LUCÍLIA GAGO A SALVAR A PELE

Lucília Gago demorou, mas lá teve que admitir a evidência para tentar salvar a própria pele da PGR: «É de reconhecer hoje em Portugal evidente défice fundamentalmente de recursos humanos, quer nas forças de segurança especializadas para a atividade de coadjuvação na investigação, quer na liderança da investigação criminal, na magistratura do Ministério Público (MP), mas também, com muito séria expressão, os oficiais de justiça nas secções dos DIAP [Departamentos de Investigação e Ação Penal]».

RIO AINDA A CORRER

«Operação Miríade: PSD quer pareceres jurídicos antes da audição do ministro no Parlamento».

DESPREZO PELA TRANSPARÊNCIA

Duarte Cordeiro, a propósito da traficância nas Forças Armadas, dá mais um contributo para a arrogância e a opacidade da governação de António Costa: «Se há dúvidas serão resolvidas entre Costa, Marcelo e Cravinho». De facto, a declaração segue a linha de raciocínio de João Gomes Cravinho sobre Tancos, 

P. S. Se é assim com maioria relativa, imaginem como seria com maioria absoluta.

CAMPEÕES DA CORRUPÇÃO FECHAM ACORDO

PS e PSD, os dois partidos políticos que mais tempo estiveram no governo desde o 25 de Abril, apressam-se agora a fechar uma espécie de pacote legislativo sobre a corrupção em vésperas das eleições antecipadas. É preciso dizer mais?

RIO SEM DEBATES

Rui Rio não vai fazer debates com Paulo Rangel. Tudo em nome de Portugal e do escrutínio do governo. Não, não é uma piada de António Costa. É uma declaração oficial do presidente do PSD.

MARCELO E CRAVINHO IMPARÁVEIS

O ministro da Defesa admitiu conhecimento, no final de 2019, do tráfico de diamantes, droga e ouro nas Forças Armadas. Mas o presidente, há um dia, em Cabo Verde, excepcionalmente, afirmou que nada sabia. E os dois lá somam e seguem imparáveis. Tal como em Tancos, sem detalhes, pois claro, com ou sem camuflado, daqui a umas décadas saberemos toda a verdade.

 

P. S. Mais uma vez, uma notícia sobre as Forças Armadas apanha o presidente fora do país, desta vez em Cabo Verde.

BLOCO E PCP: DEZ ANOS PARA APRENDER A LIÇÃO

O Bloco de Esquerda e o PCP prestaram um serviço público, ainda que tardio, ao chumbar o PEC IV de José Sócrates em 2011. Dez anos depois aprenderam a lição, colocando um ponto final na farsa política de esquerda de António Costa.

E JÁ COMEÇOU A OUTRA "BAZUCA"

«Governo deixa de publicar evolução das metas da bazuca».

NOVO CICLO COM MAIS FUTURO

O país acordou, sem dramas, mais ciente das responsabilidades. Consciente de um presidente que é um factor de perturbação em vez de ser uma referência de credibilidade e união. E mais atento aos truques, porventura mais exigente em relação a uma imprensa de cócoras perante o poder, salvo raríssimas excepções.

ATÉ AO LAVAR DOS TRUQUES É ORÇAMENTO

Promessas e mentiras políticas com cumplicidade da imprensa subserviente, salvo raríssimas excepções. Hino à estratégia errada e arrogância, a 24 horas de ser chumbada. Mas António Costa não larga o tacho. Nem se vai demitir. Nos bastidores, até ao último minuto: flic-flac, mascarado de cedência alheia, com branqueamento e aplauso presidenciais garantidos?

A ÚLTIMA ESPERANÇA DE COSTA

A entrada em cena de Carlos Moedas e Paulo Rangel baralharam os planos do governo. E dificultaram a inominável propaganda através da imprensa, sobretudo depois de falharem o milagre europeu para a crise dos combustíveis e a encenação de moderação do último pacote legislativo. A vitimização do governo nas negociações do OE 2022 está cada vez mais difícil. Uma nova vaga Covid, com mais folclore e branqueamento presidenciais, é eventualmente a última esperança de António Costa.

PENSÕES: GOTA DE ÁGUA EM RELAÇÃO AO CUSTO DA CORRUPÇÃO

A aprovação do OE para 2002 está em risco por causa de 200 milhões euros. É quanto custa o recalculo das pensões, apresentado pelo Bloco de Esquerda, que os socialistas recusam. Uma gota de água em relação aos muitos milhares de milhões de euros que os roubos da banca e a corrupção custaram ao Estado, quantas vezes pago sem pestanejar. São as "contas certas" de António Costa...

SEM-ABRIGO: E MARCELO CONTINUA A SORRIR

Marcelo Rebelo de Sousa admite, tranquilamente, sorrindo para a TV, que o plano de erradicação dos sem-abrigo está «uns anos atrasado». E, cinco meses depois do governo admitir o falhanço, lá promove mais uma acção de propaganda, porque ninguém o confronta com o folclore politicamente inconsequente.

P. S. Com este presidente até as homenagens soam a falso.

COMBUSTÍVEIS: AMBIENTE À TOA

A escalada dos preços dos combustíveis está deixar os portugueses à beira de um ataque de nervos. E, se no primeiro momento, Pedro Matos Fernandes e o seu secretario de Estado garantiram que não desciam os impostos, de seguida meteu António Costa meteu a mão na consciência e baixou o ISP em dois cêntimos. Ah, Leão!

P.S. Siza Vieira desautorizado!

É A IDEOLOGIA, ESTÚPIDO!

«Se a ideia era mostrar o país a seus pés, Costa falhou. E, falhando, revelou uma vulnerabilidade que, sem surpresas, os seus rivais identificaram sem esforço. Na segunda metade da legislatura, e mesmo com dinheiro europeu para tapar buracos, o declínio pode vir aí "num galopesinho muito seguro e muito a direito", como dizia um personagem do Eça sobre a bancarrota. E, nesse caso, quem deseja ser atropelado pelo cavalo? Não Pedro Nuno Santos, ainda para mais amarrado a um buraco negro que dá pelo nome de TAP».

OLHÓ COSTA SEM MAIORIA

«O senhor não me conhece de parte nenhuma e portanto eu não lhe autorizo a fazer qualquer juízo moral sobre o meu comportamento».

SEGURANÇA: MAIS UM PASSO ARRISCADO

A proposta de utilização de sistemas de videovigilância pelas forças e serviços de segurança é mais um passo arriscado. E tem a marca do ex-magistrado/ex-espião e agora governante no XXII governo constitucional. 

P. S. Instalar videovigilância nos carros e esquadras, para evitar que os cidadãos sejam corridos a cargas de pancada, seria um bom ponto de partida.

CONTRATOS PÚBLICOS E APAGÃO

Com a bazuca nada melhor do que dar um pontapé na transparência, obviamente em nome da protecção de dados. Ora digam lá se não somos mesmo criativos...

MENTE POUCO BRILHANTE

«O governante referia-se a quem? Aos portugueses, enquanto povo, pelo que vejo, leio e ouço, não me parece. Não os representa».

E DEPOIS DAS ELEIÇÕES

A confusão entre o Estado, o governo e o PS está instalada. E, no momento calculado da abertura, depois de tantos anúncios e promessas, depois de tanta propaganda, nem uma única medida de apoio à economia. E ainda faltam dois dias para o pós 26 de Setembro.