MARCELOCELL: E A FICÇÃO DURA, DURA...

A cada reunião no Infarmed, à porta fechada, Marcelo Rebelo de Sousa é um hino à ficção do que o poder gostaria que a realidade fosse, mas não é. Assim, antes que os danos sejam ainda maiores, liquida-se o ciclo e o modelo, que não resultaram, fechando a porta à periodicidade de uma reunião que nunca significou transparência, mas sim instrumento ao serviço da opacidade e do secretismo.

CRISE SANITÁRIA

«A crise sanitária que atravessamos não pode ser desculpa para a onda de nacionalizações a que estamos a assistir».

NOVO BANCO: CHEIRA FIM DE REGIME

«Novo Banco vendeu activos com 70% de desconto a fundo ao qual o seu chairman esteve ligado: Até ser nomeado chairman do Novo Banco, Byron Haines liderou um banco detido pelo fundo Cereberus. Foi a este fundo que o banco vendeu 200 imóveis com uma perda de 328 milhões de euros. Uma queixa à autoridade europeia denuncia “gestão ruinosa”, “conflito de interesses” e pede uma investigação criminal».

A GOVERNAMENTALIZAÇÃO DO REGIME

«Com a enorme crise que Portugal hoje atravessa, é no Parlamento que se espera que o primeiro-ministro anuncie o resultado das batalhas que travamos, mesmo que o líder da oposição não o queira».

MP PERSEGUE JOVENS

Depois de tudo o que já ouvimos, lemos e vimos sobre a COVID-19, depois de mais de 1500 mortes, o Ministério Público deu sinal de vida. Para investigar a incúria da falta de equipamentos de protecção? As condições em que médicos, enfermeiros e auxiliares trabalham no SNS? A infâmia dos mais velhos a morrer nos lares? As condições em que funcionam os transportes públicos? A divulgação de números truncados?
Não! Não! Não! Não! Não!
Apesar de por essa Europa fora não faltarem exemplos de investigação criminal para responsabilizar governantes, políticos e gestores, por cá Lucília Gago, procuradora-geral da República, manda investigar e perseguir os jovens: «O Ministério Público vai investigar festa que contagiou estudantes do Politécnico da Guarda».

P. S. E se não vivêssemos em regime de bailete presidencial tipo Vira...

PAÍS DEVIA AVISAR COSTA

Os portugueses deviam avisar António Costa que o primeiro-ministro vai passar tempos difíceis.

FAKE NEWS OFICIAIS VALEM?

À medida das crescentes dificuldades do governo com a pandemia e a crise, vamos assistir a mais e mais anúncios de apoios às empresas, às famílias, às pessoas, quiçá aos animais domésticos (desde que comprovada a residência). E a imprensa lá vai "vomitando" os anúncios, um a um, mais manchete, menos manchete. Resta saber se não estamos perante mais uma série de "fake news"...

SAÚDE PÚBLICA ESQUECIDA

Ricardo Mexia, em entrevista ao jornal i, deixou claro o paradoxo das prioridades governamentais: «Tenho dificuldade em perceber que haja 1250 milhões para a TAP, 850 milhões para o Novo Banco, 6 milhões para restituir IVA a quem organiza congressos e para a saúde publica há 700 mil euros».

A CAMBALHOTA DE MEDINA

TAP:#VAMOSTODOSPAGARBEM

«Há coisas que, apesar de o Governo não nos querer dizer, precisamos mesmo de saber. Não havia mesmo outra solução?».

A VERDADE NA PANDEMIA

«Gera alguma perplexidade ouvir diariamente que tudo está sob controlo. E ver surtos a surgir de norte a sul, e assistir à indignação do Governo perante as portas fechadas dos ditos nossos velhos aliados. Gera perplexidade a notícia de novos casos de coronavírus na Grande Lisboa sem que nada, de verdadeiramente musculado, seja feito».

AI OS CHINESES

O mercado levou a sério a decisão do juiz Carlos Alexandre.

P. S. António Mexia proibido de contactar director de informação da TVI

MEXIA E MANSO NETO SUSPENSOS

«Juiz Carlos Alexandre decidiu suspender os líderes da EDP e da Renováveis e proibiu a entrada dos gestores em todos os edifícios da elétrica. João Conceição mantém-se na administração da REN».

A "NOVA" VERSÃO DE TANCOS

«A presidência está transformada no bailete do Vira, o governo age sem responsabilidade ou receio de ser responsabilizado, o PSD liquida o principal instrumento institucional da oposição, grassa a subserviência, impera o fundamentalismo e falta o escrutínio».

TESTE AO REGIME

«Os ex-candidatos presidenciais Paulo de Morais e Henrique Neto endereçaram na sexta-feira uma carta ao presidente da Assembleia da República, na qual pedem a "apreciação dos abundantes conflitos de interesses que subsistem" entre os deputados. A carta, enviada hoje à comunicação social, é assinada pelos ex-candidatos à Presidência da República Paulo de Morais e Henrique Neto, pelo presidente da Associação Transparência e Integridade, João Paulo Batalha, pelo presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, e também por Mário Frota, da Associação Portuguesa de Direito do Consumo».

CHINA JÁ É "UM PAÍS, UM SISTEMA"

«A entrada em vigor da Lei de Segurança Nacional aprovada em Hong Kong é a antecipação do fim de uma história que os chineses querem abreviar com o horizonte em Taiwan».

COSTA FICA AVISADO

«Segundo Nazaré Costa Cabral, o empréstimo do Estado à TAP representa mais uma fonte de pressão financeira. Por isso, defende a presidente da CFP em entrevista, deve ser feita uma avaliação que mostre a verdadeira situação patrimonial da companhia aérea».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Quando um homem responsabiliza os outros pelos seus fracassos, 

é bom começar a responsabilizá-los também pelos seus sucessos.

Mark Twain

MOVIMENTO EM FALSO

«Ela entra devagar no azul excessivo da água da piscina, quer libertar-se daquela sensação de absurdo nascida desde o início da pandemia, um pouco como as personagens no filme de Wim Wenders “Movimento em Falso”. (...) O cenário dos transportes públicos em hora de ponta é a imagem gritante da impotência. Mandam as pessoas para casa em bairros problemáticos de casas degradadas e inabitáveis, com multidões que têm que sair para sobreviver em trabalhos clandestinos. Multar e perseguir os desempregados, vagabundos da crise, deixar os alunos na rua porque as escolas não têm condições, espalhar o pânico doentio. Ignora-se o resultado de três meses de paragem dos tribunais, a desigualdade social é uma chaga, e um SNS desprezado pelos sucessivos governos, é agora a medida de todas as liberdades. (...) Criminalizar o combate à epidemia é querer parar o vento com as mãos. (...) Os efeitos do buraco negro criado com a economia parada, com a incompetência institucional, vão obrigar-nos ao maior combate das nossas vidas. Em cada facto novo há um movimento em falso».

OS VALORES SUMIRAM

«A saga da TAP é um bom exemplo da promiscuidade de interesses, da fraqueza negocial de Portugal e da debilidade das instituições com a missão de fiscalizar e avaliar».

OS ROSTOS DA TAP E DA EFACEC

«Ter esperança no melhor. Esperar o pior. Quando se olha para a forma como o Estado gere a coisa pública, é mesmo uma questão de fé».

A MINISTRA MONOTORIZA E O GOVERNO NÃO GOVERNA

«O Governo quer monitorizar o discurso de ódio. Que a censura tem muitos nomes já se sabe. Mas este é também o folclore para que não se pergunte: como pode o Governo ter falhado tanto?».

ACONTECIMENTOS

«Está na altura de deixar de gerir a pandemia como mais um problema de comunicação política. Está provado que as narrativas não sobrevivem aos acontecimentos».

A COVID VAI SALVAR O ESTADO SOCIAL? (3)

«Se continuarmos a não responder às necessidades de financiamento do Estado Social não adianta alimentar ilusões. Não só não chegaremos a lado nenhum como perderemos o pouco que temos na saúde, na educação e na segurança social».

PANDEMIA: RESPONSABILIZAÇÃO GOVERNAMENTAL

Enquanto em Portugal não se passa nada, nem há sinal de qualquer intervenção do MP, apesar de todas as evidências, a situação é bem diferente em França: Pacientes do COVID-19 e médicos, agentes penitenciários, polícias, bem como outros profissionais, apresentaram no Tribunal de Justiça 90 queixas sem precedentes nos últimos meses, principalmente por falta de máscaras e outros equipamentos.

NÃO DEITAR FOGUETES ANTES DO TEMPO

«Ninguém se atreve a antecipar a dimensão da vaga de falências até ao final de 2020. Vai ser ela que irá determinar o nível de desemprego em 2020 e 2021».

NOVA SBE: ACHAQUE DE PAROLICE

A última polémica envolvendo a Universidade Nova revela o bafio e o deslumbramento universitários. E, por isso, merecem a crítica: «Quando, há três anos, a Universidade Nova de Lisboa ou, mais especificamente, a sua faculdade de Economia, decidiu mudar de “marca” e de campus, foram angariados cerca de 50 milhões de euros para a obra. Isto sem contar com o terreno que foi - generosamente – cedido pelo Município de Cascais. A nova “marca” passou a ser a tempo inteiro efetivamente isso, uma marca e, apenas a tempo parcial, uma faculdade de economia

QUANDO A FICÇÃO E A MENTIRA NÃO PASSAM

As reacções do PM e PR sobre o "chumbo" do Reino Unido revelam como ambos fazem política. Ficámos a saber que, se fosse ao contrário, a saúde dos portugueses seria sacrificada às mãos do Estado. E que a ficção e a mentira são instrumentos essenciais da governação...

DUARTE CORDEIRO AINDA MEXE?

Ainda não há sinal da demissão de o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que também assume as funções de coordenador da região de Lisboa e Vale do Tejo para a gestão da Covid-19. Não, nada! Só mesmo uma entrevista auto-justificativa que está ao nível dos tempos. Entretanto, já é oficial: «Reino Unido exclui Portugal dos corredores aéreos».

O PÂNTANO

«A “geringonça” já lá vai, parece cheirar a bloco central. É o pântano a instalar-se na política, o fim de um ciclo e o início de uma outra coisa».