Catástrofe do IVA

«A crise só destapou as fragilidades de Portugal, que vivia do endividamento externo, sem gerar riqueza para pagar».

Uma débil democracia

«O Conselho Europeu de Sindicatos de Polícia reuniu-se para discutir o impacto da crise no trabalho da Polícia e nos seus profissionais».

Tantos anos depois...

«Apesar das promessas, o presidente dos Estados Unidos não conseguiu até hoje fechar a prisão de Guantánamo. Ali continua detido, sem julgamento, o principal suspeito da coordenação operacional dos atentados. Também Osama bin Laden - que confessou a autoria moral do crime - foi mandado executar pelo presidente dos Estados Unidos, sem julgamento. As leis de exceção que permitem sérias restrições dos direitos fundamentais e legitimam os poderes reforçados das autoridades policiais e do presidente, então aprovadas para enfrentar a ameaça terrorista, ainda continuam em vigor».

Sinais vitais

«Em dois meses, a ‘crise’ da coligação emigrou para a oposição. E se a economia continuar a dar sinais de vida, suspeito que o PS não vai sossegar enquanto o seu líder não der sinais de morte».

7 cadeados

«Nuno Crato é mais uma carta do baralho deste governo podre que cai. Não se lamente. O problema é que arrasta consigo o cofre-forte da nossa democracia. E esse, sim, talvez nunca mais possa ser reaberto».

O seu a seu dono

«Num Estado de Direito Democrático acabam por ser os tribunais a decidir, com clareza e transparência, onde o legislador não quis actuar».

Direito, Jornalismo e desenvolvimento económico

«Continuamos a lançar no mercado de trabalho mais de mil licenciados em Direito por ano, que engrossam o número dos efectivamente "inúteis" para a economia nacional. O mesmo para os formados em Comunicação Social. Mas a indústria que os produz floresce».

Paulus e Jukov

«Os vencedores não costumam ser julgados».

RTP: caciques e capatazes não estão só nas autarquias

As ameaças da RTP em relação à cobertura das próximas eleições autárquicas são escandalosas, aliás só possíveis num quadro de falta de autoridade da parte do Governo. Não há gestão possível na estação de televisão pública enquanto continuarem a andar por lá os acolitados do poder. Com chorudas indemnizações compensatórias e swaps para esbanjar e o contraditório sempre na ponta da língua, só faltava mesmo uma programação menos "séria" e o modelo "tipo BBC"...

P. S. Para que servem os contratos de concessão assinados entre o Estado e os donos das estações de televisão publica e privada?

A moral da desobediência

«Os analistas de informação como Bradley Manning com a divulgação para o Wikileaks de informação sobre a Guerra do Iraque, Afeganistão e Diplomacia Norte Americanas; Edward Snowden com a denúncia e divulgação de documentos da NSA ou ainda ex-empregados do sector bancário suíço com a divulgação de contas de clientes em processo de evasão fiscal, constituem um exemplo do poder do individuo com acesso à informação e como a sua percepção de injustiça pode marcar as sociedades».

A moda moral da direita

«Sou dos que, com Mia Couto, acreditam que "contra factos só há argumentos". É essa tenacidade de argumentar e de resistir aos factos que quer consumados que a direita não perdoa. Chama-lhe arrogância. Eu chamo-lhe lucidez».

Uma campanha eleitoral discreta

«A tomada de posição das televisões recusando-se a fazer a cobertura, que a lei impõe, das eleições autárquicas por uma questão de inexequibilidade da mesma era inevitável».

Tubo de ensaio

«É o próprio Tribunal Constitucional, através dos seus acórdãos, que está a dar ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, todas as pistas para governar à bolina, adaptando os princípios ao fins que se quer atingir com a produção legislativa».

De mãos atadas?

«O sistema financeiro global tornou-se literalmente ingovernável, e ele intensifica o 'paradoxo da globalização", ou seja, as tensões entre a democracia, a economia global e a soberania».

Residente da República

«Este regime constitucional está agonizante: a Assembleia da República, sede da democracia, abastardou-se, os governantes mentem todos os dias, o povo tem sede duma justiça que nunca chega. O representante máximo do sistema, Cavaco Silva, já não exerce as suas funções presidenciais».

Não foi o Poiares Maduro

«A ideia da entrevista a Passos Coelho na RTP antes das eleições autárquicas, e a Seguro depois destas, não foi de Poiares Maduro. Ele é contra qualquer interferência da tutela na estação pública. De quem terá sido a subtileza da ideia a que Passos Coelho aparentemente não resistiu?».

O exemplo autárquico

«Será uma das histórias mais paradigmáticas do país autárquico que temos – aquela de pôr um Kamov da Autoridade Nacional de Proteção Civil a combater mosquitos».

Os patriotas da treta

Desde o lamentável anúncio em defesa da manutenção de privilégios para os filhos dos militares até à recusa das televisões em cumprirem o contrato que lhes atribuiu a licença não faltam exemplos de quem só protesta quando os cortes lhes tocam. 

Costa dos mosquitos

«O Algarve é demasiado precioso para ficar apenas nas mãos dos políticos».

"Dar o litro no país seco"

«Enquanto Governo e oposição intensificam as hostilidades, recorrendo a truques e ‘espertezas saloias' típicos de um período pré-eleitoral, aguarda-se com suspense o regresso da troika, com novas caras e novas exigências que prometem incendiar o País em pleno outono».

A gaiola dourada

«Parece um filme!»

Mercenarismo em política

«Se eu estivesse recenseado em Lisboa ou no Porto não votaria em António Costa ou em Luís Filipe Menezes. Ambos pertencem àquela espécie de políticos de plasticina, sem coragem para grandes decisões nem sinceridade quando falam ao povo».

A lei não é para todos

«Legisla-se muito e mal em Portugal. A lei da limitação de mandatos, que, na sua origem, quereria credibilizar a política e combater situações de abuso, acaba a ser um factor de ainda maior descredibilização dos políticos».

O país pergunta: até quando a RTP servirá o poder?

«Para enganar o PS e a todos nós, a Direção de Informação sugeriu programa idêntico com Seguro, mas em data incerta».

A mentira

«A reforma do Estado é uma filigrana difícil que não pode ficar ao arbítrio do chefe de cada serviço».

Um deserto

«Com sucessos tímidos e um ‘programa cautelar’ no horizonte, o governo avança sozinho. E a oposição, sem guião ou convicção, arrasta-se penosamente por aí a olhar com desespero para as sondagens».

A nova lei da raposa

«Após a ditadura do Estado Novo reinar durante 41 anos com uma constituição com os artigos fundamentais dos direitos e liberdades suspensos, vivemos desde 1976 com uma lei base cheia de ambiguidades e aberta às mais perversas manhosices».

Autárquicas: o voto de protesto

A resposta dos portugueses ao monumental embuste da lei de limitação de mandatos pode começar a ser dada no dia das eleições autárquicas. Se a abstenção subir em flecha, no próximo dia 29 de Setembro, então ficaremos a saber a opinião dos portugueses. Pode ser que, desta vez, os políticos compreendam que não podem continuar a brincar com o povo.

A medida

«Os dinossauros autárquicos só serão extintos por exaustão».

Desfasamentos constitucionais

«Quando o actual primeiro-ministro começou a falar na necessidade de rever a Constituição, antes mesmo de chegar ao poder, achei um absurdo. Pareceu-me que em vez de se preparar para lançar as "mãos à obra", estava a arranjar um conflito desnecessário que iria desgastar energias a toda a gente».

Democracia impõe cadeiras vazias!

«Que gratificante seria saber que 60% das cadeiras do parlamento estavam vazias porque os abstinentes assim o desejaram. Quanto se pouparia ao erário público».

Estaline e Trotski

«Nestas coisas do poder, seja em que conjugação de pessoas for, quem está em redor dos protagonistas e quem deixa fazer ou trava tem tanta importância como eles ou mais».

Presidente eterno

«O palácio Ratton só podia possibilitar aos dinossauros a sua perpetuação».

Síria: Obama cada vez mais só

Chineses e russos não estão dispostos a deixar repetir a loucura da invasão do Iraque. Os ingleses já viram este filme e bateram com a porta. Apenas o patético François Hollande parece disponível, aparentemente, para aparar mais um golpe norte-americano. De Gaulle deve estar a dar voltas no túmulo.

Realidade mutável

«Quando em 2014 chegar o verão e os incêndios, vamos continuar a assistir à perda de vidas».

Jurássico Nacional

«Os responsáveis políticos pela lei de limitação de mandatos bem podem limpar as mãos à parede».

"Feios, porcos e maus"

«A reforma do Estado seria a tarefa prioritária para quem, de boa-fé, quisesse libertar o país do "resgate financeiro" para que foi empurrado. Mas o Estado, para eles, é um preconceito obsoleto».

O "tour"

«A intransigência fundamentalista da troika é certamente a única coisa que Portas e Albuquerque trarão deste tour. Sabem-no. Usá-la-ão politicamente à chegada. Para desculparem o Governo e ensaiarem a legitimação de um orçamento arrasador. E para regressarem, com Cavaco, à pressão sobre o PS e sobre os parceiros sociais para que o que falhou há um mês se concretize então: um pacto paraconstitucional de carga de cavalaria sobre o que resta de direitos sociais e de serviços públicos».

RTP: não pode valer tudo

As acrescidas responsabilidades da estação pública deveriam ter sido melhor ponderadas, sobretudo em período eleitoral. O frete não passou na CNE. Resta saber o que vai acontecer com a oportunidade e a pluralidade da RTP em relação aos debates com os candidatos autárquicos. Ou será que isso não interessa nada?

Tribunal Constitucional delimitado

Não fora a excelente acção do Movimento Reforma Branca, os portugueses continuariam certamente agradecidos e venerandos em relação aos juízes do Tribunal Constitucional. Agora, com a decisão sobre a lei de limitação de mandatos, oito anos depois de ter sido aprovada, ainda ficou mais claro quem está do lado do passado, do lado errado da história. Alguém imagina, a menos de um mês das eleições autárquicas, que poderia ter sido adoptada outra decisão?

Submarinos: negócios e pontapés na bola

«Nome de Durão Barroso envolvido no negócio dos submarinos por investigação alemã».

Ainda a campanha não começou...

E já começamos a assistir ao desfilar do pior e mais rasca que há na música portuguesa. Porventura é o que o povo quer, pois que façam muito bom proveito, mas depois não se queixem dos autarcas, governantes, políticos e do país que temos.

O estatismo enquanto grau superior de pureza

«Os juízes do TC ignoram, como aliás boa parte da nossa classe política, que o dinheiro não nasce por decreto e por simples inscrição numa alínea orçamental e sobretudo têm como modelo o Estado e não a sociedade».

Guerra civil

«Não podemos cair numa guerra civil de interesses tão perto do fim de um programa que tantos sacrifícios impôs. Não são os funcionários públicos o inimigo do Estado. São todos os que acham que o futuro do País não vale a perda de privilégios que empurraram Portugal para a beira do precipício».

A raposa no galinheiro

«É este, afinal, o grande embuste, até hoje triunfante, do ultraliberalismo contemporâneo: pretender que, apesar de tudo, só a sua lógica pode ainda responder à devastação que ele próprio desencadeou. Parece inverosímil, mas tem sido eficaz - até quando?»

Corrupção autárquica

«Dos frigoríficos de Valentim Loureiro às dádivas de Luís Filipe Menezes, passando pelos cheques de Fernando Ruas nas igrejas, as campanhas autárquicas são hoje um retrato de todos os vícios da política portuguesa».

Ainda o Médio Oriente

«Já se viu como foi com certos apoios ocidentais e de grande eloquência "democrática" às revoluções no Egipto e na Líbia: depara-se-nos hoje toda essa zona do Mediterrâneo em polvorosa».

A broa dos velhos

«A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928. Superou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades. Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo. Ingenuidade, logro e engano. Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas. Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na».

Manutenção

«Em vésperas de uma renovação no poder local, espera-se agora que não haja apenas uma mudança de nomes e dança de cadeiras, mas sim uma verdadeira regeneração».

Diarreia legislativa

«Em tudo isto sobressai o silêncio cúmplice de muitos autarcas que, anestesiados pelo Governo e pelos partidos da coligação, estão a enganar as respetivas populações com tagarelices inconsequentes».

O País Pergunta ou o contraditório à la carte?

A estação pública vai arrancar com um novo programa, com Pedro Passos Coelho a responder às perguntas de 20 cidadãos. Fica a dúvida sobre quais são os critérios de selecção de cada um dos escolhidos. Só faltava que o programa servisse como um álibi para continuar a seguir o contraditório à la carte.

Passos e Seguro: rentrée prometedora

Pedro Passos Coelho fez um bom discurso no encerramento da "Universidade de Verão do PSD" (exceptuando a referência o «material das galinhas»); por sua vez, António José Seguro também revelou estar em forma na entrevista concedida à TVI 24. Entre muitas divergências, ambos revelaram um traço em comum: mostraram não ter medo de falar e de criticar o passado da governação anterior. 

A "notícia" do consultor

«Aguardo publicação no jornal Diário Económico».

A reforma do Estado: cortar ou mudar procedimentos?

«A 'reforma do Estado' não se pode traduzir em cortar aqui para dar ali, quando se mantêm procedimentos de evidente distorção da concorrência, protegendo nichos de mercado, não apenas nos sectores económicos mais óbvios mas nos próprios serviços de tipo social que o Estado presta».

Um país de políticos

«Então a recessão acabou? No segundo trimestre, na terrível crise política, como pode a economia ter crescido e o desemprego cair? Há aqui grande mistério!».

Mais um plano de reforma da RTP para falhar a prazo

«Fora de tempo, desajustada da realidade mediática actual, a reformazinha da RTP obrigará a outras no futuro. E sempre à nossa custa».

Velhos? p’rá cova, já!

«Aguardo que [Alexandre] Relvas sentencie: os velhos para o cimo da montanha, sem manta, nem pão, nem água».

O fundamentalismo antitabaco

«Deveria ser totalmente proibido qualquer tipo de consumo de tabaco. Já os gases dos escapes ou os fumos da indústria são civilização».

Uma dica para Joana Vasconcelos

«A história do Palácio Nacional da Ajuda, como outras histórias de Portugal, é a história de um cata-vento, e dos caros».

Egito - os militares e a democracia

«Dois anos e meio depois do início da 'Primavera Árabe', consumava-se no Egito a reversão do processo de transição democrática, com o regresso dos militares ao poder pela mão do general Abdel Fattah el-Sisi».

A paz podre

«A crua verdade orçamental virá com as chuvas de outono, talvez adiadas para depois das eleições locais».

A morte de Borges

«Como Borges insistiu e a triste realidade comprovou, o Estado não é um bom gestor».

A imprudência

«A entrada da Turquia na União Europeia teria de facto acarretado para esta uma situação ainda mais crítica do que aquela que se vive».

RTP: Manuela Moura Guedes e o contraditório

Jornalista regressa... ao entretenimento no canal público.

As férias do Tribunal Constitucional

«Com férias, turnos imaginários para urgências, processos sumários para assuntos seríssimos, se faz justiça. E se descredibiliza um pilar do poder soberano do Estado: a Justiça».

"I Have a Dream": 50 anos depois

O pântano dos swaps

«[Heitor] Agrochão agiu por sua conta, ou seguiu ordens? E, neste caso, de quem? Qual a data precisa da destruição? A ordem foi oral ou existe, como é suposto, um ofício? Por que razão só foram destruídos os papéis de seis relatórios e não dos oito que a IGF elaborou?».

Servir o Estado

«Assunção Esteves, ao preferir receber a pensão em vez do salário correspondente ao cargo, revela um entendimento muito próprio do que significa servir o Estado».

Futuro hipotecado

«Através das swaps, constatamos que algumas dezenas de gestores públicos, através de atos que só podem ser considerados como venais ou incompetentes, amarraram os portugueses a uma dívida potencialmente infinita. Sem controlo político nem supervisão técnica. Portugal terá de escolher entre voltar a ser um Estado ou aceitar ser um ativo tóxico da banca especulativa instalada na praça de Londres».

A indústria dos sonhos

«A doutrina obsessiva do sonho é um deus ciumento. Gera pessoas ansiosas, não satisfeitas; exigentes, não humildes; egoístas, não agradecidas».

Jacques Vergès, os "bons" e os "maus"

«Klaus Barbie, Milosevic e os outros mereciam defesa».

António Borges: o elogio

A melhor memória do economista e académico é dizer que nunca foi membro de governo.

Deus guarde os nossos políticos!

«E ainda há quem tenha coragem de dizer mal do Político. Que blasfémia!».

A jogatana de casino

«Todos fizeram: Guterres, Barroso, Santana, Sócrates e Passos. Nem todos terão feito mal mas, conhecidos hoje alguns dos resultados, sobretudo de 2008 para cá, percebe-se que nesse mundo esotérico dos swaps cabe tudo».

Chaga social

«Tem de ser introduzida no currículo escolar uma disciplina de cidadania que promova o respeito».

O risco constitucional

«Não é outro o sentido da retórica estafada do minimalismo constitucional que a direita sempre usa nestas ocasiões. Os argumentos do sobredimensionamento da Constituição e da sua sobrecarga ideológica são uma espécie de espelho: a direita quer alegadamente uma constituição pequena e sem ideologia».

Jogging

«O mundo da justiça penal vive esmagado por reformas de governos sucessivos cuja especialidade é proclamá-las contraditoriamente em anulação recíproca».

O festim

«A 'reforma do Estado' não abrange, era o que faltava!, a ética e a vergonha. Os governantes que saltam para as empresas públicas, destas para governantes. O Estado é deles. Receberam-no de Deus, dos mercados e da troika. Não do voto».

O antiterrorismo como instrumento de repressão das liberdades

«Não há adjetivos suficientemente maus para caracterizar o aproveitamento pelas autoridades inglesas (em conivência com as americanas) da legislação anterrorista (uma lei do inconfundível Tony Blair...) para abafar o escândalo da espionagem da NSA americana e para perseguir aqueles que revelaram esse mesmo escândalo...».

Portugal a arder

«A brutal vaga de incêndios florestais nos últimos dias demonstra que Portugal ainda não aprendeu a lidar com o inferno que se repete, ano após ano, sem tréguas nem descanso».

Escolas da treta

«Acabem lá com a pirosice das "universidades de verão", só a designação deve causar urticária aos verdadeiros reitores, além de serem a prova viva de como os partidos estão afastados das realidades que verdadeiramente preocupam os eleitores».

O cabo das Tormentas

«Em toda a OCDE existem 26 milhões de jovens NEET (que não têm emprego nem nenhuma atividade de educação ou formação)».

Portugal é assim: o país em constante risco

«O enorme pântano em que o país está transformado há várias décadas está a dar lugar a um imenso deserto, onde escasseiam as novas ideias, os novos protagonistas, a confiança, a transparência, a competência, o serviço de missão e, sobretudo, a esperança num futuro melhor».

Loucuras da estação

«A silly season é constatar que Miguel Relvas foi segunda-feira almoçar ao ‘Passos’ no Ancão, mas não esteve sexta-feira a ouvir Passos Coelho no Pontal».

Bradley Manning e a 'grande' democracia

O soldado norte-americano foi condenado a 35 anos de prisão. É o preço que Bradley Manning terá de pagar por ter ajudado o mundo a conhecer as monstruosidades e as mentiras norte-americanas nas guerras do Iraque e do Afeganistão. George W. Bush e Barack Obama ficarão na História lado a lado.

Ganhar dinheiro fácil

Mais uma privatização que provocou uma demissão... na Grécia.

Cairo Novo...

«A realpolitik e os encantos do ouro negro marcam o cadastro das democracias ocidentais na relação com o mundo árabe. Durante décadas foram toleradas as arbitrariedades de ditadores laicos como Ben Ali, Mubarak e até Khadafi bem como as excentricidades ditas culturais dos monarcas feudais sauditas ou do Golfo (proibição de condução pelas mulheres, ou escravidão de imigrantes…)».

A festa de Lurdes

«Pelos menos duas dezenas de escolas ainda estão em obras – e os alunos têm aulas em contentores cujo aluguer já vai em 11 milhões de euros. Três anos depois, apesar das promessas de rigor, ainda há foguetes no ar».

Matai-vos uns aos outros

«As carnificinas no mundo árabe vão prosseguir por muito tempo».

Para as urtigas com a lusofonia!

«Um mito para português ver, deixando escoar milhões de euros do Orçamento do Estado sob a capa simbólica do Quinto Império ou a ignorância proverbial do português eleitor».

On the road

«Portugal já é um país muito moderno, onde, mesmo não havendo uma mítica estrada 66, se pode ser muito feliz pela estrada fora».

Os democratas do Big Brother

Enquanto o mundo contesta o PRISM, por exemplo o The Guardian foi obrigado a destruir informação, em Portugal o debate continua limitado, como demonstra a complexidade da mediocridade de Teresa Caeiro.

Agarrados

«A Lei de limitação de mandatos nas autarquias é claríssima: quem tenha exercido o cargo de presidente de câmara ou junta durante três mandatos consecutivos não poderá candidatar-se a um novo mandato».

Seguro: a paciência começa a esgotar

Cada vez mais nas mãos dos homens do passado, António José Seguro começa a dar sinais de esgotamento. A lenga-lenga da diminuição do IVA para o sector da restauração começa a ser demais. É caso para perguntar, por exemplo, por que razão o líder do maior partido da oposição não fala do sector da cultura? E, já agora, por que razão o PS se calou em relação ao desastroso mandato de Paulo Macedo à frente da Saúde?

O dilema egípcio

«A crise egípcia recoloca o velho dilema entre a violência e a resistência política».

Sporting na liderança

Há muito tempo que o campeonato não começava tão bem: Sporting em primeiro lugar, o Porto a ganhar com a ajuda do árbitro e o Benfica a perder.

Interregno Eleitoral

«A campanha eleitoral para as autárquicas deixa a crise a aboborar. Mas as dificuldades não amolecem».

Cameron passa das marcas

O parlamento britânico exige explicações sobre a detenção de David Miranda.

"Swap" democrático

«Nada é mais triste numa democracia do que uma oposição que não se respeita a si mesma».

O Pontal

«Por mais dolorosa que seja a Via Sacra, os Povos sabem sempre quando é um governante que a oficia».