E, AGORA, EUGÉNIA

A audição da chefe de gabinete de João Galamba foi precedida por uma nova forma de terrorismo político, em versão de ameaça ao vivo, em directo e a cores, que não diz tudo não sobre um ministro e a sua equipa, mas é assustadoramente esclarecedora sobre o modus operandi de um governo e a credibilidade das instituições de um país.

E DEPOIS DE FREDERICO, FINALMENTE EUGÉNIA

Dia preenchido na Assembleia da República: Eugénia Cabaço, chefe de gabinete do (ainda) ministro das Infraestruturas é ouvida na CPI da TAP (17H), depois de Frederico Pinheiro, ex-Adjunto de João Galamba (14H). Só falta o espião a tentar continuar a intimidar a testemunha.

P. S. Mariana Mortágua sai no dia em que André Ventura entra.

TAP: PLANO DE EMERGÊNCIA

À medida que se aproxima a audição do (ainda) ministro das Infraestruturas na CPI da TAP, ganha consistência a possibilidade de um plano de emergência de António Costa: João Galamba recusar responder a determinadas questões. Se isso acontecer, nada se espera de Augusto Santos Silva, demasiado ocupado em preparar a campanha presidencial. E Marcelo Rebelo de Sousa, vai continuar no cantinho do gabinete em Belém?

SECRETAS: A RESPONSABILIDADE DA ILEGALIDADE E DO ABUSO

A fantástica ilegalidade e abuso das secretas, no caso da apreensão do computador de Frederico Pinheiro, ex-Adjunto de João Galamba, (ainda) ministro das Infraestruturas, teve novos desenvolvimentos. Na audição parlamentar, aparentemente, tanto Graça Mira Gomes, secretária-geral do SIRP, como Neiva da Cruz, diretor-geral do SIS, assumiram a responsabilidade. E agora? Será que a demissão de ambos resolve o problema?

P. S. A constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito é cada vez mais justificada e urgente.

SOBRE O SIS(O); E A FALTA QUE AMBOS FAZEM

«Pretender justificar o que todos sabem ou intuem ser injustificável é estultícia ou obstinada irresponsabilidade, em qualquer caso com a consequência de, não sem razão, os Portugueses poderem vir a tomar a nuvem por Juno, com este inaudito ato do SIS a converter-se numa seríssima crise da Instituição em que se constitui todo o Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP)».

ESPIÕES ACIMA DA LEI

«Com António Costa apostado em disfarçar os falhanços da governação com mais mentiras e truques, nem Marcelo Rebelo de Sousa, transformado numa irrelevância institucional, pode fazer valer as regras do Estado de Direito».

SECRETAS: A NOVELA DA LIMPEZA

Nos próximos dias, designadamente na terça (9), em que Graça Mira Gomes, secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) e Neiva da Cruz, o diretor-geral do Serviço de Informações de Segurança (SIS), se deslocam à Assembleia da República, ficará ainda mais clara a razão da espectacular e ilegal antecipação do SIS à PJ na apreensão do computador de Frederico Pinheiro, bem como as 24 horas indispensáveis para João Galamba poder apresentar a demissão para minutos depois António Costa a recusar.

CULPA DISTO TUDO? MARCELO!

«E é este o problema: Marcelo tratou sempre Costa com deferência; encostou-se demais ao Governo; deu muita confiança. E como não entalou Costa a tempo, todos no Governo ficaram a saber que não tinham de se preocupar com uma dissolução».

DA INFANTILIDADE AO QUE AINDA FALTA SABER

Já ninguém tem dúvidas sobre a forma como António Costa está a desgovernar o país, cavalgando a maioria absoluta com mais e mais mentiras e truques, como ilustra a primeira reacção após o comportamento de João Galamba e do SIS ter entrado em cena pela calada da noite. Mais do que aquilo que já se sabe, a percepção do que ainda falta saber é aterradora. 

P. S. As desculpas infantis ultrapassaram uma nova barreira: alguém acredita que o primeiro-ministro não foi imediatamente informado, depois do telefonema de João Galamba para António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto, e para Catarina Sarmento e Castro, ministra da Justiça?

COSTA A ESTICAR A CORDA

As primeiras declarações de António Costa – depois da balbúrdia entre João Galamba e Frederico Pinheiro, sem esquecer a mentira ministerial em relação à reunião da ex-CEO da TAP com o PS –,  são mais um sinal da radicalização.

P. S. E confirmam que o SIS pode agir à margem da Lei, pois também não sabe nem ninguém lhe disse nada.

AS MATÉRIAS SENSÍVEIS

A par de António Costa desaparecido e de Marcelo Rebelo de Sousa vergado pelo peso das "matérias sensíveis", de que o povo aparentemente está excluído e até nem deve tomar conhecimento, a tentativa de branqueamento do SIS já está em marcha através da "branche" civil.  É a grosseria sem limites de quem se considera – sempre se considerou! – acima da lei.

P. S. Lei do Sistema de Informações da República Portuguesa.

E O ANTÓNIO JOSÉ SEGURO?

«As últimas cenas, com mentiras a granel, pancadaria, destruição, ameaças, sequestros e o SIS ao serviço do governo são apenas sintomas. Marcelo já devia ter convocado o Conselho de Estado. No mínimo. A não ser que considere este gangsterismo o regular funcionamento das instituições».

OS SÉRIOS VÍCIOS DO PS

«Ouvimos o presidente da bancada parlamentar socialista e torna-se difícil acreditar. Depois de se perceber que houve respostas combinadas, que o PS atropelou princípios elementares de separação de poderes, que um ministro deu o aval a uma reunião que revela tudo menos seriedade política, Eurico Brilhante Dias dispara em todas as direções e fala em crime na fuga de informações».

TAP: LIMPEZA COMPROMETIDA?

Com a informação disponível, designadamente que o computador do assessor de Joao Galamba demorou 24 horas a chegar à PJ, a possibilidade de ter havido uma deliberada intenção de facilitar a limpeza de dados merece uma investigação que afaste todas e quaisquer dúvidas.

P. S. O requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda, que visa a informação contida no computador, é uma espécie de selo de garantia em como a CPI da TAP vai ficar nos anais das Assembleia da República.

MAIORIA EM FORÇA OU MAIS MIGALHAS?

Um caso de polícia, por mais punhos de renda ministeriais, que dá origem ao envolvimento do SIS – com o silêncio de António Costa (PM), de Catarina Sarmento e Castro, ministra da Justiça, de Marcelo Rebelo de Sousa (PR), de Lucília Gago (PGR) e de Luís Neves (director-acional d PJ) – é algo inimaginável num Estado de Direito. A não ser que...

P. S. No passado de triste memória, a PIDE irrompia pela casa dos cidadãos invocando também questões de segurança nacional.

P. P. S. A ignorância não pode ser álibi para quem se presta a fretes indecorosos, aliás contestados pelos próprios pares, em directo e a cores.

GA(LA)MBA À LA PLANCHE (FINALE)

João Galamba, após exoneração polémica de adjunto, reage às 13h30.

TAP: SIS E MP NO BARULHO

Acabar o dia com a informação, avançada por Ricardo Costa, na SIC N, que o SIS foi a casa de um cidadão para lhe apreender um computador exige questionar: varreram, lavaram e espreitaram para debaixo da cama?

P. S. Lucília Gago, procuradora-geral da República, tem o dever de esclarecer os portugueses, com a maior urgência, que o MP ainda continua a ser o titular da acção penal em Portugal, bem como responder à seguinte questão: quem deu a ordem ao SIS?

PARECER E JÁ NÃO SER

«Podemos, portanto, ficar descansados: não haverá ocultação de documentos ao Parlamento. Apenas uma redonda e descarada mentira ao país. E o mais do que provável pagamento de uma indemnização choruda à gestora francesa. O avião segue viagem. Mais descontrolado do que nunca».

TAP: PARECER FANTASMA

A recusa de Fernando Medina e João Galamba, em enviar para a CPI da TAP o parecer que fundamentou o despedimento CEO TAP –, tentando ganhar tempo e revelando um padrão de autoritarismo, opacidade e ilegalidade, é um tipo de decisão que não é tomada, nem agora, nem no tempo de Pedro Nuno Santos, à revelia de António Costa.

P. S. Ao mesmo tempo que alimenta a crise do regular funcionamento das instituições, e depois de Paulo Sá e Cunha manifestar curiosidade em conhecer o misterioso parecer – será que existe? –, como está a decorrer a negociação para indemnizar a ex-CEO da TAP?

GA(LA)MBA À LA PLANCHE (4)

O tom colérico do ministro das Infraestruturas, no plenário da Assembleia da República, é proporcional ao descalabro na ferrovia. Mas ainda mais "exquisite", uma espécie de tempura na fritura em curso do ministro, é a afirmação que a culpa do actual atraso no Plano Nacional Ferroviário é devida à decisão de António Costa, quando assumiu as funções de primeiro-ministro, em 26 de Novembro de 2015, assumir os planos do anterior governo,