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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

segunda-feira, maio 16, 2011

A oitava vida de Portas

Fartos disto

Agitação em Belém

O cenário começa a ser medonho para as bandas de Belém. É que o dia em que Cavaco Silva vai falar ao país está cada vez mais perto. Será que vamos ter outro golpe constitucional depois de 5 de Junho? Ou será que vai aparecer, à última da hora, um estadista de pacotilha a clamar pelo interesse nacional para justificar a mentira política antes de eleições?

DSK - mais lá, que cá...

«Homens tão inteligentes, como tolinhos, abundam. Lá, como cá».

Universidade Independente: o julgamento de todos os riscos

O início do julgamento da Universidade Independente coincidiu com um período pré-eleitoral. É a universidade em que o primeiro-ministro obteve uma licenciatura, lembram-se? Ou será que, nesta Democracia, já nem é possível recordá-lo?

Eleições 2011: a questão fulcral

Com a intensificação das campanhas, em que os partidos têm tentado passar a sua mensagem política e programática, continua por esclarecer a questão fulcral do momento: qual vai ser a solução governativa no caso de nenhum partido ter maioria absoluta?
Os líderes partidários não podem fugir a esclarecer esta questão, nem socorrerem-se de truques infantis para depois fazerem o que tinham prometido não fazer. Não há meias tintas nesta fase crucial da sobrevivência do país. É preciso escolher: ou se opta pela fraude eleitoral, ou se diz a verdade aos eleitores.

domingo, maio 15, 2011

Corrupção: líderes políticos distraídos?

Francisco Louçã, até ao momento, foi o único candidato a falar abertamente da corrupção. A propósito de um artigo de Maria José Morgado - "Sermão do bom ladrão" -, o líder do Bloco de Esquerda tocou num dos maiores falhanços do consulado de José Sócrates: o combate à corrupção.

P.S. É curioso que Paulo Portas fale de Justiça, mas não fale da necessidade de um verdadeiro combate à corrupção. Será que o silêncio de Pedro Passos Coelho sobre esta matéria também é explicado pelos mesmos motivos?

Os portugueses são manhosos?

Sempre detestei o vox populi, mas nunca ignorei a voz do povo. Entre as últimas tiradas de rua, destaco uma impressionante: «Sócrates deve ganhar com a diferença de uma décima, ou seja, não vai poder fugir à merda que fez». A brincar, a brincar, e já que estamos no fosso, vale a pena pensar nisto...

O teste do algodão

As contradição entre os líderes partidários e as suas respectivas equipas não têm todas o mesmo interesse para o debate. Basta verificar como a tirada Carlos Costa Pina, secretário de Estado do Tesouro, foi atirada para um canto. Ora, pois bem, para uns trata-se de impreparação; para os outros, é uma questão de opinião pessoal... Como o debate não deve ser silenciado por todos, e independentemente da vontade do chefe (deles!), aqui fica  a declaração do governante (demissionário) sobre a privatização da RTP.

sábado, maio 14, 2011

Os boys vencerão

A blogosfera é assim, oscila entre a banalidade, o acerto de contas e o sentido de oportunidade. Quanto aos primeiros, é deixar o tempo fazer o respectivo controlo de qualidade. Quanto ao último, aqui fica um exemplo notável: «Há quem diga que os encontros tiveram como modelo de inspiração, Rui Pedro Soares, o exemplo máximo de um jovem activo e dinâmico. E parece, inclusive, que nos meandros do largo do rato, quem apurar, atento, o ouvido perceberá um sussurro constante: 'os boys vencerão'».

O sexto e o mesmo Sócrates

Vem aí o lobo mau

Sermão do bom ladrão

Paulo Portas: à beira da fraude eleitoral

Conforme referi aqui, só alguém que não conhece Paulo Portas (ou pior, conhecendo-o presta-se a mais um frete inacreditável) pode afirmar que o líder do CDS/PP já esclareceu a sua posição em relação a um eventual acordo com José Sócrates para formar governo. Aliás, nem seria preciso ler "Portas não exclui ter de negociar com o PS", no Expresso, para perceber que a recusa de Portas em dizer "Não" a José Sócrates é mais um truque. E de truques, estamos conversados e fartos.

P.S. O programa do CDS/PP está apresentado. É mais do mesmo, pouco claro e revela uma atitude em bicos dos pés. O que é feito da humildade que Portas tanto tem recomendado à classe política?

Os profissionais dos pentelhos

Num dos momentos mais graves da história de Portugal alguma imprensa e alguns dos comentadores do regime enchem a boca com a gaffe de Eduardo Catroga, ou seja com fait divers que não merecem mais do que uma breve. Obviamente, para quem não não trabalha e/ou não tem argumentos é bem mais fácil escrever sobre os pentelhos, ou os pintelhos, do que escrutinar, comentar e debater a governação dos últimos seis anos. Não é surpresa, vindo de quem vem. Compreende-se, é a táctica de diversão de sempre utilizada pelos serviçais do costume....

sexta-feira, maio 13, 2011

Pedro vs Paulo: a vitória da serenidade

O debate entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas foi um mau prenúncio para um eventual futuro governo de coligação entre o PSD e o CDS/PP. Pedro Passos Coelho marcou pontos com a serenidade das propostas já apresentadas, deixando Paulo Portas colocar-se permanentemente em bicos dos pés e a assumir uma atitude de ataque traquina e inconsequente, mesmo quando quando não estava preparado, como foi o caso da baixa da Taxa Social Única ou da redução de metade do número de deputados.

P.S. Apesar da euforia permitida por algumas sondagens, não vale tudo. Paulo Portas sabe que os portugueses nem esqueceram os submarinos (comissões de 63 milhões de euros?), nem Celeste Cardona, porventura a pior ministra da Justiça desde o 25 de Abril.

Recessão: a realidade implacável

Apesar de todas as garantias do governo Sócrates (demissionário), a realidade está aí: Portugal entrou em recessão. É o início de um período negro que ninguém sabe, honestamente, quanto tempo vai durar. Eis o legado de Sócrates à beira das eleições..

Jerónimo vs Louça: ainda existe esquerda

Desde o 25 de Abril, há uma espécie de esquerda, ora revolucionária, ora pragmática, que sempre julgou ser dona do Estado e da Democracia. Apesar de doutrinalmente afastadas, ambas têm em comum o facto de terem estado permanentemente sentadas à mesa do Orçamento de Estado e de ignorarem a corrupção, o nepotismo e o tráfico de influências. E mais. Ambas enchem a boca com o Estado Social, apesar de participarem, activamente, na sua progressiva liquidação, e, curiosamente, ou não, ambas estão, mais ou menos fervorosamente, com José Sócrates. Obviamente, a esquerda não se resume esta espécie de oportunistas instalados, como comprovou o debate entre Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa. Afinal, ainda existe uma esquerda fiável e credível.

quarta-feira, maio 11, 2011

Das Finanças ao MP

O conhecimento das equipas governamentais é um dado cada vez mais importante nas campanhas eleitorais. Contudo, actualmente, é tão importante conhecer o próximo ministro das Finanças como, por exemplo, conhecer quem vai liderar a Justiça e a Pocuradoria-geral da República. Da parte do PS, ninguém duvida quem serão os escolhidos.. Mas será que, em breve, os restantes partidos  terão a capacidade de apresentar os nomes que têm em carteira para travar o actual estado de desastre na Justiça e, em particular, no MP?

Reestruturação do IVA: malditos critérios

O IVA está a dar pano para mangas nesta fase de campanha pré-eleitoral. As declarações da reestruturação dos escalões do IVA têm provocado todo o tipo de cambalhotas. Aliás, basta verificar a grosseira diferença do tratamento da questão quando se trata da comunicação da oposição ou do governo (demissionário): quando se trata do PSD, é aumento de impostos; por sua vez, quando se trata do CDS/PP, então é  paisagem; por último, quando se trata do PS, é invocado o acordo da Troika. Da Troika? Mas o acordo com a Troika não foi negociado e assinado pelo governo (demissionário)?

Laurentino Dias e a bola

O secretário de Estado do Desporto (demissionário) foi desancado por Pinto da Costa por ter manifestado o seu desejo de ver o Braga ganhar a Liga Europa. Pobre Laurentino! Então um governante já nem pode confessar um sentimento de favorecimento do clube da sua própria terra?

Vieira da Silva: o desastre à vista

A possibilidade do PS ganhar as eleições é tão desastrosa quanto a aventada hipótese de Vieira da Silva assumir a pastas das Finanças do próximo governo. Aliás, a  péssima prestação do ministro Economia (demissionário), quiçá provocada pelos seus pesados afazeres de coordenação da mercearia partidária e eleitoral, não pode ser esquecida, nem que seja à custa de mais um qualquer truque de marketing político.

P.S. É interessante assistir ao lançamento do nome de Vieira da Silva para a pastas das Finanças no mesmo dia em que ficou a ser público a concessão de benefícios fiscais aos BPN e, obviamente, à J.P.Sá Couto. 

Os negócios entram na campanha

À medida que a corrida eleitoral avança para o período formal de campanha eleitoral, os negócios de Estado e com o Estado vão ser uma presença cada vez mais regular no debate. Porventura, não vai haver tempo suficiente para tudo, mas o escrutínio é necessário e importante. Afinal, com uma tal brutalidade de dívida pública e de défice, é preciso saber para onde foi tanto e tanto dinheiro.

terça-feira, maio 10, 2011

Por portas travessas

Um argumento para debater na campanha

Antes das eleições de 5 de Junho, a última palavra caberá ao presidente da República, na comunicação que fará ao país no dia anterior. É preciso que os eleitores saibam o que fará Cavaco Silva no caso de o PS ganhar as eleições com maioria simples. Se todos os líderes já recusaram um entendimento com José Sócrates, com vai ser constituído o governo do PS? Sem Sócrates? O presidente dará posse a um governo minoritário? Eis três questões essenciais que têm de ser clarificadas, de forma a permitir o juízo dos eleitores.

Reino Unido à espera do resultado das eleições

«Não se pode gerir uma união monetária com governantes como Sócrates».
Financial Times».
(Via 31 da Armada)

segunda-feira, maio 09, 2011

Financial Times: o colunista vai resistir à fúria socrática?

No debate entre Portas e Sócrates, Judite Sousa perguntou e bem. E Sócrates fez uma cara de espanto, como se fosse possível que o seu (tão competente?) gabinete lhe tivesse omitido um tal comentário no Financial Times. E para tirar quaisquer dúvidas, aqui fica a notícia da RTP: «Na coluna que assina no Financial Times, Wolfgang Münchau não poupa criticas ao Governo e ao primeiro-ministro português, que segundo ele, 'protagonizou um momento de tragicomédia', durante a sua comunicação ao país na semana passada. Na opinião deste comentador, a gestão da crise por parte do Governo português foi, e continua a ser 'aterradora'».

Paulo Portas arrasa Sócrates

O líder do CDS/PP esteve implacável. Portas conseguiu, por diversas vezes, desmontar impiedosamente a cassete de José Sócrates, cuja convicção já teve melhores dias. Só lhe faltou responder à letra quando Sócrates deixou no ar saber qualquer coisa (que não disse!) sobre os submarinos.

P.S. Judite de Sousa esteve a um nível excelente. Fez as perguntas que se impunham, sem se deixar perturbar pela experiência dos dois candidatos.

Preparem-se: vem aí o papão

Após a a presentação do programa eleitoral do PSD, vamos assitir a uma fortíssima campanha em defesa de um muito sui generis Estado Social. Sobretudo daqueles que tratam a saúde em clínicas privadas, têm os filhos nas melhores escolas privadas e vivem em condomínios de luxo.
De facto, quem sofre o corte nas reformas, quem definha com um subsídio de desemprego de miséria e quem desespera meses à espera de uma consulta e/ou de uma cirurgia sabe bem qual é o preço de uma qualquer Parceria Pública e Privada (PPP).
P.S. Hoje, os tempos são tão especiais que a notícia de uma doente oncológica que não tem lugar nos cuidados continuados dos hospitais públicos é quase uma não-notícia. Se calhar, não interessa nada. Nem interessa a quem enche a boca com o Estado Social.  

domingo, maio 08, 2011

PSD: a alternativa sem rodeios

Pedro Passos Coelho está renovado. E está a mostrar o que vale. Finalmente! A apresentação do programa eleitoral do PSD está aí. Com transparência. E com diferenças claras em relação às meias propostas dos socialistas. Em síntese: os eleitores. têm uma escolha facililitada. Afinal, haverá alguém que não esteja farto deste Estado gordo e tentacular, que tudo abafa e controla, que está mais ao serviço da nomenclatura do que do povo, e que quase arruinou o país?

P.S. As propostas do PSD revelaram atenção a áreas cruciais. A  revolução da Justiça e o fim de órgãos de comunicação social controlados pelo Estado (e ao serviço do governo) também fazem a diferença. É prova que os social-democratas estão ligados à realidade.

Convenção BE: a garantia do Estado Social

Francisco Louçã está em forma. E o Bloco de Esquerda mais vivo do que nunca. Além daqueles que se calaram, em nome da unidade (mais parecem comunistas, socialistas ou social-democratas da velha guarda), o partido mais esquerda com deputados na Assembleia da República continua ser igual a si próprio, tentando lançar as pontes para uma alteranativa de esquerda. O BE continua a ser a garantia que esta espécie de PS de Sócrates não seja ainda mais neoliberal do que a própria direita.

sábado, maio 07, 2011

José Sócrates precisa de ser muito, muito severamente castigado

 E a melhor maneira de o castigar é através da via eleitoral.

Pedro Passos Coelho: chegou a hora

Após a confirmação da ajuda externa necessária para tentar sair do atoleiro, e com a  confortável vantagem que decorre da desastrosa governação dos últimos seis anos, o líder do PSD tem de mostrar o que vale. É a hora. O facto de ser um outsider da política partidária e governativa é um trunfo para poder falar claro, como ontem, em que afirmou que no próximo governo não podem estar PSD e PS. É exactamente isso que o país precisa de saber e ouvir. Para poder escolher. Chega de paninhos quentes e de branqueamento da governação que levou o país ao desastre financeiro.

P,S, A clarificação na política é essencial. Vamos lá ver se Paulo Portas é capaz de dizer o mesmo: no próximo governo ou está o CDS/PP ou o PS?

Acordo com a Troika: É ou não é?

Não é por não haver cortes nos 13º e 14º meses que o acordo com a Troika é melhor ou pior. Muito pelo contrário. Porventura, o custo que teremos de pagar vai ser muito maior do que o corte dos dois meses extraordinários. É só fazer as contas... obviamente depois de 5 de Junho, quiçá daqui a um ou dois anos.
Em Portugal, José Sócrates deixa uma triste herança: O que é não é, e por vezes o que não é passa a ser. Eis um lema que poderia assentar muito bem no que se disse e continua a dizer sobre o acordo que a Troika impôs a Portugal.

quinta-feira, maio 05, 2011

Uma final com norte

Grande jogo e um resultado histórico para o Braga.

Outro marco histórico da governação Sócrates

Comparação da dívida pública contraída.

Novo truque aguardado a qualquer momento

Depois da conferência de imprensa da Troika, que arrasou esta espécie de governação/propaganda, é aguardado a qualquer momento mais um novo truque. Não é de excluir que seja do tipo canalha, surdo, pela calada dos bastidores da Administração, com um qualquer boy do costume a tentar prestar mais um frete. Afinal, a verdade vem sempre à tona. E estamos a pagar o tardio pedido de ajuda externa. É que a coisa já não vai lá com paleio, com mais ou menos declaração, nem que seja com teleponto.

Inalam e engolem

quarta-feira, maio 04, 2011

Acordo com a Troika: Acabou a festa

Aí estão os primeiros detalhes do acordo que o governo celebrou com a Troika. Vai ser duro, muito duro, para os pobres, para os trabalhadores com mais de 35 anos e para toda a classe média. Hoje, acabou a festa, definitivamente. Acabou a historiazinha saloia e medíocre da tentativa de passar as responsabilidades para a oposição. Já não há mais truque que tape a evidência. Este país vale o que valeu a governação de José Sócrates: uma mão cheia de ilusões, de mentiras e de aventureirismos.

P.S.  Ao anunciar o que não estava contemplado no acordo com a Troika, ontem, José Sócrates até pode ter conseguido iludir algumas pessoas, divertir a corte do costume que vive à custa do Estado e alimentar a esperança de uma vitória eleitoral. Mas, hoje, 24 horas depois, o silêncio governamental é estrondosamente ruidoso.

Carta aberta a Pedro Passos Coelho

Repetir 2009?

O ministro Silva Pereira recebeu os partidos que recusaram falat com a Troika. Eis um bom momento da governação, cumprindo a promessa de informar os partidos das negociações (?) com os representantes de quem tem possibilidades para emprestar dinheiro ao país.
Agora, só falta mesmo dizer a todos os partidos qual é a verdadeira situação das contas públicas. É que a execução orçamental não acaba em 5 de Junho. E já não temos por cá Vítor Constâncio. Ou seja, as medidas que podem ter que ser tomadas depois das eleições legislativas antecipadas fazem toda a diferença. Afinal, já basta o que aconteceu em 2009, não é?

Boa notícia: Ditadores africanos congelados

As autoridades suiças anunciaram que congelaram as fortunas de ditadores africanos, entre os quais estão Mubarak, Kadhafi e Ben Ali. Só na Suiça, os três tinham valores superiores a 600 milhões de euros.

O PS tem opinião sobre o acordo com o FMI?

Até ao momento, o PS não teve uma palavra sobre o acordo com a troika. Será que foi consultado? Será que tem opinião? Ou será que nem tem direito a opinião porque basta a palavra do chefe?

Dramatização falhada

A vitimização deixou de fazer sentido. E continua, a haver boas razões para responsabilizar o governo pelo actual Estado a que o país chegou. Esta é a primeira conclusão após a divulgação do acordo com a Troika, apesar de não serem conhecidos os seus contornos precisos. Ou seja, a estratégia dramatização de José Sócrates não resultou. Afinal, o cataclismo anunciado, na sequência da crise política que resultou na sua demissão, parece estar afastado. Aliás, a queda do governo contribuiu para uma clarificação das contas públicas e, muito importante, permitiu dar a palavra aos eleitores.

terça-feira, maio 03, 2011

Até tu, Joana Amaral Dias?

Uma das principais mensagens que estão a passar diz muito da propaganda governamental que, pasme-se, até consegue colher junto de quem tem mantido uma intervenção pública credível, como Joana Amaral Dias. A tese é simples (e falsa): seja qual for a escolha do eleitorado para governar Portugal nos próximos quatro anos, a política já está decidida pelo FMI. Ou seja, de uma forma subliminar, tenta-se assim diminuir o valor da alternância, a capacidade de mudança e a possibilidade de corrigir os erros dos últimos seis anos. Só falta mesmo dizer que não vale a pena votar, nem no seu próprio partido (Bloco de Esquerda). Afinal, já está tudo decidido, não é?

O grau zero da propaganda política

O tema das inaugurações à beira das eleições voltou à ribalta, através da TSF. E muito oportunamente. Todos sabem (pelo menos os que querem saber) quanto tem custado ao país, em derrapagens financeiras, a aceleração de obras para serem inauguradas em tempo pré-eleitoral. Aliás, o mais cómico, neste ambiente surrealista, é assistir às inaugurações de José Sócrates, exibindo um enorme sorriso de auto-satisfacção, enquanto o resto do governo e afins, na calada dos corredores do poder, andam de mão esticada para caçar uns trocos a mais ao FMI.

P.S. Falar em «sobriedade do governo» nas inaugurações é de um descaramento intolerável, sobretudo quando tiradas deste calibre ficam sem enquadramento jornalistico, como por exemplo: o primeiro-ministro demitiu-se. Aliás, nem é preciso ter muita memória. Bastaria recordar os milhões, repito, os milhões de euros gastos em inaugurações de vias rodoviárias (PPP's), com banquetes para mais de 100 pessoas, entre outras mordomias.

P.P.S. A propósito, vai haver cerimónia pública, com pompa e circunstância, da assinatura do acordo com o FMI?

Notícias do Estado Social

Não tarda nada

Apesar de toda a a situação já conhecida e da troika instalada em Portugal, chamando ministros e ajudantes como se de subalternos se tratasse, o governo continua a esconder informação sobre as contas públicas. É a governação socialista em todo o esplendor, mantendo o padrão de opacidade até ao fim. E, ainda para cúmulo, quem pede a informação e denuncia a ausência de resposta ainda é criticado. Não tarda nada, José Sócrates, ou um dos afins, vai aparecer na televisão a afirmar que quem critica o governo neste momento é mau português.

P.S. Desengane-se quem julga que pode estar contra a transparência às segundas e a favor da transparência o resto da semana.

segunda-feira, maio 02, 2011

Os socialistas vão votar Portas?

Não vi a entrevista de Paulo Portas na RTP1, mas quem viu gostou. Sobretudo, os socialistas. Será que a grande surpresa das próximas eleições é a transferência de votos do PS para o CDS/PP?

Luís Amado: declaração ambígua em tempo pré-eleitoral

O ministro dos Negócios Estrangeiros felicitou as autoridades norte-americanas pela morte de Bin Laden. Não se sabe se foi durante mais um pequeno-almoço, mas é sabido que, posteriormente, fez uma declaração suficientemente ambígua para merecer toda a atenção e escrutínio: «Portugal não tem sido identificado como um alvo de prioridade desta organização, felizmente, até ao momento, mas as nossas precauções têm que ser tomadas».

A morte de Bin Laden e o terrorismo

É uma grande notícia para Barack Obama, que lhe garante um segundo mandato. Mas a morte do terrorista mais procurado do mundo é muito mais do que a reeleição de um presidente norte-americano e o fim do terrorismo. É a criação de um mártir, cuja imagem vai ser usada para continuar a alimentar a violência, enquanto não forem erradicadas as causas que sempre alimentaram os fundamentalistas, entre as quais se destacam a pobreza, a miséria e o analfabetismo.

domingo, maio 01, 2011

Entretanto, viva a união nacional!

Tem sido particularmente interessante assistir à cobertura da imprensa deste período de pré-campanha eleitoral. Escrutínio? Balanço? Síntese? Não! Aparentemente, o que continua a interessar é o escrutínio, o balanço e a síntese da actividade do maior partido da oposição. Os seis anos de governação socialista continuam a estar fora do centro das atenções mediáticas. Para os mais distraídos a coisa pode ser difícil de entender, mas a explicação pode ser bem mais simples: na imprensa ainda muitos se lembram o que acontece a quem escrutina este governo. Assim, cautelas e caldos de galinha .... Mais vale ir transmitindo as conclusões que vão sendo largadas pela troika.

O desespero e a careca à mostra

Há declarações políticas que matam. Não tanto quando são repetidas por incompetentes e oportunistas, mas quando são proferidas pelos próprios líderes. Há semanas que os socialistas (e os tais papagaios ao serviço) repetem, até à exaustão, que o PSD tem de apresentar propostas e o programa de governo (curiosamente o CDS/PP é poupado). Vale a pena reflectir sobre este compasso de espera. Será que é possível fazê-lo, com seriedade, sem saber o estado das contas públicas e/ou as receitas draconianas impostas pela Troika? Será que antes do disparate, ao serviço do poder, é assim tão difícil perceber que os tempos mudaram? É que já chegou de programas e de anúncios de medidas que nunca saíram do papel. Os tempos mudaram, mas para alguns ainda não.

Ganhar eleições com a verdade

A última carta de Eduardo Catroga ao governo será uma das peças essenciais para os historiadores no futuro. De facto, o «fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional (...) e as gerações mais jovens deviam pôr este governo em tribunal».Eis um momento de verdade que já faltava. Só assim o PSD pode ganhar as eleições. É preciso falar sem medo da Troika porque eles sabem muito bem o Estado a que o país chegou, como todos poderão ver muito em breve com o anúncio das medidas impostas para ir apanhar o dinheirinho. Quanto ao resto, vale o que vale, pois é mais do mesmo: falta de transparência e silêncios para esconder a actual situação. Aliás, sem qualquer surpresa: há políticos  assim, que não gostam de cartas escritas, que nem podem desmentir, nem são susceptíveis de truques.

William e kate: cobertura sem crise

A cobertura televisiva do casamento real não olhou a meios. A obscena quantidade de horas de emissão (de fraca qualidade) e os comentários saloios chegaram a ofuscar a dimensão noticiosa do acontecimento. Obviamente, não é possível ignorar tal evento, mas será que num tempo de tantos apertos é justificável tantos jornalistas e tantas horas de emissão?

Submarino, Arpão e silêncio

A entrega do segundo submarino, comprado aos alemães da Man Ferrostaal, foi rodeada de um estranho silêncio. Até o caceteiro político de serviço esteve calado. Curiosamente, o equipamento militar foi baptizado com o nome de "Arpão". Eis um nome adequado para uma pescaria de peixe graúdo. Corrupção nos submarinos, pagamento de comissões, críticas a Paulo Portas... ora, ora, isso já lá vai! A hora é de sublinhar o brilhantismo estratégico do líder do CDS/PP. Esta espécie de PS nunca enganou.

quarta-feira, abril 27, 2011

O enésimo José

No meio da tragédia, seja nacional ou outra, não é recomendável perder o sentido de humor. Aliás, só assim é possível ter coragem para assistir a mais uma entrevista de uma nova versão (enésima) do José. Na entrevista a Judite de Sousa, na TVI, foram tantas as afirmações que mais pareceram mentirolas políticas (novas e velhas) que os portugueses tiveram uma oportunidade única para esquecer, momentaneamente, os problemas. Afinal, umas boas gargalhadas também podem ser um ponto de partida para começar a resolver a crise.

terça-feira, abril 26, 2011

Diálogo é diferente de união nacional

A treta de uma falsa unidade para tentar enganar o pagode, quiçá a troika, é mais um sinal da infantilidade de um regime em decomposição que tem sido usado e abusado pelos políticos. Aliás, foi de diálogo em diálogo, de Bloco Central em Bloco Central, de presidentes em presidentes, de governos em governos ( maioritários e minoritários) que o país chegou a este Estado.
É o eleitor que tem de decidir. E quem escolhe se o governo é maioritário ou minoritário é o povo, não é uma nomenclatura que, entre umas discursatas e uns acordes de piano, decide tocar a rebate para defender interesses que vão muito além dos problemas do povo.

P.S. A resposta de Pedro Passos Coelho, a quem insiste em apelar à liquidação do pluralismo democrático, foi arriscada, mas valeu a pena. Tem de ser assim. Claro, frontal e sem medo desta classe política que já mostrou o que vale. E vale muito pouco.

segunda-feira, abril 25, 2011

25 Abril: Presidentes e mais Presidentes

A ideia era excelente. A iniciativa até era oportuna. O momento justificava o simbolismo. O resultado foi uma desilusão. Palavras e mais palavras. O mesmo discurso de sempre. Nem uma ideia. Nem uma proposta concreta. Apenas a estafada mensagem da união nacional, quiçá nostalgia de um passado que não sai do subconsciente.

domingo, abril 24, 2011

Síria: o que vão fazer os países do Ocidente?

Depois do ataque brutal contra os líderes da oposição ao regime de  Bashar al-Assad, perpetrado durante a calada da noite, como convém a qualquer operação cobarde, vai ser interessante assistir à reacção de norte-americanos, franceses e ingleses. Afinal, a Síria é uma coisa e a Líbia é outra, não é?

Mário Soares: aviso à navegação socialista

O elogio público de Mário Soares a Pedro Passos Coelho é um aviso à navegação para dentro do próprio PS. E sobretudo um puxão de orelhas a todos aqueles que ainda julgam que estar ao lado do chefe é um passaporte para poder ocupar as primeiras filas da sucessão.

Maldito défice de 2010: a revisão da revisão

Com este governo, há números assim que nunca estão certo. Agora, o défice de 2010, que já fora revisto em alta para 8,6 por cento do PIB, passou a ser de 9,1 por cento. A culpa é de três contratos de Parcerias Público Privadas, quiçá da troika (FMI, FEEF e BCE).

P.S. O anúncio oficial do INE a um sábado é algo de extraordinário. Tão extraordinário que até parece normal. Tal e qual como as declarações de Vieira da Silva, ministro da Economia, que quase conseguiu alcançar a desfaçatez do chefe.

P.P.S. Definitivamente, o ministro das Finanças está politicamente enterrado vivo. 

sábado, abril 23, 2011

Há estrelas e estrelas

O filme dos polícias bons e polícias maus não se resume aos casos de polícia. Na política também há mais do mesmo. E até há quem (ao melhor estilo dos vermes) se preste ao jogo de espelhos para tentar salvar o chefe, convencidos que as suas jogadas merecem qualquer credibilidade. Nem mesmo o marketing é capaz de  disfarçar tanta desfaçatez.

O próximo Governo tem de restaurar a confiança na Justiça

Os factos que condenam Sócrates

sexta-feira, abril 22, 2011

Teixeira dos Santos: o coveiro de Sócrates?

O afastamento do (ainda) ministro das Finanças das listas do PS é uma enorme surpresa. E das duas uma: Ou Fernando Teixeira dos Santos foi incompetente e arrastou José Sócrates para uma governação tresloucada, o que explicaria o seu afastamento das listas de deputados socialistas, ou então ainda vamos assistir a uma espécie de última ceia à portuguesa na próxima campanha eleitoral.

P.S. O Expresso já começou a dar um cheirinho.

Paulo Portas: a muleta de Sócrates?

A posicão de charneira do CDS/PS pode tornar-se uma dor de cabeça para Paulo Portas. Sobretudo se os eleitores começarem a acreditar que o CDS/PP tem um entendimento secreto com os socialistas para formar governo no caso de não haver uma maioria absoluta do PSD. A recusa de Portas em esclarecer se está disponível para levar Sócrates para São Bento ainda adensa mais os rumores.

Wael Ghonim: o reconhecimento da revista Time

O egípcio foi considerado a pessoa mais influente do mundo, lado a lado com os principais dirigentes mundiais. A actividade do blogger em prol da revolução no Egipto é assim reconhecida por uma das mais prestigiadas revistas mundiais.

Como coelhinho de Páscoa, a Marktest trouxe-nos ao circo

A doer

quinta-feira, abril 21, 2011

O português chico-esperto

Pedro Passos Coelho: o primeiro abanão

Bastou uma espécie de sondagem, cuja credibilidade está demonstrada por exemplos passados, para o líder do PSD ser posto à prova. E ainda bem! Reagiu com humildade democrática, mas não basta. Faltam alternativas claras, com nome e com rosto, como aconteceu com Fernando Nobre,  Por exemplo: quando é que Passos Coelho apresenta um nome credível para procurador-geral da República?

Tolerância de ponto: o fantasma de Cavaco

Depois da suspensão do pagamento das SCUT's, que tem passado claramente em branco (por que será?), chegou a vez de mais um exemplo gritante do oportunismo e demagogia do governo: a tolerãncia de ponto no momento em que José Sócrates pede desesperadamente dinheiro ao FMI.

O melhor de Sócrates: há lixo e lixo

Teixeira dos Santos e Luís Amado estão fora das listas para as legislativas antecipadas de 5 de Junho. Ou seja, passaram para o nível do lixo desta espécie de PS, com novas cores de uma ala esquerda rendida, ou melhor, quase completamente rendida. Felizmente, com mais ou menos verniz, nem tudo é lixo. Num dos maiores partidos da democracia ainda há quem tenha qualidade e um pingo de lucidez.

Sondagens e sondagens

Vamos viver um período alucinante em que as sondagens (ou coisas parecidas) vão surgir que nem cogumelos.

quarta-feira, abril 20, 2011

Estado de falência: militares não recebem o ordenado

A ruptura nas finanças públicas tem sido até agora uma questão abstrata. Muitas vezes, até parece que há algumas pessoas que ainda não perceberam as consequências da governação Sócrates, e o que está a acontecer (e o que ainda vai acontecer!). Hoje, os sargentos já começaram a sentir o verdadeiro significado da palavra ruprtura nas finanças públicas. O ordenado ainda não chegou!

Síntese da governação socialista

Paulo Portas estica a corda com o PSD

A entrevista a Judite de Sousa, na TVI, revelou um líder concentrado em obter um resultado histórico para o CDS/PP. Contudo, o discurso de distanciamento crescente em relação ao PSD, com ataques cirúrgicos, pode colocar em risco uma maioria de direita. Aliás, não é por acaso que esta estratégia tem merecido crescentes elogios da parte dos socialistas, ou seja, Portas está a jogar um jogo difícil e demasiado ambicioso. Valerá a pena?

terça-feira, abril 19, 2011

Pedro Passos Coelho: cada vez mais seguro

A prestação do líder do PSD, em resposta aos ouvintes da TSF, revelou um candidato a primeiro-ministro seguro, com um discurso verdadeiro e revelando bom senso. Depois dos truques e das aventuras dos últimos dois governos socialistas, eis uma palavra-chave que Portugal precisa como pão para a boca: bom senso.

Choque de vida

Freitas do Amaral: «Sócrates começou a viver num mundo irreal»

A entrevista do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de maioria socialista foi um dos raros momentos de lucidez política dos últimos tempos.  Aliás, não é todos os dias que se pode ouvir, na RTP, uma tão clara síntese sobre as gravíssimas responsabilidade do primeiro-ministro, do ministro das Finanças e de afins na actual situação de Portugal.

O amigo Basílio

O descaramento da designação de Basílio Horta para cabeça de lista do PS por Leiria não surpreende. E até é justa, tais foram os serviços prestados pelo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal em prol da propaganda governamental. Está à vista! Tudo por Portugal, obviamente.

segunda-feira, abril 18, 2011

Listas de Deputados: a diferença entre PS e PSD

As listas apresentadas pelo PS e PSD para as próximas eleições antecipadas de 5 de Junho de 2011 têm merecido uma análise enviesada, que apenas revela que há muito boa gente que tem medo da mudança. A comparação entre as listas dos dois maiores partidos revela uma realidade inequívoca: no PS, continua mais do mesmo; no PSD, acontece uma verdadeira renovação, a começar pelos ex-líderes do próprio partido que, sabiamente, deram o lugar aos mais novos.

P.S. Ana Gomes conseguiu ser eleita para a Comissão Política do PS. Não foi por indicação de José Sócrates, mas sim por um dos candidatos derrotados, Fonseca Ferreira, que assim prestou um bom serviço aos socialistas.

A mal e à força

«É impossível manter a ordem com os indígenas à solta, os políticos a comerem à tripa forra da gamela do Estado e os empresários a viverem à pala dos dinheiros públicos».

FMI: um texto para recordar

Saldanha Sanches, 24 de Dezembro de 2009

Fernando Nobre: esclarecimento ao vivo na RTP

Fernando Nobre esclareceu, em directo, na RTP, a bondade da declaração feita ao Expresso. Aliás, o episódio deve ter servido de lição ao cabeça de lista por Lisboa do PSD. Chega de entrevistas do outro lado do mundo pelo telefone. Apesar de se ter colocado a jeito, o ataque cerrado que lhe foi feito serviu para amplificar ainda mais o seu objectivo de levar mais cidadania à política, tanto mais que alguma da gente que o invectivou não tem credibilidade para o avaliar pessoal e politicamente.

domingo, abril 17, 2011

Os negócios militares

Vem aí ainda mais corrupção?

No âmbito da homenagem a José Luís Saldanha Sanches, que se realizou na Eirceira, no âmbito do Ciclo "Questões de Cidadania", promovido pelo Instituto de Cultura Europeia e Atlântica, Maria José Morgado e Luís de Sousa (dois dos autores do livro Transparência Justiça e Liberdade - Em Memória de Saldanha Sanches) alertaram para os riscos da ajuda externa poderem provocar mais cortes na Justiça, podendo dar origem a riscos acrescidos do aumento da corrupção, como noticiam o DN e o Sol.

Justiça: o descalabro na informatização

Como já foi referido, aqui, o estado de caos na informatização da Justiça atingiu um nível extraordinário. Incompetência? Tentativa de limitar o trabalho de juízes, procuradores e investigadores criminais? Para quem continua a ignorar os sucessivos alertas, desde 2005, aqui fica uma circular do Conselho Superior de Magistratura, de 12 de Abril passado, que deveria fazer corar de vergonha o governo de José Sócrates e quem tutela a pasta da Justiça ( ministro, secretário de estado e director-geral).

Circular n.º 8/2011 - Supressão de dados ou actos processuais do Citius
Proc. n.º 99-1253/D - Gabinete de Apoio

Na sequência de participação recepcionada no CSM e tendo por base a Informação que sobre a mesma incidiu, foi por despacho de 31.03.2011, de S.ª Ex.ª o Senhor Vice-Presidente do CSM, determinado que se circule por todos os Exmos. Senhores Juízes, no sentido de, ocorrendo situações anómalas graves na plataforma informática Citius, designadamente a supressão ou ocultação de actos processuais praticados pelos Exmos. Senhores Juízes e que não sejam imediatamente resolvidas pelos técnicos informáticos que prestam apoio nos Tribunais, devem tais situações ser participadas com a maior brevidade possível, quer ao Conselho Superior da Magistratura, quer ao ITIJ, evitando-se a prática de actos processuais no terminal informático no qual tenha ocorrido a aludida situação anómala até aferição da ocorrência.

Crime e lixo informático

«Gastaram-se milhões em sistemas informáticos paralelos, isolados, que obrigam à repetição do registo de dados cada vez que o processo circula para um serviço distinto».
Maria José Morgado, in Expresso

Os truques e Pacheco Pereira

O (ainda) deputado Pacheco Pereira, o mesmo que esteve de acordo como veto ao nome de Pedro Passos Coelho, entre outros, para as listas das eleições legislativas de 2009, revelou uma mensagem de SMS, agora, que recebeu no passado dia 11 de Março de 2011. Cheira a requentado, não cheira? Tal como cheirou a requentado a campanha que visou co-responsabilizar o líder do PSD na apresentação do PEC4 em Bruxelas. Ele há cada uma: então já não se distingue o que são conversas privadas e confidenciais, tipo comunicação de facto consumado, com a responsabilidade de um governo apresentar medidas de austeridade, depois de  um dia antes mentir descarada e impunemente ao Parlamento?
Já não há mesmo quaisquer limites?

P.S. Pacheco Pereira não fará parte das listas do PSD nas eleições legislativas de 2011. Também era só o que faltava!

E viva o futebol

No meio de um mar de tristezas (e dívidas), o futebol português continua a dar alegrias. É uma boa notícia, entre muitas más notícias. Braga, Benfica e Porto estão de parabéns.

sexta-feira, abril 15, 2011

O melhor de Sócrates: Lá no fundo

Marques Mendes não é imune ao disparate, nem um ou outro disparate têm impedido excelentes comentários políticos na TVI 24. Mas há limites, se não, vejamos: O ex-líder social-democrata considera que a estratégia política dos socialistas (os truques?) revelam profissionalismo, em contraponto com o amadorismo dos social-democratas. Só falta perceber se Marques Mendes está sugerir a Pedro Passos Coelho que passe a usar as mesmas omissões e mentiras que José Sócrates tem usado com total impunidade e descaramento políticos. Seja como for, não é possível afirmar que o governo socialista é pouco rigoroso e ao mesmo tempo elogiá-lo pelo seu profissionalismo. A não ser que, lá no fundo...

Comemoração do 25 de Abril de 2011: branqueamento em marcha?

O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, convidou os seus três antecessores para discursarem na cerimónia de comemoração do 25 de Abril. O gesto é  oportuno. Esperemos que o convite não sirva para o alijar de gravíssimas responsabilidades no endividamento público. Para ser ainda mais claro: há vida para além do défice, mas não há branqueamento possível para quem ignorou todos os sinais de alarme do endividamento público, com a direita ou a esquerda no poder.

A execução orçamental e a propaganda

Hoje, os jornais anunciaram um novo país. Foi quase um momento de alívio. Mas será real? Então depois do ministro das Finanças ter alertado que o dinheiro só chega até ao fim de Maio, as contas do primeiro trimestre apontam para uma melhoria 1.750 milhões de euros?  Das duas uma: ou o FMI adopta a estratégia do Eurostat, fazendo de conta que acredita nas contas dos organismos públicos portugueses, ou então ainda há mais gato escondido com rabo de fora.

quarta-feira, abril 13, 2011

Um ponto de viragem na crise

A cada dia que passa, é cada vez mais evidente um fosso abissal entre duas formas de encarar a vida e a política: por um lado, os que estão fartos das mentiras, dos truques e da pornográfica vitimização; por outro, os que acreditam que vale tudo para manter o poder.

Sem desculpa

Pedro Passos Coelho está a aprender com os erros

O líder do PSD pediu, formalmente, o acesso a «todas as análises intermédias ao longo do processo» de negociação entre o governo e a missão que está em Portugal a decidir o programa de assistência financeira.
Eis uma atitude prudente e pertinente para evitar novos truques ... e novas cenas tristes e patéticas de vitimização. Aliás, a reacção do inefável ministro da Presidência diz tudo sobre a pertinência desta condição legítima do principal partido da oposição.

P.S. Enquanto Durão Barroso garante que não há apoios intercalares (os portugueses não esquecem!), Paulo Portas lembrou que só o novo governo pode tomar opções para o futuro. Ou será que a Comissão Europeia já nem disfarça que os portugueses deixaram de contar para o totobola no estado em que José Sócrates colocou o país.