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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

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sábado, novembro 20, 2010

Festarolas

«Mas parece - dizem os peritos - que o mundo pasma com a nossa 'capacidade' de organização, ainda por cima de um 'evento' que 'mudará o futuro próximo da humanidade'. Para dona-de-casa não estamos mal».
Vasco Pulido Valente, in Público

P.S. A cobertura da Cimeira da NATO revelou dois comentadores de excelência: João Carlos Barradas, na TSF, e Miguel Monjardino, na SIC Notícias. O resto oscilou entre o alinhamento obsceno pelas teses governamentais, o folclore rasca e a tradicional parolice de quem não consegue distinguir a fronteira entre patriotismo e sabujice.

Cimeira da Nato e dos senhores da guerra

Haverá justificações para a perpetuação da "Aliança Atlântica" mais bizarras do que a marcação do fim de uma guerra a quatro anos (Afeganistão) e a formalidade de um entendimento com o antigo inimigo comunista (Rússia)? Face ao esvaziamento progressivo da "Guerra Fria", realidade que esteve na origem da sua fundação, em 1949, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a braços com uma guerra perdida e interminável, luta por uma renovação que aparece aos olhos dos cidadãos europeus como cada vez mais incompreensível, mas infelizmente demasiado ocupados com a crise para poder reagir. O "Conceito de Lisboa" da Aliança Atlântica só podia ser qualquer coisa manhosa, que garante um comando militar cada vez mais vazio, em Oeiras, ou não fora aprovada em Portugal. Não seria mais transparente explicar que há uma indústria de armamento militar global que necessita de expandir mercados e de um novo fôlego para o século XXI?

Cimeira NATO: bálsamo dos grandes

O primeiro-ministro voltou a sorrir. Entre os grandes, não há crise que esmoreça José Sócrates.