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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

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quarta-feira, agosto 27, 2025

MONTENEGRO QUEIMADO

A bolha que rodeia Luís Montenegro, designadamente aqueles que o substituíram e o deixaram queimar ao ritmo da vertigem dos incêndios, continua a dominar a governação, a favorecer os interesses instalados e a comprometer a credibilidade do próprio primeiro-ministro.

P.S. Luís Montenegro não compreendeu o que se passou com os incêndios. Gravíssimo: não admite que a ministra Maria Lúcia Amaral é um desastre à solta. Politicamente suicida: não percebeu o que lhe está a acontecer.

PROBLEMA CHAMADO PSL

É uma bomba política ao retardador: Pedro Santana Lopes, 21 anos depois, tem todas as condições para acertar contas com quem, ao seu lado, tudo fez para o derrubar como PM. 

P. S. A oposição para a compra de aviões para combater os incêndios tem de ser escalpelizada na comissão parlamentar de inquérito ao negócio dos fogos. Querem ver que o governo vai voltar a cair?

domingo, agosto 24, 2025

CONSEGUIMOS

O Instituto da Conservação da Natureza das Florestas (INCF) revela 172,07 mil hectares ardidos até 17 de Agosto, tornando 2025 o 4.º pior ano do século.

P. S. Projecção até Dezembro: 283 mil hectares .

sexta-feira, agosto 22, 2025

SNS E GOVERNO À DERIVA

É muito mais do que razão para a pior ministra da Saúde estremecer: o anúncio de isenção de taxas moderadoras para as zonas afetadas pelos incêndios é inacreditável.

P. S. Os portugueses estão dispensados de pagamento de taxas moderadoras desde 1 de Junho de 2022.

terça-feira, agosto 19, 2025

MARCELO E VIOLÊNCIA DE ESTADO

Depois do que se passou na Covilhã, hoje, ao final da manhã, Marcelo Rebelo de Sousa entendeu anunciar a sua deslocação a Vila Franca de Deão, na Guarda, às 17H30, para estar presente no funeral de Carlos Dâmaso, ex-autarca de Vila Franca de Deão, vítima mortal do combate ao fogo.

P. S. Independentemente de ter pedido e/ou recebido autorização da família, o gesto é muito mais do que o roçar da provocação. É uma violência de Estado, um gesto institucional e político que pode ser legitimamente entendido como um desafio gratuito a toda a comunidade que está a viver momentos dramáticos.

"VAI-TE EMBORA, NÃO MERECES ESTAR AQUI"

A liberdade de circulação é para todos, até para Luís Montenegro, mas a sua presença na Covilhã, no funeral de um bombeiro, nas acuais circunstâncias, roçou a provocação gratuita. 

P. S. A resposta do povo não podia ter sido mais dura: – "Vai-te embora, não mereces estar aqui!".

domingo, agosto 17, 2025

MARIA LÚCIA AMARAL: MAIS NADA DO QUE EMOÇÕES E OBRIGADOS

Por vezes, os governantes não têm a noção do ridículo político. Ou não podem ter. É o caso da ministra da Administração Interna: quando se esperavam acção e medidas, além de estender mais uma par de horas o estado de alerta. O que se segue: a exploração bafienta das emoções, tudo regado com muita unidade e agradecimentos.

P. S. A cobardia política também é fugir às perguntas dos jornalistas.

INCÊNDIOS: NÚMEROS ATIRADOS PARA O AR

Anualmente, na época da tragédia dos incêndios, o número de bombeiros, de militares (GNR e forças armadas) e de meios aéreos aéreos são atirados para o ar, sem qualquer possibilidade de escrutínio, tanto mais que é sistemática e deliberadamente omitida informação relevante: de onde vêm,  em que quartéis estão estacionados, como é que chegaram ao cenários dos incêndios, quais as operações aéreas realizadas e a que horas? 

P. S. Um clique no computador, com a disponibilização da informação indispensável, é a única forma de esclarecer a veracidade das críticas de falta de meios, mas a confusão serve para esconder os falhanços. É na falta e respeito pelo cidadão que medra a desconfiança  a revolta. 


sexta-feira, agosto 15, 2025

RTP: INCÊNDIOS SÓ COM MAIS NEGÓCIO

Mesmo no período de catástrofe nacional por causa dos incêndios, o serviço público de informação só pode ser visto online se for consentido mais negócio, apesar dos contribuintes pagarem o canal público.


P. S. A ERC ainda existe?

RECATO, IMEDIATAMENTE

A falta de bom senso e de decoro são chocantes. Já morreu uma pessoa por causa dos incêndios, senhores, é exigível recato e respeito.

P. S. Se o objectivo é ofender os portugueses, então compreende-se, desde logo porque Marcelo Rebelo de Sousa há muito tempo que vive alheado da realidade Quanto a Luís Montenegro impõe-se a pergunta: onde anda António Leitão Amaro?

quinta-feira, agosto 14, 2025

NUNO MELO E A RÁBULA DOS MILITARES NOS INCÊNDIOS

Depois de o ministro da Defesa avançar e/ou não desmentir que estão cinco mil militares (fantasmas?) no terreno, obviamente na RTP, para ajudar no desastre dos incêndios, é quase confrangedor ter que relembrar a rábula dos militares e dos incêndios. Em 2016 já era assim: "Fogos: militares combatem às escondidas?".

P. S. Mesmo com atoardas semelhantes, misturando GNR e Forças Armadas, sem qualquer possibilidade de verificação, as chefias militares ainda são capazes de aturar por mais algum tempo Nuno Melo, uma nulidade política, de um partido moribundo, tipo Verdes que fogem das eleições, a que Luís Montenegro está obrigado a manter em funções se quer continuar no poder.

terça-feira, agosto 12, 2025

MARCELO AMEAÇA MONTENEGRO

Depois de oito anos a conviver mais ou menos tranquilamente com o descalabro no SNS, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou-se de fazer um ultimato a Luís Montenegro, exigindo progressos no funcionamento das Urgências hospitalares até ao final do Verão.

P. S. A banhos no Algarve, enquanto o país está a arder a Norte, é uma declaração por excesso de Sol, para desviar as atenções dos incêndios e da posição do Estado em relação à Palestina ou para retocar a imagem no final de dois desastrosos mandatos?

domingo, agosto 10, 2025

ALTA TEMPERATURA 05/2025: NÚMEROS DE INCÊNDIOS DOS ÚLTMOS 25 ANOS PARA MEMÓRIA FUTURA


  • 1966: Um incêndio na serra de Sintra causou a morte de 25 militares do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa de Queluz, que tentavam combater as chamas.
  • 1985: Em Armamar, um incêndio resultou na morte de 14 bombeiros.
  • 1986: Um incêndio em Águeda, na noite de 14 de junho, vitimou 16 pessoas (13 bombeiros das corporações de Águeda e Anadia e 3 civis). Este foi um dos primeiros grandes incêndios com área ardida superior a 10 mil hectares.
  • 2003: Considerado um dos anos mais trágicos, com 21 mortes registadas em milhares de incêndios de norte a sul do país. Este ano também detém o recorde de área ardida, com 425.839 hectares queimados, incluindo 286.055 hectares de povoamentos florestais e 139.784 hectares de mato.
  • 2005: Embora com menos mortes diretas (não há registo específico de vítimas fatais mencionado), este ano destacou-se pelo elevado número de ocorrências (mais de 35 mil) e perdas económicas de 757 milhões de euros, o maior prejuízo anual registado. A área ardida foi de 339.089 hectares.
  • 2006: Um incêndio no distrito da Guarda resultou na morte de cinco bombeiros chilenos que apoiavam o combate às chamas.
  • 2012: Centenas de incêndios causaram seis mortes, incluindo quatro bombeiros.
  • 2013: Nove pessoas morreram, incluindo oito bombeiros e um civil, com 120 mil hectares de floresta ardida. Na Serra do Caramulo, quatro bombeiros foram encurralados pelas chamas.
  • 2016: Os incêndios na Madeira provocaram três mortes e destruíram 37 habitações, levando a um pedido de ajuda à União Europeia. Até 15 de outubro, foram registados 160.490 hectares de área ardida.
  • 2017: O ano mais mortífero da história recente, com mais de 100 mortes em incêndios florestais. O incêndio de Pedrógão Grande (junho) causou 64 mortes (alguns registos indicam 61 após revisão) e cerca de 200 feridos, sendo considerado o mais mortífero de Portugal e o 11.º a nível mundial desde 1900. Em outubro, foram registados 523 incêndios num único dia, resultando em 50 mortes e cerca de 70 feridos, principalmente nas regiões Centro e Norte (Viseu e Coimbra). A área ardida total em 2017 ultrapassou 440 mil hectares, quatro vezes superior à média dos dez anos anteriores.
  • 2015–2018: Um relatório europeu apontou que entre 31 e 189 mortes em Portugal foram atribuídas à exposição prolongada a partículas em suspensão provenientes do fumo de incêndios florestais.
  • 2000–2025: Desde o ano 2000, os incêndios florestais em Portugal causaram pelo menos 262 mortes, das quais 72 foram bombeiros.
  • 2024–2025: Até julho de 2025, os incêndios continuaram a devastar o país, com 10.768 hectares ardidos até 15 de julho de 2025, mas não há menção específica de mortes em 2025 até essa data. Em 2024, foram registados 136.424 hectares ardidos.

terça-feira, agosto 05, 2025

ALTA TEMPERATURA 04/2025

A saga da caça aos incendiários já está em marcha. É assim, anualmente, quando as consequências do abandono e incúria se traduzem em incêndios devastadores e prejuízos incalculáveis.

P. S. É o vira o disco e toca o mesmo, sempre com a suprema impunidade política habitual. Todos juntos, até ao próximo Verão, com garantia de mais um capítulo da farsa. Nada mudou, nem mesmo nos incêndios.  

domingo, agosto 03, 2025

ALTA TEMPERATURA 03/2025

Quando o falhanço da prevenção e da coordenação do combate aos incêndios é novamente uma evidência, que até uma criança consegue alcançar, eis Marcelo Rebelo de Sousa a declarar que mais vale prevenir do que remediar. 

P. S. O estilo velho e bafiento, institucional e político, já não resiste ao mais elementar escrutínio. O problema é que nem vislumbre de escrutínio do Media, a não ser transmitir a exaustão das chamas. As reacções de Mariana Leitão e de Joana Amaral Dias, dizem tudo.

sábado, agosto 02, 2025

ALTA TEMPERATURA 02/2025

O anúncio do estado de alerta, numa declaração tão solene quanto oca, mais pareceu um ritual, para cumprir calendário, sem que a substância, anos e anos de incúria e abandono, tenha conduzido a um qualquer limiar de pudor na forma.

P. S. É preciso ter muito estômago para ser autarca, governante, presidente: os factores críticios, que contribuíram para o desastre de 2017, em Pedrógão, continuam intocáveis. E todos, ou quase todos, fazem de conta que não sabem, uns palrando, outros escondendo a sua própria responsabilidade. 

quinta-feira, julho 31, 2025

ALTA TEMPERATURA 01/2025

O país a arder, o sofrimento de quem perde, a mesma conversa de sempre, nada mudou, nem os disparates na Administração Interna.

P. S. A bola está quase a começar a rolar, um alívio para os mesmos do costume.


domingo, setembro 22, 2024

DEPOIS DA TRAGÉDIA E DAS LÁGRIMAS DE CROCODILO, MAIS URGÊNCIAS FECHADAS

Passado o desastre, reforçado pela também funesta falta de assumpção de responsabilidades políticas, após todas as lágrimas de crocodilo dos responsáveis técnicos e políticos pela falta da prevenção de mais uma tragédia, as 13 urgências fechadas e condicionadas dão a dimensão do desvario em que Portugal está afundado.

P. S. As greves no sector da saúde são mais uma prova do falhanço de Luís Montenegro. De Ana Paula Martins, já nem é preciso dizer mais palavras.

sábado, setembro 21, 2024

COM MONTENEGRO, TUDO NA MESMA NOS INCÊNDIOS

Falta cabeça e juízo politico aos governantes, faltam representantes de órgãos de soberania focados no essencial: quando o Outono está à porta, após mais uma tragédia dos incêndios, começam a multiplicar-se as notícias de detenção de suspeitos de atear fogos. Tem sido sempre assim, é sempre assim há décadas, quando deveria ser diferente, investigar, prevenir e apanhar os criminosos antes do tempo quente. 

quinta-feira, setembro 19, 2024

INCÊNDIOS: MARCELO E OS MEDIA SEM MEMÓRIA

A 18 de Junho de 2017, um dia depois do início dos incêndios de Pedrógão Grande, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: «Uma só morte em tais circunstâncias é sempre uma tragédia». 
Passados mais de 6 anos da entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, já reeleito a 25 de Janeiro de 2021, nem vislumbre de memória do próprio nem dos Media, mesmo depois dos 7 mortos nos devastadores incêndios em curso na zona Norte e Centro.

P. S. Luís Montenegro tarda em retirar consequências políticas. De António Costa nem vale a pena dizer mais nada.