O factor desespero

«Compreender a reacção dos portugueses na terrível crise é tema de inúmeros debates. Surpreende muitos o facto de, apesar dos pronunciamentos incendiários de políticos e activistas, as populações se manterem serenas».

Conselhos Superiores

«Não podem existir magistraturas independentes sem que tenham um sistema próprio de governo, independente dos demais órgãos do Estado».

Troika à bulha

«O verniz acabou por estalar do modo mais inesperado»

Forças de bloqueio

«Aqueles que riem da recandidatura do dr. Passos deviam começar primeiro por se rir ao espelho».

Alta pressão

«É urgente que o investimento não fique pela construção do novo edifício e se foque também nos seus recursos humanos».

Chuva para os olhos

«Vítor Gaspar culpou a chuva pelo apagão sofrido no investimento, porque travou a construção».

Pior que a ditadura

«São os portugueses que têm medo de Passos Coelho. E com razão».

Brincadeiras

«De quem é a culpa do desastre europeu corrente? O debate já anda por aí».

Zangam-se as comadres

«Quem nos protege dos nossos protetores?».

Afirma Delors

«Sem se retomar o tema da coesão não há euro estável».

O aeroporto de Lisboa e o estado do país

Uma passagem pela Portela pode ser um exercício revelador do estado do país: num espaço de minutos, uma senhora pede um euro, porque está desempregada, e um senhor pede um cigarro, sem mais. Terá sido um mero acaso?

A pouca transparência da ERC

«Quem são os donos dos meios de comunicação social portugueses?».

A esquerda não existe

«O que existe é uma palavra que tem significados diferentes conforme o espaço, o tempo e as pessoas. Ser de esquerda já quis dizer tudo e o contrário. E há sempre alguém mais à esquerda. Alguém que é a verdadeira esquerda».

Gang das pensões

«Mais grave que os crimes que estes miseráveis cometeram, que os valores que lhes tiraram, foi terem roubado a dignidade. Isso é imperdoável».

Tarde

«Agora que há um morto os jornalistas correm para a porta da escola».

A escolha de Bilderberg

«Seguro participa no exercício anual de densificação de uma rede de poder. Só isso. E isso tem um enorme significado».

É tudo uma questão de PRISM

E o grande Obama continua... a surpreender!

José Eduardo dos Santos na SIC

A entrevista do presidente angolano foi um insulto aos jornalistas e aos telespectadores portugueses e angolanos.

Holofotes!

«Tudo o que acontece na Medicina, do mais extraordinário ao mais negativo, faz grandes títulos na comunicação social».

Vítimas do remédio

«A economia portuguesa perdeu desde o primeiro trimestre de 2012 quase 7 mil milhões de euros».

Hipocrisia ou ignorância?

«Na verdade, tudo o que agora se disse foi dito e escrito vezes sem conta nos últimos dez, quinze anos. O que aconteceu foi que todos - sociedade civil, políticos, consultores económicos e financeiros, etc. - convergiram num pantanoso pacto que - na ausência de um verdadeiro projeto nacional e de uma estratégia consistente para o País - converteu os fundos europeus numa espécie de mesada que garantiria o prolongamento da nossa reforma pós-imperial....».

Os serviços de Obama

Os regimes democráticos estão reféns dos serviços secretos. Continua a valer tudo, até a espionagem ilegal aos jornalistas. A conclusão não é nova, cá como lá, mas impressiona como tudo se continua a passar com a cumplicidade dos governantes, face a uma atitude complacente da parte da comunicação social, enfim, sem a intervenção firme dos tribunais e o mais ténue sinal de sobressalto cívico.

 

O Clube de Seguro

«António José Seguro continua a fazer o seu percurso político e erra quem o menospreza, a começar pelo líder histórico socialista Mário Soares».

Desprezo pela 'rua'

«O País chegou a um Governo que tem medo de sair à rua».

Festejar o segundo aniversário com a brutalidade

As imagens da detenção de um sindicalista que usou do seu direito de protestar é uma péssima notícia na passagem do segundo aniversário da tomada de posse do XIX Governo constitucional. Para complicar ainda mais o que resta da vida política de Pedro Passos Coelho, só falta mesmo a consagração da política da porrada nos manifestantes e contestatários que, infelizmente, tem tido como protagonistas os agentes da PSP.

P. S. Cerca de nove meses depois do incidente entre um repórter de televisão e a segurança do primeiro-ministro, a inefável ERC veio a público afirmar que o impedimento de recolha de imagens é uma «restrição ilegítima do exercício do direito de informação».

O revisionista doentio

«Incapaz de motivar os parceiros sociais para a mudança ou de dar esperança às famílias, o Governo tornou-se, pela permanente alteração de objetivos sem credibilidade e pelo frenesim legislativo desestabilizador da confiança, o principal fator de instabilidade na sociedade portuguesa».

O "cocktail"

«Esta fatal tendência lusitana para a má administração dos recursos, a imprevidência quanto ao futuro, o investimento não produtivo, o disparar do consumo, o manobrismo de especulações financeiras de vária ordem, a propensão para conceber os fundos europeus como uma espécie poço sem fundo, enfim, com tudo aquilo a que se foi assistindo, até sermos levados a um desequilíbrio geral em nome de demagogias insustentáveis e reiteradas».

Progresso, justiça, pão, habitação

«Qualquer que seja a visão do futuro que queiramos adoptar, só há futuro para lá da austeridade e do crescimento».

Governo desesperadamente à procura de uma boa notícia

As críticas, os protestos, as manifestações e as ameaças de greve não têm impedido a manutenção da estabilidade, mas Pedro Passos Coelho precisa de uma boa novidade. E, como já se percebeu, ela tem de vir (só pode) das Finanças, a única pasta que tem um ministro à prova de bala internamente e credível internacionalmente.

Sonho truncado

«Falsas medidas de combate à crise chegam ao ponto de inibir o conhecimento. Assim, o subdesenvolvimento tornar-se-á irreversível».

Aptidão e qualificação

«Ministério Público viu crescer a utilização de critérios de confiança pessoal para a nomeação de magistrados para muitos lugares».

Palácios em ruína

«Uma operação financeira que coloca hoje em Bolsa o fundo proprietário dos terrenos da Exponor permitiu salvar a AEP, mas esta história é uma novela exemplar dos erros do Portugal novo--rico que viveu à sombra dos fundos europeus».

Amigos do alheio

«O crédito não significa obter fundos alheios, pois pagaremos amanhã o que gastamos hoje. Mas numa crise financeira como a actual, há fortes probabilidades de nunca se pagar, o que muda tudo».

Cuide-se o CDS

«Multiplicam comentários e sugestões de que um 2º resgate será inevitável».

Velhice, dignidade e igualdade

«É preciso não esquecer que por trás das figuras de proa que conduziram a coisa pública houve milhares de co-autores e cúmplices dos desmandos.

Os nomes

«Os nomes, tal como as aparências, enganam».

Tanta conversa para nada

É extraordinário assistir à conversa da treta de quem enterrou o país; também é fantástico assistir à estratégia de quem não consegue ter um verdadeiro discurso transparente. Uns e outros, enquanto enchem a boca com as criancinhas, os idosos, os pobres e os desempregado, apenas tentam evitar ter que admitir a evidência: Portugal só pode sair do buraco quando a União Europeia quiser e entender que chegou o momento certo.

P. S. Escasseiam as sondagens... Por que será?

O problema corrupção

«Mas se a má despesa é pública, importava apurar quem beneficiou com esses milhões mal gastos. Será que foram os funcionários públicos?».

Agora, a alternativa

«Essa é a responsabilidade da esquerda: dar ao País um programa realmente alternativo ao que nos tem governado».

A estratégia do medo

«Carlos Drummond de Andrade inquire "para onde vais, José? José, para onde vais?" Saramago espanta-se que ainda não morreu ninguém! Cardoso Pires apela ao bestiário privado que reside dentro de nós! Está na hora! Basta!!!».

Manual para ser feliz

«A felicidade é uma utopia, a alegria uma possibilidade, a realização cabe num livro de auto-ajuda. Nenhuma delas paga a casa a um desempregado, nem compra o pão a um falido».

E como "libertar Portugal da austeridade"?

«O balanço é pesado, o momento exige grande lucidez. No entanto, como ensinou Séneca, é preciso semear, mesmo depois de uma má colheita. E do que precisamos, é de uma esquerda com mais mundo, mais propositiva e audaz».

25 ANOS DE PORTUGAL EUROPEU

Uma excelente iniciativa.
Pode assistir em directo, através do link colocado no website da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

“Houve corrupção no caso dos submarinos”

«Os tribunais alemães provaram que houve corrupção no processo de aquisição de submarinos. A corrupção está pois provada neste processo. Por isso, no seio do grupo constituído por António Guterres e o seu ministro da defesa Rui Pena, por um lado, e Durão Barroso e o seu ministro da Defesa, Paulo Portas – nestes quatro, um pelo menos é corrupto ou cúmplice. Os restantes serão vítimas, já que sobre eles impende a suspeita fundada de corrupção».

Soares é fax?

«Longe de mim pretender reduzir a longa carreira política de Mário Soares ao chamado ‘caso Emaudio’».

O nosso pesadelo

«Em 2011, durante a campanha eleitoral, Cavaco Silva disse que tinha pesadelos a pensar na desgraça que seria Portugal aparecer nas primeiras páginas da grande imprensa mundial».

Incómodos de Gaspar

«O dr.Gaspar acha pouco patriótico que os jornalistas façam perguntas sobre a crise a políticos estrangeiros quando ele está presente».

Contra a fraude e a evasão fiscais

«De 2000 a 2012 mais de 170 mil milhões de euros foram transferidos de Portugal para paraísos fiscais».

Submarinos: E o silêncio continua

A manchete do Correio da Manhã revela novos dados sobre o dossier dos submarinos, um dia depois das declarações de Mário Soares ao jornal i. O mais extraordinário é que a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirma ao mesmo jornal que não comenta o caso. Eis uma reacção surpreendente, pois o país inteiro leu, viu e ouviu as palavras do ex-presidente da República. Fica apenas uma dúvida: a PGR também não leu, não viu e não ouviu nada?

Do insulto como arma política

«O problema não se resolve limitando a liberdade de expressão nem excluindo a polémica por mais acesa que seja, mas é necessário perceber-se o grau de responsabilidade que decorre desta instrumentalização e generalização do insulto como arma política».

Direitos de passagem

«Com a conivência de governantes portugueses, o presidente do grupo Vinci terá poderes feudais em Portugal».

Soares, Portas e PGR

No dia em que começou o julgamento do caso BPN/Duarte Lima - uma notícia positiva para a justiça -, Mário Soares insinua, publicamente, que os processos dos submarinos e dos pandur andam ao ritmo das conveniências político-partidárias. E ninguém se indigna? O MP não abre um inquérito? Paulo Portas vai permanecer calado? Pedro Passos Coelho e Paula Teixeira da Cruz não dizem nada?

P.S. O silêncio da PGR, ao longo de todo o dia, é a confirmação do estado a que a justiça chegou. São estes casos que liquidam a confiança dos portugueses nas instituições, não são as entrevistas de jornalistas.

O drama português

«Paul Krugman diz que o remédio passa por uma política expansionista na Zona Euro, mas essa mudança depende mais dos eleitores alemães que dos atuais responsáveis políticos europeus».

Eleições legislativas e autárquicas

Ainda há tempo para acabar com este clima pantanoso: fazer coincidir as autárquicas com as legislativas antecipadas. Todos começam a perceber as vantagens de uma clarificação, incluindo os partidos do próprio governo.

Um Governo a cair aos poucos

«Com a devida vénia lhe digo, Senhor Presidente, foi mais um erro que cometeu. A vingança em política nunca colhe...».

A crise e a sustentabilidade

«Nem sempre consumir menos e mais racionalmente é sinónimo de perda».

TV em directo: o expoente da mediocridade

Há pessoas que são capazes de fazer tudo por dinheiro. É lá com elas, que lhes faça muito bom proveito, seja no barracão ou debaixo de água. Mas ter de assistir à mediocridade da televisão pública, paga por todos os portugueses, começa a ser penoso. Depois de terem conseguido liquidar o que restava da RTP2, até onde será necessário chegar, com ou sem Pontes, para perceber que este serviço público está esgotado... Será que ainda é preciso assistir ao contraditório de Miguel Relvas?

Efeito do lusco-fusco

«Incentivar o investimento das empresas, especialmente das PME, que constituem tradicionalmente o elo mais dinâmico da economia portuguesa, é um bom princípio».

O profano e o sagrado

«Até 100.000 € estamos defendidos, acima disso tudo pode acontecer, dependendo das circunstâncias e do momento».

Verdades incómodas

«Quanto ao Estado social, ele teve como principais inimigos aqueles que durante décadas acumularam supostos direitos sem nunca se preocuparem com o respectivo financiamento. Aproveitaram os aplausos como defensores do povo, receberam benefícios durante uns tempos e, ao rebentar a conta, zurzem agora aqueles que limpam a sujidade que eles criaram».

Números de circo

«O Ministério Público vai dizer se é, ou não, crime chamar ‘palhaço’ a Cavaco Silva. O Presidente não gostou do termo, sentiu-se insultado, e queixou-se».

Isaltino e Angelina

«O problema pode estar no facto de a leveza ou mesmo a frivolidade se estenderem a muitos ou, às vezes, a todos os meios de comunicação social».

Os novos "embuçados"

«A internet é hoje um bosque medieval europeu ou o Atlântico de setecentos. Um espaço sem lei nem ordem e, principalmente, isento do domínio efectivo da justiça».

Portugal é assim: o país dos legalistas de ocasião

«É nestes momentos que os defensores do direito à liberdade de expressão, mesmo quando ela roça algum eventual desprimor, têm de marcar presença no debate, não podem vacilar em relação a qualquer tipo de acção selectiva, em suma, não podem ceder ao discurso hipócrita do mainstream e aos legalistas de ocasião, caso contrário, um dia, ainda se arriscam a ter de voltar a enfrentar um político, profissional ou não, determinado a tentar usar a lei para proibir a divulgação do que os portugueses pensam, dizem e chamam àqueles que elegeram para governar».

Funeral de Belém

«Parece que o PR agora ficou muito ofendido mas, se mudasse de hábitos e lesse mais jornais, constataria que já lhe chamaram pior. Pois é. O respeito não se decreta. Conquista-se».

Onde nasce a Europa?

«A saída do euro é uma hipótese que por razões táticas não podemos excluir liminarmente, mas o lugar adequado para a formular é a própria união monetária, no contexto de uma estratégia de 'aliança com outros povos'».

Narrativa estilhaçada

«Cavaco Silva tem de sair do atoleiro de silêncios e de frases mal dirigidas. E deixar de pretender manipular um órgão como o Conselho de Estado. Da próxima reunião deste espera-se um Parecer e não um comunicado».

Também acho que Cavaco Silva é um palhaço

Gosto de Miguel Sousa Tavares há muitos anos, apesar de não concordar com muitas das suas opiniões. Também gosto de palhaços, os verdadeiros e os profissionais. Não gosto de Aníbal Cavaco Silva há muito anos. Nunca votei nele. E chamar-lhe palhaço é um elogio que ele nunca será capaz de conseguir merecer. E mais. A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, ao anunciar um inquérito às declarações do escritor Miguel Sousa Tavares, também tem de ter igual critério em relação à opinião expressa por muitos  outros portugueses, que pensam de idêntica maneira... Ou será que tudo isto é uma farsa a roçar o golpe publicitário?

OFFShores

«Falta apenas vontade política e todos nós sabemos porquê».

Acima das nossas possibilidades

«O caso do Banif está longe de ser solto: os presidentes executivos das empresas cotadas no PSI-20 receberam em 2012 mais 6% do que haviam recebido no ano transato, num total de mais de 15 milhões de euros».

Os livros e a festa do livro em Lisboa

FEIRA DO LIVRO 2013: já abriu.

Ambiente de fim de ciclo

«Pedro Passos Coelho 'está mortinho por se ver livre disto'».

Gaspar em versão read my lips

«Chegou o momento do investimento. Repito, depois do ajustamento chegou o momento do investimento».

Feira do Livro 2013: PM um ano depois

Esta foi a notícia que marcou a passagem do primeiro-ministro pela Feira do Livro do ano passado: «Passos Coelho visitou a Feira do Livro no último dia e foi vaiado».

Este ano, há novos títulos para poder comprar, mas não traga os mesmos seguranças, pois ainda provocam uma desgraça.

Caminhos do Faroeste

«Os responsáveis deste 'sistema' têm nomes. Pergunto-me se terão consciência».

Abrir os olhos

«O que será trágico é que a Alemanha só venha a descobrir isso tarde demais - trágico para ela e para todos nós, como há precisamente um ano escreveu no Project Syndicate o antigo alemão ministro dos Negócios Joschka Fischer, quando antecipou a possibilidade de a 'Alemanha reunificada provocar pela terceira vez, agora por meios pacíficos e com as melhores intenções do mundo, a ruína da ordem europeia'».

Não há paciência

Quando ouço e vejo alguns comentários sobre a governação de Pedro Passos Coelho, os favoráveis e os desfavoráveis, só me ocorre a imagem de Estaline, num grande e confortável gabinete, com um mapa mundi à frente, a comandar as tropas soviéticas durante a Segunda Grande Guerra.

O pior dos crimes

«O Ministério Público culpa a PJ: as provas são circunstanciais e insuficientes para uma acusação. A PJ queixa-se de tanto zelo do Ministério Público: há arguidos acusados por menos».

Amnistia Internacional denuncia

As principais preocupações levantadas pelo relatório anual da Amnistia.

Exorcismo em Belém

«Reuniões de sete horas convocadas pela televisão, onde se discutem problemas que podem surgir daqui a um ano, quando os portugueses estão a sofrer agora, e se antecipam guerras e alianças eleitorais, quando o que é preciso é por a economia a crescer e criar empregos, só pode mesmo ser obra do Demo».

A Multidão e a Televisão

O novo livro de Eduardo Cintra Torres.

A imprensa e as redes sociais

A reprodução acéfala do que passa nas redes sociais é mais um passo para o abismo do que resta da autonomia, identidade e credibilidade da comunicação social.

O pós-Troika e as acções selectivas

Num país em que a maioria já não acredita no presidente da República, no Governo e na generalidade das instituições do Estado, não há nada mais patético do que acreditar que acções avulsas e selectivas podem alterar o que quer que seja, ou melhor, adiar o inevitável...

A crise e as elites

«Com estas elites – muito parecidas com as que viviam confortáveis no domínio filipino –, Portugal não enfrenta nem o presente nem o pós-troika. Têm uma visão tutelar sobre o povo que julgam conhecer».

Jogo baixo

«O actual primeiro-ministro garantiu em 2011, antes de ser governante, que o seu partido não retiraria os subsídios aos funcionários públicos».

Desconsolo de Estado

«A reunião desta semana do Conselho de Estado foi uma demonstração patética da inutilidade do órgão e da impotência a que está reduzido Cavaco Silva a meio do mandato».

A Europa como desencontro?

«Houve assim uma época, de resto nem sequer muito distante, em que se acreditou verdadeiramente numa construção europeia bem sucedida. É verdade que nunca se conseguiu interiorizar nos cidadãos dos Estados membros uma consciência profunda de "pertença à Europa" como uma espécie de segunda natureza patriótica, mas ia-se vivendo na convicção de que lá se chegaria mais tarde ou mais cedo».

Anúncios & crianças

«Em Portugal, as crianças não fazem parte da agenda política. À exceção de umas manifestações piedosas em tempo de Natal, ninguém se lembra delas. Cerca de 15 mil estão em instituições, muitas vezes em situação precária. São treze mil as que estão à mercê da violência doméstica, no seio de famílias desestruturadas, enquanto as autoridades, por falta de meios e de vontade, renunciam ao seu papel de defesa inabalável da integridade física e moral das crianças».

O elo mais fraco

«A partir de agora, a tripla Coelho/Gaspar/Portas pode continuar a fazer os seus desmandos com mais tranquilidade porque a esquerda perdeu toda a legitimidade política para os acusar de desrespeitar a vontade popular».

Irrelevâncias do dia-a-dia

O conselho de Estado já acabou?

A nossa Mafaldinha

«A Mafaldinha é hoje a mulher na pré-reforma que amarga nas ‘manifs’».

‘Cilinha’ Jonet

«A senhora é, a seu modo, uma combatente - que caiu ferida de ridículo ao fazer o elogio da pobreza e agora, amparada pelo presidente da comissão organizadora da cerimónia, almirante Melo Gomes, regressa ao campo de batalha da reabilitação pública».

Uma questão de tempo

«Ao CDS não interessa manter até ao fim a ligação com um Governo caído em descrédito».

O Estado morreu

«A corrupção em parceria com a fraude fiscal tende a medrar no túnel das quimioterapias orçamentais. Basta cruzar aqueles dados com os resultados oficiais do programa de combate à fraude e à evasão fiscal do ano de 2011: os processos-crime por combate à fraude representam 9,45%, por combate à fraude qualificada 2,69% e por abuso de confiança fiscal 84,74%».

A tutela externa

«Os políticos que endividaram o Estado sem pensar nas consequências são os responsáveis pela alienação de soberania».

Multidão em Belém: mais um protesto

Ainda antes de saber como é que vai correr a saída dos conselheiros de Estado, reunidos na presidência da República, vale a pena recordar como acabou o dia 22 de Setembro de 2012.

A democracia, a crítica e o sofá de Freud

«Há sábios de barriga a abarrotar de “ciência anónima, com vaga noção de tudo e conhecimento de nada” . Por aí pululam. Os “ressequidos”, Eça dizia. Não beberam uma gota “daquele leite de humana bondade..." de que falava o adorável Charles Dickens».

A verdadeira conspiração

«As elites de poder, do CDS, PSD e PS, aplaudidas por PCP e BE, são parte activa do problema, não da solução. As leis recentes sobre o tema envergonhar-nos-ão durante séculos».

Portugal é assim: faltam mais homens livres

«A teorização do 'terrorismo social', para explicar os erros da governação de Pedro Passos Coelho, é uma forma simplista e politicamente cobarde de evitar o ataque ao cerne do problema».

Neve em Maio

«Se Cavaco Silva não entendesse que a sua função enquanto PR é sustentar o governo, Passos já tinha regressado à Tecnoforma».