FORA DO JOGO

«O pobre é aquele que primeiro sente na pele qualquer mudança política. Depende da escola pública, do SNS, dos transportes públicos e dos apoios sociais. E, no entanto, é o primeiro a desistir de escolher».

SEM-ABRIGO A CRESCER

Em Lisboa, os sem-abrigo cresceram cerca de 30 % em 2022, com 394 indivíduos identificados.

P. S. A tragédia continua, felizmente sem as teatrais visitas presidenciais que nada têm mudado.

MAIS UM DIA FEIO E INJUSTO: ISTO NÃO É ABRIL

«Casal sem-abrigo morre em incêndio em casa abandonada no Seixal».

À MEDIDA DA NOSSA POBREZA

«No fundo, é gerir o país com o coração do Estado e a cabeça do partido».

FERNANDO MEDINA: SEM SENSIBILIDADE

O auto-elogio de Fernando Medina em relação à redução da dívida pública é chocante, num país com mais de 2 milhões de pobres, pouco lhe importando politicamente serviços públicos no caos, mortes nas Urgências, sem-abrigo, justiça de rastos, professores, médicos e enfermeiros humilhados e polícias depauperadas.

PORTUGAL EM SUSPENSO

«Num tempo em que a recuperação económica é fundamental, o poder político apenas reserva para o cidadão comum um horizonte de mais medo, ameaças, mais capital e litoral e menos interior. As PME’s desesperam. Em contraponto, as grandes empresas – Bancos, telecomunicações, gasolineiras e hipermercados – vivem tempos dourados, lucros excepcionais, benefícios fiscais inexcedíveis e apoios milionários».

DESESPERADOS QUE NOS DÃO ESPERANÇA

«Vivemos numa sociedade contraditória, as grandes empresas apresentam obscenos lucros de milhões e, ainda assim, aumentam os preços sem clemência; tecnocratas, muito bem pagos, saem de empresas após terem endireitado as contas usando sempre a mesma fórmula: à custa de cortes nos salários dos outros e despedimentos. O vulcão aparentemente adormecido começa, enfim, a despertar nos desesperados que nos dão esperança».

BISPO A GUIAR O DESPESISMO DO REGIME

Os elogios politicamente insensatos e despropositados do bispo Américo Aguiar sobre o Centro Cultural de Belém e a Expo'98, para justificar o injustificável, confirmam tristemente uma cúpula da Igreja instalada à volta do poder, indiferente à corrupção, confortável com a desigualdade e insensível às prioritárias necessidades dos mais pobres.

P. S. Certamente que o Papa Francisco não ficará indiferente, no momento em que é revelado o recuo do poder de compra para níveis mais baixos desde 2018, ao assalto ao bolso dos contribuintes.

IGREJA: DO SILÊNCIO À JORNADA

O monumental gasto de dinheiros público para acolher a Jornada Mundial da Juventude, que deveria ser assumido pela Igreja e por privados, e que só agora começa a ser escrutinado, não pode ser dissociado do escandaloso silêncio do cardeal, arcebispos e bispos em relação ao crescimento da pobreza, designadamente daquela que é extrema e certamente envergonhará o Papa Francisco.

SER PORTUGUÊS NÃO É CRIME, MAS É PECADO

«A generalidade dos portugueses, católicos e demais, enfrenta enormes dificuldades para tocar os dias, as bolsas de pobreza estão cada vez mais elásticas, o custo de vida é um rolo compressor. Somos, globalmente, um país pobre. Não queiramos, por isso, passar a imagem do novo-rico que impressiona os outros durante uns dias, mas que, no final do mês, não tem onde cair morto».

SALÁRIOS POUCOCHINHOS

 «A perda de poder de compra afeta o rendimento disponível das famílias, que por sua vez afeta o consumo interno. E um consumo interno debilitado afetará, igualmente, um crescimento económico "poucochinho". Num país em que a taxa de risco de pobreza ou exclusão social é de 22,4%, a situação ainda é mais grave».

O ESPARTILHO DA POBREZA

«Um Estado excessivamente assistencialista se torna perversamente perigoso. Porque a pobreza e as carências daqueles que, geração após geração, dependem das ajudas públicas para sobreviver acabam por transformar-se na regra de um jogo em que quem lança os dados para a mesa é o partido de turno no comando, que passa a poder "usar" a pobreza estrutural como terreno fértil para obter ascendente político e eleitoral».

“ENGANADOS” DA REPÚBLICA

«No momento em que o Estado tem a obrigação de apoiar os mais pobres, as famílias e as empresas, o ilusionismo não é suficiente para desatar as mãos e os pés do governo».

A POBREZA, AQUI E AGORA

«As associações que andam no terreno já o notavam, as estatísticas vêm comprovar essa intuição. O número de portugueses em risco de pobreza cresceu e castigou particularmente a faixa acima dos 65 anos. O fenómeno continua a atingir com especial dureza idosos, crianças e mulheres, havendo um acréscimo de 256 mil pessoas em risco. Os números reportam-se a 2021 e não refletem ainda a crise causada pela subida galopante da inflação».

60 EUROS DO QUE SOMOS

«As nossas fragilidades estruturais tendem a agravar-se sempre que há uma crise como esta que agora nos aflige. E este imenso Portugal que não tem voz fica sempre, mas sempre, para trás».

A POBREZA É UM LUGAR FRIO

«A pobreza tem muitas faces. Demasiadas demonstrações. A pobreza pode ser um pormenor, um regresso constante a uma fatalidade que passa de avós para pais, destes para os filhos. A pobreza pode ser económica, social, cultural. A pobreza pode ser energética».

NO PAÍS DE MARCELO E COSTA: MAIORES NA POBREZA

Mais de 1,6 milhões de portugueses são pobres e vivem com menos de 540 euros por mês. Em 2020, 9,5% da população empregada do país vivia com rendimentos abaixo do limiar da pobreza. A conclusão é da PORDATA, apresentada no Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza.

AEROPORTO DE LISBOA E COMPROMETIDOS

Luis Ribeiro, presidente da ANAC, veio a público alertar que o novo aeroporto de Lisboa não pode ser mais adiado. Já há vinte anos, João Soares, então presidente da Câmara de Lisboa, levava as mãos à cabeça por causa dos adiamentos do projecto. Agora, imaginem o mesmo "comprometimento" na luta contra a pobreza, corrupção, o caos no SNS, as reformas de miséria, etc.

AS CRIANÇAS E A POLÍTICA DE RENDIMENTOS

«Não há crianças pobres, há sim famílias pobres. Temos centenas de milhares de jovens adultos - que são mães e pais - que não obtêm rendimentos suficientes para saírem da pobreza».

ALIMENTAR A MÁQUINA, ALIMENTADOS PELA MÁQUINA

«Questionável justiça social tratar de forma igual o que é manifestamente diferente. Uma sociedade igualitarista não é uma sociedade justa, mas parece ser este o desígnio de um PS dependente da extrema-esquerda».