E SALTA CHRISTINE, OLÉ!

De Fernando Medina a António Costa: Christine Ourmières-Widener já empochou pelo menos 5,9 milhões de euros. 

P. S. E assim foi a governação de quem ainda aspira (a sério?) a um tacho na União Europeia, lado-a-lado com a eleita Marta Temido. Ah, o Manifesto dos 50+ deu à costa, novamente. Compreende-se!

PEDRO NUNO SANTOS A TAPAR

Começa a ser politicamente nojento ter de continuar a assistir às habilidades e contorcionismos semânticos de Pedro Nuno Santos, um entre tantos outros, para alijar as responsabilidades na TAP.

MARCELO DESNORTEADO DÁ O DITO POR NÃO DITO

Após o Conselho de Estado (II parte), Marcelo Rebelo de Sousa meteu a viola no saco a propósito do que se passou na CPI da TAP e do pedido falhado de demissão de João Galamba. A estratégia de acumular popularidade, a qualquer preço, para um dia eventualmente ter força para condicionar o primeiro-ministro, falhou estrondosamente.

P. S. Entretanto António Costa garantiu a liquidação institucional do órgão consultivo do presidente, ainda antes de Christine Ourmières-Widener exigir uma indemnização de 5,9 milhões de euros. Pelo actual caminho da Justiça, a decisão transitada em julgado corre o risco de ocorrer depois de conhecida a última acta do Conselho de Estado (10 de Março de 2056).

FERNANDO MEDINA: O OUTRO LADO

Fernando Medina, na CPI da TAP, está a fazer um tal veemente e extraordinário exercício de "defesa da legalidade", para justificar o afastamento de Christine Ourmières-Widener, que vale a pena recordar:

1. Compra da casa;

2. Feira popular;

3. Bragaparques;

4. Embaixada da Rússia em Lisboa;

5. Torre de Picoas, Hospital da Luz e Segunda Circular;

6. ISCTE;

7. Benefícios fiscais;

8. Sérgio Figueiredo;

9. Ajustes diretos a Pedro Siza Vieira;

10. Multas de portagens;

11. Joaquim Morão;

12. IMI das barragens;

13. Christine Ourmières-Widener;

14. Mulher de Galamba;

15. Parecer PRR;

16. Cativações;

17. Apagão fiscal.

PS EM PÂNICO E MP ACANTONADO

É o pânico instalado entre os governantes. Só assim se justifica que o PS tenha chumbado várias iniciativas da oposição parlamentar, tais como os pedidos dos telefonemas e comunicações entre António Costa, Mendonça Mendes e João Galamba, de audições de diversos governantes e responsáveis dos serviços de informações, bem como de outra diversa documentação, designadamente as notas de Frederico Pinheiro relativas da reunião entre o (ainda) ministro das Infraestruturas e Christine Ourmières-Widener, a 16 de Janeiro de 2023. 

P. S.  O silêncio de Lucília Gago, PGR, contribui para o acantonamento do Ministério Público, que surge aos olhos dos portugueses como o titular da acção penal que cumpre a sua missão tarde e a más horas, através de fugas de informação. A quem serve esta "Justiça" sem meios, sem auto-estima, capacidade de comunicação e transparência, cada vez mais arrastada para o pântano da descredibilização das instituições? 

COSTA A ESTICAR A CORDA

As primeiras declarações de António Costa – depois da balbúrdia entre João Galamba e Frederico Pinheiro, sem esquecer a mentira ministerial em relação à reunião da ex-CEO da TAP com o PS –,  são mais um sinal da radicalização.

P. S. E confirmam que o SIS pode agir à margem da Lei, pois também não sabe nem ninguém lhe disse nada.

OS SÉRIOS VÍCIOS DO PS

«Ouvimos o presidente da bancada parlamentar socialista e torna-se difícil acreditar. Depois de se perceber que houve respostas combinadas, que o PS atropelou princípios elementares de separação de poderes, que um ministro deu o aval a uma reunião que revela tudo menos seriedade política, Eurico Brilhante Dias dispara em todas as direções e fala em crime na fuga de informações».

TAP: PARECER FANTASMA

A recusa de Fernando Medina e João Galamba, em enviar para a CPI da TAP o parecer que fundamentou o despedimento CEO TAP –, tentando ganhar tempo e revelando um padrão de autoritarismo, opacidade e ilegalidade, é um tipo de decisão que não é tomada, nem agora, nem no tempo de Pedro Nuno Santos, à revelia de António Costa.

P. S. Ao mesmo tempo que alimenta a crise do regular funcionamento das instituições, e depois de Paulo Sá e Cunha manifestar curiosidade em conhecer o misterioso parecer – será que existe? –, como está a decorrer a negociação para indemnizar a ex-CEO da TAP?

TAP COM ROLHA CRIATIVA

Não surpreende que Fernando Medina e João Galamba recusem «divulgar o parecer jurídico sobre demissão da CEO da TAP», com a justificação de que o pedido do PSD extravasa o objecto da CPI. Este tipo de rolha criativa é sempre mau sinal, porque comprovam o autoritarismo e a opacidade, alertas do esvaziamento das maiorias.

P. S. A notícia tem um significado ainda maior no dia em que o PS comemora 50 anos. Será que António Costa já sabe?

IPSE DIXIT. BOA SEMANA (15/2023)

«O PS prometeu 

uma companhia de bandeira, 

mas o que temos na realidade 

é uma companhia de bandalheira».

Rui Rocha

05/04/23

«[António Costa] não se esconda

atrás dos 50 assessores 

e especialistas de comunicação

que lhe dizem para nunca falar da TAP.

(...) Mentira, logro, indecência, displicência, promiscuidade e desonestidade».

Luís Montenegro

05/04/23

«Carlos Pereira!»

Christine Ourmières-Widener

04/04/23.

«É totalmente falso, infundado e injurioso

que o Governo, 

eu ou senhor secretário de Estado Sérgio Monteiro,

tenhamos autorizado 

ou sido condescendentes

com uma aquisição de aviões 

acima do preço justo de mercado».

António Pires de Lima

04/04/23

«A julgar crimes de colarinho branco, 

a Justiça é lenta. 

E Justiça lenta 

não é Justiça. 

Se não há Justiça, 

não temos Estado de Direito. 

E um Estado que não é de Direito, 

não é democrático».

Paulo Morais

03/04/23

O CIRCO VOADOR

«O mais relevante no testemunho da CEO da TAP não foi sobre a TAP. Foi sobre o abandalhamento total das instituições políticas em Portugal».

TAP: ASSOBIAR PARA O LADO?

António Costa pediu, sem se rir, toda a verdade sobre a TAP. Dito e feito, para poder tirar todas as ilações, a propósito da actuação politicamente inqualificável de Fernando Medina e João Galamba. 

P. S. Nem Marcelo Rebelo de Sousa, o «maior aliado político» do governo, escapou, com o pedido de frete terceiro-mundista de mudança de um voo comercial da TAP. Entretanto, a transportadora aérea vive à deriva, com uma CEO em funções, demitida em directo, a 6 de Março passado, sem instruções para a gestão e para decisões estratégicas num momento crítico.

GA(LA)MBA À LA PLANCHE (2)

Christine Ourmières-Widener foi convidada para uma reunião com pelo menos um deputado do PS (Carlos Pereira) na véspera da audição, em janeiro, na comissão parlamentar de Economia. Aliás, vindo do ministro João Galamba não surpreende a indecência democrática, novos tempos, velhos tempos a fazer recordar José Sócrates. 

P. S. Jorge Seguro Sanches, presidente da mesa da CPI da TAP, está a desempenhar um triste papel.

TAP DA GOVERNAÇÃO ABSOLUTA E IMPUNE

Com a audição ainda a meio, as palavras de Christine Ourmières-Widener estão a ser arrasadoras para a governação de António Costa. Com a CEO da TAP ainda em funções, proibida de apresentar os resultados e sem instruções da tutela, o que deixa a transportadora aérea à deriva, é caso para perguntar: o primeiro-ministro mantém Fernando Medina porque tem medo de o demitir?

PARLAMENTO: UM DIA CHEIO

Desde Fernando Araújo (10H30), CEO da Saúde e (do que resta) do SNS a Christine Ourmières-Widener (17H30), CEO da TAP, a Assembleia da República tem um dia cheio. Nem António Pires de Lima (14H30), ex-Ministro da Economia, vai escapar às perguntas do deputados.

IGF COM FATO À MEDIDA

Hugo Carneiro, deputado do PSD, acaba de acusar o Inspector-geral da IGF, António Ferreira dos Santos, de ter assinado um «fato à medida» com a auditoria realizada à saída de Alexandra Reis da TAP.

TAP: TRUQUES FOREVER

 António Costa não tem emenda: "Truques safam contas da TAP".

P. S. Depois do foguetório com os resultados da TAP, que agora estão ainda melhor à vista, não vimos tudo. Só falta o Estado invocar, no âmbito do processo de despedimento de Christine Ourmières-Widener, que a performance da CEO não foi assim tão boa, tendo como argumento as variadas borlas.

REGRESSO AO "TÁ-SE BEM"

Fernando Medina veio a terreiro emprestar a sua tremelicante credibilidade política para tentar sossegar os portugueses. Depois do estoiro do SVB (Silicon Valley Bank), nova crise bancária mundial? Não, os Bancos estão sólidos! Problemas para justificar o despedimento por justa causa da CEO da TAP? Não, blindagem jurídica! Conclusão: é caso para ficar em alerta depois deste regresso ao "tá-se bem".

PÁGINAS POR VIRAR NA TAP

«A comissão parlamentar de inquérito à TAP faz mais sentido do que nunca. Porque é preciso perceber melhor o papel de cada protagonista nesta história e permitir aos portugueses um julgamento político. Porque é preciso perceber se outros administradores que saíram da TAP já depois da injeção de 3200 milhões receberam ou não indemnizações e porquê. Muitas páginas por virar».

TAP: AUDIÇÃO PARLAMENTAR PARA A HISTÓRIA

A CEO da TAP deu um triste espectáculo de opacidade e de desresponsabilização. E deixou ainda mais evidente a forma como António Costa governa e como a TAP é administrada. Ao mesmo tempo, deixou Marcelo Rebelo de Sousa numa dupla aflição: por um lado, a de estar a lidar com um processo em que está envolvido o seu irmão, Pedro Rebelo de Sousa; por outro, a impossibilidade de ignorar e/ou ter o atrevimento político e institucional de tentar branquear o que se passou no Parlamento.

P. S. Não terá sido por acaso que o grupo parlamentar do PS tentou evitar a audição parlamentar de Christine Ourmières-Widener, aliás só ouvida por força de um agendamento potestativo interposto pelo Chega.