CORREIA DE CAMPOS: «TINHA UM ASSESSOR SÓ PARA AS CUNHAS»

Há momentos que dizem tudo sobre a governação.

Honestidade ou impunidade?

A qualidade do regime democrático ficou à vista, neste caso com o PS no poder.

 

AS GÉMEAS, O PRESIDENTE E O DAVA JEITO NÃO SER ASSIM

«Não posso deixar que nos queiram fazer a todos de parvos (...). É o caso das gémeas, tratadas pelo SNS, depois da intervenção do presidente da República e da agilização de respostas pelo Governo, com a celeridade e a mobilização de recursos que não estão ao alcance do comum dos mortais, enleado na falta de médico de família, nos serviços encerrados por falta de profissionais e na miríade de burocracia que retardam o acesso aos adequados cuidados de saúde».

NOVA GERAÇÃO SEM ALÇAPÕES NEM REDES

A presença de Rui Rocha no centro de saúde de Algueirão Mem-Martins, pela 6ª vez, testemunhada pela SIC Notícias, é a prova que chegou a hora de uma nova geração sem alçapões nem redes.

Não é mais possível abafar a tentativa politicamente insensível, e até canalha, de branquear o que se está a passar no SNS, como se a extrema anormalidade fosse uma nova rotineira normalidade. 

P. S. José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos nem falam da sua participação no XXIII governo constitucional da maioria absoluta do PS, será que ainda se lembram de António Costa?

NÃO HÁ ABUSOS DE PODER PERFEITOS

«A questão não é apenas o que o presidente fez, mas sobretudo o que não fez para evitar um iminente favorecimento escandaloso, tendo em conta que foi abordado pela sua própria família. De igual modo, o problema também não é o das gémeas terem recebido o tratamento mais caro do mundo, mas sim o de outras crianças, nas mesmas condições, não terem conseguido os mesmos cuidados e acompanhamento».

ADEUS COSTA

António Costa sai de cena, por indecente e má figura. Mais grave ainda: a sua maior promessa política, resolver a crise sem ser através do empobrecimento, caiu por terra. A austeridade encapotada, a insensibilidade social que infernizou a vida dos portugueses (saúde, justiça e educação) e as dezenas de casos de corrupção e de abuso de poder colocam-no entre os piores, se não o pior, primeiro-ministro desde o 25 de Abril.

SNS COM CUNHAS E PIZARRO SEM VERGONHA

 A cada dia que passa, o caso das gémeas luso-brasileiras revela mais detalhes que já ultrapassam a dimensão do favorecimento, cavando ainda mais a suspeição em relação à cunha de Marcelo Rebelo de Sousa e de outras individualidades.

P. S. Manuel Pizarro, em dia de mais uma ronda de negociações com os sindicatos dos médicos, continua a exibir a desfaçatez política de dourar a pilula que os cidadãos têm de engolir por causa do caos no SNS.

SERÁ QUE A ELITE TEM VERGONHA?

No momento em que o poder faz-de-conta que os cidadãos não estão a ser negligenciados nos cuidados de saúde, já que foram sempre mais ou menos tratados como gado nos hospitais públicos, Manuel Pizarro faz o "favor" de voltar a reunir com os sindicatos dos médicos. Entretanto, o país é surpreendido pela notícia de mais uma "façanha" bárbara de tentativa de ataque a André Villas-Boas, rival declarado de Jorge Nuno Pinto da Costa. É um dos dias que melhor resume os oito anos da governação da dupla Costa/Marcelo ao fim de 8 anos. 

O NOVÍSSIMO SNS

«Já não restam quaisquer dúvidas: o Serviço Nacional de Saúde degradou-se de tal forma que só tem um caminho possível - a sua refundação total. Urgências que não funcionam, listas de espera intermináveis para consultas e cirurgias, falta de acesso a cuidados primários, hospitais falidos! Este é o retrato do atual SNS!».

O GOVERNO CONTINUA EM FUNÇÕES

«O ministro da Saúde anunciou anteontem uma nova ronda na próxima quinta-feira (23). É verdade que o Governo está politicamente morto, mas continua legalmente vivo e em plenitude de funções até à aprovação do Orçamento do Estado. (...) não pode deixar de ser usada para resolver problemas críticos e que afetam a qualidade de vida das pessoas».

COSTA E MARCELO: MINISTROS, CHEFES DE GABINETE E AMIGOS INVESTIGADOS

O país volta a estar sob o ritmo da investigação criminal dos mais altos representantes do governo e do Estado. António Costa: os negócios (corrupção), os amigos, os ministros e, como sempre o (escudo protector), o chefe de gabinete.

P. S. A investigação do caso das gémeas do Santa Maria, que coloca Marcelo de Rebelo de Sousa sob a suspeição de abuso de poder, para já apenas desencadeada pela Inspecção-geral de Saúde, perspectiva  mais um tombo de um chefe de gabinete, desta vez da Casa Civil, tal como em Tancos.

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (6)

Até agora, muitas vozes acusaram António Costa de simulacro nas negociações com os sindicatos dos médicos. A partir de agora, depois de mais uma ronda falhada, com laivos de gozo com os profissionais de saúde, já se pode falar de embuste, apenas para manter a face do XXIII governo constitucional, uma situação apenas possível com Marcelo Rebelo de Sousa ainda mais fragilizado e desnorteado..

P. S. Manuel Pizarro, cada vez que aparece a justificar mais um falhanço, mais parece uma marioneta conduzida por fios cada menos transparentes. Sem peso político, enredado nas guerras de poder internas, a insensibilidade é tal que já se aceita os riscos de vida e os sacrifícios que o povo tem de suportar para ter acesso aos cuidados de Saúde. Na próxima quarta (8) há mais. Pressa, qual é a pressa?

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (5)

A EFACEC é o mais recente caso que levou Marcelo Rebelo de Sousa ao regresso ao branqueamento furioso, agora na versão da teoria da inevitabilidade – podia ser melhor, mas é o possível –, aliás já experimentado em relação ao orçamento para 2024 que arrecada a maior carga fiscal de sempre. Mas há mais: curiosamente, é Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da saúde, que tem de lembrar, publicamente, que estão a ser violados os direitos constitucionais, face ao escândalo em curso no SNS.

P. S. A reunião entre Manuel Pizarro e os sindicatos dos médicos, prevista para hoje, foi adiada para amanhã. Pressa, qual é a pressa?

ROLETA RUSSA NO SNS

A actual (a)normalidade da mentira política é tal que a palavra do XXIII governo vale zero. Que o digam os sindicatos dos médicos (SIM e FNAM) que querem tudo escrito, tintim por tintim, devidamente avalizado por António Costa e Fernando Medina, antes de nova reunião (mais uma) com Manuel Pizarro.

P. S. A irresponsabilidade e a impunidade são tais que, hoje, quem sofrer um problema de saúde é obrigado a jogar uma espécie de roleta russa: 38 (segundo a RTP)  e 43 (Correio da Manhã) das 101 unidades hospitalares do SNS não consegue preencher as escalas dos médicos e tem a esmagadora maioria dos  serviços indisponíveis.

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (4)

Está feito, mais uma reunião entre Manuel Pizarro e os médicos para a história do actual desastre na saúde. A última terminou pela calada da noite, ontem, sem acordo, acrescentando mais um episódio aos 18 meses de simulacro de negociações. Há mais na sexta (3). Enquanto serviços e Urgências fecham, a ficção sobre o SNS, apresentada por António Costa, no Parlamento, não resiste à realidade, apenas confirma a indiferença por quem está doente. Pressa, qual é a pressa?

P. S. É o regresso ao tempo da governação de José Sócrates: a negação da evidência, a manipulação dos números e a insensibilidade em relação aos mais pobres.

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (3)

Lá vai mais uma reunião com os médicos para a história do desastre na saúde, a última terminou de madrugada, ao fim de 18 meses de negociações. Há mais hoje, (31). Entretanto, o país continua a ser sacudido por casos escabrosos no SNS, último dos quais que veio a público merece duas referências: «Mulher dá à luz bébé norto devido a gravidez mal vigiada»; «Tânia esperou dois dias para parir a filha morta». Pressa, qual é a pressa?

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA? (2)

É mais uma reunião em que não sai fumo branco para alívio dos doentes mais pobres do SNS. Há mais no próximo domingo. Entretanto, enquanto as negociações se arrastam, há mais de um ano, multiplicam-se novos casos chocantes que governantes (já nem vale a pena referir Marcelo Rebelo de Sousa) e a elite fazem de conta que não vêem.

 

FERNANDO ARAÚJO: MAIS UM PROBLEMA DO QUE A SOLUÇÃO

 As últimas declarações de Fernando Araújo, CEO do SNS, que ocupa o lugar há mais de um ano, são a prova que é mais um empregado de António Costa do que um gestor capaz de dar a volta ao caos que se continua a viver no SNS. As respostas de Carlos Cortes, bastonário da ordem dos Médicos, e de Jorge Roque da Cunha, do SIM, dizem tudo, sobretudo face a um ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que já esgotou todos os paliativos possíveis e imaginários para disfarçar a sua incompetência política.

P. S. Com Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, ou até mesmo Aníbal Cavaco Silva, António Costa seria obrigado a dar explicações ao povo, imediatamente, em eleições antecipadas, sobre o sofrimento e a matança que está a ocorrer no SNS, com mais ou menos amigos à espera das prebendas do PRR.

COSTA EM NOVO IMPASSE PERIGOSO

A reunião entre governo e médicos não resultou em acordo, estando já agendada uma nova reunião, mais uma, com Manuel Pizarro, o (ainda) ministro da Saúde. 

P. Com a impunidade legal garantida pelo silêncio da PGR e o faz-de-conta de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa não tem que se preocupar com os doentes do SNS, que continuam a enfrentar o risco de vida por falta de cuidados de saúde devidos e atempados. Pressa, qual é a pressa?

QUANDO COSTA NÃO TEM JUÍZO, OS ALUNOS É QUE PAGAM

Ainda sem ter o dossier dos médicos resolvido e fechado, a teimosia política de António Costa já garantiu a adesão dos professores ao dia de greve dos trabalhadores da Função Pública, agendada para o próximo dia 27.

SNS: PRESSA, QUAL É A PRESSA?

A reunião entre o ministro Manuel Pizarro e os sindicatos dos médicos, que confirmou mais uma tentativa de dividir os médicos com a atribuição de remunerações diferentes, acabou por resultar no agendamento de mais uma reunião para o próximo dia 19 de Outubro, Enquanto as negociações se arrastam, há mais de um ano, os doentes do SNS continuam a enfrentar o risco de vida por falta de cuidados de saúde devidos e atempados.