AS ESTRELAS DA CAMPANHA

Rui Rocha e Rui Tavares foram as estrelas da campanha eleitoral. O líder da Iniciativa Liberal causou admiração pela lufada de ar fresco na campanha eleitoral; o líder do Livre surpreendeu ao representar uma esquerda viva, convicta, que não existe para se confundir com o Estado nem para se servir dele.

P. S. Luís Montenegro, com o caminhado minado, à direita e à esquerda, para já não falar do seu próprio partido, conseguiu a proeza de recriar a AD, de apresentar um novo rumo e de revelar preparação, serenidade e determinação que ainda não havia demonstrado.

MARCELO NO ÚLTIMO DIA

No último dia de campanha eleitoral, um recado presidencial, como se a expressão do votos dos portugueses nas urnas, no dia 10 de Março, fosse passível de esbarrar numa qualquer vontade individual.

P. S. Com António Costa fora do poder não faltará muito para ficar ainda mais claro o cancro do regime, quem para fazer prova de vida, quiçá por mero exibicionismo,  ajudou a afundar o país na instabilidade.

DE URSULA (ANGELICAL) A VENTURA (PAPÃO)

«Somos nós, europeus, que decidimos quem vem para a Europa e em que circunstâncias». As palavras são de Ursula von der Leyen.

P. S. Os comissários nacionais ao serviço ainda não devem ter dado conta do discurso de recandidatura da líder da Comissão Europeia. Devem estar focados em André Ventura, porque há atoardas e racismos, uns calam-se, outros repetem-se.

NÃO HÁ VOTOS INÚTEIS

«Mesmo sabendo-se que há muitos votos nos partidos mais pequenos que não servirão para eleger deputados (nas legislativas de 2022, em 11 dos 20 círculos eleitorais o bipartidarismo impôs a sua lei), na verdade não existem votos inúteis. O peso político de um partido não se mede apenas pelo seu número de deputados. E a democracia eleitoral não se pode esgotar na mera aritmética parlamentar».

RAZÃO PARA VOTAR

«Mulher morre em casa após duas horas à espera por socorro em Vendas Novas. Vítima de 59 anos caiu inanimada no chão após AVC. Família ligou para linha de emergência, mas não havia meios disponíveis».

ROSTOS ESTAFADOS NO PS

É indisfarçável o desconforto entre os socialistas. Nunca é fácil esconder o falhanço em campanha eleitoral, nem mesmo com mais mentirolas de última hora. Os rostos estafados dizem tudo, por mais media training e marketeiros ao serviço.

UM FUTURO QUASE FEITO SÓ DE PASSADO

«Apesar dos protagonistas centrais serem novos, houve demasiado enleio com o passado e falta de coragem para afirmar uma visão de futuro. (...) É pouco para o que temos pela frente, no limiar dos 50 anos da Revolução de Abril e com o deslaço que se sente na sociedade portuguesa».

DESVARIO NA INFORMAÇÃO

Depois de um bloquista ameaçar anular votos, que deu origem ao respectivo alerta sobre a verdade eleitoral, eis que os habituais comissários de serviço desataram a malhar em André Ventura, ao jeitinho de Augusto Santos Silva e Jair Bolsonaro.

P. S. Não admira que os serviços de informações, estrelas do processo da TAP, durante a governação de António Costa, continuem a escapar ao escrutínio da comunicação social. Liberdade da boca para fora, mas qualquer perguntinha não é aceitável no Largo do Rato. Já nem disfarçam.

OLHAR EM FRENTE

«Nos últimos dois anos, os portugueses assistiram ao maior ataque aos princípios e valores democráticos desde o 25 de Abril».

INDECISOS OU ABSTENCIONISTAS?

As eleições de 10 de Março podem representar um abalo ao regime democrático, não pelo resultado da soma dos votos nas urnas mas pelo nível da abstenção: e se, afinal, os indecisos forem eleitores fartos de um regime corrupto que revela insensibilidade social?

MOBILIZAR PELO MEDO SIGNIFICA O QUÊ?

«Mobilizar pelo medo significa pouca confiança na obra realizada, nas competências próprias para o exercício e na dimensão positiva das propostas para o futuro. Quando colocado como elemento central do discurso político é uma confissão de insuficiência da proposta e dos protagonistas».

QUANTO CUSTAM AS SONDAGENS DA CATÓLICA?

É uma das vantagens do tempo em Democracia: os portugueses já não se deixam enganar pelas sondagens, designadamente aquelas realizadas por empresas que não têm passado pelo teste do algodão. Ainda assim não faltam estudos e mais estudos, pelo que importa saber quanto custa a parceria entre a RTP e a Universidade Católica paga com os nossos impostos.

COSTA E MARCELO: CONTRIBUTO PARA A CAMPANHA

Para aqueles que já esqueceram o que foram os últimos 8 anos nada melhor do que atentar às palavras de hoje do PM demissionário e do (ainda) presidente: António Costa oferece segurança aos líderes partidários, decisão que depende da prévia avaliação da PSP, como se fosse dono do Estado; Marcelo Rebelo de Sousa trata uma questão de segurança interna em termos de mais ou menos eficácia. No dia 10 de Março, a resposta é dos portugueses.

DO MILAGRE À FARSA

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) desmontou o milagre reclamado por António Costa e Fernando Medina: mais impostos, menos despesa e menos investimento público na Saúde e Educação.

P. S. A lógica da manutenção no poder, sustentada por uma maioria absoluta, indiferente ao sofrimento das pessoas no dia-a-dia, tem um custo que a anda está por quantificar. O que espanta é que parte desta espécie de esquerda (ainda) no poder, ficando mais claro porque se refugiam numa campanha baseada na estratégia do medo.

MONTENEGRO (VERDE) COM HUMOR

 

P. S. De referir a boa disposição do líder da AD 2024 e sobretudo o ar de gozo dos outros presentes.

CAMPEÕES DAS PROMESSAS FALHADAS

À beira do fim do segundo dia de campanha eleitoral oficial estão em cima da mesa as promessas falhadas do passado distante para melhor evitar ter de falar daquelas que foram feitas e também falharam nos últimos 8 anos. O mais extraordinário é que o embuste, com base na mesma estratégia de medo do costume, é liderado por Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, um dos campeões das promessas falhadas, enquanto o mesmo não se pode dizer do seu principal opositor, Luís Montenegro, que não carrega o pesado cadastro de experiência governativa que tem servido para enganar os portugueses, sobretudo os mais pobres.

MONTENEGRO SOBE A PARADA

O líder do PSD, Luís Montenegro, vai ter Pedro Passos Coelho ao seu lado no comício de Faro.

P. S. Aguarda-se a qualquer momento, que Pedro Nuno Santos anuncie a participação de José Sócrates numa acção do PS, já que a sua desfiliação não apaga a história do PS.

A GRANDE TENTAÇÃO EM CAMPANHA

«A auto-proclamação de seriedade, para depois melhor insinuar que a Justiça está a interferir no jogo político, não serve a ninguém, nem aos cidadãos, nem aos políticos, nem aos partidos, nem aos corruptos, nem ao futuro governo de Portugal».

AS PROMESSAS VÃO AUMENTAR

O ritmo das promessas eleitorais, para não lhe chamar patranhas toleradas, subiu mais um degrau à beira do arranque da campanha eleitoral oficial. Nos próximos 15 dias vai haver mais, sendo que dificilmente será possível alguém superar a última de Pedro Nuno Santos, que esperou quase oito anos para agora anunciar o que não fez na pasta das Infraestruturas.

E SIGA A CAMPANHA ELEITORAL

As notícias do dia confirmam o desmoronar: por um lado, a insegurança nas cadeias; por outro, a efervescência nos quartéis. De facto, é outro Portugal, em que a propaganda já não é o que foi nos últimos 8 anos. Será por o país ter um governo em gestão? Será por Marcelo Rebelo de Sousa estar em silêncio? Será pela crescente perspectiva de mudança?