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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

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terça-feira, junho 25, 2024

JULIAN ASSANGE: YES, WE CAN

Após mais de cinco anos em Belmarsh, numa cela de 2 metros por 3, em isolamento 23 horas por dia, é o ponto final de um de um dos maiores ataques do Estado às liberdades individuais, designadamente à liberdade de imprensa. 


P. S. A liberdade 14 anos depois da denúncia dos crimes de guerra dos norte-americanos e dos aliados no Afeganistão/Iraque e da primeira detenção. Podia ter sido na China, na Rússia, na Coreia do Norte ou noutra qualquer ditadura sanguinária, mas aconteceu num regime democrático, no Reino Unido, a mando dos Estados Unidos da América, cujo processo começou durante a presidência de Barack Obama.

quarta-feira, agosto 21, 2013

Bradley Manning e a 'grande' democracia

O soldado norte-americano foi condenado a 35 anos de prisão. É o preço que Bradley Manning terá de pagar por ter ajudado o mundo a conhecer as monstruosidades e as mentiras norte-americanas nas guerras do Iraque e do Afeganistão. George W. Bush e Barack Obama ficarão na História lado a lado.

domingo, fevereiro 27, 2011

Loureiro dos Santos: no melhor pano...

O general Loureiro dos Santos saiu em defesa das Forças Armadas, após ter sido divulgado um telegrama do ex-embaixador norte-americano, dando conta da surrealista política portuguesa de Defesa e de aquisição de equipamentos militares.
Foi uma atitude formal, mas incompatível com a credibilidade de um militar que tem tido uma intervenção pública séria e respeitada.
Afinal, é possível, com seriedade e sem recurso ao insulto, contrariar os argumentos do ex-embaixador norte-americano?
É possível negar que temos mais generais — os tais sentados — do que os nossos parceiros europeus?
É possível disfarçar que algumas aquisições aparecem aos olhos dos cidadãos mais como negociatas do que opções válidas de uma política de Defesa?
Em vez de tentar esconder o sol com a peneira, não terá também chegado a hora de uma verdadeira reestruturação das Forças Armadas?

sábado, fevereiro 26, 2011

Expresso/Wikileaks: um serviço público

O semanário vai divulgar 722 telegramas (2500 páginas) de documentos oficiais que o WikiLeaks teve sobre Portugal. Finalmente, há um órgão de comunicação social português que decide assumir o assunto, evitando a vergonha de ficar de fora num dos momentos mais importantes da história do jornalismo.

P.S. O editorial de Ricardo Costa, director do Expresso, assume uma espécie de censura prévia do governo português por causa de eventuais questões de segurança nacional. É um caminho perigoso, mas para já merece o benefício da dúvida.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Wikileaks sem Durão?

Será possível que as revelações sobre a passagem dos voos da vergonha por Portugal comecem apenas a partir do governo de José Sócrates?

Voos da vergonha: sem limites

Num verdadeiro Estado de Direito, o procurador-geral da República já teria ordenado a apreensão de todos os documentos relacionados com os voos secretos da CIA existentes no gabinete do primeiro-ministro e nos Ministérios da Defesa, Negócios Estrangeiros e Transportes.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Moçambique e Portugal na corrupção

A venda de Cahora Bassa a Moçambique por 950 milhões de dólares, em Outubro de 2006, cujas negociações foram lideradas por José Sócrates e Teixeira dos Santos, ficou ainda mais clara depois da divulgação pela WikiLeaks de mais um documento secreto: «A embaixada dos Estados Unidos em Maputo acusa o Presidente da República de Moçambique Armando Guebuza de ter recebido «entre 35 a 50 milhões de dólares» em comissões no negócio da compra da Hidroeléctrica Cahora Bassa a Portugal, segundo comunicações diplomáticas secretas reveladas quinta-feira pelo site de denúncias Wikileaks».
Já agora, e para confirmar que o mercado das comissões continua em alta, basta fazer as contas para perceber que os tradicionais 3 a 5% já estão desactualizados. A acreditar na comunicação norte-americana, os valores das comissões oscilaram entre os 3,7% e 5,3%. Bate certo, não bate?

WikiLeaks no "The Guardian"

«After 12 days of WikiLeaks cables, the world looks on US with new eyes»
Ian Black, Angelique Chrisafis, Ian Traynor, Jon Boone, Declan Walsh, Tom Parfitt, Ewen MacAskill, Tom Phillips, Xan Rice, Jason Burke and John Hooper, in "The Guardian"

sexta-feira, agosto 27, 2010

Wikileaks: problema interno ou externo?

A divulgação de documentos confidencias norte-americanos não apresenta apenas um problema (mais ou menos controlado) para a Administração de Barack Obama. Revelação a revelação, documento a documento, a ameaça está a transformar-se num enorme problema para os aliados dos norte-americanos. Wikileaks. Repitam comigo: Wikileaks.

quarta-feira, julho 28, 2010

Estratégia governamental para o século XXI

Wikileaks marcou um momento histórico na governação do século XXI. A fuga de informação que permitiu revelar mais de 90 mil documentos secretos norte-americanos sobre a guerra dos aliados contra os talibãs e a Al-Qaeda no Afeganistão leva a reflectir sobre a possibilidade dos governos do século XXI estarem reféns dos respectivos aparelhos de Estado militares. Será que a fuga de informação é a única opção para vergar a indústria e o lobbie de armamento, responsáveis pelo alastramento do fenómeno da corrupção, branqueamento de capitais, fuga fiscal e perpetuação dos offshores?