#franja

«Quem está a sofrer é só uma franja. Que franja? A minha não é de certeza. Estou pelos cabelos com aumentos de tudo menos do salário. Estou pelos cabelos porque sofro sempre que me aproximo de uma caixa de supermercado com o essencial. Não deixo, é verdade, milhões nessas caixas, mas deixo parte substancial do que ganho para pagar a casa, que ainda não é minha porque é da Caixa».

HABITAÇÃO, ORDENS PROFISSIONAIS E TAP NO PARLAMENTO

A votação do relatório final da CPI da TAP é uma anedota politicamente grotesca da maioria absoluta. Não menos preocupante é o resultado das medidas avulsas para a Habitação (só o anúncio já deu cabo do sector) e a alteração dos estatutos das ordens profissionais (cresce a contestação).

E AS CASAS SOBEM, SOBEM

«O licenciamento e a conclusão de edifícios continuam em queda, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas».

O (IR)REGULAR FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES

«Justiça leva 29 anos a resolver expropriação ilegal», revela o Correio da Manhã. Resta a questão: os arrendamentos compulsivos, que chegarem a tribunal, quanto tempo vão levar a serem resolvidos por esta espécie de Justiça?

MAS, AFINAL, QUAL É O CRITÉRIO?

«Na governação, à falta de uma visão integrada para o país, triunfa a gestão do quotidiano, pelo que a consagração das agendas do dia (pessoais, de interesses ou mediáticas) transformam tudo numa urgência, à medida que se acumulam as disfunções, os casos, as contradições e perigosas sinalizações para a sociedade sobre uma espécie de salve-se quem puder. É assim que chegamos a um quadro de ação contraditório e imprevisível nos sinais que dão à sociedade, entre a ambição de querer o Estado presente em tudo, a realidade da insuficiência da sua capacidade de resposta e a cedência total à desregulação do mercado».

SAIR DE CASA, UMA CAUSA

«33,6 anos. É esta a média com que os jovens portugueses saem de casa dos pais. Portugal foi em 2021 o país da União Europeia onde os jovens saíram mais tarde da residência dos seus progenitores para iniciarem o seu projeto de vida de forma autónoma».

VIGÍLIA TASCAL INVERTIDA

«A realidade, esta realidade, degradada, disfuncional e deslaçada desfila perante a vigília cívica da brandura com o poder, com os interesses prevalentes e com as ligações para a manutenção dos equilíbrios, que vai implodindo a classe média e todos os motores de dinâmicas positivas».

O ESTADO DE DIREITO DOS RICOS E PODEROSOS

«Constitucionalistas chumbam travão aos vistos gold. Pareceres jurídicos de Jorge Miranda, Sérvulo Correia e Rui Medeiros concluem que o fim do regime dos vistos gold, com a proibição de serem ainda considerados os pedidos entrados após 16 de fevereiro, viola o princípio da proteção da confiança».

HABITAÇÃO: ENGANOS, ILUSÕES E MANOBRAS DE DISTRAÇÃO

O fraco crescimento económico, resultado de uma governação fracassada e dos altos níveis de corrupção, que se diz de esquerda e protectora dos mais pobres, tem os resultados à vista. Aliás, em que país europeu, em que capital, em que grande cidade, é possível alugar uma casa no centro com o salário mínimo português? 

P. S. António Costa continua olímpica e descaradamente a declarar o respeito pela Constituição, obviamente com a cumplicidade de uma parte da comunicação social e demais opinião publicada.

IHRU: QUANTOS BOYS E GIRLS DESDE 2015?

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana passou a ser a estrela da deriva coerciva,  devendo assumir o papel de "polícia" mau no "filme" da Habitação, enquanto António Costa pretende assumir o papel de "polícia" bom. Esclarecedor, e útil para os cidadãos, seria tornar público as nomeações que já foram feitas desde 26 de Novembro de 2015 para o IHRU.

 

TRÊS MILHÕES DE POBRES. ASSIM NÃO DÁ

«Este pacote em pouco ou nada resolverá os problemas dos portugueses que poupam cada vez menos, passam fome com cada vez mais frequência e têm cada vez mais dificuldades para pagar as prestações/rendas das suas casas».

HABITAÇÃO: COBARDIA POLÍTICA, AMEAÇA E REFORÇO DA ENCENAÇÃO

Depois de criar um gigantesco problema na Habitação, não tendo feito nada para o contrariar nos últimos sete anos, António Costa tenta chutar as responsabilidades próprias para as autarquias, mas mantém a espada em cima da cabeça dos presidentes da Câmara, agora com a ameaça de subtracção do IMI. A manutenção da deriva totalitária das medidas coercivas é apenas mais um passo para inventar uma cisão ideológica, entre esquerda e direita, uma espécie de porta de saída para disfarçar o fracasso da governação e tentar manter o poder a todo o custo.

P. S. A encenação da tensão com Marcelo Rebelo de Sousa segue e soma.

O "COIOTE" COM MAIS PROMESSAS, MAIS UM TRUQUE E AS CARAÍBAS

António Costa exibiu mais duas promessas – aumento função pública e baixa do IVA dos produtos alimentares – e mais um truque – utilizar uma legislação destinada a intervir em prédios em ruínas para tentar manter o delírio (do arrendamento) compulsivo. O tom entre o cabisbaixo e o nervoso do "chefe" e o embaraço da bancada parlamentar socialista dizem tudo. Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa já está a caminho das Caraíbas.

P. S. Chuck Jones, animador e criador do "Bip Bip" e do seu perseguidor "Willy Coiote", foi estrela no debate pela mão de Carlos Guimarães Pinto: «O senhor primeiro-ministro é o [Willy) Coiote da política portuguesa. Anda sempre atrás dos problemas».

PS COM O CHEFE ATÉ AO ABISMO

Porfírio Silva, deputado do PS, apelidou a generalizada onda de críticas em relação ao pacote para a Habitação como «reações epidérmicas mais ideológicas». É o  regresso a Portugal do PS indigente, à volta do chefe, até ao abismo.

COSTA NO PARLAMENTO E MONTENEGRO A REZAR

O primeiro-ministro, hoje, no Parlamento, vai ser confrontado com a realidade nua e crua. Já não há como fugir, nem mesmo com um qualquer plano tirado da cartola à última da hora. É que a encenação da habitação não está a correr nada bem.

P. S. Na expectativa está Luís Montenegro, certamente a rezar para que corra tudo bem a António Costa, pois "herdar" o país neste momento deve ser aterrador.

POVO NA RUA E CRÍTICAS DO EX-PRESIDENTE

Não há dúvidas: o povo está a sair à rua, começando uma espécie de balanço da governação de António Costa. À falta de um presidente em Belém, com vontade e capacidade para exigir mais governação, Aníbal Cavaco Silva avança com avassaladores críticas às medidas anunciadas para a Habitação, sublinhando a falta de credibilidade e confiança.

PS E A CONSTRUÇÃO

O pacote para a Habitação de António Costa está moribundo. A encenação, para inglês ver, desta vez esbarrou mesmo na realidade, como comprovam o recuo e a abstenção do PS na Assembleia da República em relação às propostas para o sector do PSD.

P. S. Ainda há quem tenha memória: Carlos Guimarães Pinto deu o correctivo que se impunha a esta maioria desnorteada.

O TEU É MAIS DEVOLUTO QUE O MEU

«Vive-se em modo devoluto, mesmo que a margem de tolerância dos cidadãos seja cada vez menor, que o enfado se torne presença nos constrangimentos do dia-a-dia e a democracia revele preocupantes níveis de erosão perante os acontecimentos e as omissões».

ALOJAMENTO LOCAL SOB ATAQUE

Colocar em crise o universo de 50 mil pontos de Alojamento Local, espalhados por 1738 freguesias, vai ter consequências que vão muito além da estratégia do medo e da chantagem das medidas para a Habitação. Afrontar o empreendedorismo mais moderno, activo e bem sucedido, colocar em risco o trabalho dos mais jovens e mais bem preparados e desafiar uma parte da classe média que continua a querer ser independente são demasiados erros, representam um enorme risco político para António Costa e Fernando Medina.

COSTA NA BARRACA?

António Costa já começou a sentir, de perto, a indignação com que os portugueses vivem, exibindo uma atitude imperial que resultou num incidente, felizmente, sem gravidade, mas revelador do muito mais grave que se pode passar a muito curto prazo.

P. S. Há cerca de um ano, Marcelo rebelo de Sousa passou pelo mesmo.