TAP: DIÁSPORA, QUAL DIÁSPORA?

A audição de Hugo Mendes liquidou quaisquer dúvidas que possam ter existido sobre a validade da constituição da CPI à tutela política da gestão da TAP. É que ficámos a saber, pela boca do ex-secretário de Estado, que o serviço estratégico de apoio à diáspora, tão invocado pela esquerda, não foi respeitado pelos governos de António Costa. Nem mais uma rota que não desse lucro, nem que fosse pedida pelos embaixadores portugueses. É caso para dizer que os 3,2 mil milhões de euros não serviram os emigrantes portugueses. E ainda falta a terceira ronda.

A FACE DA SEGUNDA MAIORIA ABSOLUTA DO PS

Tentem esquecer os exemplos de abuso, mentira e descaramentos políticos. Façam o mesmo exercício em relação ao Ministério Público que, num par de dias, passa da choradeira da falta de meios à exibição de uma equipa de luxo para tratar do que resta da investigação do caso Tutti Frutti", convenientemente adormemecida" há sete anos. A partir de hoje, com as audições de Hugo Mendes, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina na CPI da TAP, o país vai ter a oportunidade de começar a ver a verdadeira face da segunda maioria absoluta do PS. 

TAP: COSTA NÃO SABIA DE NADA

António Costa, longe das câmaras das televisões, numa discreta declaração à Lusa, antes de partir para Seul, reconheceu  a gravidade do que aconteceu na TAP, optando por apenas sublinhar o frete para a mudança de um voo comercial da TAP para agradar a Marcelo Rebelo de Sousa, o «maior aliado». 

P. S. Garantindo o desconhecimento do e-Mail de Hugo Mendes, revelado na CPI da TAP, o primeiro-ministro certamente não  ignora por onde passou o ex-secretário de Estado.

IGF COM FATO À MEDIDA

Hugo Carneiro, deputado do PSD, acaba de acusar o Inspector-geral da IGF, António Ferreira dos Santos, de ter assinado um «fato à medida» com a auditoria realizada à saída de Alexandra Reis da TAP.

PÁGINAS POR VIRAR NA TAP

«A comissão parlamentar de inquérito à TAP faz mais sentido do que nunca. Porque é preciso perceber melhor o papel de cada protagonista nesta história e permitir aos portugueses um julgamento político. Porque é preciso perceber se outros administradores que saíram da TAP já depois da injeção de 3200 milhões receberam ou não indemnizações e porquê. Muitas páginas por virar».

A vitória de Macron, a Europa e a social-democracia

«Talvez a social-democracia tenha mesmo desistido de representar os perdedores das dinâmicas do capitalismo e da globalização - sobretudo se isso possa parecer "anti-europeu". Nesse caso, a melhor estratégia a que ela pode aspirar no futuro é esperar que esses eleitores fiquem em casa».