AGÊNCIA LUSA E FAKE NEWS

A agência de informação Lusa dedicou atenção à manifestação de esquerda, em Paris, que contesta Emmanuel Macron, deu igual atenção a outra manifestação, em Londres, em favor de um cessar-fogo e embargo de armas a Israel, mas apenas colocou em linha a notícia da gigantesca manifestação no Brasil contra a censura e pela liberdade de expressão às 22h17.

P. S. O silêncio noticioso sobre a destituição (impeachment) de Alexandre de Moraes é também uma forma de omitir deliberadamente uma notícia que está a correr o mundo, ou seja, por definição também é fake news. 

DESVARIO NA INFORMAÇÃO

Depois de um bloquista ameaçar anular votos, que deu origem ao respectivo alerta sobre a verdade eleitoral, eis que os habituais comissários de serviço desataram a malhar em André Ventura, ao jeitinho de Augusto Santos Silva e Jair Bolsonaro.

P. S. Não admira que os serviços de informações, estrelas do processo da TAP, durante a governação de António Costa, continuem a escapar ao escrutínio da comunicação social. Liberdade da boca para fora, mas qualquer perguntinha não é aceitável no Largo do Rato. Já nem disfarçam.

MEDIA: UM CAMINHO PERIGOSO

A falta de critério editorial continua a fazer um caminho perigoso na generalidade dos Media, salvo raras e honrosas excepções. Repete-se a tragédia dos mortos no Mediterrâneo mas atira-se para segundo plano a situação dos imigrantes em Odemira e, por exemplo, as mortes por falta de assistência no SNS. Entretanto, multiplicam-se as peças e páginas sobre Bolsonaro e Trump, ao mesmo tempo que não se repete, a cada transferência para a Arábia Saudita, que o rei Mohamed Bin Salman é o assassino confesso que mandou esquartejar Jamal Khashoggi. A actual cobertura informativa não tem paralelo, nunca teria sido possível no jornalismo de há mais de vinte anos.

P. S. António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa admitem estar presentes numa próxima cimeira da CPLP na Guiné Bissau ou na Guiné Equatorial, lado-a-dado com Lula da Silva, o amigo de Vladimir Putin, entre outros ditadores, que insulta António Guterres. E nem um sobressalto editorial?

AS VERDADEIRAS AMEAÇAS À DEMOCRACIA

Abandonar os cidadãos à sua sorte, nos momentos mais difíceis, com todo o tipo de truques e demais cativações, como faz Fernando Medina, com a graça dos órgãos de soberania, é mais perigoso para a Democracia do que os "golpes" de uns arruaceiros instalados. Aliás, a habitual conversa de chacha – vem aí o fascismo!  – já não pega, quando utilizada para disfarçar a corrosão provocada pelo polvo do "centrão" de interesses.

P. S. Nos EUA e Brasil, a violência foi ultrapassada pela resiliência (na moda) das instituições e reduzida a expediente reactivo que ainda assim, obviamente, merece monitorização (também na moda). As negociatas de Estado, essas, sim, são as verdadeiras ameaças, tanto mais que servem para financiar todo o tipo de abusos, tráficos e desvarios.

ARMA POLÍTICA

«No momento da verdade, de um lado e do outro do Atlântico, emerge a mesma resposta: a sonsice».

BRASIL: BRIOCHES PARA TODOS?

Ao longo dos tempos sempre existiriam revoltas de cidadãos de esquerda e de direita. Aparentemente, de acordo com o actual establishment, as primeiras foram excessos, enquanto as segundas são crimes.

P. S. Face aos tumultos em Brasília, espanta a esquerda a espumar por uma intervenção policial de força que só pode resultar num massacre, aliás a fazer lembrar outras brutalidades passadas de regimes ditatoriais.

JUSTIÇA BRASILEIRA À PROVA

O rescaldo eleitoral no Brasil coloca Justiça perante o problema que criou nos últimos oito anos.

BRASIL: ADEUS, BOLSONARO

«O abastardamento de um legítimo e necessário discurso anti-sistema, designadamente contra uma esquerda folclórica e fandanga, vai ter um enorme custo político, económico e social. Jair Bolsonaro já tem lugar na história como o militar que ajudou a legitimar o sistema corrupto, oferecendo-lhe a oportunidade de regressar ao poder».

DEPOIS DO DEBATE ENTRE BOLSONARO E LULA

 Portugal também vai acabar assim?

QUANTO (NÃO) VALE A CORRUPÇÃO?

Nas escolhas impossíveis, por exemplo entre Bolsonaro e Lula, a normalização da corrupção levada a cabo pela esquerda fandanga só surpreende os mais ingénuos e desatentos. Entretanto, a direita, sobretudo a que não se revê no sistema, tanto do outro lado do Atlântico como por cá, continua a acreditar que a mudança é possível através do crescimento da radicalização levada a cabo por principiantes e fanáticos.

BRASIL: DAS SONDAGENS AOS VOTOS

Os resultados eleitorais no Brasil: Jair Bolsonaro 43,20% e Lula da Sila 48,43%.

P. S.  Em relação à última sondagem: Bolsonaro + 7% e Lula (- 2%).

BRASIL DA RELIGIÃO, FUTEBOL E NOVELAS

O Brasil vai escolher entre um fanático religioso e um corrupto ladrão. Eis a obra das elites (militares, financeiras, empresariais, intelectuais, culturais e artísticas) que usam e abusam de uma imensa riqueza natural para perpetuar níveis de pobreza e violência inauditos.

LULA E O SILÊNCIO DA ESQUERDA

No debate entre os candidatos presidenciais brasileiros, a ausência de Lula da Siva confirma a sua concepção de regime democrático. E o silêncio da esquerda portuguesa também.

P. S. Simonete Tebet e Felipe D'Avila foram as surpresas.

PRESIDENTE E "FIGURANTE"

Além da irrelevância política a nível internacional, Marcelo Rebelo de Sousa já é tratado internamente como "figurante" de Bolsonaro, um presidente que envergonha o país.

BRASIL EM CAMPANHA

O primeiro dia da campanha eleitoral no Brasil não desiludiu! De um lado, um ladrão condenado que voltou ao local onde começou a vida profissional; do outro, um louco à solta incensado pelos evangélicos que regressa ao ponto de partida do milagre da sua eleição.

MARCELADA (COM SOTAQUE)

A recusa de Jair Bolsonaro em receber Marcelo Rebelo de Sousa é o maior golpe político e institucional nas relações de Portugal com o Brasil que contrasta com os argumentos que justificaram o regabofe passado com Angola, os ladrões e os corruptos.

MARCELO: FALTA SENTIDO DE ESTADO

A brincadeira com Trump já havia corrido mal, obrigando Marcelo Rebelo de Sousa a um pedido de desculpa público quando chegou a Portugal. Agora, e mais grave, a graçola minhota depois da desconsideração do presidente do Brasil, marcada pela ausência de Jair Bolsonaro na reinauguração do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Se é assim que se reforça a língua portuguesa e estreitam os laços com o Brasil, então o bailete e a passeata não estão a correr nada mal. 

LULA (QUASE) RECANDIDATO

«O juiz Fachin sempre teve uma forte ligação com o PT, então não nos estranha uma decisão nesse sentido. Obviamente é uma decisão monocrática, mas vai ter quer passar pela turma (outros juízes do STF) ou pelo plenário, para que tenha a devida eficácia».

BOLSONARO? TRUMP? NÃO, É ANTÓNIO COSTA

O tempo é sempre o maior avaliador de pessoas e políticas. Depois de tudo o que já ouvimos, nos discursos políticos e na informação, às vezes separada por segundos, de sublinhar a última declaração de o primeiro-ministro: «O país não pode voltar a parar porque não é sustentável para a economia». Só falta o sotaque brasileiro ou norte-americano...

MORO À RTP

«Presidente tem um discurso populista e autoritário».