voz da sociedade civil expressa pelos mais diferentes canais que a revolução da Internet proporciona.

«Nós não precisamos de nenhuma ajuda»

Numa atitude de provocação aos mercados, que nos emprestam dinheiro para pagar as contas e os desvarios dos governantes, a tirada de S. Ex.ª revela de algum modo a irresponsabilidade política de quem nos tem governado. O primeiro-ministro não tem emenda: por um lado, anda de mão estendida pelo mundo a pedir uns trocos; por outro, exibe a arrogância dos fracos.

segunda-feira, novembro 22, 2010

A caridade das carpideiras

Já não há pachorra para as carpideiras da moral, nem para esta corte do costume a gritar por mais caridade. A antecipação dos divendos das empresas cotadas nem é ilegal, nem moralmente legal. É legal porque está de acordo com a lei. É óbvio que é bem mais fácil bater no abstracto que responsabilizar o governo por ter criado uma janela de oportunidade para que as empresas antecipassem os dividendos.

Remodelação de conta

As vozes patrióticas que estão a apelar a uma remodelação sabem perfeitamente que só um kamikaze político, quiçá alguém que deva um enorme favor a José Sócrates, seria capaz de assumir uma qualquer pasta governamental neste momento crítico da governação. A subida de juros depois de ter sido confirmado o pedido de socorro da Irlanda é a prova que este governo, ou um qualquer governo remodelado, está condenado a um mais do que previsível fracasso. A razão é simples: o governo de José Sócrates não tem legitimidade eleitoral para efectuar uma política de rigor porque prometeu exactamente o contrário em 2009.

domingo, novembro 21, 2010

Alegre frete a Sócrates

O candidato presidencial Manuel Alegre atirou-se ao outro candidato Cavaco Silva em mais um desesperado ataque para ver se alguém ainda se lembra que ele está na corrida presidencial. Desta vez, atribuiu ao rival a responsabilidade do "monstro". Eis mais uma tentativa de branquear a responsabilidade dos socialistas no poder, uma espécie de derradeiro frete a Sócrates para acordar a máquina de propaganda do PS. Sera que Manuel Alegre ainda não percebeu que a única hipótese que tem é o distanciamento do seu próprio partido e dos actuais governantes?

Amado ...ma non troppo

sábado, novembro 20, 2010

Festarolas

«Mas parece - dizem os peritos - que o mundo pasma com a nossa 'capacidade' de organização, ainda por cima de um 'evento' que 'mudará o futuro próximo da humanidade'. Para dona-de-casa não estamos mal».
Vasco Pulido Valente, in Público

P.S. A cobertura da Cimeira da NATO revelou dois comentadores de excelência: João Carlos Barradas, na TSF, e Miguel Monjardino, na SIC Notícias. O resto oscilou entre o alinhamento obsceno pelas teses governamentais, o folclore rasca e a tradicional parolice de quem não consegue distinguir a fronteira entre patriotismo e sabujice.

Cimeira da Nato e dos senhores da guerra

Haverá justificações para a perpetuação da "Aliança Atlântica" mais bizarras do que a marcação do fim de uma guerra a quatro anos (Afeganistão) e a formalidade de um entendimento com o antigo inimigo comunista (Rússia)? Face ao esvaziamento progressivo da "Guerra Fria", realidade que esteve na origem da sua fundação, em 1949, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a braços com uma guerra perdida e interminável, luta por uma renovação que aparece aos olhos dos cidadãos europeus como cada vez mais incompreensível, mas infelizmente demasiado ocupados com a crise para poder reagir. O "Conceito de Lisboa" da Aliança Atlântica só podia ser qualquer coisa manhosa, que garante um comando militar cada vez mais vazio, em Oeiras, ou não fora aprovada em Portugal. Não seria mais transparente explicar que há uma indústria de armamento militar global que necessita de expandir mercados e de um novo fôlego para o século XXI?

Cimeira NATO: bálsamo dos grandes

O primeiro-ministro voltou a sorrir. Entre os grandes, não há crise que esmoreça José Sócrates.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Armando Vara: caso isolado ou ponta do iceberg?

Arrumar a casa antes do congresso

A nível dos militantes socialistas já ninguém acredita que José Sócrates continue no poder com uma taxa de desemprego a ultrapassar os 11%.
O clima de desagregação não tem de ser uma inevitabilidade. Pode ser um ponto de partida para virar a página com seriedade e responsabilidade.

Atentado contra o regime

O Governo deixou sem resposta mais de 25% das perguntas feitas pelos deputados na anterior sessão legislativa, e respondeu fora do prazo a 47,3%, de acordo com o Público. Seguramente, tal não é devido à falta de assessores e adjuntos., mas sim a uma atitude de desrespeito absoluto pela Assembleia da República, o orgão de soberania que tem a competência de fiscalizar a governação. Haverá melhor indicador para caracterizar a forma de governar e a qualidade da Democracia?

Goleada para a auto-estima

A vitória nunca vista de Portugal sobre a Espanha fez bem aos portugueses. Por momentos, voltaram a sorrir. Hoje, é outro dia.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Espião de fora

Jorge Carvalho, ex-director do SIED, demitiu-se ou foi demitido?

Ricardo Salgado: a voz constante

O banqueiro mais poderoso de Portugal sempre assumiu uma intervenção pública discreta. Porém, desde o início da crise tem multiplicado declaraçãões, intervenções e reuniões com líderes políticos para mandar este ou aquele palpite ou aviso à navegação. Obviamente, o presidente do Banco Espírito Santo (BES) tem direito à liberdade de expressão como qualquer outro cidadão. Mas o que será que tem motivado o banqueiro a uma tão radical mudança de atitude que o tem levado a assumir uma permanente exposição pública?

terça-feira, novembro 16, 2010

NATO: Cimeira de luxo no país falido

O countdown para o início da cimeira da NATO já começou. E a despesa de milhões e milhões também, com direito a tolerância de ponto e tudo. E para quê? Para definir o que vai fazer uma aliança militar em tempo de paz, e depois da queda do muro de Berlim.
P. S. O roteiro das manifestações de protesto já é conhecido: dia 20 estão agendadas para as zonas do Marquês de Pombal, Assembleia da República, Rossio, Praça da Figueira, Terreiro do Paço e Campo Grande.

segunda-feira, novembro 15, 2010

À beira da salvação

Com o governo a desmoronar aos poucos, a cada dia que passa, a réstea de autoridade que ainda sobra ao ministro das Finanças serviu para mais um aviso à navegação: o risco de Portugal recorrer ao apoio financeiro da União Europeia é elevado.
P.S. É o princípio do fim de José Sócrates e a machadada final na candidatura de Aníbal Cavaco Silva ou é apenas mais um desabafo de estado de alma?

TGV vale mais do que acordo com PSD

O ministro das Obras Públicas afirmou que o TGV vai avançar em 2011, não obstante a palavra dada pelo governo no âmbito do acordo celebrado com o PSD.
A tentativa de criar mais uma crise para desviar as atenções da actual situação não surpreende. Resta saber por que razão o governo e o PS não podem adiar o arranque de mais uma obra pública faraónica. Será só o interesse nacional ou outras coisinhas bem mais comezinhas?

domingo, novembro 14, 2010

RTP e Lusa: fusão é negócio escandaloso

A tentativa de fusão da RTP e da Lusa é mais um negócio de Estado, tipo de última hora, que roça o escândalo num momento de crise para as finanças públicas. Se o projecto fosse para levar a sério, a RTP (ou seja, o contribuinte) teria de pagar aos privados que participam no capital da Lusa — grupos Joaquim Oliveira e Balsemão, entre outros — cerca de 7 a 8 milhões de euros para assegurar uma fusão que vai ao arrepio do espírito de abertura do capital da agência noticiosa. Aliás, que não haja quaisquer dúvidas: a prática tem revelado que quanto mais Estado e mais boys são metidos na comunicação social controlado pelo Estado, pior é a informação e o serviço público.

Salvação nacional

À medida que a crise vai desmentindo governantes, políticos, economistas e até comentadores, eis que começa a ser testada a "solução" de constituir um governo de salvação nacional. A ideia é compreensível à luz, sobretudo, daqueles com enormes responsabilidades na actual situação que querem alijar responsabilidades passadas. Mas a ideia é mais do que isso. Traduz uma determinada concepção democrática de uma determinada classe política que ainda não percebeu que os tempos mudaram. Os governantes são eleitos pelo povo, não são escolhidos por um qualquer conclave, seja ele secreto, discreto ou com aspirações ao olimpo.

Lá se vai o petróleo

Timor-Leste anunciou disponibilidade para comprar dívida portuguesa.

sábado, novembro 13, 2010

A hora do verdadeiro PS

Entre os socialistas há quem defenda a substituição do primeiro-ministro. Entretanto, e em jeito de última oportunidade para José Sócrates, personalidades socialistas como Ana Gomes e João Proença já recomendaram abertamente uma remodelação governamental de forma a dar um novo alento ao governo. É caso para dizer que o verdadeiro PS está a começar a acordar da letargia em que tem estado profundamente mergulhado.

A estratégia dos fracos

José Sócrates do outro lado do mundo, de mala na mão para não dizer de mão esticada, está a tentar agarrar o poder a todo o custo. Após a entrevista do seu ministro Ama(cia)do, eis o primeiro-ministro a afirmar a necessidade de uma coligação para salvar o país, quiçá para garantir mais alguns tempinhos no poder. Obviamente, é tudo para inspirar confiança aos mercados. Haverá maior prova de desnorte e fraqueza?

Aung San Suu Kyi

Uma libertação saudada que pode durar menos do que o mundo espera e deseja.

sexta-feira, novembro 12, 2010

BPP e BPN: o mesmo combate

A perseguição de ladrões e vigaristas que roubaram descaradamente os portugueses, seja na banca ou noutro sector qualquer, é uma boa notícia para a Justiça portuguesa.

O regresso da inflação

Só faltava mesmo a notícia do aumento de 2% da inflação, ao mesmo tempo que a economia regista um crescimento medíocre. É mais um imposto escondido que vai penalizar ainda mais a bolsa dos portugueses

O senhor do adeus

«A sua morte é um marco na cidade, mas também é uma espécie de prenúncio do fim de uma era».

quinta-feira, novembro 11, 2010

Sahara Ocidental - lembrança de Timor Leste


Ana Gomes, in Causa Nossa

Amigo Durão

...«se for preciso, Bruxelas vai ajudar a Irlanda e Portugal».
Está dado o mote, oficialmente, através de Durão Barroso, presidente da comissão europeia.
Só falta saber se a teimosia do primeiro-ministro vai afundar ainda mais o país. Afinal, onde está a coragem para as medidas difíceis?

P.S. Com os juros a bater nos 7,4%, Aníbal Cavaco Silva vai ter a tempestade que merece, mas que os portugueses não mereciam.

Na trincheira

quarta-feira, novembro 10, 2010

Rafael Marques: um jornalista

A entrevista que o jornalista angolano concedeu a Carlos Vaz Marques, no programa "Pessoal e Transmissível", na TSF, é um dos testemunhos mais impressionantes a que assisti.
Num país civilizado, o Ministério Público português abriria um inquérito, amanhã, para investigar a circulação de capitais angolanos por estas bandas.

P.S. Há alguma esperança que alguns dos principais banqueiros e grandes empresários portugueses tenham ouvido a entrevista do jornalista angolano. Quanto aos políticos e governantes...
Adenda 21h51: Pode ouvir a entrevista Aqui

O regresso ao passado

O (ainda) ministro das Finanças está contente com o resultado dos últimos empréstimos contraídos no exterior pelo simples facto da taxa de juro ter ficado duas décimas abaixo do número mágico de 7%. Por sua vez, o primeiro-ministro vangloria-se com o aumento de 15% das exportações, como se o resultado fosse devido à governação e não ao simples crescimento económico dos outros países. Em suma, o governo não aprendeu nada com o passado, talvez por saber que o presidente da República apenas está concentrado na reeleição.

O (ainda) ministro das Finanças convocou os jornalistas

Fernando Teixeira dos Santos prepara uma declaração política.

terça-feira, novembro 09, 2010

De campanha em campanha até...

Chegou o tempo de rejeitar o paleio dos economistas, incluindo os ex-ministros das Finanças que continuam desavergonhadamente a mandar palpites, como é recordado em Educação do meu Umbigo. Chega de mistificação! É preciso ajudar José Sócrates a perceber que mais vale pedir ajuda externa e estancar a desconfiança generalizada dos mercados do que condenar ainda mais o futuro do país.
P.S. Depois de todas as campanhas, desmentidas pelo curso dos acontecimentos, só falta a corte do costume fazer o derradeiro apelo em jeito salazarento: temos de saber sofrer e aceitar com resignação que a tempestade passe.

Estou de consciência tranquila


António Bernardo Colaço, in Diário de Notícias

Juros da dívida a subir (7%)

É um dia histórico e triste.
A barreira declarada por Fernando Teixeira dos Santos foi ultrapassada, num claro sinal de que Portugal está "condenado" a pedir ajuda ao FMI.
É o fim de mais uma manobra de folclore, desta vez com tons asiáticos, enquanto a aventura do TGV continua...
Quanto vai custar aos portugueses a nova "ilusão" de José Sócrates?

Juros da dívida a subir (6)

Hoje, ao início da manhã, apenas 0,034% separaram Portugal da confirmação do desastre a que José Sócrates conduziu o país.

ADSE: a máscara caiu

Hoje, o país acordou com a notícia que o governo deu o primeiro passo para a privatização da ADSE, após meses de campanha do primeiro-ministro, acusando o PSD de pretender privatizar a saúde e a segurança social.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Sinos a rebate

O nervosismo está a tomar conta do país. Os juros continuam a subir; a Fitch baixou a notação do BANIF, BCP, BE e BPI; a igreja criticou a falta de verdade nos centros de decisão. Até já temos a posição crítica de "O Gabinete". Só falta mesmo uma tomada de posição, por exemplo, com a marca de Fernando Pessoa, de Mercúrio, de Mozart e de Universalis.

Juros da dívida a subir (5)

A marca atingiu os 6,8%. E a fasquia dos 7% está cada vez mais próxima, apesar do mediatismo da visita do presidente chinês Hu Jintau.

E tudo Hu Jintau levou

A partida do presidente chinês foi um grande alívio. A acreditar na corte do costume, os chineses aplicaram milhões e mais milhões, mas resta saber qual foi a moeda de troca. Só faltou comprar o país e mandar entregar em casa.

P.S. Foi enternecedor ver a alegria dos manifestantes a aclamar Hu Jintau.

domingo, novembro 07, 2010

Inédito ao quadrado

Fica a goleada do Porto para a história, felizmente sem incidentes graves... bolas de golfe à parte.

Porto Benfica inédito

O clima latente de violência que está a marcar o derby do dia diz tudo da qualidade dos agentes do futebol, que continuam a fazer declarações incríveis. Grito de revolta? Vingança? Quem é este treinador do Porto? Um jovem que aspira a marcar o futuro do futebol português ou mais um vulgar agitador?
P.S. O aparato policial da chegada do autocarro do Benfica ao Porto mais parecia um filme de ficção.

A estratégia caseirinha

No momento em que um líder do maior partido da oposição consolida a sua imagem de alternativa, eis que começam a surgir os ataques cerrados vindos do seu espectro político. É sempre assim. Foi sempre assim no passado quando o poder perdeu credibilidade e a oposição ganhou consistência. Eis um paradigma que diz muito do poder do Estado... e do estado do poder.