EU: A CAMINHO DA GUERRA

A presidente da Comissão Europeia divulgou um plano para mobilizar 800 mil milhões para a defesa europeia, uma decisão que aproxima ainda mais os 27 de uma guerra global.

P. S. A sorridente Von der Leyen, desde o primeiro dia do seu mandato (2 de Julho 2019), nunca teve tanta urgência, capacidade e iniciativa, por exemplo, para erradicar a pobreza e a exclusão no seio dos 27. Dá que pensar!

VON DER LEYEN À GUERRA

A notícia que faltava para o agravamento da tragédia na Europa: «Von der Leyen vai propor flexibilização orçamental para UE investir mais em defesa».

PRR 2: ÀS ARMAS

Com a mestria da habitual pedinchice portuguesa, certamente com a preciosa ajuda e conselho de António Costa, Luís Montenegro já pediu um PRR 2 para comprar armas. É mais endividamento da União Europeia e dos Estados membros, incluindo Portugal, no sentido errado. 

P. S. A receita é passar às armas, para gáudio das indústrias militares, mercenários, comissionistas, afins e offshores, num planeta em que a fome e a pobreza crescem.

ESTRATÉGIA DE DRAGHI: REARMAMENTO

São 750 a 800 mil milhões de euros anuais (duas vezes o Plano Marshall) para colocar a União Europa a crescer. Afinal, o objectivo da guerra na Ucrânia esta cumprido: começou a corrida ao rearmamento.

P. S. O endividamento é a solução para financiar mais uma aventura, em que não há falta de dinheiro para os negócios de Defesa e as respectivas comissões, eventualmente mais um maná para políticos, mercenários e afins.

A LIÇÃO DA GUERRA NA EUROPA

A Guerra na Europa confirmou a necessidade imperiosa de reforçar o combate aos negócios de Estado com as ditaduras sanguinárias, à corrupção, ao branqueamento de capitais e aos lucros a salvo nas offshores por esse mundo fora. A militarização dos Estados da União Europeia apenas serve para engordar a indústria de defesa. 

PUTIN JÁ GANHOU

Na Ucrânia, com ou sem guerra, agora ou mais tarde, Vladimir Putin já ganhou: colocou o Ocidente perante as suas próprias contradições (Crimeia, entre outras), reafirmou a vocação imperialista do KGB e restantes serviços de informações e mostrou a força da Rússia. Entretanto, o resto do Mundo calcula se os valores democráticos valem as perdas comerciais e financeiras. Em síntese: a indústria do armamento continua a facturar, de um lado e do outro.

AFEGANISTÃO: MAIS GUERRA

O previsível aconteceu: atentado em Cabul. Agora, como é vontade dos militares, secretas e indústria de Defesa, a guerra pode recomeçar em força, pois já há uma justificação verdadeira ou encenada.