A lamentável demissão do Estado

«Se pedirmos nesta coluna exemplos onde o Estado esbanja dinheiro, em poucos minutos os leitores citarão uma mão-cheia de casos. E apesar de estarmos perante desperdício do dinheiro dos contribuintes, o Governo (este ou outro) não tem coragem para cortar essa despesa. O problema é que o dinheiro que se gasta (mal) em certas áreas faz falta a outras. Exemplos? Remuneração da poupança».

As outras presidenciais

«Falemos então de presidenciais... americanas. Ao contrário das portuguesas, arriscam-se a ser das eleições mais monótonas do milénio, de forma que podemos despachá-las já».

A lição espanhol

«A gula de poucos sobre os recursos de todos é o denominador comum da crise que criou os Podemos deste mundo. Por cá, temos os mesmos escândalos, mas desconfia-se da justiça. Temos a mesma gula, mas fizemos dela favores entre amigos».

A angústia de Silva Lopes

«Ouvi-o várias vezes expressar essa dificuldade numa frase singela mas sentida: "Tenho o coração à esquerda e a cabeça à direita».

Vanessa já defende a realização de primárias para escolher o próximo namorado

«– Acho que o meu sistema de escolha de namorados tem de mudar radicalmente. Preciso de inovar, de mudar a forma de fazer as coisas. O que até agora resultou já não resulta. Estamos num novo tempo. E eu reconheço que as fórmulas que tenho usado até aqui não galvanizam, não atraem os melhores.

– Mas o que queres então fazer?

– Quero fazer primárias! Primárias para a escolha de candidatos a namorados!

– Primárias? Primárias para escolher namorados?».

A austeridade era inevitável? Era!

«Com o aproximar das eleições aumentam as críticas à austeridade dos últimos quatro anos. A ideia é fazer crer que era possível ultrapassar a falta de financiamento externo sem medidas dolorosas».

Somos todos responsáveis

«Com o sistema de proteção de menores numa situação "preocupante e emergencial", assim a classifica o sempre ponderado juiz Armando Leandro, iremos assistir a mais dramas como os de Oeiras e de Loures?».

Os cidadãos à procura da política

«Estamos a discutir as presidenciais porque isso, pelo menos, parece ser um acto político e parece ter um cheirinho de oposição».

O milagre dos juros

«Quatro anos após a intervenção da troika, os credores que em 2011 levavam couro e cabelo para comprar dívida portuguesa já aceitam pagar para ter obrigações lusas a dois anos».

Presidenciais 2016: do hilariante ao grotesco

Começa a ser hilariante, e até grotesco, assistir ao espectáculo dos candidatos a candidatos às Presidenciais de 2016 a desfiar "análises" nos seus respectivos espaços de opinião sobre os candidatos que já assumiram a intenção de se candidatar.

Guerra Civil

«Lê-se e não dá para acreditar: almoça-se fora, por exemplo, pede-se fatura e recebe-se uma notificação das finanças para pagamento das dívidas desse estabelecimento! Na prática, é uma penhora de créditos, mas o cliente fica a saber que aquele restaurante ou loja tem dívidas. Ou seja, com uma mão, o Fisco cria uma lista VIP, com outra persegue, expõe e vexa».

Já agora, não se pode exterminá-los?

«Esta gentinha, dentro ou nas bordas do maldito Estado, como se viu no fisco e nos vistos gold, protege e alimenta quadrilhas de corruptos que engordam de forma obscena, à vista desarmada dos pobres e desgraçados indígenas».

Até onde queremos saber?

«Ricardo Salgado e José Sócrates não atuaram sozinhos. Chefiaram redes de poder e compromisso com ramificações partidárias e económicas transversais. A sua ação foi acompanhada por dezenas de coautores diretos. A pergunta que devemos fazer não é a de saber se alguma vez estes homens dirão tudo o que sabem. A pergunta correta é a de saber quantas pessoas e forças estão interessadas em garantir que eles permaneçam em silêncio».

A casa da Rússia

«Uma parte da Ucrânia preferiu a Rússia à UE e, por causa disso, entrou numa guerra civil. Agora, até um país da UE, a Grécia, considera a possibilidade de entrar para a esfera de influência da Rússia. Não vale a pena dizer que a culpa é da esquerda radical que por lá governa. A esquerda radical jamais seria eleita não fosse o programa radical que a troika impôs à Grécia. E nunca se lembraria de olhar para a Rússia se a UE tivesse decidido respeitar o resultado das recentes eleições no país: o Syriza não teve 36% dos votos porque 36% dos gregos se tornaram esquerdistas radicais; teve-os porque pareceu a muita gente bem moderada que elegê-lo era a melhor forma de travar o radicalismo da troika».

Crápulas

«O que importa é que não pedi nem recebi nada do antigo primeiro-ministro, muito menos apoio financeiro para qualquer campanha eleitoral – que, aliás, aceitaria de bom grado desde que estivesse dentro da legalidade. E, já agora, devo dizê-lo também, Sócrates também nunca me pediu nada – ou melhor, a única coisa que ele me pediu foi que eu fosse candidato nas listas do PS mas eu recusei».

Varinha mágica

«Ricardo Sá Fernandes, assumindo a sua condição de maçon, defende que os seus irmãos também a devem revelar quando estão em cargos políticos e públicos».

Andaram a assobiar para o lado

«O Governo aprovou, na semana passada, a chamada "reforma da água", procurando transmitir para a opinião pública a ideia de que os fundamentos da mesma são a racionalização económica».

Qual é o problema?!

«É a esquerda que está perdida, não é o putativo candidato [Sampaio da Nóvoa] a sua perdição. É a falha de propostas para as legislativas. A ausência de soluções para as presidenciais. A incapacidade de marcar a agenda do país. É um gigantesco buraco negro instalado no Largo do Rato que está a deixar os socialistas portugueses à beira de um ataque de nervos».

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«Os funcionários tributários reputados compreendem bem o alcance disto e sabem o que está do outro lado do espelho. Sempre houve um elo indefetível entre os segredos, a corrupção, a espionagem fiscal, o comércio de dados. Por isso gostava de conhecer os resultados do combate à fraude e evasão fiscal de 2012 a 2014, deixar de ser apenas um input fiscal. Se querem mesmo o controlo sério dos dados, acabem com este segredo fiscal».

Obviamente demito-o

«Nos últimos governos, o exercício da mentira tem sido constante. Durão Barroso anunciou um choque fiscal com descida de impostos, mas, uma vez no governo, aumentou-os. Tal como Sócrates, que também assumira não aumentar a carga fiscal. E o mesmo fez Passos Coelho. Tais comportamentos, demagógicos e populistas, não podem ser tolerados. A ser Presidente, um primeiro-ministro que faça o contrário do que anunciou, violando o seu compromisso com o povo, só pode esperar de mim uma atitude: obviamente, demito-o!».

A corrupção como "fado"

«É, pois, imperativo constitucional o combate à corrupção no exercício das funções política e administrativa, porque é ela que impede que o Estado cumpra a sua função, mercê da pilhagem de que é alvo... por dentro!».

Repensar as nossas possibilidades

«Salários milionários, dividendos impossíveis e dívida. Tem sido esta a fórmula da maior parte das grandes empresas portuguesas, na sua maioria privatizadas, a operar em lucrativos monopólios naturais. Era assim antes da troika, e continua a sê-lo depois. A nova economia que Passos Coelho apregoa não passa da mesma velha e relha economia. Mudaram os donos e os CEO».

Quem lesou os lesados?

«Estão previstas manifestações semanais dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES)».

Isto promete

«Pediremos, de chapéu na mão e na companhia de outros pedintes, que Bruxelas e Berlim nos concedam uma esmola. Claro que estas palavras, de um realismo imbatível, prestam-se a uma pergunta: se é a Europa que manda e os governos nacionais obedecem, que tipo de promessas irá Costa fazer como ‘alternativa’ em Portugal? Promessas que dependem sempre dos outros e não dele? Eu já estou na primeira fila à espera dos próximos capítulos».

Falta de ética

«Há algum tempo, a senhora Procuradora-Geral da República afirmou que havia uma rede que utilizava o aparelho de Estado para a corrupção. Agora, foi o ex-dirigente da PJ José Braz a afirmar que "o crime organizado infiltrou o aparelho de Estado". Afirmações fortes: se alguém tinha dúvidas quanto à sua validade, deve-as ter perdido».

Descodificar o futuro

«No vazio deixado pela tradição, as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX iriam inscrever, como direito universal, um privilégio que fora reservado, exclusivamente, à aristocracia: a liberdade e a igualdade. As democracias constitucionais de hoje, são a expressão dessa garantia e do esforço constante de regulação do equilíbrio instável mas indispensável».

Não há salvação

«Eleições ganham-se ao centro; Sampaio da Nóvoa vive nos extremos».

António Costa: acordou

António Costa deixou claro que se ganhar as próximas legislativas é o líder do PS que vai formar Governo. É um recado claro para o presidente da República, cujos tiques autoritários parecem ressurgir em final de mandato. De facto, só faltava que Cavaco Silva ensaiasse um novo golpe constitucional, à semelhança do que fez Jorge Sampaio.Ou seja, ainda há quem não perceba que o país mudou...

Presidenciais 2016: a ver se te avias

As primeiras candidaturas às presidenciais de 2016 estão a deixar os partidos tradicionais à beira de um ataque de nervos. Para já, as primeiras críticas assumidas, umas mais credíveis do que outras, têm partido dos mais diferentes quadrantes do sistema e dos afins do costume. Depois de Henrique Neto e Sampaio da Nóvoa, chegou a vez de assinalar que Paulo Morais avançou.

Proíbam-se os resultados

«A Madeira teve 3 resultados eleitorais em poucas horas. A derradeira reviravolta deveu-se ao esquecimento dos votos de Porto Santo. Onze dias depois, não há explicações, não há responsáveis, não há uma palavra que tranquilize o país». 

Truques e aldrabices

«Sete empresas que fornecem refeições a escolas e hospitais (entre outros serviços públicos) foram condenadas, pela Autoridade da Concorrência, ao pagamento de 14 milhões de euros de multa, por combinação de preços e outras tropelias. Com isso ganharam, de forma ilícita, um pouco mais de 172 milhões de euros. O que aconteceu entretanto? Pagaram a multa? Foram impedidas de fornecer instituições públicas? Nada disso. Relativamente à multa, prescreveu, depois do recurso às manobras dilatórias habituais junto dos tribunais. Quanto aos negócios com o Estado, e apesar de a lei prever a possibilidade de inibir empresas trampolineiras de fornecerem entidades públicas, seguem de vento em popa. De então para cá, já ganharam mais dois mil contratos públicos e qualquer coisa como 700 milhões de euros. É duvidoso que ainda se possa levar este país a sério».

A eficiência alemã eleva-se aos céus

«Um piloto com repetidos e conhecidos problemas psicológicos (e de visão, ao que parece), em situação de baixa médica, com autorização para voar é uma rábula terceiro-mundista».

A vida difícil de António Costa

«Que diferença faz seis meses. Em Setembro, quando António Costa tirou a António José Seguro a liderança do PS, tudo eram rosas: notoriedade elevadíssima, sondagens em alta, promessas de fim da austeridade… De tal forma que o caminho para o poder parecia uma passeata. Só que a realidade é tramada. Nos meses seguintes, António Costa somou erros sobre erros (v.g. a acumulação do cargo de presidente da Câmara de Lisboa com a de secretário-geral)».

Lista VIP: o dia seguinte

«Não há que negar que existe um problema com a preservação e segurança informática dos dados dos portugueses que os organismos do Estado possuem. Mas este problema não pode ser confundido com as questões que a criação da lista VIP levantou».

Lista VIP: Joana Marques Vidal determina investigação

«Procuradora-geral da República enviou para o DIAP de Lisboa os elementos remetidos pela Assembleia da República sobre o caso».

Saúde pública

«A implacável opção de quem decidiu pelo lado do PS, PSD e CDS: entre a saúde e o betão, decidiram por este. Entre os portugueses e os interesses, foram por estes».

Pela sua saúde

«O retrato da saúde do Portugal da última década é revelador do esvaziamento progressivo do Estado social. Não foi só do desemprego que os portugueses fugiram. Foi, também, do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Das urgências hospitalares públicas. Das consultas. Dos exames. E dos tratamentos».

Teoria do resmungo

«O elemento definitório do resmungão é a sua natureza eminentemente negativa. Não afirma nada, não acha nada, não contém nada».

Portugal é um país de “Gangsters Falhados”

«Portugal tem, de certeza, o futuro garantido. Um futuro de pobreza, é certo. Mas rico em boas e sonoras gargalhadas».

António Costa e “o sistema”

«Seja no expediente de transferir recursos nacionais para a capital, seja no conúbio com o futebol, Costa mostra que é um político “do sistema”».

O último Presidente

«É urgente regenerar a Presidência da República. Por este andar, o próximo PR arrisca ser o último eleito por sufrágio universal. Para evitarem a maçada de eleições presidenciais, será grande a tentação dos aparelhos partidários de trancarem a escolha no parlamento».

Vistos Gold: e a próxima favada ainda será melhor?

«Vistos gold. Como juízes e espiões foram apanhados na investigação».

Vida de marinheiro

«Quando agora, num país europeu no século XXI, chegam aos hospitais casos de escorbuto e pessoas a morrer de fome, de sede ou de frio, fica claro que a austeridade é uma barbárie e que esta política só tem lugar na idade das trevas. Que é para onde deviam ir os criminosos que a praticam».

Os donos do jogo

«Quatro anos sobre o pedido de ajuda externa por parte de um governo socialista, para evitar a bancarrota, o maior partido de oposição não aparenta ter nada para dizer de substancialmente alternativo sobre o futuro de Portugal e da Europa».

Um grande cineasta

«Manoel de Oliveira, com a originalidade dos seus filmes, deu a conhecer ao mundo o cinema português pelo qual lutou até ao fim da sua vida. Faleceu sem nunca deixar de ter planos para o futuro. A sua longevidade retrata bem a ideia que sempre teve de se ocupar do futuro e ir mais além do que se poderia pensar».

Grécia, um acidente à espera de acontecer

«Grécia é um país à beira do precipício. Os bancos perdem milhões em depósitos todos os dias. Sai, diariamente, dinheiro do país. Sinal claro de que os próprios gregos temem um "Grexit" e os seus efeitos devastadores. A semana que agora começa será decisiva. Mais uma. Cada pagamento aos credores tornou-se um momento de alta tensão. Esta quarta-feira são 450 milhões de euros que têm de ser pagos ao FMI».

O que prende António Costa?

«Será que António Costa se fez eleger líder dos socialistas sem ter a certeza do que queria para o PS e para a sua vida? Ou aconteceu alguma coisa pelo caminho?».

Eleições na Madeira

«O grande derrotado foi o PS e os partidos que com ele se coligaram (PTP, PAN e MPT), que no conjunto perderam cinco deputados e mais de dezoito mil votos. Essa derrota acabou ampliada pela total falta de solidariedade da direção nacional do PS, com destaque para o líder, António Costa, cujo afã oportunista de distanciamento político parecia indicar que ele até nem tinha ido à Madeira a fazer campanha eleitoral pelo PS».

Não basta oposição

«As sondagens ainda lhe dão vantagem, mas se o partido continuar sem conseguir mobilizar o descontentamento popular, marcando de forma clara a diferença em relação à atual maioria, com a apresentação de propostas concretas e credíveis para os problemas prementes do País, Costa terá apenas uma ‘vitoriazinha’: a mesma que, ironicamente, dizia que seria tudo o que o seu antecessor, António José Seguro, conseguiria se continuasse na liderança do PS…».

Máquinas de extorsão

«O Fisco e os bancos transformaram-se num verdadeiro paradigma de desigualdade entre portugueses. Quem tem dinheiro, enfrenta-os na Justiça. Que não tem, come e cala». 

 

Um homem honrado

«Silva Lopes é uma figura ímpar da nossa sociedade».

O melhor economista

«Silva Lopes, quer como ministro das Finanças, quer particularmente no Banco de Portugal, tomou decisões que deram certo e que tornaram o País melhor. Nos agitados anos 70 ajudou a salvar Portugal».

Apelo à transparência

«Vão ter de nos explicar que incompetência ou que interesses não revelados leva a que a realidade vá sendo apresentada de modo obscuro, como se os números, em vez de servirem para gerir e para nos informar, servissem, afinal, para nos enganar».

Medo da própria sombra

«Costa não tem de hipotecar as ideias. Se já ensaiou o discurso da dignidade que o Estado tem de garantir a todos os portugueses, o PS não pode ziguezaguear. É em torno das ideias que se mobilizam as pessoas. Sem medo...».

Control*Alt*Delete

«Está instalado o caos na informática do Estado: houve confusão no apuramento de resultados nas eleições na Madeira; a base de dados do fisco é violada em permanência; o sistema informático da Justiça, o Citius, colapsou; houve erros na colocação de professores. (...) Ninguém se demite: nem os membros da CNE, nem o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, nem a Ministra da Justiça, nem o seu colega da Educação».

Aniki-Bobó

«Em tempo de hipocrisia, seria devastadora uma sondagem sobre quantos viram os seus filmes».

O peão honorável

«Ele há lá coisa mais importante que meter empenhos para o emprego de uma irmã? Irra, que já não há respeito - pensou o peão honorável. Que corja, na verdade. E, quando ia nestes pensamentos, chegou; e antes de entrar no restaurante, ofegante e sob o sol primaveril, puxou e enrolou o cuspo e, aprumado e certeiro, atirou com ele para o chão. E entrou».

Vanessa. Como acabar uma relação à distância sem que fique tudo ainda muito pior

Para dizer estas porcarias precisas de ir a Atenas??

António Ventinhas: a confirmação

«No tempo do dr. Pinto Monteiro, quem tinha processos mediáticos, como regra, acabava com um processo disciplinar».

Sampaio da Nóvoa: uma boa surpresa

A candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa faz jus à necessidade clara de renovação na classe política. O apoio de Mário Soares não é o mais relevante, pois já são poucos aqueles que ainda lhe ligam. O que importa é o sinal dado por António Costa: o líder dos socialistas, pela primeira vez, e enquanto é tempo, começa a descolar da tralha socrática. 

Venha o champanhe

«Se o PS não conseguir resgatar Guterres dos refugiados, ou pelo menos uma figura comparável, PSD e CDS podem encomendar as garrafas de champanhe com antecedência». 

Eu tenho as listas VIP

«A saber: se eu quiser apurar os rendimentos ou poupanças de ministros ou secretários de Estado, posso consultar, a pedido, as declarações no Tribunal Constitucional. É de lei, e todos os detentores de cargos políticos a devem cumprir. No caso de banqueiros, gestores ou advogados de empresas, existe algo chamado ‘Informação sobre o Governo das Sociedades’, uma imposição da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que obriga à discriminação de todos os valores das remunerações fixas e variáveis dos gestores das empresas cotadas. Viva a transparência!».

O salvador

«António Costa, talvez por falta de inspiração própria, não mostrou até agora capacidade para inspirar ninguém. No governo foi um razoável ministro; na câmara um administrador sofrível; e no partido um ambicioso hábil».

O 1 de abril de Costa

«O tirocínio de António Costa começou no dia das mentiras. Dia 1 de Abril abandonou a presidência da câmara que pediu aos lisboetas, para começar a campanha alegre para São Bento. Lisboa tem agora como presidente um tal de Fernando Medina. Conhecem? É natural. Não votaram nele».

Paroxismos da fiscalite

«Só isso explica um momento tão intenso, i.e., paroxístico, da intumescência. Eles foram a opereta da “Lista VIP”, a penhora dos bens alimentícios de uma associação sem fins lucrativos e o momento de cúmulo da penhora dos quatro Queques no valor de trinta cêntimos de euro cada um, no montante absurdo de um euro e vinte para garantia e pagamento de uma dívida de mais de noventa mil euros».

Prejuízos

«Embalado por uma imprensa hagiográfica que o canonizou em poucos meses, o novo líder socialista acreditou na rábula de que bastava não ser Seguro para que o país rastejasse a seus pés». 

Longa vida ao provocador

«Numa época em que impera o culto do novo, a longevidade de Manoel de Oliveira numa área como o cinema, vivendo permanentemente debaixo dos holofotes, era uma enorme provocação».

zpf ainda melhor

Um luxo de site.

Mas há mais...

«A reforma do sistema eleitoral e do financiamento dos partidos são os dois pilares da reforma do sistema político. Mas há mais. A qualidade da nossa vida pública seria muito diferente, e para melhor, com aquelas duas reformas, no sentido que defendemos há muito e publicamente».

O país real e o outro

«E se do Governo não se esperam ‘golpes de asa’, da Oposição vem um bocejo».

As faces do Irão

«O Irão é tudo menos uniforme, unívoco e unipolar. Aproveitemos isso».

Os votos esquecidos

«É espantoso como tudo falha no apuramento de votos das eleições da Madeira e nada acontece».

Manda quem pode

«A China sente-se com poder para erigir as suas próprias instituições multilaterais, sem desembainhar a espada. Consagra um novo templo ao deus a quem todos os governos, em especial os de uma Europa à deriva, sacrificam: o dinheiro. Puro e simples, sem a canga dos valores para moderar e atrapalhar...».

Madeira, o príncipe de Salina, Costa e os azares dos Távoras

«Um resultado decente do PS nas eleições da Madeira estaria hoje a ser propalado aos quatro ventos como uma prova do “novo ciclo”, do “novo rumo” e da nova liderança de António Costa».

Henrique Neto, uma candidatura necessária

«Os principais concorrentes - a coligação inexplicavelmente por formalizar e o precário Partido Socialista do dr. António Costa - surgem aos olhos do país desprovidos de quaisquer desígnios de futuro. Parecem velhas comadres aborrecidas com o que lhes vai acontecendo sem conseguirem entender, ou fazer um esforço por entender, o que se passa à sua volta».

Alguém acredita neste PS?

António Costa rompeu o contrato com os eleitores que lhe deram a vitória na Câmara de Lisboa. Fê-lo com um estranho sorriso, quiçá exibindo o sentido do dever incumprido. A pergunta impõe-se: será que algum português acredita que este velho político do PS, se ganhar as eleições legislativas de 2015, será capaz de mudar a política em Portugal?

ANAni, ANAnão

«Alguém me explica o que leva uma empresa privada a despender tanto dinheiro para ajudar um determinado município? Estarão outros voos no horizonte?».

A escolha do leitor

«Neste abril de 2015, que assinala os 40 anos das Constituintes, era oportuno refletir sobre a democracia que temos». 

As taxas da banca

«O Banco de Portugal fez bem ao obrigar os bancos a descontarem nos empréstimos as taxas negativas, quando estão indexados à Euribor».

Conto de Páscoa

«Fui visitar o meu amigo Vasco, que há uns meses fora nomeado administrador de uma grande multinacional. Do seu gabinete, no último andar da torre, tinha-se uma vista deslumbrante da grande cidade».

Madeira: António Costa debaixo de fogo

«Eleições na Madeira são uma péssima notícia para António Costa»

Votos na Madeira: mau prenúncio

 A contagem e recontagem dos votos na Madeira, com incerteza quanto aos resultados, é um mau prenúncio para as legislativas de 2015.

O mundo estava bem melhor sem Obama

«Chegou à Casa Branca com a Europa a chorar de alegria. Os marchantes de Lisboa, Paris, Madrid, Londres, Berlim e Bruxelas contra George W. Bush e as suas guerras no Afeganistão e Iraque olhavam para o homem de Chicago e viam nele a pomba da paz».

A verdadeira lista VIP

«Quando ouvir dizer que a lista VIP tem apenas quatro nomes, não acredite. A verdadeira lista VIP de Portugal tem quase 40 anos e muito mais linhas».

Vem no jornal

«Não há base jurídica para a barbárie. Mas há terrenos onde se quer construir, fazer negócio. O que há é um estado de exceção a defender interesses privados nem que para isso tenha de fabricar sem-abrigo. O que há é náusea. E essa tem de sair no jornal». 

A aldeia dos impunes

«Em Portugal, há tantos motivos de escândalo na política e na economia como nos outros países com o mesmo nível de desenvolvimento. Porque é que os suspeitos nunca sabem nada e nunca acabam condenados? Só pode ser porque vivem ao abrigo de uma impunidade insolente». 

Segredo de polichinelo

«Por mais perplexidades que os factos divulgados suscitem, nem Sócrates, nem o Procurador Rosário Teixeira, nem Você, leitor, nem eu, se formos arguidos, merecemos ser tratados assim».

Palhaçadas

«Infelizmente, uma parte do PS não vê as coisas da mesma forma. E entre proclamações boçais (Neto é um palhaço, um perigo para a ‘saúde democrática’, alguém que só vai ‘poluir o debate’, e mais isto, e mais aquilo), os socialistas apenas mostram a concepção que têm do cargo (uma gamela exclusiva dos partidos) e o respeito que têm pela Constituição (a mesma Constituição que só por piada eles defendem e veneram). Bonito espectáculo».

O Fi(a)sco

«Os dados fiscais dos portugueses podem ser alvo da devassa por parte de qualquer dos dez mil funcionários do fisco. Mas esta situação jamais preocupou governantes e dirigentes da Administração Pública. Até que os jornais começaram a publicar dados nada interessantes relativos… aos próprios governantes».

A minha fé

«Com tinta ou com pixéis, a missão do jornalismo como pilar da democracia continua bem presente e a minha crença, a minha fé, é que, para lá de todos estes sobressaltos, os cidadãos tenham a consciência de que uma imprensa livre é um bem essencial pelo qual vale a pena pagar, no qual vale a pena acreditar».

O Bug do governo

«O que estes casos têm em comum é uma visão do Estado que desconhece totalmente a noção de responsabilidade política, enlameando os padrões de dignidade estabelecidos por Jorge Coelho e Miguel Macedo, e uma inadaptação primitiva aos desafios da sociedade de informação».

Henrique Neto: o aparelho socialista e a outra casta

A candidatura de Henrique Neto teve a bondade de fazer sair da toca uma parte do aparelho do PS, precisamente aquele que deve estar a viver dias de terror com a possibilidade de perder influência e regalias. Mas o mais curioso é que outro tipo de casta, que reúne aqueles que se dizem contra o sistema, mas que viveram sempre à custa dele, não resistiram a começar a tentar diminuir a candidatura do ex-deputado socialista.

Açores, terra prometida

«Os Açores, terra de uma beleza natural indizível, estão prestes a passar por um choque. A partir de dia 29, Ryanair e EasyJet começam a voar para São Miguel. Domingo será o primeiro dia do resto da vida de muitos açorianos. Para o bem. Se souberem evitar o mal. Haverá um arquipélago antes e depois das "low cost". A liberalização das rotas para São Miguel e a Terceira representa a morte de um regime: o monopólio que TAP e SATA partilharam durante décadas».

A vontade humana não se comanda

«O jovem copiloto alemão será sempre o carrasco desta história tenebrosa. Não era um robô, não ligava e desligava. Tinha falhas. Razões. Fúteis ou doentias. Vontade. E essa, para o bem e para o mal, ainda não se domina com manuais de procedimento, medidas de segurança extrema ou eletrónica».

Tragédia alemã

«Todos somos capazes de praticar os atos mais bárbaros».

Sem-abrigo no museu

«O Papa Francisco, na Evangelii Gaudium, criticou "a economia da exclusão e da desigualdade social" (nº 53) e pediu aos políticos o empenhamento numa melhor distribuição da riqueza, na criação de emprego e na "promoção integral dos pobres que supere o mero assistencialismo" (nº 204). Recordou aos peritos financeiros e aos governantes as palavras de S. João Crisóstomo: "Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida».

Angola: os generais estão em guerra!

«O jornalista Rafael Marques é o inimigo a abater».

Cor de pérola

«Herberto Helder recusou invariavelmente entrevistas, prémios, estátuas, condecorações e homenagens. Sabia que nada poderiam acrescentar à sua poesia e nunca transigiu quando teve de renunciar a contrapartidas tentadoras».

Crescer, para quê?

«É altura de apresentar a fatura e perguntar ao governo, e a quem lhe quer suceder, como pensa transformar estatísticas em bem-estar e diminuir o stress fiscal dos últimos anos. Porque não há economia forte com famílias sem dinheiro para gastar».

Eleições antecipadas: o último favor de Cavaco Silva

A extraordinária manutenção em funções do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, por enquanto, é mais uma prova que este Governo está esgotado. De facto, a marcação de eleições antecipadas é o melhor favor que Aníbal Cavaco Silva poderia fazer ao país, a Pedro Passos Coelho e a Paulo Portas.