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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, abril 13, 2011

Governo e oposição reunidos

Está criada a ideia, por mais paradoxal que possa parecer, que a governação minoritária depende mais da oposição do que de próprio governo. Talvez por isso, a reunião entre o governo e os partidos da oposição, hoje, em São Bento, tenha uma importância tão dramática.
É preciso menos emoção e mais razão. E que o governo tenha a capacidade de conseguir chegar a um acordo que permita salvar o país de mais e mais sacrifícios.

Joaquim Letria ganha no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

O Estado português foi condenado a indemnizar o jornalista Joaquim Letria em cinco mil euros.
Mais uma vez, foi preciso recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para defender a Liberdade de Imprensa em Portugal.

Portugal ajoelhou

Carrilho diz que congresso do PS foi a cassete de Sócrates

terça-feira, abril 12, 2011

Sócrates: ou ganha ou vai à vida

A entrevista de Pedro Passos Coelho a Judite de Sousa, na TVI, teve o mérito de clarificar a próxima solução governativa: se o povo der a vitória ao PSD é porque não quer José Sócrates no governo. A mensagem é clara: Ou sócrates ganha, ou então vai ter que ficar como Deputado na Assembleia da República (obvimente, não deve desejar o regresso à Câmara da Covilhã para ocupar o seu posto de trabalho no licenciamento de obras municpais.

segunda-feira, abril 11, 2011

Basta de crise e mais crise

Já não se aguenta! Nem a crise, nem a irresponsabilidade.
Há outras alternativas!

Manchester 1, Sócrates 0

Fernando Nobre: ás de trunfo do PSD

A escolha de Fernando Nobre para cabeça de lista do PSD por Lisboa é uma excelente notícias para os social-democratas. É um sinal de credibilidade e de abertura de Pedro Passos Coelho a uma nova forma de fazer política. Fernando Nobre é uma garantia que valeu 14% dos votos nas últimas eleições presidenciais. O PSD nunca mais vai ser o mesmo.

P.S. A decisão de Nobre aceitar integrar as listas do PSD é uma enorme surpresa. E das duas uma: ou consegue mudar algo no sistema político, ou então defraudará os milhares de cidadãos que votaram nele.


domingo, abril 10, 2011

Encerramento congresso PS: Descalabro à vista

Normalmente, em tempos de crise, os cidadãos são assistidos nas dificuldades pelo Estado. O que tem acontecido, nos últimos seis anos, é precisamente o contrário: na hora da aflição, por uma governação irresponsável, os cidadãos ainda têm de salvar o Estado da bancarrota e salvar o país de um primeiro-ministro que já mostrou que é perigoso, que é capaz de sacrificar uma nação inteira aos seus truques e mentiras só para manter o poder. O discurso  de José Sócrates, no encerramento do congresso do PS, revelou o pior: o descalabro à vista, com o inexplicável entusiasmo do aparelho socialista.

Segunda-feira negra

Os trabalhos do congresso do PS permitem concluir que o partido está refém do secretário-geral e que não percebeu nada com a crise que o primeiro-ministro despoletou com o truque de apresentar o PEC4 à socapa e à revelia do presidente da República, da Assembleia da República e dos partidos da oposição. O tom e a estratégia da reunião dos socialistas tem sido mais do mesmo: a irresponsabilidade de atirar o país para o abismo por uma questão de orgulho (infantil) e de mercearia eleitoral. Amanhã, segunda-feira (11), o primeiro-ministro em funções vai ter a resposta dos mercados. E os portugueses vão continuar a pagar a factura.

Uma crise de nervos

Nem sempre a rosa cheirou muito bem

sábado, abril 09, 2011

Quanto mais a luta aquece

Carrilho: o ausente mais presente do congresso do PS

O ex-ministro da Cultura arrisca a ser o militante socialista mais independente do presente momento. Sem medo de denunciar a rábula da vitimização, que mais parece uma história infantil de embalar, o comentador da TVI voltou a dar uma lição de isenção e de lucidez política no comentário televisivo da TVI, no jornal das 20H. Como o povo diz, mais vale estar só que mal acompanhado.

P.S. Carrilho deixou claro que é ao governo que compete negociar com Bruxelas e com o FMI, apesar das promessas do primeiro-ministro que nunca governaria com ajuda externa. De facto, só faltava, novamente, o número da chantagem governamental que levou o país do estado de bancarrota à crise política.

Congresso PS: O regresso de Ferro Rodrigues

É uma notícia de monta: Eduardo Ferro Rodrigues vai ser o cabeça de lista do PS por Lisboa. A ala esquerda do PS cedeu ao pragmatismo que sempre combateu. Com medo de perder, definitivamente, o comboio do poder, algumas das reservas do PS, entre as quais se inclui António Costa, colocaram o seu futuro político nas mãos de José Sócrates. Para já, sem seguro à vista.

Portugal tratado como lixo

É espantoso como o país passou a ser tratado internacionalmente. A República, os maiores bancos e algumas das maiores empresas públicas estão ao nível do lixo. E Olli Rehn, comissário europeu dos assuntos económicos e financeiros, faz advertências e dá conselhos aos portugueses, em público, do alto da arrogância burocrática do que resta da União Europeia. Entretanto, o primeiro-ministro continua a exibir, com uma impunidade incompreensível, o Estado a que chegámos, fazendo lembrar alguns líderes que passeiam as suas comitivas pelas capitais do mundo enquanto os seus concidadãos morrem à fome.

Congresso PS: a irresponsabilidade gratuita

O ataque despropositado de José Sócrates a Pedro Passos Coelho, no discurso de abertura do congresso do PS, revela até que ponto pode chegar a irresponsabilidade política e partidária num dos momentos mais graves da história do país.

O primeiro-ministro/secretário-geral do PS, que não merece qualquer credibilidade interna e externa, ainda a liderar um governo moribundo, apenas consegue fazer um ataque gratuito ao líder do maior partido da oposição, apesar de afirmar que está aberto ao diálogo em nome do interesse nacional.

O mais grave é que centenas de congressistas, recrutados sabe Deus como, limitam-se a aplaudir entusiasticamente um dirigente partidário sem um pingo de vergonha que compromteu o país e que está à beira de liquidar um dos partidos mais relevantes da Democracia.

sexta-feira, abril 08, 2011

IGFSS em manobras?

O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), que gere o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, tem andado nas bocas do mundo por uma eventual intervenção no mercado de capitais. Será que andam a especular com o dinheiro das pensões para salvar a banca portuguesa?

quinta-feira, abril 07, 2011

Pedido era "inevitável" e só por "casmurrice" não foi mais cedo e menos grave

À espera da verdadeira história

Enquanto José Sócrates garantia na televisão, em entrevista à RTP, que não pediria ajuda externa, os banqueiros tiravam o tapete a José Sócrates (o clone), depois de sugarem a ajuda suficiente do Estado para atravessar a crise que começou em 2008. E liquidaram o que restava da credibilidade do primeiro-ministro (outro clone) num ápice. Fica por contar a verdadeira história da pirueta de uns e dos outros. Resta o terrível saldo: o atraso no recurso à ajuda externa vai obrigar os portugueses a sofrer uma austeridade muito maior do que aquela que teria sido necessária se o governo fosse forte e responsável.

RTP: Portugal que futuro?

Manuel da Costa, o novo director que lidera a área dos meios, entrou com o pé direito. A escolha do espectacular cenário [Convento do Beato] foi perfeita para um debate plural, sempre antecedido por informação útil. Aliás, tal como aconteceu com a entrevista de José Sócrates, em São Bento, também é serviço público a transformação de uma entrevista ou de um debate político numa transmissão criativa, apelativa e envolvente.

P.S. João Adelino Faria é uma mais valia para a informação da estação pública.

Não há ensaio que resista

quarta-feira, abril 06, 2011

Sócrates: A derradeira declaração?

O pedido de ajuda externa constitui a derrota final do primeiro-ministro. Eis a oportunidade para sair sem ser derrotado nas urnas.

Conselho de Estado: Brincar com as palavras

O episódio que se passou no âmbito do Conselho de Estado, a propósito da questão do empréstimo intercalar, é paradigmático da governação dos últimos seis anos. Fica mais uma marca. E, mais uma vez, o primeiro-ministro a ser acusado de mentir.

P.S. O pedido do empréstimo intercalar vai ser adiado por causa do congresso do PS?

terça-feira, abril 05, 2011

O melhor de Sócrates - Em memória

Amnésia útil ou colectiva?


P.S. A propósito, niguém fala mais sobre o Tratado de Lisboa?

Bancos: Salgado ou meio-salgado?

Os banqueiros deixaram cair o primeiro-ministro. Depois de Carlos Santos Ferreira, chegou a vez de Ricardo Salgado tirar o tapete ao governo, pedidndo que seja pedido um empréstimo intercalar para salvar o país da bancarrota. Lá terá que ser, não é?

O fim de Sócrates

Precisamos de mentiras novas

Basílio Horta: a hora de saltar do barco

Um dos maiores defensores da governação socialista, que preside à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), já percebeu que chegou a hora de demarcação: «Acho que vem aí um grande sarilho».

A (não) agenda

A coisa está a ferver

Um dos primeiros sinais do fim de um ciclo político é a nomeação acelerada de boys à última da hora.

segunda-feira, abril 04, 2011

PM: barricado, isolado e ridículo

A entrevista de Sócrates, na RTP1, revelou um político barricado na própria teia de mentiras e isolado em relação aos demais actores e líderes políticos. Começou a era de Sócrates contra o presidente da República e contra todos os líderes dos partidos da oposição para salvar Portugal e a União Europeia. O ridículo tomou conta de Portugal?

Benfica: o futebol igual ao país

Os acontecimentos do estádio da Luz, após a vitória do F.C. Porto, revelam até que ponto a sociedade portuguesa está doente. E mais: revela a qualidade miserável dos dirigentes do futebol que, aliás, se limitam a imitar o poder político. Se o exemplo que vem de cima passa por truques e mais truques, por que razão o desporto deveria funcionar de uma forma diferente?

P.S. Os péssimos exemplos passados dos dirigentes da selecção de futebol, do Porto e do Sporting, para só falar nos casos mais recentes, não podem constituir uma desculpa para o corte selvagem da iluminação na Luz.

domingo, abril 03, 2011

Campeões da maioria ou maioria dos pseudo campeões?

Para alguns, as eleições antecipadas não são para julgar a governação socialista. Aparentemente, agora, as eleições antecipadas de 5 de Junho são para julgar os últimos 30 anos de Democracia. Se o rídiculo político matasse, a classe política ficaria a ganhar. Subitamente, e numa espécie de reinvenção da Democracia à portuguesa, eis o Bloco Central em todo o brilho (alargado ao CDS/PP) defendido até pelos mais insuspeitos críticos da governação do PS e do PSD. É espantoso como a tentativa de condicionamento pelo medo consegue mobilizar políticos à esquerda e à direita, os que se calaram caladinhos e até os que sempre denunciaram a situação. Como se os governos minoritários fossem o mal a eliminar para garantir o futuro. Já se esqueceram do preço, em arbítrio, corrupção, perseguição e tráfico de influências, das maiorias absolutas de Cavaco Silva e de José Sócrates?

Portugal está perdido?

O primeiro-ministro que liderou a governação mais aventureira, leviana e irresponsável da história da democracia acusa o líder do maior partido da oposição de ter uma agenda aventureira, leviana e irresponsável. Será que este presente tem futuro?

Liberdade de imprensa: a vitória de José Manuel Mestre

Os que consideram que os jornalistas continuam a ter demasiado poder e os que chutam a responsabilidade para as instâncias superiores averbaram mais uma enorme derrota. A Justiça portuguesa continua a levar lições de Justiça do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, sendo obrigada a andar a reboque de quem tem estado sempre do lado da liberdade de expressão, opinião e imprensa.

A próxima geração

Eleições antecipadas 2011: entre o medo e a confiança

O discurso dos principais candidatos a primeiro-ministro está a permitir consolidar a primeira grande diferença entre PS e o PSD. José Sócrates continua a insistir no PEC4 e na estratégia do medo; Pedro Passos Coelho está a apostar na verdade e na confiança no futuro. Ainda antes de começar a campanha eleitoral, é cada vez mais patente a agressividade dos socialistas e a serenidade dos social-democratas.

Nova crise à vista?

Pedro Santana Lopes, cada vez mais confortável no papel de comentador da TVI, deixou um aviso importante, que resulta de uma leitura política prospectiva. Se Sócrates ganhar, então Aníbal Cavaco Silva terá de demitir-se.

sábado, abril 02, 2011

Pedro Passos Coelho: alternativa passa pela verdade

Quanto mais o governo se refugia na mentira, no falso orgulho nacional e na estratégia da informação e da contra-informação, mais impacte tem o discurso de verdade de Pedro Passos Coelho. Afinal, à excepção de José Sócrates e de alguns amanuenses (em pânico por perderem o tacho), alguém acredita que Portugal tem possibilidade de sair da actual crise sem ajuda externa? O líder do PSD faz bem em assumir o óbvio, por muito que possa custar ao país, e por muitas críticas que que possam surgir do lado que colocou o país neste estado.

Nem vamos ao fundo, nem merecemos

Poucos poderiam prever que um dia o Expresso publicasse, como título da coluna de opinião do seu director [Ricardo Costa], a seguinte frase: «Um país louco, nas mãos de loucos». Está quase tudo dito sobre os seis anos de governação de José Sócrates & companhia. Só falta incluir a imprensa, dirigida por ainda mais loucos, que andou com José Sócrates ao colo, apesar de todas as tropelias e mentiras, demasiado ocupada em analisar o estilo e fazendo de conta que escrutinava a governação. A queda do governo pode fazer apagar a memória de muitos, e até daqueles que fervorosamente subiram na vida à boleia da falta de profissionalismo, mas é o primeiro passo para poder começar a ter esperança num futuro melhor. Afinal, nem todos merecemos que o país vá ao fundo.

quinta-feira, março 31, 2011

Mensalão: E tudo o vento levou

Que o povo brasileiro tenha rapidamente esquecido o escândalo do mensalão, idolatrando Lula da Silva e Dilma Roussef ainda se compreende. Mas que a visita dos dois a Portugal tenha ocorrido sem uma única referência a um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil não é compreensível.

Sem ajuste

Mais una vez, a oposição parlamentar fez o que devia: limitar a despesa sem concurso publico ao mínimo dos mínimos.

quarta-feira, março 30, 2011

Pedro Passos Coelho relançado

A aprovação das linhas gerais do programa eleitoral do PSD foi uma boa notícia. E constituiu uma alternativa clara ao PEC4 que o governo não conseguiu aprovar no Parlamento. Quanto mais clara for a diferença, melhor o eleitor pode escolher.


P.S. Ainda que contando com uma margem de apoio muito confortável, Paulo Rangel foi uma nota dissonante. Ainda bem. É uma mais valia para o debate.

terça-feira, março 29, 2011

Justiça investiga a Justiça: Um desafio crucial

«As contas da Justiça estão a ser investigadas pela própria Justiça por alegados indícios de gestão danosa». Depois da busca ao Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (não tem interesse público?), esta é uma notícia da maior relevância que quase passou despercebida na informação diária. Por que será?

segunda-feira, março 28, 2011

Os "campeões" do Estado Social

A informação só vale a pena quando tem como base de partida a reflexão limpa e competente. O artigo de João Ramos Almeida — «Não é de agora a insegurança contratual que está na base das manifestações recentes e que afecta sobretudo os jovens. Mas os números pintam a razão da revolta» — diz tudo sobre os "campeões" do Estado Social que ainda estão em funções.

Ao fim de seis anos desta espécie de "esquerda", o país não vai lá, não vai não.

União Europeia: À espera do adeus a Merkel

Angela Merkel sofreu uma pesada derrota nas eleições regionais em Baden-Württenberg, estado onde a CDU governava há 58 anos.

Sporting: o descalabro continua

A eleição de Godinho Lopes deixou de ser uma esperança para passar a ser mais um problema. Desde quando um presidente do Sporting toma posse de madrugada, à pressa, com centenas de sportinguistas nas imediações do estádio a insultá-lo?

Até quando os sócios vão permitir esta vergonha?

Ajuste directo: o perigo iminente

Num momento em que a credibilidade das contas públicas virou uma espécie de segredo de Estado, é da maior importância impedir o que aí pode estar preparado para vir.

Como alertei Aqui, não foi preciso esperar muito tempo pela primeira "novidade": Na véspera do debate parlamentar sobre o PEC4, que incluiu cortes nas pensões e nos benefícios sociais, o governo fez publicar, em Diário da República, o Decreto-Lei 40/2011 que estabelece as novas regras para autorização de despesas com os contratos públicos... por ajuste directo. Isto é, sem controlo.

Avaliação dos professores: o chumbo útil

A oposição em bloco eliminou esta espécie de modelo de avaliação dos professores em que já ninguém acreditava. Nem o governo, nem os professores, nem a elegante ministra de Educação, que está transformada numa simpática caixa de ressonância do gabinete do primeiro-ministro.

A atitude de todos os partidos da oposição, da esquerda à direita, é da maior importância, pois marca o fim do desastroso período em que governo se tornou uma factor de perturbação da escola. Lentamente, a manipulação está a ser derrotada. Uma derrota que pertence, integralmente, aos que descaradamente acham que uma má reforma é sempre uma reforma. E que ora consideraram os professores como umas bestas, ora os consideraram fantásticos, consoante o calendário eleitoral.

domingo, março 27, 2011

Marcelo Rebelo de Sousa: leitura política impec

A partir da última sondagem da Intercampus, uma das únicas credíveis, em Portugal, o comentário de Marcelo Rebelo de Sousa, como é habitual, fez a síntese da mensagem dos portugueses: Basta de José Sócrates.

P.S. Pedro Passos Coelho, apesar de estar no bom caminho, ainda tem de se esforçar mais para alcançar a maioria absoluta.

sábado, março 26, 2011

O espelho do país?

Hoje, estão a decorrer as eleições para eleger a nova liderança do Sporting. Se não fosse sócio deste grande clube, atrever-me-ia a dizer que está condenado a uma década de decadência, tal e qual como o país, tantos são os oportunistas que por lá passaram.

Manipulação até ao fim

As declarações do primeiro-ministro à imprensa, no fim do Conselho Europeu, ficarão para a história. Depois de seis anos de governação, e de todas as mentiras, que atiraram o país para mais uma década de pobreza, eis a espantosa pergunta que deixou ficar no ar: "Como foi possível fazerem isto ao país?".
É caso para recordar a última linha da única biografia não-autorizada de José Sócrates: O homem e o líder só têm um limite: o tempo

sexta-feira, março 25, 2011

O Estado (infantil) a que chegámos

Angela Merkel permitiu-se fazer declarações, à saída do Conselho Europeu, num tom bem germânico, exigindo sinais públicos em como Portugal vai cumprir os seus compromissos no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento. É caso para dizer que a chanceler alemã porventura ainda julga que José Sócrates mantém a plenitude dos poderes de primeiro-ministro e, infelizmente, é mais uma prova do Estado a que chegámos.

Os factos

Adeus, José, vai-te embora e não voltes

Diário da República: leitura obrigatória

Com o governo limitado a funções de gestão, e tendo em conta a experiência passada, o Diário da República passa a ser leitura obrigatória a partir de hoje. Mais vale prevenir do que remediar.

Humildade e verdade

Finais Felizes

«Mesmo com o melhor esquema de controlo e manipulação dos media montado por um Governo, Sócrates teve de demitir-se. O crime não compensa! Disse ele na sua última campanha: "Gosto de finais felizes!" Eu também!».

A Retórica dos Fugitivos

quinta-feira, março 24, 2011

Queda do governo: e para quem tinha dúvidas

As declarações que se seguiram à confirmação do pedido de demissão do primeiro-ministro, nomeadamente as de hoje, na sequência de um eventual aumento do IVA, como notícia o Correio da Manhã, são a prova cabal do desespero, a roçar o ódio, daqueles que julgavam que podiam tornar o país refém da chantagem política intolerável.

A triste metáfora

Portugal continua depois da demissão de Sócrates

O dia nasceu lindo. E não há sinais de tumultos, nem tão pouco de manifestações de desespero pela queda do governo liderado por José Sócrates.

quarta-feira, março 23, 2011

O melhor de Sócrates - A verdade

Primeiro-ministro ausente

O debate sobre o PEC4, talvez um dos mais importantes para o futuro do país, continua a decorrer sem a presença do primeiro-ministro, porventura demasiado ocupado a começar a arrumar os papéis.
P.S. Ou será um recado para António Costa?

Debate do PEC4

Transmissão pode ser seguida através do link do Público.

Manuela Ferreira Leite no dia do PEC4

A ex-líder do PSD vai fazer uma intervenção de fundo no dia em que o Parlamento discute o PEC4. É mais um gesto de seriedade política de Pedro Passos Coelho. Porventura, até não tinha de o fazer, pois é preciso não esquecer que só não foi eleito Deputado porque a anterior direcção assim o entendeu. Mas de caça às bruxas não reza a história, pois não?

O melhor de Sócrates - O esforço

Queda do governo: iminente

Hoje, pode ser um dia grande para Portugal. O dia em que começa a clarificação essencial para resolver os problemas do país. O dia em que Portugal começa a libertar-se do pior primeiro-ministro desde o 25 de Abril.
P.S. Os "senadores" da República, in extremis, manifestaram a sua angústia e preocupação por causa da iminente queda do governo. É caso para perguntar por onde andaram nos últimos anos?

terça-feira, março 22, 2011

O melhor de Sócrates - O futuro

Depois da ameaça e da chantagem

Os últimos dez dias revelaram até que ponto uma determinada forma de governar está liquidada. A ameaça da crise política não pegou. Nem tão pouco pegou a chantagem da estabilidade ou o caos. A partir de agora, será que só resta aos socialistas o discurso do medo? Haja um mínimo de bom senso. Os socialistas têm de ajudar o primeiro-ministro a terminar o seu mandato com uma réstia de dignidade.

Dez pontos de análise sobre as presentes circunstâncias

José Adelino Maltez, in Sobre o tempo que passa.

Se vale tudo na governação

O ataque à comitiva benfiquista, em plena autoestrada, é um sinal perigoso dos tempos, uma manifestação de selvageria que não encontra limites, nem na polícia, nem na justiça, nem no civismo. A agressividade latente no desporto não é mais do que o espelho da sociedade portuguesa. Afinal, para os energúmenos do costume, se vale tudo na governação, por que razão não pode valer tudo no desporto?

E depois da irresponsabilidade

Está a ser penoso assistir a alguns dos principais elementos do governo a assumirem o papel que deveria pertencer, por direito e decoro democráticos, aos socialistas que ainda apoiam o Executivo, pelo menos em público. Diariamente, as vozes que se levantam em defesa do governo são as dos próprios membros do governo, evidenciando o embaraço e o vazio galopantes no seio do PS. É preciso mais alguma prova de que o governo em funções já não governa, nem tem condições para governar?

segunda-feira, março 21, 2011

Censos 2011 sem senso

A questão 32 do Censos 2011 pode deitar por terra todo um trabalho essencial. Será que as centenas de milhar de trabalhadores a recibo verde estão disponíveis para «assinalar a opção Trabalhador por conta de outrem?». De facto, não há nada pior para um levantamento estatístico do que a existência de dúvidas sobre a sua credibilidade.

José Sócrates: uma nega total e inédita

Todos os partidos da oposição, da esquerda à direita, recusaram qualquer entendimento com o primeiro-ministro, José Sócrates. Nas actuais circunstâncias, é de assinalar que é uma proeza de monta na história da Democracia. E diz tudo, ou quase tudo, sobre a governação socialista dos últimos seis anos.
P.S. Luís Amado só não deu o golpe mortal no governo a que pertence porque não tem qualquer tipo de peso político ou representatividade no seio do Partido Socialista. Mas lá que lhe fica bem o papel de Henrique Chaves dos socialistas lá isso fica, com todo o mérito.
P.P.S. O desespero governamental é tal que Jorge Lacão falou ao país.

J.P. toma lá

A crise não é para todos.

Governo sem credibilidade

A ronda do primeiro-ministro com os partidos com assento parlamentar não deu resultados, evidenciando o impasse. Se houvesse credibilidade e verdadeira vontade de ultrapassar a crise, o governo já teria prometido a apresentação de um novo PEC no caso de chumbo no Parlamento, conforme disse, e muito bem, Francisco Louçã.

domingo, março 20, 2011

Líbia: o limite dos ditadores

O ataque à Líbia, sob a égide da ONU, inaugurou uma nova era nas relações internacionais.
Os ditadores de todo o mundo podem roubar, percorrer as passadeiras vermelhas das grandes conferências internacionais e até podem fazer negócios com os países democráticos do Ocidente, mas a partir da agora não podem matar os seus povos à força das armas.
O progresso é assinalável. No entanto, fica por saber até quando podem matar os seus povos à fome, como revelam os genocídios cada vez menos mediáticos e esquecidos.

Paulo Portas: É agora ou nunca

O líder do CDS/PP é um político confiante. O discurso de encerramento do 24º congresso é a prova cabal de que o partido está com o seu líder. Só falta o país. E como sublinhou, e com lucidez, é agora ou nunca.

CDS/PP: A oportunidade de Paulo Portas

Paulo Portas sabe que a oposição firme ao governo socialista está a começar a dar dividendos. E está a agarrar a oportunidade histórica para alcançar o estatuto de partido ao nível do PS e do PSD. O 24º congresso do CDS/PP não poderia estar a correr melhor. Só falta o discurso de encerramento para fechar o encontro com chave de ouro.

sábado, março 19, 2011

Venda de armas para a Líbia

No último debate quinzenal, Francisco Louçã denunciou que Portugal vendeu armas para armar o ditador e sanguinário Muammar Kadhafi, invocando um artigo do The Guardian.
O primeiro-ministro negou, com uma resposta que, aliás, já foi desmentida.
Será que num país democrático é possível que as dúvidas fiquem assim a pairar no limbo? Não há uma investigação que vá até ao fundo da questão? Afinal, são só contratos de reparação de aviões ou mais qualquer coisa em trânsito?

Há lodo nos tribunais

PS: alternativa em movimento

A crise política é muito mais do que uma questão do governo. José Sócrates passou a ser parte do problema a nível institucional e partidário, como comprovam as declarações de Manuel Maria Carrilho e Medeiros Ferreira. A solução para o país sair do impasse passa pelo debate e por alternativas, eleitoriais ou outras, pelo que chegou a hora dos militantes socialistas darem o seu contributo para a clarificação... enquanto é tempo.

sexta-feira, março 18, 2011

Pedro Passos Coelho: O que vai mudar?

O líder do PSD tem de começar a falar sobre o seu projecto para o país. E para sustentar a diferença em relação à governação socialista, deveria começar por manifestar claramente a sua posição sobre a corrupção e até sobre a promiscuidade entre a política e os negócios.
O que vai mudar se chegar à liderança do governo?
O artigo do Público, "Deputados com ligações ao sector onde legislam", até pode ficar sem resposta das lideranças parlamentares do PS e do PSD, mas o candidato a primeiro-ministro de Portugal não pode ficar em silêncio, a não ser que não tenha nada de novo para trazer para a política portuguesa.

Manter o pote a todo o custo

A sucessão vertiginosa de entrevistas e de declarações dos principais ministros não deixam quaisquer dúvidas: os socialistas estão aterrados com a possibilidade de serem apeados do poder. E para quem tinha dúvidas, o debate quinzenal está a deixar tudo ainda mais claro.

Salvar a pele

O amigo Costa

Um dos mais ferverosos apoiantes de José Sócrates saiu a terreiro para desancar politicamente o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, no preciso momento em que o primeiro-ministro não tem poupado elogios à execução orçamental.
É caso para dizer que os truques e as piruetas estão a contaminar os socialistas. E mais: a solidariedade de António Costa com José Sócrates, que tem sido uma constante desde 2005, certamente fará parte do debate na hora da sucessão no PS.

quinta-feira, março 17, 2011

PM: truques passam a piruetas

Começa a ser impossível acompanhar o ritmo de truques do primeiro-ministro. Depois do truque do PEC 4, prometido em Bruxelas, à socapa e à revelia de todos, o ritmo vertiginoso de piruetas tem sido alucinante. Da necessidade de votação no Parlamento à ameaça de demissão em caso de chumbo, passamos à negociação total e à possibilidade de apenas haver uma discussão parlamentar.
Cada dia que passa, o primeiro-ministro conforta a decisão de Pedro Passos Coelho de acabar com esta triste farsa que deixa o país ainda mais à rasca.
P.S. À excepção de Mário Soares, o silêncio dos militantes socialistas é indigno da história do PS.

Fukushima: Não obrigado

Depois de Three Mile Island e de Chernobil, Fukushima é mais um alerta para os enormes riscos da energia nuclear. Felizmente, Portugal não seguiu o caminho do nuclear, uma das muito poucas medidas positivas da governação socialista.

À espera do presidente ou de eleições

A crise política desencadeada pelo governo está a gerar uma resposta extraordinária da parte dos portugueses. Não há sinais de qualquer tipo de agitação, muito pelo contrário, a aceitação em relação a uma eventual intervenção presidencial ou alternância estão a ser recebidos com toda a naturalidade. Aliás, quanto mais o governo insiste em tentar disfarçar o truque que conduziu o país ao impassse, mais evidente fica a necessidade e/ou a vontade de uma efectiva mudança.

quarta-feira, março 16, 2011

Queda do governo: começou a contagem decrescente

A ligeira descida da taxa de juros depois do Conselho Europeu já lá vai. E a credibilidade também, como atesta mais um corte da Moody's no rating da dívida portuguesa. O preço do dinheiro do novo leilão, que se realiza hoje, já deverá reflectir o esticar da corda do primeiro-ministro, que ameaçou, 0ntem, com a demissão do governo no caso do PEC ser chumbado no Parlamento.

terça-feira, março 15, 2011

A pior noite de Cavaco Silva

A entrevista do primeiro-ministro a Ana Lourenço, na SIC, é a prova que o governo não tem quaisquer condições para continuar em funções.
Qualquer que seja o prisma da análise, o resultado é desastroso do ponto de vista interno e externo.
O desnorte, a dissimulação e o delírio políticos foram tais que o presidente da República não pode deixar passar nem mais um dia sem uma intervenção que ponha cobro à actual situação.

Governo e camionistas de acordo

O fim da paralisação dos camionistas é uma boa notícia para o país. Melhor notícia será ainda depois de conhecer os contornos da solução, esperando que não se trate de mais um truque governamental para adiar o problema de fundo: o direito dos camionistas e transportadoras a uma ajuda que lhes permita manter a actividade e garantir o escoamento dos produtos portugueses.

Portugal sem governo à beira da paralisação

O governo continua a revelar incapacidade para negociar com as transportadoras, cujo protesto está a assumir contornos gravíssimos. Com uma crise económica e financeira dramáticas, em acumulação com uma crise política, é gritante a falta liderança de um governo que já não governa, que apenas está concentrado em sobreviver politicamente.
P.S. Com tantos e tantos milhões para anunciar obras faraónicas, o ministro António Mendonça não tem uma folga para ajudar quem trabalha, quem está na primeira linha da exportação dos produtos portugueses?

Bloco Central em pânico

O último truque do primeiro-ministro, que atirou o país para uma crise política inevitável, está a gerar reacções curiosas. Até agora, ainda não foi possível perceber quem está mais precupado: a maioria dos militantes do PS que vivem à sombra do Estado ou a minoria dos militantes do PSD que nunca aceitaram a liderança de Pedro Passos Coelho?
P.S. A única certeza é que Ricardo Salgado, líder do grupo Espírito Santo, está preocupado com a possibilidade de existirem eleições antecipadas. Aparentemente, ainda não houve jantarinho, pois não?

Pontapé no traseiro

Triste Europa